segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Aos amigos

Leituras - 1º de janeiro de 2013


Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria 

1ª Leitura
: Nm 6,22-27                                Salmo: 66,2-3.5.6.8                              2ª Leitura: Gl 4,4-7

Evangelho: Lc 2,16-21

Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.

Comentário

É a continuação do evangelho da noite de Natal. Após terem recebido o anúncio do anjo, os pastores vão comprovar a mensagem e voltam glorificando a Deus. No oitavo dia, realiza-se a circuncisão do menino. A circuncisão era o rito mediante o qual se começava a fazer parte do povo eleito (Gn 17,2-17), recebendo um nome que exprimia a missão que o novo membro assumia no conjunto do povo da aliança. Jesus será, como o nome indica, o realizador da salvação. 

Em meio a esta dinâmica, o evangelista registra o papel de Maria que guarda tudo na memória e medita, talvez apontando para o papel de Maria como fonte última de informação. Maria torna-se assim modelo da Igreja que contempla os mistérios da vinda de Cristo. Venerada sob o título de Mãe de Deus pelos cristãos do ocidente, e Portadora de Deus pelos cristãos do Oriente, Maria torna-se, desta forma, a nova Eva, a nova mãe dos vivente, gerando os novos filhos e filhas de Deus. Assim, Santo Ambrósio, no século IV, se dirigindo à sua comunidade, exprimia: "Todo o que crê se engravida e gera o Verbo de Deus em seu coração. (...) Se pela carne, uma só é a Mãe de Cristo, pela fé o Cristo é fruto de todos!".

No começo de um novo ano, dia mundial da paz, último dia da oitava do natal, confiamos à Mãe de Deus e mãe da Igreja, tudo que experienciamos nestes dias e que o Senhor ternamente nos preparou. A atitude dos personagens deste evangelho é retomada por nossa assembléia hoje. Como os pastores glorificamos e louvamos a Deus por tudo isso que vivemos. Tal como Maria guardamos tudo no coração. Dessa forma, a liturgia que celebramos torna-se fonte de vida e graça!

                                                                  Fonte do Comentário: http://www.revistadeliturgia.com.br
                                                                          Ilustração: http://theotokoskelmonsp.blogspot.com.br

Reflexão muito apropriada


O fim do mundo


A interpretação do calendário maia provocou grande repercussão pelo mundo afora. A indicação do fim do mundo fomentou noticiários e providências folclóricas. As análises antropológicas, culturais e filosóficas poderão oferecer muitos elementos para fazer a humanidade pensar. O assunto passou a ser tratado com ironia e cinismo. Alguém contou que estava em confraternização com um grupo de amigos quando ouviu a seguinte observação: se o mundo tivesse acabado, sem que os congregados tivessem percebido, ali então seria, certamente, pela vivência da amizade e da fraternidade, a entrada no paraíso. De qualquer forma, permanece o fato merecedor de aprofundamentos, análises e conclusões. 

O que, realmente, tem dia e hora para terminar é este ano de 2012. Será finalizada uma contagem de 365 dias e o novo ano começará sob os auspícios de fogos, danças, comidas e bebidas. Sem dúvida, em muitos lugares, esse marco na passagem do tempo será vivido à luz da contemplação e da oração, entrecruzando votos, sonhos, desejos de que o ano novo seja marcado pela paz e por muitas conquistas e realizações. Anseios que podem se tornar realidade, na medida em que profundas correções incidirem na interioridade humana, qualificando escolhas e opções, a conduta social e o relacionamento com a natureza. 

O tempo corre veloz. Para os jovens, no dizer de um sábio, os dias passam depressa e os anos custam a passar. Para os mais velhos, os dias demoram a passar e os anos correm numa velocidade que chega a espantar. O passar do tempo é um relógio que aponta, incontestavelmente, para um fim. Se não for do mundo, como pressagiado, para um fim de etapas. A vida de todos, das famílias, das instituições, de cada um é feita de ciclos. É uma sabedoria simples e de alta importância compreender a vida tecida por fases. Todos devem discernir a hora exata de abrir ou fechar os ciclos. Quando esta sabedoria não existe, o passo seguinte será sempre fatídico. Desastroso porque traz prejuízos incontáveis, muitos até irreversíveis. Esse descompasso produz fim de amizades, de harmonia, de honestidades, de tudo o que precisaria estar recomeçando para garantir fecundidade. 

É indispensável saber discernir e viver cada ciclo tecendo história. O mundo de todos caminha para um fim pela ausência de uma sabedoria que tem fonte inesgotável. Esta fonte é Deus. Quando se pensa a solidariedade na vida e na mensagem de Jesus Cristo, Salvador e Redentor da humanidade, se reconhece que n’Ele está o sinal vivente daquele amor incomensurável e transcendente de Deus-Conosco. Oportuno, pois, é celebrar o final do ano à luz das celebrações do Natal de Jesus. Não é apenas o Natal. É o Natal de Jesus. Há um gesto de amor. O amor de Deus, o Pai, que envia o Filho. Ele assume a condição humana, é o Verbo encarnado, o perfeito gesto de amor. Jesus assume as enfermidades do seu povo, caminha com ele, salva-o e o constitui na unidade. N’Ele, a solidariedade assume as dimensões do agir de Deus. Torna-se o horizonte inspirador e sustentador do caminho da humanidade para poder, inevitavelmente, contar mais um final de ano, e não empurrar o mundo na direção de um possível fim. 

