domingo, 31 de março de 2013

Aos queridos leitores d'

O Paraíso de José


Abençoada Páscoa!

Que os frutos da Ressurreição do Senhor proporcionem a todos renovado entusiasmo no seguimento de Jesus e no fiel anúncio do Cristo, que vive e caminha conosco!

 Que, unidos na caridade fraterna, possamos corresponder ao infinito amor de Deus por nós!

Alegrai-vos no Senhor:

É Páscoa!


“As mulheres afastaram-se depressa do sepulcro, cheias de medo e alegria, e correram para dar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e lhes disse: Alegrai-vos! Elas se aproximaram, abraçaram seus pés e se prostraram diante dele. Jesus lhes disse: Não temais; ide avisar meus irmãos que se dirijam á Galileia, onde me verão”  ( Mt 28,8-10).
Com estas palavras do Evangelho desejo iniciar esta saudação de Páscoa a todos vocês, irmãos e irmãs, que são pedras vivas da construção de nossa Igreja Particular de Amparo. Feliz Páscoa a todos, pois o Senhor ressuscitou.
A história de Jesus, humanamente falando, sem a ressurreição é a história de um fracasso. Até mesmo no momento da última ceia, enquanto Jesus falava do amor e do serviço ao próximo, os discípulos discutiam quem seria o maior (cf Lc 22,24). No Horto das Oliveiras, enquanto Jesus rezava em agonia, eles dormiam. Jesus ensinou o perdão e a paz, mas Simão Pedro, pegando a espada fere um dos soldados que vieram prender Jesus (cf. Lc 22,50). Depois todos fogem. A multidão favorecida por Jesus com curas milagrosas e palavras de vida, exigem que Barrabás, seja solto no seu lugar e pedem que Jesus seja condenado á morte na cruz.
Porém, tudo o que Jesus fez foi por amor e o amor é mais forte que a morte, por isso, o Filho de Deus feito homem, ao defrontar-se com a morte, investe sobre ela com um amor infinito que a derrota. A vida vence a morte, o amor vence o ódio e a inveja. Jesus é o vencedor vencido. Ele tem o poder de dar a vida e retomá-la de novo.
A mensagem de Páscoa é uma mensagem de alegria. O próprio Jesus diz: alegrai-vos. Assim como no dia de seu nascimento os anjos convidavam os pastores para a alegria, agora na conclusão do Evangelho somos novamente convidados à alegria. Tudo terminou bem. A vitória veio pela cruz. A cruz, o amor venceu o inferno. Jesus não foi derrotado, pelo contrário ele derrotou a morte e continua derrotando-a nos seus membros que somos nós, continuadores de sua missão na história: vencendo vem Jesus!
A mensagem da Páscoa é uma mensagem de coragem: não tenham medo disse Jesus. O medo nos paralisa, acovarda e impede de seguir Jesus. O medo é o contrário da fé. Nas águas do batismo fomos consagrados a Jesus, saibamos que Ele estará sempre conosco.
A mensagem da Páscoa é uma mensagem de perdão. Jesus chama seus discípulos (que o abandonaram) de “irmãos”, dando-lhes assim o perdão e re-convocando-os para a missão. Ele se mostrará a eles na Galileia e os enviará com a missão de anunciar a vitória da vida sobre a morte.
Alegria, coragem e perdão, estas palavras resumem o Páscoa e indicam para nós a nova criação que Deus inicia com a ressurreição de Jesus. Com a vitória de Jesus Cristo todos que o seguimos nos tornamos capazes de Nele, vencermos a morte dia após dia.
Termino com uma palavra de apreço à juventude. Uma das prioridades pastorais de nossa Diocese é a juventude -  para que sejam discípulos e missionários de Jesus. A juventude é sentinela do amanhã. Na companhia de Jesus, não se deixem enganar pelos ídolos e promessas de prazeres falsos e vida fácil. Jesus vos chama a uma vida de amor-serviço, porque o amor vencerá.
A todos os que lerem esta mensagem, em nome de Jesus, abençoo de coração e desejo uma feliz e santa páscoa.
                                                        Dom Pedro Carlos Cipolini - Bispo de Amparo (SP)
                                                    Fonte: http://www.cnbb.org.br      Ilustração: www.news.va

Leituras do Domingo da Páscoa



1ª Leitura:  At 10,34a.37-43                 Salmo: 117,1-2.16ab-17.22-23                2ª Leitura: 3,1-4

Evangelho: Lc 24,13-35

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus perguntou: “O que andais conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?” Ele perguntou: “Que foi?” Eles responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu”. Então ele lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?” E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
                                                                       Ilustração: http://blogdopadreantonio.blogspot.com.br

Papa Francisco concede a Bênção Urbi et Orbe



Cidade do Vaticano (RV) – Após a celebração da Missa de Páscoa, Papa Francisco assomou ao balcão central da Basílica de São Pedro para conceder a tradicional Benção Urbi et Orbi (para a cidade e o mundo), a Indulgência Plenária e os augúrios de Boa Páscoa. Antes da leitura da mensagem e após conceder a Indulgência, as bandas da Guarda Suíça e das Armas italianas executaram trechos dos hinos Pontifício e da Itália.
Na mensagem Urbi et Orbi, o Santo Padre falou sobre como Jesus e sua misericórdia são a resposta a tantos desertos atravessados pelo homem hoje, apelou pela paz em todo o mundo, especialmente naquelas regiões palco de conflitos e nos convidou a sermos guardiões da criação.

