quarta-feira, 31 de julho de 2019

Agosto, Mês Vocacional:

tempo especial de reflexão
e oração pelas vocações e ministérios

Dom João Francisco Salm
Na caminhada vocacional, alguns eventos foram determinantes para a construção da identidade que, hoje, caracteriza o serviço de animação vocacional na Igreja do Brasil. O mês vocacional é um desses exemplos. Assumido em âmbito nacional, em 1981, por dioceses e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), seu intuito é ser um tempo especial de reflexão e oração pelas vocações e ministérios.
Este ano, em específico, a inspiração principal do mês vocacional está em sintonia com o 4º Congresso Vocacional do Brasil que tem como tema “Vocação e Discernimento” e será realizado de 05 a 08 de setembro, no Centro de Eventos do Santuário Nacional Nossa Senhora de Aparecida, em Aparecida (SP). “O assunto é o discernimento, quer dizer, saber perceber, dar-se conta e responder então ao chamado que cada um faz de nós”, afirma o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom João Francisco Salm.
Hoje cada domingo do mês de agosto é dedicado à celebração de uma determinada vocação. Dom Francisco Salm salienta que como membros da Igreja, filhos e filhas de Deus todas as pessoas têm chamados particulares para o serviço e para uma presença específica na Igreja e no mundo. “O dom e a capacidade de amar é uma coisa muito grande em nossa vida”, comenta.
No primeiro domingo do mês, 04 de julho, celebra-se a vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos; no segundo, a vocação para a vida e a família (atenção especial aos pais); no terceiro, a vocação para a vida consagrada: religiosos e consagrados seculares, e por fim, no quarto, a vocação para os ministérios serviços na comunidade.
Neste contexto, o portal da CNBB divulga com exclusividade a partir desta semana algumas entrevistas sobre o mês vocacional. A primeira delas é com o dom João Francisco Salm:
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                                                                                                                     Fonte: cnbb.org.br

terça-feira, 30 de julho de 2019

2ª Missão Jovem da Arquidiocese

reúne cerca de 300 jovens em Cambuí
O setor juventude da Arquidiocese de Pouso Alegre reuniu cerca de 300 jovens no último final de semana em Cambuí, para a realização da 2ª missão jovem. Entre as atividades, estavam: "arrastão" pelas ruas da cidade, visitas às famílias, Evangelizashow, Adoração ao Santíssimo e a Missa de encerramento com a presença do arcebispo, dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R
Os jovens ficaram hospedados na casa das famílias das paróquias de Cambui.
"Foi um momento de grande graça para os jovens e todos os envolvidos. As comunidades paroquiais se mobilizaram para preparar as refeições e auxiliar os jovens nas visitas missionárias. Jovens de várias identidades juvenis participaram: RCC, TLC e Jovisa. Foi um momento forte de união de nossa juventude.", afirmou o assessor eclesiástico, padre Marcos Eduardo Caliári. 
Ao final da Missa já foi feito o anúncio de que a 3ª Missão Jovem Arquidiocesana, em 2020, será em Brazópolis.
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                                                                                                      Fonte: arquidiocese-pa.org.br

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Papa Francisco:

Libertar as mulheres da escravidão da prostituição
O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro “Mulheres crucificadas. A vergonha do tráfico contada da rua” (Editora Rubbettino) do pe. Aldo Buonaiuto, sacerdote da Comunidade Papa João XXIII. O livro está disponível nas livrarias italianas a partir desta segunda-feira, 29.
Cidade do Vaticano - “Quando numa das Sextas-feiras da Misericórdia durante o Ano Santo Extraordinário entrei na casa de acolhimento da Comunidade Papa João XXIII, não pensei que lá encontraria mulheres tão humilhadas, tristes e provadas. Realmente mulheres crucificadas. Na sala em que encontrei as mulheres libertadas do tráfico da prostituição forçada, respirei a dor, a injustiça e o efeito da opressão. Uma ocasião para reviver as feridas de Cristo.
Depois de ouvir as histórias comoventes e humanas dessas mulheres pobres, algumas com crianças no colo, senti um forte desejo, uma exigência de pedir perdão pelas torturas que elas tiveram que suportar por causa dos clientes, muitos dos quais que se dizem cristãos. Um incentivo a mais para rezar pelo acolhimento das vítimas do tráfico da prostituição forçada e da violência.
Uma pessoa nunca pode ser colocada à venda. Por isso, estou feliz de conhecer o trabalho precioso e corajoso de assistência e reabilitação que o pe. Aldo Buonaiuto realiza há vários anos, seguindo o carisma de Oreste Benzi. Isso requer também a disponibilidade de expor-se aos perigos e retaliações da criminalidade que fez dessas mulheres uma fonte inexaurível de ganhos ilícitos e vergonhosos.
Gostaria que este livro fosse acolhido no contexto mais amplo possível a fim de que, conhecendo as histórias que estão por trás do número chocante do tráfico, se possa entender que, sem deter essa alta demanda de clientes, não será possível combater de maneira eficaz a exploração e a humilhação de vidas inocentes.
A corrupção é uma doença que não se detém sozinha. É preciso uma tomada de consciência individual e coletiva, e também eclesial, para ajudar realmente essas nossas desventuradas irmãs e para impedir que a iniquidade do mundo caia sobre as criaturas mais frágeis e indefesas. Toda forma de prostituição é uma escravidão, um ato criminoso, um péssimo vício que confunde a relação de amor com o desafogar os próprios instintos, torturando uma mulher indefesa.
É uma ferida na consciência coletiva, um desvio ao imaginário corrente. A mentalidade de que uma mulher deve ser explorada como uma mercadoria para usar e depois jogar fora é patológica. É uma doença da humanidade, uma maneira errada de pensar da sociedade. Libertar essas pobres escravas é um gesto de misericórdia e um dever para todos os homens de boa vontade. O seu grito de dor não pode deixar indiferentes pessoas e instituições. Ninguém deve virar o rosto para o outro lado ou lavar as mãos do sangue inocente que é derramado nas estradas do mundo”.
                                                                                 Francisco
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

domingo, 28 de julho de 2019

Seminaristas participam de

encontro de Liturgia em Belo Horizonte



Entre os dias 22 e 25 de julho, quatro seminaristas de nossa Arquidiocese participaram da terceira edição do Encontro com seminaristas do 4º ano de Teologia, diáconos transitórios e presbíteros com até 1 ano de ordenação promovido pela comissão de Liturgia do Regional Leste 2, que compõe as dioceses dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Reuniram-se cerca de 60 participantes no espaço Convívium Emaús, na capital mineira O tema foi: "Os desafios da Iniciação Cristã para os futuros Ministros Ordenados".
Assessores foram o Bispo auxiliar de Porto Alegre - RS, Dom Leomar Antônio Brustolin, e Pe. Vanildo Paiva, da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG, marcaram ainda presença no encontro, Dom José Luiz Magella Delgado, Arcebispo de Pouso Alegre e Bispo referencial da comissão de Liturgia do Regional Leste 2; O presidente do Regional Leste 2, Dom José Carlos de Souza Campos, Bispo de Divinópolis; e Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB.
O encontro proporcionou aos participantes uma rica abordagem do documento 107 da CNBB sobre Iniciação Cristã, bem como os desafios atuais para a evangelização e a partilha de pistas para enfrentá-los, além de momentos de oração, como a visita ao Santuário Basílica de Nossa Senhora da Piedade em Caeté - MG.
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Retiro Espiritual abre
Segundo Semestre Formativo do Seminário Arquidiocesano
Entre os dias 26 e 28 de julho, os Seminaristas das etapas Propedêutica, Discipular e Configurativa realizaram o Retiro Espiritual conduzido pelo Pe. João Luiz Ferreira Peçanha (Pároco da Paróquia São Francisco e Santa Clara de Pouso Alegre - MG) com o tema: "Eucaristia, banquete do Senhor".
O retiro aconteceu no próprio Seminário e proporcionou momentos de reflexões, orações individuais e em comunidade, dentre as colocações o pregador frisou a importância de vivenciar a Eucaristia como sustento da caminhada cristã e de alimentado por ela ser um testemunho autêntico de Jesus Cristo.
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                                                                                                      Fonte: arquidiocese-pa.org.br