É hora de novos propósitos, sem superstições ou magias, sedimentados numa visão mais adequada da realidade social e política, intervindo corajosamente onde é preciso mudar com urgência. O novo no “ano novo” que vai chegando aponta o quanto é preciso corrigir as instituições, principalmente as governamentais, para que não funcionem como freio, impedindo avanços emergenciais em áreas como infraestrutura e direitos dos cidadãos. É bom chegar ao final do ano para propósitos novos, impedindo colapsos de um mundo que devemos cuidar. Seja este o compromisso de todos nos votos de um abençoado Ano Novo. 

                 Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte
                                                                                   Fonte: http://www.arquidiocesebh.org.br
                                                                                      Ilustração: http://blog.cancaonova.com

domingo, 30 de dezembro de 2012

Que nossos lares sejam sólidos


A 30 de dezembro de 2012 comemoramos a festa da Sagrada Família, da Família de Nazaré. Que todas as famílias possam se encontrar na oração que ora publicamos!

Painel da Matriz de São José - Foto: Luiz Rosa
Senhor  Deus, grande e belo,
altíssimo e bom Senhor, fonte de toda a vida,
aqui estamos diante de  teu olhar meigo,
perscrutador e misericordioso.
Neste momento de nossas vidas
queremos colocar  diante de teus olhos
e depositar  no fundo de teu coração
nossas famílias e as famílias do mundo inteiro.
Pousa o teu olhar sobre nossas mesas de refeições:
que a família  tenha o pão de todos os dias e a
abundância das coisas necessárias.
Livra-as do consumismo empobrecedor,
do espírito de competição  sem medida
e do culto das aparências e do poder.
Que seus membros se alimentem
de atenções mútuas e  de carinhos que não podem ser adiados.
Dá aos esposos a graça da fidelidade e da ajuda mútua:
que se respeitem e se estimem,
que cresçam juntos humana e espiritualmente
sempre diante de teu olhar.
Olha pelos filhos pequenos e grandes,
pelos que são dóceis de coração
e  pelos que se mostram revoltados.
Que sejam iluminados na escolha de seus amores,
na opção profissional e em todas as encruzilhadas de suas vidas.
Dá,  Senhor, aos nossos filhos o gosto pelo Evangelho,
o ideal da solidariedade,
a preocupação de se dobrarem sobre os mais abandonados
e a serem companheiros simples e bons
de todos os que passarem por seus caminhos.
Que sejam  pessoas úteis  e que enfeitem
a terra com sua simples presença.
Olha, Senhor, os meninos de rua,
as crianças sem pai e sem mãe,
as esposas abandonadas,
as mães e pais solteiros,
os maridos machucados.
Acompanha o sono das crianças,
o descanso dos idosos
e alivia o sofrimento dos doentes.
Senhor, nós te damos graças  por nossas famílias
e pedimos a coragem de sempre lutar pela construção de lares sólidos.

Amém.  
                                                                                       Frei Almir Ribeiro Guimarães
                                                                                  Fonte:http://www.franciscanos.org.br

Rezemos com essa inspirada música do Padre Zezinho

Oração pela Família


                                                                                 Edição: carlinhopaca - www.youtube.com

Outra interessante reflexão para o


Domingo da Sagrada Família


O perdão dos pecados acontece por causa de uma atitude de amor para com os pais, pois o lar, Igreja doméstica, voltou a ser o local do encontro com Deus. 

A misericórdia em todos os relacionamentos, mas especialmente para com os pais, está em referência ao próprio Deus que é o Pai por excelência. Portanto, honrar os pais, respeitá-los, é prestar culto a Deus. 

Tanto a primeira leitura quanto a segunda, da liturgia de hoje, não escondem as falhas no relacionamento familiar e humano, mas nos dizem que o importante aos olhos de Deus não está em ser sem defeitos, em ter uma família perfeita, mas sim na capacidade de amar sem medidas, apesar dos limites e das falhas pessoais. Claro que Deus deseja que sejamos perfeitos, mas mais importante para Ele é que nos amemos e nos perdoemos como Ele nos amou e nos perdoou, sem limites, sem restrições. 

Dentro desse pensamento sobre o relacionamento familiar, será importante refletir sobre a realidade da família deste início de século, onde e como vive. Certamente a maioria mora em grandes centros urbanos e é constituída pelo casal e por um ou dois filhos. Um terceiro já faz considerá-la família numerosa. 

Também a mãe trabalha fora e pais e filhos se encontram à noite, cansados, muitas vezes diante da televisão, ou durante o jantar. Se isso acontece já poderão se classificar felizes, pois em outros lares, muitas vezes quando pais saem para o trabalho, os filhos ainda dormem e quando voltam eles já estão deitados. O encontro, nesse caso, só se dá no final de semana. 

Rezar juntos, passar para os filhos a vivência de uma oração em família, mesmo que seja apenas à mesa, só excepcionalmente, pois em muitos casos, para que possam descansar, não cozinham em casa e vão comer fora, em um restaurante ou na casa de parentes ou de amigos. 

É difícil passar valores, enfim, formar os filhos. A sociedade pós moderna penetra em suas entranhas e é muito custoso prepará-los para o futuro, para que sejam filhos e irmãos como Deus quer. Só com a graça divina e com a disposição dos pais para uma autêntica renúncia e sacrifico. 