Eis na íntegra a mensagem:
“Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boa Páscoa! 
Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou! Queria que chegasse a cadacasa, a cada família e, especialmente onde há mais sofrimento, aos hospitais, às prisões... Sobretudo queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, uma esperança despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia!
Também nós, como as mulheres discípulas de Jesus que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, nos podemos interrogar que sentido tenha este acontecimento (cf. Lc 24, 4). Que significa o fato de Jesus ter ressuscitado? Significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas de deserto que ainda existem no nosso coração.
Este mesmo amor pelo qual o Filho de Deus Se fez homem e prosseguiu até ao extremo no caminho da humildade e do dom de Si mesmo, até a morada dos mortos, ao abismo da separação de Deus, este mesmo amor misericordioso inundou de luz o corpo morto de Jesus e transfigurou-o, o fez passar à vida eterna. Jesus não voltou à vida que tinha antes, à vida terrena, mas entrou na vida gloriosa de Deus e o fez com a nossa humanidade, abrindo-nos um futuro de esperança. Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória é o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7).
Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez37, 1-14).
Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro.
Paz para o Oriente Médio, especialmente entre israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasiado tempo. Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi derramado tanto sangue… Quantos sofrimentos deverão ainda atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a crise?
Paz para a África, cenário ainda de sangrentos conflitos: no Mali, para que reencontre unidade e estabilidade; e na Nigéria, onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde não poucas pessoas, incluindo crianças, são mantidas como reféns por grupos terroristas. Paz no leste da República Democrática do Congo e na República Centro-Africana, onde muitos se vêem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo.
Paz para a Ásia, sobretudo na península coreana, para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação.
Paz para o mundo inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste século vinte e um. Paz para todo o mundo dilacerado pela violência ligada ao narcotráfico e por uma iníqua exploração dos recursos naturais. Paz para esta nossa Terra! Jesus ressuscitado leve conforto a quem é vítima das calamidades naturais e nos torne guardiões responsáveis da criação.
Amados irmãos e irmãs, originários de Roma ou de qualquer parte do mundo, a todos vós que me ouvis, dirijo este convite do Salmo 117: «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o seu amor. Diga a casa de Israel: É eterno o seu amor» (vv. 1-2)”.

Ao final da cerimônia, os sinos da Basílica de São Pedro repicaram efusivamente, em manifestação pela alegria do Senhor ressuscitado. (JE)
                                                                                                      Fonte. www.news.va

Papa Francisco preside a Vigília Pascal



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu na noite deste Sábado Santo, na Basílica de São Pedro a solene Vigília de Páscoa. O Rito teve início no átrio da Basílica com a Benção do Fogo e a preparação do Círio Pascal. Durante a procissão em direção do Altar com o Círio Pascal aceso cantou-se o Exultet; em seguida a Liturgia da Palavara, a Liturgia Batismal – durante a qual o Papa administrou os Sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Crisma e Primeira Comunhão) a 4 neófitos, provenientes da Itália, Albânia, Rússia e Estados Unidos. 

Eis na íntegra a homilia proferida pelo Papa Francisco em italiano:

Amados irmãos e irmãs!
1. No Evangelho desta noite luminosa da Vigília Pascal, encontramos em primeiro lugar as mulheres que vão ao sepulcro de Jesus levando perfumes para ungir o corpo d’Ele (cf. Lc 24, 1-3). Vão cumprir um gesto de piedade, de afeto, de amor, um gesto tradicionalmente feito a um ente querido falecido, como fazemos nós também. Elas tinham seguido Jesus, ouviram-No, sentiram-se compreendidas na sua dignidade e acompanharam-No até ao fim no Calvário e ao momento da descida do seu corpo da cruz. Podemos imaginar os sentimentos delas enquanto caminham para o túmulo: tanta tristeza, tanta pena porque Jesus as deixara; morreu, a sua história terminou. Agora se tornava à vida que levavam antes. Contudo, nas mulheres, continuava o amor, e foi o amor por Jesus que as impelira a irem ao sepulcro. Mas, chegadas lá, verificam algo totalmente inesperado, algo de novo que lhes transtorna o coração e os seus programas e subverterá a sua vida: vêem a pedra removida do sepulcro, aproximam-se e não encontram o corpo do Senhor. O caso deixa-as perplexas, hesitantes, cheias de interrogações: «Que aconteceu?», «Que sentido tem tudo isto?» (cf. Lc 24, 4). Porventura não se dá o mesmo também conosco, quando acontece qualquer coisa de verdadeiramente novo na cadência diária das coisas? Paramos, não entendemos, não sabemos como enfrentá-la. Frequentemente mete-nos medo a novidade, incluindo a novidade que Deus nos traz, a novidade que Deus nos pede. Fazemos como os apóstolos, no Evangelho: muitas vezes preferimos manter as nossas seguranças, parar junto de um túmulo com o pensamento num defunto que, no fim de contas, vive só na memória da história, como as grandes figuras do passado. Tememos as surpresas de Deus; temos medo das surpresas de Deus! Ele não cessa de nos surpreender! Irmãos e irmãs, não nos fechemos à novidade que Deus quer trazer à nossa vida! Muitas vezes sucede que nos sentimos cansados, desiludidos, tristes, sentimos o peso dos nossos pecados, pensamos que não conseguimos? Não nos fechemos em nós mesmos, não percamos a confiança, não nos demos jamais por vencidos: não há situações que Deus não possa mudar; não há pecado que não possa perdoar, se nos abrirmos a Ele.
2. Mas voltemos ao Evangelho, às mulheres, para vermos mais um ponto. Elas encontram o túmulo vazio, o corpo de Jesus não está lá… Algo de novo acontecera, mas ainda nada de claro resulta de tudo aquilo: levanta questões, deixa perplexos, sem oferecer uma resposta. E eis que aparecem dois homens em trajes resplandecentes, dizendo: «Porque buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!» (Lc 24, 5-6). E aquilo que começara como um simples gesto, certamente cumprido por amor – ir ao sepulcro –, transforma-se em acontecimento, e num acontecimento tal que muda verdadeiramente a vida. Nada mais permanece como antes, e não só na vida daquelas mulheres mas também na nossa vida e na história da humanidade. Jesus não está morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente (cf. Nm 14, 21-28; Dt 5, 26, Js 3, 10). Jesus já não está no passado, mas vive no presente e lança-Se para o futuro: é o «hoje» eterno de Deus. Assim se apresenta a novidade de Deus diante dos olhos das mulheres, dos discípulos, de todos nós: a vitória sobre o pecado, sobre o mal, sobre a morte, sobre tudo o que oprime a vida e lhe dá um rosto menos humano. E isto é uma mensagem dirigida a mim, a ti, amada irmã e amado irmão. Quantas vezes precisamos que o Amor nos diga: Porque buscais o Vivente entre os mortos? Os problemas, as preocupações de todos os dias tendem a fechar-nos em nós mesmos, na tristeza, na amargura… e aí está a morte. Não procuremos aí o Vivente! Aceita então que Jesus Ressuscitado entre na tua vida, acolhe-O como amigo, com confiança: Ele é a vida! Se até agora estiveste longe d’Ele, basta que faças um pequeno passo e Ele te acolherá de braços abertos. Se és indiferente, aceita arriscar: não ficarás desiludido. Se te parece difícil segui-Lo, não tenhas medo, entrega-te a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á a paz que procuras e a força para viver como Ele quer.
3. Há ainda um último elemento, simples, que quero sublinhar no Evangelho desta luminosa Vigília Pascal. As mulheres se encontram com a novidade de Deus: Jesus ressuscitou, é o Vivente! Mas, à vista do túmulo vazio e dos dois homens em trajes resplandecentes, a primeira reação que têm é de medo: «amedrontadas – observa Lucas –, voltaram o rosto para o chão», não tinham a coragem sequer de olhar. Mas, quando ouvem o anúncio da Ressurreição, acolhem-no com fé. E os dois homens em trajes resplandecentes introduzem um verbo fundamental: «Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galiléia (...) Recordaram-se então das suas palavras» (Lc 24, 6.8). É o convite a fazer memória do encontro com Jesus, das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida; e é precisamente este recordar amorosamente a experiência com o Mestre que faz as mulheres superarem todo o medo e levarem o anúncio da Ressurreição aos Apóstolos e a todos os restantes (cf. Lc 24, 9). Fazer memória daquilo que Deus fez e continua a fazer por mim, por nós, fazer memória do caminho percorrido; e isto abre de par em par o coração à esperança para o futuro. Aprendamos a fazer memória daquilo que Deus fez na nossa vida.
Nesta Noite de luz, invocando a intercessão da Virgem Maria, que guardava todos os acontecimentos no seu coração (cf. Lc 2, 19.51), peçamos ao Senhor que nos torne participantes da sua Ressurreição: que nos abra à sua novidade que transforma, às surpresas de Deus; que nos torne homens e mulheres capazes de fazer memória daquilo que Ele opera na nossa história pessoal e na do mundo; que nos torne capazes de O percebermos como o Vivente, vivo e operante no meio de nós; que nos ensine cada dia a não procurarmos entre os mortos Aquele que está vivo. Assim seja. (SP)
                                                                                              Fonte: http://www.news.va

sábado, 30 de março de 2013

Paróquia São José - Paraisópolis (MG)