Papa no Angelus deste domingo:

Com o "Pai Nosso",
Jesus nos faz entrar na paternidade de Deus
"Aqui está a novidade da oração cristã! Ela é o diálogo entre pessoas que se amam, um diálogo baseado na confiança, apoiado pela escuta e aberto ao compromisso solidário", explicou o Papa no Angelus, ao falar sobre a passagem de Lucas em que Jesus ensina seus discípulos a rezar.
Cidade do Vaticano - Uma maneira de rezar diferente para a época, a ponto de suscitar nos discípulos o desejo de serem “partícipes desses momentos de união com Deus, para saborear plenamente sua doçura”. Esse “diálogo entre pessoas que se amam”,  é a “novidade da oração cristã”. "Um diálogo de Filho ao Pai, um diálogo entre filhos e Pai. Esta é a oração cristã"
Antes de rezar o Angelus com os fiéis provenientes de diversas partes do mundo reunidos na Praça São Pedro, neste XVII Domingo do Tempo Comum, o Papa Francisco refletiu sobre a passagem de São Lucas que narra as circunstâncias em que Jesus ensina o "Pai-nosso" aos seus discípulos, destacando também que Jesus nos encoraja “a insistir na oração".
Atraídos pela "qualidade" da oração de Jesus
Os discípulos – explica o Papa – sabiam rezar segundo as fórmulas da época da tradição judaica, “mas também desejam poder viver a mesma "qualidade" da oração de Jesus”.
“Podem constatar que a oração é uma dimensão essencial na vida de seu Mestre, na verdade cada ação importante é caracterizada por prolongados momentos de oração”
Ademais, os discípulos percebem que a oração de Jesus, revela “uma ligação íntima com o Pai, tanto que desejam ser partícipes desses momentos de união com Deus, para saborear plenamente sua doçura”.
Aproveitando que estavam em um lugar isolado, esperam Jesus concluir sua oração e, tomados por esta curiosidade, pedem a Ele que lhes ensine a rezar.
O "Pai Nosso", o dom mais precioso
Em resposta, “Jesus não dá uma definição abstrata da oração, nem ensina uma técnica eficaz para rezar e "obter" alguma coisa”, mas convida seus seguidores a fazerem a experiência de oração, colocando-os diretamente em comunicação com o Pai, despertando neles um anseio por um relacionamento pessoal com Deus, com o Pai”: 
“Aqui está a novidade da oração cristã! Ela é o diálogo entre pessoas que se amam, um diálogo baseado na confiança, apoiado pela escuta e aberto ao compromisso solidário”
Neste sentido, dá a eles a oração do "Pai Nosso", “talvez o dom mais precioso que nos foi deixado pelo divino Mestre em sua missão terrena”.
Depois de nos ter revelado o seu mistério de Filho e irmão, com aquela oração Jesus nos faz penetrar na paternidade de Deus e isto quero sublinhar, disse Francisco:
“ Quando Jesus nos ensina o Pai Nosso, nos faz entrar na paternidade de Deus e nos indica o modo para entrar em um diálogo orante e direto com Ele, através do caminho da confiança filial. É um diálogo entre o pai e o seu filho, o filho com o papai.”
“O que pedimos no "Pai Nosso" já está realizado em nós no Filho Unigênito: a santificação do Nome, o advento do Reino, o dom do pão, do perdão e da libertação do mal. Enquanto pedimos, abrimos a mão para receber.  Receber os dons que o Pai nos mostrou no filho. A oração que o Senhor nos ensinou é a síntese de toda oração, e nós a dirigimos ao Pai sempre em comunhão com os irmãos.”
Às vezes – observou Francisco – "acontece que na oração existem distrações, mas tantas vezes sentimos como que o desejo de nos deter na primeira palavra: “Pai”. E sentir esta paternidade no coração”.
Atrair o olhar do pai: fazer como quando éramos crianças
Depois de falar da intimidade com Deus na oração revelada por Jesus, o Papa Francisco sublinha outro aspecto que a oração cristã deve ter: ser perseverante. Para ilustrar, cita a parábola do amigo inoportuno e recorda o que Jesus diz: “É preciso insistir na oração”. E retoma o exemplo das crianças quando se dirigem ao pai:
“E me vem em mente o que fazem as crianças com três, três anos e meio, que começam a perguntar as coisas que não entendem. Na minha terra é chamada de "a idade dos porquês", acredito que aqui seja o mesmo. As crianças começam a olhar para o pai e dizer: "Pai, por que? Pai, por que?" Pedem explicações. Mas estejamos atentos: quando o pai começa a explicar o porquê, elas vem com outra pergunta sem escutar toda a explicação. O que acontece? Acontece que as crianças se sentem inseguras a respeito de muitas coisas que começam a entender pela metade. E somente querem atrair sobre si o olhar do pai, e por isso: ‘Por que, por que, por que?’”
“Nós, no Pai Nosso, se nos detivermos na primeira palavra, faremos o mesmo de quando éramos crianças, atrair sobre nós o olhar do pai. Dizer: "Pai, Pai", e também dizer: "Por que?" E Ele olhará para nós.”
"Peçamos a Maria, mulher orante, que nos ajude a rezar o Pai Nosso, unidos a Jesus para viver o Evangelho, guiados pelo Espírito Santo", foi o pedido do Santo Padre ao concluir sua alocução, antes de rezar o Angelus com os presentes.
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Assista:
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