Renúncia aos apelos de dar aos filhos tudo o que a sociedade consumista coloca como valores e que os pais enxergam como coisa boa e vantajosa. É preciso renunciar fazer do filho ou da filha pessoas como nos pede o elitismo, relativizar seus códigos. É preciso questionar os valores propostos por ela e crer nos do Evangelho. 

Cabe a pergunta: formo minha família para ser cidadã deste mundo ou para ser cidadã do Reino de Deus, mas neste mundo? Jesus rezou ao Pai dizendo que não queria que nos tirasse do mundo, mas nos preservasse do mal. 

Sacrifício: sacrificar significa tornar sagrado. Meu filho, minha filha, são do mundo ou de Deus? O batismo os retirou do paganismo e os fez filhos de Deus, sagrados. Respeito a senhoria de Deus sobre eles ou sou conivente com as solicitações consumistas e mundanas? 

A imagem da Família de Nazaré como família migrante e pobre nos obriga a refazer a imagem da família atual, retornando às origens e aos valores, ou seja, a abundância de bens materiais não é necessária para ser feliz e amar a Deus e ao próximo. 

É importantíssimo não só a simplicidade de vida, mas sobretudo é fundamental a convivência afetiva e efetiva, além do respeito aos idosos como gratidão e como referência à sua experiência de vida que porta sabedoria e os referenciais da autêntica tradição. 

A Família de Nazaré nos ensina a cristianizar a família pós moderna, recolocando Deus no centro e nEle reencontrando a verdadeira felicidade.
                                                                                     Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.
                                                                                                Fonte: www.radiovaticana.va
                                                                                       Ilustração: http://www.mfcpr.org.br

sábado, 29 de dezembro de 2012

Reflexão para a Solenidade da Sagrada Família


É preciso voltar à escola de Nazaré


Ó Nazaré do silêncio, da família e do trabalho! Com essa exclamação que sintetiza o discurso do papa Paulo VI em 1964, durante viagem à cidade em que Jesus fora criado, começamos a nossa reflexão acerca do domingo destinado à festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Nazaré é o lugar em que o menino Jesus recebe a educação de seus pais e se forma enquanto homem. Nazaré, como nos diz o papa, é a escola do evangelho. É no silêncio de José diante da ordem do anjo que pedia para levantar, tomar o menino e voltar para a terra de Israel, que José escuta uma outra voz no coração, a voz do amor, a pedir para que fosse para outra cidade, pois o filho de Herodes estava no poder e Jesus ainda podia correr risco. José preferiu descumprir o que anjo lhe dissera para salvar seu filho das garras do mal. Para o chefe de família que sustentava sua família de maneira honesta, mediante a prática de serviços de carpintaria, não importava se era apenas aquele a quem fora incumbido o papel de criar o menino. José também fez seu papel de filho, de Deus, e obedeceu às ordens do Pai do céu e não se separou de Maria.

Painel - Matriz de São José - Foto: Luiz Rosa
Que belo exemplo de família a ser seguido: uma mulher que despoja de suas vontades para seguir em plenitude os planos do Pai para sua vida; um homem que em meio ao silêncio aprende a escutar o que anjo lhe anuncia e aceita como filho Àquele que ele não gerara; um filho que era extremamente obediente e que possuía uma aura de paz e amor, sempre fazendo bem ao “outro”. Exemplo de obediência pôde ser vista em Caná, quando Maria e Jesus estavam em uma festa e o vinho tinha acabado. Maria pede ao filho para transformar a água em vinho, que a obedece, mesmo o filho achando ainda não ser a hora de revelar sua verdadeira identidade de filho de Deus. Ser filho é justamente abdicar de suas vontades próprias e achismos para ouvir a voz dos que nos querem bem.

Hoje em dia, infelizmente, não temos presenciado o espírito de Nazaré em nossas casas. Basta uma rápida passagem de olhares pelos jornais e perceber que o sentido de família virou pelo avesso. Pai matando filho; filho desrespeitando pai; neto matando avó para comprar drogas: cenas que têm assolado a sociedade nos últimos tempos. Não obstante de destruir a própria vida, nossos filhos querem castigar a humanidade toda por um erro que só pertence a eles. Um erro que tem origem em uma sociedade hiperestimulada, gananciosa, não esvaziada dos individuais desejos. Não somos mais contemplados com a belíssima cena da família em torno da mesa de jantar, compartilhando as experiências do dia. O exemplo de partilha deixado por Jesus na última ceia não tem mais vez em nossas casas, uma vez que se vive tudo apressadamente em todas as atividades que são realizadas. Hoje em dia, vivemos em uma nova modalidade de família: a cyber família, onde todos se fazem presentes de maneira virtual. Os filhos que o digam: perderam o sentido do amor, optando por relações vazias na internet. Talvez tal comportamento seja calcado por uma má estrutura familiar, marcada por brigas familiares constantes. Onde faltaram os pilares do cristianismo, aí sobraram os conflitos. Assim são famílias do século XXI.