Confira a programação deste Sábado e do Domingo de Páscoa

DIA 30 - SÁBADO SANTO - JESUS ESTÁ NO MEIO DE NÓS

9h às 10h: Confissões na Matriz
10: Celebração das Dores de Nossa Senhora na Matriz
19h: Solene Vigília Pascal nos Centros Pastorais São Francisco e São Geraldo: Bênção do Fogo Novo, Canto do Exulte, Batismo e Renovação das Promessas Batismais e Procissão da Ressurreição. (Trazer velas)
20h: Solene Vigília Pascal na Matriz e na Igreja de Santo Antônio com as mesmas celebrações litúrgicas acima. (Trazer velas)


DIA 31 - DOMINGO DE PÁSCOA 
RESSURREIÇÃO DO SENHOR

7h - 9h e 19h: Missas na Matriz
11h: Celebração de Batizados na Matriz
19h: Missa na Matriz, na Igreja de Santo Antônio e no Centro Pastoral São Francisco

Sábado Santo



Evangelho: Lc 24,1-12

No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do túmulo removida, mas, ao entrarem, não encontraram o corpo do Senhor Jesus e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com vestes resplandecentes pararam perto delas. Tomadas de medo, elas olhavam para o chão. Eles, porém, disseram-lhes: “Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘É necessário o Filho do Homem ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e, no terceiro dia, ressuscitar’”. Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. Voltando do túmulo, anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos, mas estes acharam tudo isso um delírio e não acreditaram. Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.

Reflexão
Cristo Ressuscitado
Matriz de São José
Paraisópolis (MG)
O Evangelho desta noite narra a ida das mulheres ao túmulo. No início elas se espantam com a pedra removida, depois se alegram com a notícia do anjo: “Ressuscitou!” Nós devemos transformar nossas inseguranças, as tristezas e medos na alegria da vida nova da ressurreição.
As mulheres se tornaram anunciadoras da grande alegria. Porém, encontraram corações endurecidos, que racionalizaram demais. Pedro teve atitude, levantou-se e foi até o sepulcro, mas voltou apenas admirado. Hoje podemos apenas sair da Igreja apenas admirados com o rito, e não crentes no ressuscitado. A ressurreição é um convite à fé, e esta é uma resposta de cada pessoa.
Pelo Batismo nós participamos da Páscoa do Cristo. Ao reviver o nosso Batismo, façamos a experiência da passagem: das trevas para a luz, da fome para a abundância do alimento, da morte para a vida. A Páscoa deve afetar a nossa existência em seu âmago.
                                                                                                              Pe. Roberto Nentwig
                                                                              Fonte: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br    
                                            Ilustrações: www.news.va               www.santoalbertomagno.org.br

Papa Francisco presidiu a Via-Sacra no Coliseu:


“Caminhemos juntos pela senda da Cruz"


