Ser como pais e amar mais os estudantes
Cidade do
Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, ao meio-dia, deste sábado (14), na Sala
Paulo VI, a União Católica italiana de docentes, dirigentes, educadores e
formadores (UCIIM), num total de cerca de 2000 pessoas, pelos seus 70 anos de
vida.
Em seu
pronunciamento, aos numerosos presentes, o Papa os chamou “colegas”, porque
também ele foi professor e conserva boas recordações com os estudantes nas
salas de aula.
Amai vossos alunos |
A seguir, o
Pontífice frisou que “o ensinamento é um trabalho muito belo” porque permite
ver crescer, dia a dia, as pessoas que são confiadas aos seus cuidados. É como
“ser pais”, pelo menos espiritualmente, que comporta uma grande
responsabilidade. Ensinar é um compromisso muito sério, mas devemos lembrar que
um professor ou educador nunca está sozinho, mas conta com a ajuda de outros
colegas e da comunidade educadora.
Quando a
Associação nasceu, em 1944, por iniciativa de um professor de religião,
Gesualdo Nosengo, a Itália ainda estava em guerra. Desde então, a escola
percorreu um longo caminho, graças também à sua contribuição, sobretudo na
educação das novas gerações.
Neste sentido, o
Papa advertiu: "Jamais pode faltar, entre as tarefas da Associação, a de
iluminar e motivar uma ideia justa de escola". Por isso, pediu aos inúmeros presentes
a “amar mais os estudantes”, sobretudo os mais difíceis, aqueles que não querem
estudar, os portadores de deficiências e os estrangeiros; pediu ainda para se
comprometer com as periferias da escola, que não podem ser deixadas na
ignorância e na marginalização. E o Pontífice concluiu:
“Como Associação
vocês são, por natureza, abertos ao futuro, porque há sempre novas gerações às
quais transmitir o patrimônio de conhecimentos e valores. É preciso sempre
atualizar suas competências didáticas à luz das novas tecnologias. O
ensinamento não é apenas um trabalho, mas uma relação, que como pessoa, deve
manter com seus alunos”.
O Santo Padre se
despediu da Associação católica de docentes, dirigentes, educadores e
formadores italianos animando-os a renovar sua paixão pelo homem, em seu
processo de formação, sendo testemunhas de vida e de esperança”. (MT)
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