Portanto, peçamos ao nosso Deus, todo poderoso, que derrame as bênçãos sobre a nossa família, a fim de que possamos ser solo fértil para a semente do amor que precisa urgentemente brotar em nossos corações. Que nesta passagem de ano, possamos firmar os nossos compromissos, assumidos em nosso batismo, de sermos mais santos a cada dia. Pois somente na busca incessante por essa santidade diária é que conseguiremos voltar a escola de Nazaré, onde poderemos recuperar o silêncio para que possamos aprender a ouvir mais o irmão. 
                                                                                                               Michaell Grilo 
                                                                        Fonte: http://www.diocesepetropolis.org.br

Leituras do Domingo

30 de dezembro de 2012

Sagrada Família de Jesus, Maria e José

1ª Leitura: Eclo 3,3-7.14-17a                    Salmo127,1-2.3.4-5                       2ª LeituraCl 3,12-21

EvangelhoLc 2,22-40

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: 'Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor." Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: "Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel." O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma". Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

Comentário
Jesus ocupa-se das coisas do Pai

No prólogo de seu evangelho, Lucas se propõe a "escrever de modo ordenado" os fatos sobre Jesus. Esta "ordem" de Lucas não segue um critério histórico, mas teológico, procurando interpretar Jesus em sua filiação divina e o seu sentido para o Primeiro Testamento.

Nesta cena do menino Jesus entre os doutores no Templo são apresentados temas que serão aprofundados ao longo do evangelho. Nela é posta em evidência a autonomia de Jesus em relação à família, que no judaísmo é o vínculo essencial para o privilégio da eleição divina, e a autonomia em relação ao sistema opressor e elitista do Templo. Ao afirmar "eu devo estar na casa de meu pai", Jesus revela-se como Filho de Deus. Jesus ocupa-se com o que é de seu Pai, comunicar a vida plena a todos, homens e mulheres, criaturas de Deus, libertos de toda opressão. Iniciando seu ensinamento no Templo, Jesus volta depois para denunciá-lo por ter-se transformado em covil de ladrões (Lc 19,45-46). Priorizando o que é de seu Pai, mesmo estando obediente a seus pais, Jesus revela que a família dos filhos de Deus (segunda leitura) é formada por aqueles que cumprem o mandamento de amor, permanecendo em Deus e Deus neles, em comunhão de vida eterna. 

Uma das características de Lucas é apresentar Jerusalém como centro de irradiação do cristianismo. Assim, em seu evangelho, desde o início as narrativas de infância convergem para Jerusalém (Zacarias no Templo, apresentação no Templo, Jesus entre os doutores), e, no final, após a ressurreição, encerra-se com o mandato de permanência dos discípulos em Jerusalém (Lc 24,52), complementado, em Atos dos Apóstolos, com o dom do Espírito na festa judaica de Pentecostes. Sua intenção teológica é apresentar o cristianismo como um novo Israel, que se irradia a partir da velha Jerusalém. Os demais evangelistas apresentam a Galileia, e não Jerusalém, como centro de retomada da missão, depois da ressurreição (Mc 16,7; Mt 28,7.10.16; Jo 21,1). 

Jesus se diferencia de Samuel (primeira leitura), pois ele não é consagrado para um serviço no Templo, mas consagra sua vida no convívio comum com sua família e as multidões, libertando e comunicando vida a todos, conforme o direito à vida dos filhos de Deus. 

A Sagrada Família questiona e convida à conversão aquelas famílias estabelecidas sob a continuidade do vínculo sanguíneo de raça eleita, bem como as famílias tradicionais, conservadoras em torno de suas propriedades e riquezas. 
                                                                                                                                     José Raimundo Oliva
                                                     Fonte: http://www.paulinas.org.br

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Paróquia São José - Paraisópolis (MG) - Missas e outros eventos


30 de dezembro a 5 de janeiro

Dia 30 - Domingo


Matriz de São José - Foto: Luiz Rosa

7h - Matriz - Pe. Vanir

9h - Matriz - Pe. João Batista

16h - Consolação - Pe. Vanir

19h 30min - Matriz - Côn. Braz

  19h 30min - Santo Antônio - Pe. João Batista



Dia 31 - Segunda

21h - Matriz Pe. Vanir         21h - Santo Antônio Côn. Braz      21h - Consolação Pe. João Batista 
            
Dia 1º - Terça

Oitava do Natal - Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria 

9h - Matriz Pe. João Batista          15h - Matriz Pe. Vanir         16h - Consolação Pe. João Batista
19h 30 - Matriz Pe. Vanir          19h 30 - Santo Antônio Côn. Braz
                                     
                                                                 Dia 3 - Quinta

15h - Matriz - Côn. Braz                              19h 30min - Martins Pe. Vanir

                                                Dia 4 - 1ª Sexta- Feira

15h - Matriz Côn. Braz                     19h 30min - Centro Pastoral São Francisco - Pe. Vanir

Dia 5 - Sábado

19h 30min - Matriz             Centro Pastoral São Geraldo           Centro Pastoral São Francisco

Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz


Celebrado no dia 1º de janeiro, o Dia Mundial da Paz foi criado para que todas as pessoas, cristãs e não cristãs, se unam em prol da paz no planeta. Há 45 anos, em 8 de dezembro, o papa Paulo VI, divulgou uma mensagem para que a data fosse celebrada, a partir do ano de 1968,  sempre no primeiro dia do ano civil - 1º de janeiro.
A mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2013 tem como tema Bem-aventurados os obreiros da paz”. O Papa pede “um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo”.
A realidade do nosso tempo, afirma Bento XVI, é caracterizada ainda por sangrentos conflitos e por ameaças de guerra: “Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião”.
Mesmo assim, analisa o Papa, o mundo é rico de inúmeras obras de paz porque o homem, na verdade, é feito para a paz, que é dom de Deus.
A Mensagem de Bento XVI, dividida em sete partes, inspira-se nas palavras de Jesus Cristo: “Bem-aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9).
A atenção à dimensão transcendente e o diálogo constante com Deus, segundo o Papa, são essenciais para que nos tornemos agentes da paz: “Assim o homem pode vencer aquele germe de obscurecimento e negação da paz que é o pecado em todas as suas formas: egoísmo e violência, avidez e desejo de poder e domínio, intolerância, ódio e estruturas injustas”.
O Pontífice recorda a oração como meio para se pedir a Deus para fazer de nós instrumentos da sua paz, a fim de levar o seu amor onde existe o ódio, o seu perdão onde há ofensa, a verdadeira fé onde há dúvida.
Leia a íntegra da mensagem em http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/11020-papa-bento-xvi-divulga-mensagem-pelo-dia-mundial-da-paz

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Reflexão para o Dia de São João

Exaltação do tema do amor

São João Evangelista 

1João 1, 1-4; João 20, 2-8

Nesse tempo do natal em que a caridade de Deus se manifestou  diante de nossos olhos pela encarnação do Verbo, eloquentíssima  prova do amor, festejamos  João, o apóstolo do amor. Desde a nossa infância estamos acostumados a ver a representação de João, recostado ao peito de Jesus.  Os textos de João apontam para um coração cheio de ardor.
Deus é amor, superabundância de amor, fornalha de amor.  Desde toda a eternidade, na caridade, o Pai ama o  Filho e o Filho ama o Pai e entre ambos há o liame do Espirito. Numa explosão de amor a Trindade inventa o mundo, as flores, as estrelas, os espaços, os mares e o ser humano. Por amor gratuito Deus cria o homem, cria-os homem e mulher, à sua semelhança.  O amor de Deus, na plenitude dos tempos, se torna carne, vida, homem, nosso irmão em Jesus.  Tudo nele é dom. Tudo nele é caridade.  E esse  Jesus é o amor encarnado, o amor que fala, o amor que de amor morre.  Somos banhados e imersos nesse amor de Deus que se torna  peito aberto em Jesus. Os homens são amados incondicionalmente por Deus feito carne.  Nem sempre conseguimos esse êxodo, essa saída do egoísmo na direção da luz do dom, da entrega, da oferenda. Amamos com condições.  Fica, entanto, para os cristãos o dever do amor. Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo seu amor mútuo. São admirados:  “Vede como eles se amam…”. Esses mesmos discípulos vivem se espelhando no amor de Jesus que levanta os caídos à beira do caminho, que conta a parábola do amor que se torna perdão quando o pai de família manda fazer festa para o filho que volta, quando sobe ao alto da cruz e dá a vida pelos seus.  Os cristãos não se estimam apenas na “frequência” de uma mera simpatia ou de um respeito educado.  Amam na força do amor que foi derramado em seus corações.
Há toda sorte de amor. Mas sempre é dom irrestrito. É interesse pela mais profunda felicidade e realização do outro. Ao longo do tempo da vida os esposos se amam, convivem, unem seus corpos e seus corações.  Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença estão juntos. O amor tem paciência, criatividade, vontade de começar tudo de novo.  Os pais amam e se devotam aos filhos, sobretudo nos primeiros anos de vida.  Os filhos não deixam de assistir os pais em suas necessidades materiais e espirituais, sobretudo quando envelhecidos. Amam os pais que os amam e amam os pais que os amam menos.  Há o amor cortês e atencioso, há aquele que exige que “gastemos” tempo e cheguemos a dar do que nos é necessário para que o outro possa sobreviver com dignidade. Há o amor  que perdoa o marido embriagado, o filho drogado.  Há o diligente amor do sacerdote por aqueles que lhe foram consagrados.  Há o amor pelos confrades e  coirmãs numa comunidade de vida consagrada.
João é precisamente o apóstolo do amor. “O Senhor Jesus amou mais intimamente a João  que aos outros, e,  não contente de que ele igualasse aos demais apóstolos na graça do Espírito de inteligência, revelou-lhe ainda, de modo singular, os segredos celestes para que tivesse  visões admiráveis que descreveu no livro chamado Apocalipse, e para fazê-lo  escrever sobre o mistério  profundo e inenarrável do  Verbo de Deus, do Verbo Encarnado.  Jesus de fato o amava”.
                                                                                                    Frei Almir Ribeiro Guimarães
                                                                                              Fonte: http://www.franciscanos.org.br