Roma (RV) - O Papa Francisco presidiu na noite desta Sexta-Feira Santa à tradicional cerimônia da Via-Sacra no Coliseu de Roma. A Cruz foi carregado pelas 14 estações por pessoas de várias partes do mundo, como sinal da redenção de Cristo por todos, celebrada pela Igreja universal. O Vigário para a Diocese de Roma, Card. Agostino Vallini carregou a Cruz na primeira e última estação. Também levaram a Cruz, Famílias italianas e indianas, deficientes, representantes da China, Síria e Oriente Médio. Da América Latina, dois brasileiros carregaram a Cruz nas estações doze e treze: Carlo Ronzoni e Antonella Passatore.
As meditações da Via-Sacra deste ano foram preparadas por jovens libaneses sob a orientação do Cardeal Béchara Boutros Raï, Patriarca Maronita do Líbano, cujo texto esta está disponível, também em português, no endereço
A Exortação Apóstolica “Ecclesia in Medio Oriente” foi um dos guias para a elaboração das meditações.
Nas palavras que proferiu no encerramento da Via Sacra, Papa Francisco agradeceu a multidão de fiéis presente como também todos aqueles que se uniram através dos meios de comunicação, especialmente aos doentes e aos idosos.
O Santo Padre disse não querer acrescentar muitas palavras. “Nesta noite, - acrescentou - deve permanecer uma única palavra, que é a própria Cruz. A Cruz de Jesus é a Palavra com que Deus respondeu ao mal do mundo". 
“Às vezes – continuou Papa Francisco - parece-nos que Deus não responda ao mal, que permaneça calado. Na realidade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a Cruz de Cristo: uma Palavra que é amor, misericórdia, perdão. É também julgamento: Deus julga amando-nos. Se acolho o seu amor, estou salvo; se o recuso, estou condenado, não por Ele, mas por mim mesmo, porque Deus não condena, Ele unicamente ama e salva”.
O Pontífice recordou ainda que a palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que continua a agir em nós e ao nosso redor. Os cristãos devem responder ao mal com o bem, tomando sobre si a cruz, como Jesus. 
“Nesta noite, - continuou - ouvimos o testemunho dos nossos irmãos do Líbano: foram eles que prepararam estas belas meditações e preces. De coração lhes agradecemos por este serviço e sobretudo pelo testemunho que nos dão”
Lembrando quando o Papa Bento XVI foi ao Líbano, recordou que se pôde ver a beleza e a força da comunhão dos cristãos naquela Nação e da amizade de tantos irmãos muçulmanos e muitos outros . “Foi um sinal para todo o Médio Oriente e para o mundo inteiro: um sinal de esperança”.
Na conclusão de suas palavras Papa Francisco fez o convite para que continuemos esta Via-Sacra na vida de todos os dias. “Caminhemos juntos pela senda da Cruz, caminhemos levando no coração esta Palavra de amor e de perdão. Caminhemos esperando a Ressurreição de Jesus”, finalizou. (SP-BF)

Francisco presidiu nessa Sexta-feira a Cerimônia da Paixão


Na meditação, "a fé que vence o mundo"



Cidade do Vaticano (RV) – Às 17h, (13h em Brasília), o Papa Francisco presidiu a celebração da Paixão do Senhor, na Basílica de São Pedro. O rito consiste na Liturgia da Palavra, seguida pela adoração da Cruz e a comunhão eucarística com hóstias consagradas no dia anterior, pois neste dia não é celebrado nenhum sacramento. É o único dia do ano em que a Igreja Católica no mundo inteiro não celebra a missa. 

Frei Raniero Cantalamessa, OFM, pregador oficial da Casa Pontifícia, fez a meditação intitulada “Justificados gratuitamente por meio da fé no sangue de Cristo”, cujo texto integral está em www.news.va
                                                                                                          Fonte: www.news.va

sexta-feira, 29 de março de 2013

Paróquia São José - Paraisópolis (MG)

Confira a programação desta Sexta-feira e do Sábado Santo


DIA 29 - SEXTA-FEIRA SANTA - DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA

5:30h: Caminhada penitencial, com via-sacra no Morro do Cruzeiro
8:30h às 10h: Confissões na Matriz
10h: Celebração Penitencial com Confissão Comunitária na Matriz
15h: Solene Ação Litúrgica da Paixão e Morte de Jesus Cristo, na Matriz, na Igreja de Santo Antônio e nos Centros Pastorais São Francisco e São Geraldo.
19h: Sermão do Descimento da Cruz e Procissão do Enterro. (A procissão será transmitida pela Rádio Paraisópolis: contamos com a colaboração dos proprietários de veículos sonorizados e de pessoas com rádios portáteis para melhor participação nas orações e cânticos - Trazer velas).

DIA 30 - SÁBADO SANTO - JESUS ESTÁ NO MEIO DE NÓS

9h às 10h: Confissões na Matriz
10: Celebração das Dores de Nossa Senhora na Matriz
19h: Solene Vigília Pascal nos Centros Pastorais São Francisco e São Geraldo: Bênção do Fogo Novo, Canto do Exulte, Batismo e Renovação das Promessas Batismais e Procissão da Ressurreição. (Trazer velas)
20h: Solene Vigília Pascal na Matriz e na Igreja de Santo Antônio com as mesmas celebrações litúrgicas acima. (Trazer velas)

Sexta-feira Santa

Paixão do Senhor


Evangelho:  Jo 18,1–19,42
Eles tomaram conta de Jesus. Carregando a sua cruz, ele saiu para o lugar chamado Calvário (em hebraico: Gólgota). Lá, eles o crucificaram com outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio. [...] Junto à cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede!” Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. [...] José de Arimateia pediu a Pilatos para retirar o corpo de Jesus; ele era discípulo de Jesus às escondidas, por medo dos judeus. Pilatos o permitiu. José veio e retirou o corpo. Veio também Nicodemos, aquele que anteriormente tinha ido a Jesus de noite; ele trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e de aloés. Eles pegaram o corpo de Jesus e o envolveram, com os perfumes, em faixas de linho, do modo como os judeus costumam sepultar. No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ninguém tinha sido ainda sepultado. Por ser dia de preparação para os judeus, e como o túmulo estava perto, foi lá que eles colocaram Jesus.