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

No dia de Santo Estevão

Bento XVI convida cristãos a serem testemunhas convictas e corajosas 

Ao meio-dia desta quarta-feira, Bento XVI assomou à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para a oração do Angelus.
A exemplo de Santo Estevão, "dar um testemunho convicto e corajoso": foi o convite do Pontífice, na oração mariana, a todos os cristãos.
"Primeiro mártir", "homem cheio de graça", o diácono Santo Estevão "operou, falou e morreu animado pelo Espírito Santo, testemunhando o amor de Cristo até o extremo sacrifício", realizando plenamente – recordou Bento XVI – a promessa de Jesus àqueles "fiéis chamados a dar testemunho em circunstâncias difíceis e perigosas, não serão abandonados e indefesos". Toda a vida de Santo Estevão "é inteiramente plasmada por Deus, conformada a Cristo", e, como Ele, soube perdoar os seus inimigos: "Senhor – pediu no momento da morte –, não lhe impute este pecado".
"Deixar-se atrair por Cristo, como fez Santo Estevão, significa abrir a própria vida à luz que a evoca, a orienta e a faz percorrer o caminho do bem, o caminho de uma humanidade segundo o desígnio de amor de Deus."
Santo Estevão "modelo para todos aqueles que querem colocar-se a serviço da nova evangelização".
"Ele demonstra que a novidade do anúncio não consiste primariamente no uso de métodos ou técnicas originais, que certamente têm a sua utilidade, mas no ser repleto do Espírito Santo e deixar-se conduzir por Ele."
E, portanto, "a novidade do anúncio está na profundidade da imersão no mistério de Cristo, na assimilação da sua Palavra..."
"Substancialmente, o evangelizador torna-se capaz de levar Cristo aos outros de modo eficaz quando vive de Cristo, quando a novidade do Evangelho se manifesta em sua própria vida."
Em seguida, o Papa fez uma invocação a Nossa Senhora:
"Rezemos à Virgem Maria, a fim de que a Igreja, neste Ano da Fé, veja multiplicarem-se os homens e as mulheres que, como Santo Estevão, sabem dar um testemunho convicto e corajoso do Senhor Jesus.
                                                                                           Fonte: www.radiovaticana.va
                                                                              Ilustração: http://www.comshalom.org

Papa Bento XVI na Missa de Natal:

"Onde Deus é esquecido, não existe paz"


“A rejeição a Deus pelo mundo contemporâneo leva à rejeição do outro, principalmente dos mais vulneráveis”. Foi uma das advertências feitas pelo Papa durante a tradicional Missa do Galo, segunda-feira, 24, na Basílica de São Pedro.
“Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos, de modo que não resta qualquer espaço para Deus; deste modo, a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os estrangeiros, os refugiados, os imigrantes ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós?” – questionou o Papa na missa, concelebrada no Altar da Confissão por cerca de 30 cardeais. 
No início da cerimônia, de mais de duas horas, acompanhada por um coral em latim, música de órgão e som de trombetas, Bento XVI percorreu a Basílica de São Pedro sobre uma plataforma móvel, saudando e abençoando os fiéis que o aplaudiam. 
“Correntes de pensamento muito difundidas afirmam que a religião, em particular o monoteísmo, seria a causa da violência e das guerras no mundo; que seria preciso libertar a humanidade da religião para se estabelecer a paz; que o monoteísmo, a fé em um único Deus, seria prepotência, motivo de intolerância, já que por sua natureza tentaria se impor a todos com a pretensão da única verdade”
“É certo que o monoteísmo serviu durante a história como pretexto para a intolerância e para a violência” – esclareceu o Pontífice, continuando: “É verdade que uma religião pode se desviar e chegar a se opor à natureza mais profunda quando o homem pensa que deve tomar em suas mãos a causa de Deus, fazendo de Deus sua propriedade privada. Devemos estar atentos contra a distorção do sagrado”
A este respeito, Bento XVI definiu a violência em nome de Deus como uma “doença da religião”
“Mas mesmo que seja incontestável um certo uso indevido da religião na história, não é verdade que o "não" a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, se extingue também a dignidade divina do homem”, concluiu Bento XVI 
Em seguida, o Papa convidou os fiéis a “irem ‘virtualmente" a Belém, aos lugares onde o Senhor viveu, trabalhou e sofreu: 
“Rezemos nesta hora pelas pessoas que atualmente vivem e sofrem em Belém. Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que israelenses e palestinos possam conduzir sua vida na paz do único Deus e na liberdade. Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, etc. – para que lá se consolide a paz. Que os cristãos possam conservar suas casas naqueles países onde teve origem a nossa fé; que cristãos e muçulmanos construam, juntos, seus países, na paz de Deus”.
                                                            Leia a íntegra da homilia do Papa em www.cnbb.org.br 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Vivamos o verdadeiro Natal!


É Natal! É tempo de mudança! É tempo de conversão! É oportunidade de correção de rota, tanto no nível pessoal quanto no coletivo.
As profundas e tocantes mensagens daquela noite singular de Belém, em que o Divino e o Humano se abraçaram na esperança e na certeza da alegria e da felicidade para todos, continuam vivas. O mesmo Deus, com o mesmo amor infinito, continua com o coração e os braços abertos para nos acolher e fazer de cada pessoa um presépio e da humanidade uma grande família fraterna.
A Salvação veio de uma família. Jesus, o Salvador, quis nascer em uma família humilde e anônima, mas uma verdadeira família. Eis aí a indicação clara de que a salvação da sociedade, com tantos problemas e desencontros, passa pela família. Só teremos uma sociedade sadia e equilibrada, se tivermos famílias bem constituídas, alicerçadas nos fundamentos da fé e do amor a Deus e ao próximo.
A vida pede socorro. As famílias precisam de ajuda. Os filhos precisam de amor e limites. Os esposos e pais, neste contexto da chamada modernidade, necessitam de fé e responsabilidade.
O Natal nos aponta o caminho: a família como prioridade. E não poderia se diferente. É preciso que todos nós, cristãos ou não cristãos, reflitamos para agir com urgência em favor da família e da sociedade. A Família de Nazaré convida-nos a restaurar a vida e os valores cristãos. É preciso que nossos corações e nossas mentes recuperem suas cores originais! É necessário que os valores familiares e cristãos voltem a embelezar nossas vidas! É urgente que o respeito, a justiça, a fraternidade, a solidariedade e o carinho entre os irmãos sejam plenamente restaurados para que a existência humana volte a ser um hino de louvor ao Criador e um caminho percorrido na verdadeira alegria cristã! Assim como em Belém, que nasça de cada uma de nossas famílias a salvação.
É hora de mudança. É hora de resgatar o verdadeiro significado do Natal para que a justiça, a fraternidade e a paz aconteçam para todos. É hora de cada um de nós, pessoas de fé ou de boa vontade, converter seu coração, sua vida para que, de fato, o novo ano se caracterize pelo encontro, pela partilha e pela solidariedade. Que todos redescubram o valor do divino e do humano em sua vida e, sentindo-se amados e queridos de Deus, transformem-se em agentes de renovação da sociedade, abrindo seu coração para o verdadeiro sentido da vida: encontro com Deus e com os irmãos, em especial com os mais pobres, a quem, além da justiça, devemos o amor fraterno.
É necessária a resposta generosa de cada pessoa. A adesão de cada um e de todos é fundamental para que o mundo se transforme. Você, filho (a) querido (a) do Pai, deve colocar-se a serviço da construção do Reino de Justiça, Amor e Paz para todos.
Meu irmão, minha irmã, redescubra Jesus neste Natal. Recupere o verdadeiro sentido dessa festa tão bonita! Procure viver, no mais profundo sentido cristão, a vida, dom de Deus. Vá em busca de Jesus Cristo presente na pessoa do irmão mais sofrido. Partilhe dons e bens. Seja um presente de Natal para as pessoas com quem você convive. Faça com que, por meio de você, Jesus nasça em sua família e no coração de todas as famílias!
Pense nisso! Pense muito nisso e faça do nascimento de Jesus Cristo marco da verdadeira restauração cristã de sua vida! Que, para todos, o Natal seja diferente: tão sagrado, tão humano e tão divino como o primeiro de Belém!
Luiz Gonzaga da Rosa

Refletindo com Dom Paulo

O Príncipe da Paz

Os acontecimentos falam por si mesmos. Os casos de assassinatos vão se repetindo a cada dia, revelando uma cultura que gera loucos. O mundo não tem levado em conta Aquele que é o Príncipe da Paz. Uma sociedade sem Deus perde o equilíbrio e passa a agredir as pessoas. Realidade que estamos assistindo a todo momento.
O que vemos é um total abandono das práticas cristãs, deixando de lado os compromissos com o Príncipe da Paz, o único que é capaz de ocasionar paz verdadeira. Damos desculpas dizendo que estamos em tempo de cultura laica, não podendo evidenciar o aspecto religioso e natural que está contido nas pessoas.
A falta de Deus faz com que as pessoas sejam desumanas, inconsequentes e insensíveis aos verdadeiros valores de tudo. Isto perpassa por todos os momentos da celebração da fé. O Natal, por exemplo, deixou de ser uma realidade cristã para ser uma exploração comercial. O domingo perdeu sua identidade de “Dia do Senhor”.
Está faltando, na sociedade, uma maior entrega à Palavra de Deus. O esvaziamento e descompromisso com a fé tem feito com que as pessoas não acreditem na presença transformadora de Deus. Devemos ser moldados pela vida de Deus em nós, vendo nisto as condições essenciais para um mundo melhor, mais humano e divino.
Celebrar mais uma festa de Natal é deixar-se transformar, sempre mais, pelo Menino-Deus. Ser capaz de abandonar uma vida de vícios negativos para ser nova pessoa em Jesus Cristo. Seguir a vontade de Deus, como disse Jesus: “vim, ó Deus, fazer a tua vontade” (Hb 10,9). Só assim será capaz de surgir uma cultura de paz, tendo Cristo como centro.
Tenhamos em mente que o Senhor celebrado na noite do Natal, é Filho de Deus. Ele veio até nós com a finalidade de nos trazer a vida, e vida com dignidade. Entra no mundo, totalmente marcado pelas realidades do mal, e se oferece em sacrifício por todos. Veio restaurar a comunhão e recuperar a verdadeira paz, que só acontece Nele.
                                                               Dom Paulo Mendes PeixotoArcebispo de Uberaba
                                                                                Fonte: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br
                                                                                                Ilustração: http://www.aascj.org.br

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal do Senhor Jesus


24 de dezembro de 2012

Missa da Vigília do Natal

1ª Leitura: Is 62, 1-5             Salmo88,4-5.16-17.27.29              2ª LeituraAt 13,16-17.22-25

EvangelhoMt 1,18-25

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: 'José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 'Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco.' Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa. E não teve relações com ela, até ao dia em que deu à luz um filho. E José deu ao menino o nome de Jesus.





25 de dezembro de 2012

Missa do Natal

1ª Leitura: Is 52,7-10               Salmo97,1.2-3ab.3cd-4.5-6                 2ª LeituraHb 1, 1-6

EvangelhoJo 1,1-5.8b.9-14

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio para dar testemunho daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade.