Reflexão
A vida de Jesus é um total esvaziamento de si mesmo. É uma entrega gradativa, ou seja, Ele vai doando-se cada vez mais. Na medida em que se oferece e assume com firmeza as consequências de sua missão, vai ficando sozinho. Primeiramente, é abandonado pela multidão, depois pelos discípulos, depois parece estar sem o Pai. Ele fica só, diante do mistério de sua existência.
“Pai, em tuas mãos eu entrego o meu Espírito”. Quando repetimos este refrão na salmodia, assumimos a
Cristo Crucificado
Matriz de São José
Paraisópolis (MG)
mesma condição de Jesus. Ele foi filho, revelou-se um Filho amado do Pai. Sua vida foi um cumprimento da vontade do Pai: “Não vou beber o cálice que o Pai me deu?” De fato, Pedro não queria, não entendia sua escolha. Não desejava o Messias das dores. Ninguém entendeu que sua fidelidade ao Pai não o permitia voltar atrás, não permitia que ele renunciasse toda a verdade anunciada, todo o projeto assumido. Jesus não era masoquista, apenas aceitou a vontade do Pai: “Faça-se a tua vontade!” Não aceitou morrer por morrer, mas aceitou não fugir diante de suas opções: amar a todos, oferecer-se por todos, proclamar a verdade sem medo das consequências.
A morte é a chave de interpretação da vida de Jesus. Ele descobriu em sua relação com o Pai que a vida só tem sentido quando doada. Quem dera que todos nós compreendêssemos que este é o sentido da vida humana. Que fizéssemos de nossa vida uma entrega ao Pai, uma opção pelo Reino de Deus com todas as suas consequências. Mas o homem velho ainda está em nós, apontando-nos para o egoísmo, para o poder, para o prazer, para as recompensas deste mundo, para salvar a própria pele.
“Tenho sede!” Há um sentido espiritual em sua sede. Não se trata apenas de uma sede física, mas de uma sede espiritual. Ele tem sede de que todos nós compreendamos e nos abramos ao seu amor. Mas, como Deus respeitou a escolha de seus algozes, continua respeitando nossas escolhas.
Diante da cruz, houve muitas atitudes... Os sacerdotes e mestres da lei o condenaram, o povo foi omisso, as mulheres choraram, os discípulos fugiram com medo, Pilatos lavou as mãos, Dimas pediu perdão, o outro ladrão zombou, o soldado jogou uma lança, Pedro o negou, Judas o traiu... Hoje é a nossa vez de escolher uma atitude. Ele tem sede de amor.
                                                                                                   Padre Roberto Nentwig
                                                                       Fonte: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br
                                                                Ilustração: http://estudosereflexoes.wordpress.com

Papa Francisco no Instituto Penal para Menores:

"Devemos nos ajudar mutuamente"


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu na tarde desta Quinta-feira Santa a Santa Missa da Ceia do Senhor no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo, em Roma. 
Papa Francisco  lava
os pés de um menor
"Isto é comovente. Jesus que lava os pés dos seus discípulos. Pedro não entendia nada, rejeitava isto. Mas Jesus lhe explicou. Jesus – Deus – fez isto! E ele mesmo explica aos discípulos: Entenderam aquilo que eu fiz para vocês? Vocês me chamam de Mestre e Senhor, e o dizem bem, porque o sou. Se então eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. Dei-lhes o exemplo, de fato, para que também vocês façam como eu", disse o Papa em sua homilia, citando as palavras de Jesus.
O pontífice frisou que este é o exemplo do Senhor. "Ele é o mais importante e mesmo assim lava os pés, para que também entre nós, aquele que está numa posição mais elevada, esteja a serviço dos outros. Este é um símbolo, é um sinal, não? Lavar os pés que dizer 'eu estou a seu serviço'. E também nós, entre nós, não é que devemos lavar os pés todos os dias uns dos outros, mas, o que significa isto? Que devemos nos ajudar, um ao outro. Às vezes fico irritado com alguém, mas...., deixa prá. E, se depois ele te pede um favor, faça este favor para ele", sublinhou o Papa Francisco.
"Ajudar-nos mutuamente: é isso que Jesus nos ensina e isso é aquilo que eu faço, e o faço de coração, porque é meu dever. Como Sacerdote e como Bispo devo estar a seu serviço, mas é um dever que me vem do coração: amar o outro. Amo isso e amo fazê-lo porque o Senhor assim me ensinou. Mas também vocês: ajudem-se, ajudem-se sempre. Um ao outro. E assim, nos ajudando mutuamente, faremos o bem", disse ainda.
O Papa beija os pés de
um detento
O Papa concluiu a homilia dizendo: "Agora faremos essa cerimônia de lavar-nos os pés e cada um de nós pense: 'Eu, verdadeiramente estou disposto, estou disposta a servir, a ajudar o outro?'. Pensemos somente isto. E pensemos que este gesto é um carinho que Jesus nos faz, porque Jesus veio justamente para isto: para servir, para nos ajudar". 
Ao final da cerimônia um dos jovens dirigiu-se ao Santo Padre agradecendo a sua visita e lhe perguntou: “Eu quero saber uma coisa: por que você veio hoje aqui em Casal del Marmo? Só quero saber isto e basta!”
Papa Francisco respondeu ao jovem: “É um sentimento que veio do coração, eu senti isto. Onde estão aqueles que talvez me ajudarão mais a ser humilde, a ser servidor como deve ser um bispo. E eu pensei, e eu perguntei: “Onde estão aqueles que gostariam de uma visita?” E me disseram: “Casal Del Marmo, talvez”. E quando me disseram isto, decidi vir aqui. Mas isto veio do coração, somente do coração. As coisas do coração não tem explicação, elas vem sozinhas. Obrigado!
Ao se despedir, Papa Francisco disse: “Agora me despeço. Muito obrigado. Rezem por mim e não deixem que vos roubem a esperança. Sempre em frente. Muito obrigado”.(JE/MJ)
                                                            Fontes: www.news.va        www.radiovaticana.va