Lindo vídeo de Sarah Chagas com bela música de Roberto Carlos


                                                                                                sarahchagas – www.youtube.com

domingo, 23 de dezembro de 2012

Uma bela reflexão para o

4º. Domingo do Advento

O evangelho deste domingo nos traz uma visita. São muitas as visitas: dos parentes, dos vizinhos, dos amigos... A visita é a oportunidade do encontro: dos amigos e parentes na noite de natal, dos namorados, das pessoas que não vemos há muito tempo... A Santa Missa é uma oportunidade para nos encontramos como comunidade de fé. O advento nos prepara para o grande encontro e para a grande visita, porque Deus resolveu visitar o seu povo. Bateu na porta, uma mulher abriu e deixou entrar o Salvador, e agora Ele está entre nós. Embora já esteja em nosso meio, Ele quer visitar o nosso coração e quer espaço para entrar. Podemos abrir também mais uma vez a porta para o Salvador.

A visita de Nossa Senhora a sua prima Isabel é a visita do próprio Deus. O acolhimento do Senhor neste tempo de graça se realiza quando acolhemos no coração os dons trazidos por Maria. A mesma graça do encontro entre Maria e Isabel deve acontecer neste natal em nossa vida. E o que Maria traz em sua visita?

Maria traz a paz. A saudação que chega aos ouvidos de Isabel é o Shalom, saudação própria dos judeus. Shalom é a abundância de vida e felicidade, a realização das promessas divinas, ou seja, a presença do Messias com todas as suas bênçãos. Precisamos ter a certeza de que as promessas já se realizaram, que não é preciso temer. Que neste advento o Cristo seja o nosso shalom e que sejamos portadores de sua paz.

Maria traz a alegria e a presença do Senhor. A presença de Jesus provoca a alegria, o estremecimento gozoso de todos aqueles que esperam a concretização das promessas de Deus. A verdadeira alegria é a presença de Deus, a realização de suas bênçãos em nossa vida. O estremecimento de alegria de João Batista no seio de Isabel é o sinal de que o mundo espera com ânsia uma proposta verdadeiramente libertadora do Evangelho. É também a alegria do Espírito provocada pelo encontro com o Senhor. Encontremos e acolhamos o Senhor que vem.

Maria traz o Espírito. Em Isabel o pentecostes é antecipado. Num êxtase do espírito ela estremece e profetiza: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” Maria provocou a descida do Espírito e a primeira profecia do novo testamento; e esta profecia exaltou Maria como mãe de Deus e compôs a primeira parte da Ave- Maria. Sejamos moradas do Espírito de Deus.

A Carta aos Hebreus nos ensina o significado da Nova Aliança. A acolhida do Senhor em nossa vida não pode ser apenas um ritualismo vazio, pois não são os sacrifícios externos que nos redimem, mas sim a intenção que reside em nosso coração. O Senhor veio para realizar a vontade do Pai, do mesmo, modo no natal que se aproxima, devemos nos abrir para a obediência da vontade de Deus. Que este natal não seja apenas das luzes, dos presentes, das orações da boca pra fora, mas que realmente possamos fazer deste tempo a oportunidade para afirmar: “Eu vim para fazer a tua vontade”.

                                                                         Fonte: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br
                                                      Ilustração: http://ordemterceiradocarmose.blogspot.com.br

sábado, 22 de dezembro de 2012

Para assistir e refletir

Entrevista ao Bem Vindo Romeiro da TV Aparecida

Tema: A missão do cristão na comunidade


                             
                           TV Aparecida - Enviado em 03/01/2011 - www.youtube.com

Leituras do Domingo


23 de dezembro de 2012 - 4º do Advento

1ª Leitura: Mq 5, 1-4a                   Salmo79 2ac.3b.15-16.18-19                  2ª LeituraHb 10,5-10

EvangelhoLc 1,39-45

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu."

Comentário

Lucas, depois de ter narrado as duas anunciações - a de João Batista e a de Jesus -, cruza os dois relatos através deste episódio do encontro das duas mães - Isabel e Maria. Ao mesmo tempo, o encontro das duas parentas em sua primeira gravidez torna-se o encontro misterioso entre os dois filhos. João, tal como o profeta Jeremias, chamado antes do nascer, vibra diante da presença de Jesus.
Ao mesmo tempo, o episódio narrado tem muitas semelhanças com o relato do antigo testamento sobre a transladação da arca da aliança para Jerusalém (2Sm 6): provoca reações de alegria, exclamações e dura o mesmo tempo de três meses. Chamada por Isabel por mãe do Senhor, Maria é a nova arca da aliança, bendita entre as mulheres, modelo de fé.
Nesta celebração, ao mesmo tempo que somos portadores do Verbo como Maria, somos chamados a exultar de alegria como João, e, inspirados pelo Espírito Santo, tal como Isabel, a proclamar Maria como portadora da bem-aventurança daqueles que acreditaram. É este acolhimento do dom do Espírito e de sua alegria, na simplicidade daqueles que não confiam em mais nada senão na ação do Deus Salvador, que nos insere na caminhada da salvação e nos prepara para o novo Natal de Jesus Cristo.
                                                                     Fonte do Comentário: Site da Revista de Liturgia
                                                                                      Ilustração: http://blog.cancaonova.com