quinta-feira, 28 de março de 2013

Papa Francisco na Missa do Crisma:


“Ser pastor é sentir o cheiro das ovelhas”

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou na manhã desta Quinta-feira Santa, que abre o Tríduo Pascal, a Missa do Crisma na Basílica Vaticana.

Em sua homilia, falou da simbologia dos ungidos, seja na forma, seja no conteúdo. A beleza de tudo o que é litúrgico, explicou, não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e consolado. 
O óleo precioso, que unge a cabeça de Aarão, não se limita a perfumá-lo, mas se espalha e atinge «as periferias». O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres, os presos, os doentes e quantos estão tristes e abandonados. A unção não é para perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-se-ia rançoso... e o coração amargo.
Para Francisco, o bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo: “Nota-se quando o povo é ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da realidade, quando ilumina as situações extremas, «as periferias» onde o povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua fé”
Ser sacerdote é estar nesta relação com Deus e com o seu povo, pois assim a graça passa através dele para ser mediador entre Deus e os homens. Esta graça, todavia, precisa ser reavivada, para intuir o desejo do povo de ser ungido e experimentar o seu poder e a sua eficácia redentora: “Nas «periferias» onde não falta sofrimento, há sangue derramado, há cegueira que quer ver, há prisioneiros de tantos patrões maus”. 
Não é nas reiteradas introspecções que encontramos o Senhor, adverte o Pontífice, nem mesmo nos cursos de autoajuda. O poder da graça cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós mesmos oferecendo o Evangelho aos outros, para dar a pouca unção que temos àqueles que nada têm.
O sacerdote que sai pouco de si mesmo, que unge pouco, perde o melhor do nosso povo, aquilo que é capaz de ativar a parte mais profunda do seu coração presbiteral. Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, em vez de serem pastores com o «cheiro das ovelhas», pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens.” 
Para enfrentar a crise de identidade sacerdotal, que se soma à crise de civilização, Papa Francisco convida a lançar as redes em nome Daquele em que depositamos a nossa confiança: Jesus. 
E conclui: “Amados fiéis, permanecei unidos aos vossos sacerdotes com o afeto e a oração, para que sejam sempre Pastores segundo o coração de Deus. Amados sacerdotes, Deus Pai renove em nós o Espírito de Santidade com que fomos ungidos, o renove no nosso coração de tal modo que a unção chegue a todos, mesmo nas «periferias» onde o nosso povo fiel mais a aguarda e aprecia”. (BF)
Fonte: www

Quinta-feira Santa



Missa da Ceia do Senhor

Evangelho: Jo 13,1-15
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Foi durante a ceia. O diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus. [...] Ele levantou-se da ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a à cintura. Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura. Chegou a Simão Pedro. Este disse: “Senhor, tu vais lavar-me os pés?” Jesus respondeu: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. Pedro disse: “Tu não me lavarás os pés nunca!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. Simão Pedro disse: “Senhor, então lava-me não só os pés, mas também as mãos e a cabeça”. [...] Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos discípulos: “Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós”.

Reflexão

Antes de realizar sua Páscoa, Jesus deu o sentido do que iria acontecer. Mais do que isso, Jesus deixou o memorial da salvação que trazia a toda a humanidade.
Jesus nos deu uma ordem: “Fazei isto em memória de mim”. Obedecendo ao mandato de Jesus, a Igreja torna perpétua a presença da vida de Cristo entregue ao mundo quando celebra a Santa Missa. Apesar das mudanças na forma da Missa ao longo dos séculos e dos diversos ritos litúrgicos, desde as origens, a Igreja continua repetindo o gesto de Jesus mantendo a sua essência. Dizemos que a Eucaristia é um memorial. Este termo nos traz à mente as palavras memória e recordação. Contudo, o termo memorial não significa uma mera lembrança do passado. A missa não é um teatro, pois o sacrifício que Cristo ofereceu na cruz torna-se sempre atual: todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, acontece novamente a nossa redenção. Em cada missa, Cristo está novamente presente: o Senhor que se oferece e o Senhor ressuscitado que nos anima.
Enquanto São Paulo e os evangelhos sinóticos nos trazem a ceia, João prefere relatar outro aspecto desta
noite: o lava pés. Jesus veio para servir, dando a sua vida pela humanidade. A humildade do serviço nos remete a uma fraternidade universal e fundamenta o amor, e o amor é a base da comunhão. Se não há comunhão fraterna, a Eucaristia não pode ser celebrada, pois se comunga a própria condenação (1Cor 11,29). Como nos diz o mesmo São Paulo: “O cálice da bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? Um é o pão e um é o corpo que formamos apesar de muitos; pois todos nós partilhamos do mesmo pão” (1 Cor 10, 16-17).
Jesus fez o que faz um servo, lavou os pés. A comunidade de Jesus é uma sociedade de irmãos que vive a experiência do amor, do serviço e da missão. Nela não há senhores e servos, não há classes, não há o predomínio do poder. Ninguém pode se utilizar de seus cargos, títulos ou papéis sociais para sobrepujar os outros, para ter privilégios. Na comunidade de discípulos de Jesus há irmãos que se colocam a serviço do Reino.
Neste ano, lavemos os pés dos jovens, como sinal de nosso compromisso com eles, pois eles precisam de nosso amor e abertura. Lavemos os pés dos jovens como sinal de que eles são apóstolos do mundo e da Igreja. Lavemos os pés dos jovens como sinal de penitência, por todas as vezes que lhes negamos espaço na comunidade eclesial, pelas vezes que não entendemos o seu fervor, pelas vezes que não investimos neles e não acreditamos numa Igreja jovem.
                                                                                                  Padre Roberto Nentwig
                                                                      Fonte: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br   
Ilustrações: http://domluizbergonzini.com.br       http://catequesedesantateresa.blogspot.com.br 

As edificantes celebrações litúrgicas desta Quinta-feira Santa


Nesta Quinta-feira Santa há duas celebrações litúrgicas muito importantes e bonitas: a Missa do Crisma e a Missa da Ceia do Senhor.


Missa do Crisma - Catedral de Pouso Alegre
Na "Missa do Crisma” ou “dos Santos Óleos a Igreja celebra a instituição do Sacramento da Ordem e realiza a bênção dos santos óleos usados nos sacramentos do Batismo, do Crisma, da Ordem e da Unção dos Enfermos, e os sacerdotes renovam as suas promessas. A Missa da Crisma é também chamada “Missa da Unidade” onde o Bispo preside a Celebração com seu Presbitério, expressão da comunhão dos Presbíteros com o seu Bispo, sinal de fraternidade e vínculo de unidade. Esta celebração sinaliza também a comunhão de todos os ungidos no Batismo, no Crisma, no Sacramento da Ordem e na Unção dos nossos irmãos e irmãs enfermos. A Missa do Crisma é geralmente realizada na Quinta-Feira Santa na parte da manhã na Sé diocesana. Em nossa Arquidiocese, será celebrada às 9h na Catedral do Bom Jesus em Pouso Alegre, sob a presidência do Arcebispo Metropolitano Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, tendo como concelebrantes todos os sacerdotes do clero diocesano.
A Missa do Crisma tem duas partes fundamentais: a Renovação das Promessas Sacerdotais por parte dos padres diante do Bispo, e a Bênção dos Santos Óleos, da Crisma, dos Enfermos e do Batismo.


Missa da Ceia do Senhor



Na Missa da Ceia do Senhor, a Igreja celebra Instituição da Eucaristia, sacramento central de nossa fé, o próprio Cristo sob as espécies do Pão e do Vinho. Celebra ainda a Instituição do Sacerdócio ministerial, colocado a serviço das comunidades. Também atualiza o Mandamento Novo do Amor Fraterno: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Há ainda a tocante cerimônia do Lava-pés, que revive o gesto de humildade de Jesus, que se ajoelhou ante cada um dos apóstolos e lavou-lhes os pés, sinal do serviço que cada um de nós deve prestar com amor aos irmãos, especialmente aos mais pobres, aos excluídos da sociedade. Em nossa paróquia, a Missa da Ceia do Senhor será celebrada em quatro locais, visando facilitar a participação dos fiéis: Matriz de São José, Igreja de Santo Antônio e Centros Pastorais São Francisco e São Geraldo.