Reflexão para o

17º Domingo do Tempo Comum
"Abraão foi muito humilde em sua oração. Jesus também nos indica a humildade quando nos orienta pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação. Se Deus não nos ajudar, nada conseguiremos, somos fracos, somos pó."
A leitura do Gênesis falando da intercessão que Abrãao faz a Deus pelos seus conterrâneos, serve para nós como incentivo para uma oração bem feita.
Abrãao dialoga com Deus, suplica, apresenta suas razões, escuta, volta a falar, enfim são dois amigos convesando através de um diálogo espontâneo e sincero.
No Evangelho, os discípulos pedem a Jesus que os ensine a rezar.
Jesus começa dizendo que quando quiserem rezar, deverão se dirigir a Deus chamando-O de Pai, pois Ele é o nosso querido Pai. Jesus dá um passo gigantesco em relação a Abraão. Se esse já demonstrava confiança e intimidade, Jesus recomenda o posicionamento de filho que conversa com o Pai querido.
Simultaneamente, demonstramos que de fato somos seus filhos quando pedimos que o seu Reino, ou seja, os seus planos, seus projetos, também sejam nossos, sejam realizados. Estamos, somos comprometidos com a realização da nova sociedade.
Ao mesmo tempo nos ensina que somos irmãos, por isso o pedido do pão para cada dia, feito também na primeira pessoa do plural, no nós, significando que assumimos como nossas, as necessidades dos demais, seja de alimento, de moradia, de saúde, de educação, de emprego, de justiça.
Nossa filiação se torna mais autêntica quando pedimos para que perdoe as nossas ofensas do mesmo modo que perdoamos aos que nos ofenderam. “Filho de peixe, peixinho é”, diz um ditado! Filho de um misericordioso, também é misericordioso! Filho de um Deus perdão, também perdoa!
Abraão foi muito humilde em sua oração. Jesus também nos indica a humildade quando nos orienta pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação. Se Deus não nos ajudar, nada conseguiremos, somos fracos, somos pó.
Finalmente o ensinamento de Jesus termina com o resultado de nossa oração, com a certeza de quem pede, recebe: quem procura, encontra;  para quem bate, se abrirá. Pedi e recebereis!
É preciso confiar em Deus, reconhecê-lo como Pai e Pai querido.
                                                                                       Padre César Augusto dos Santos
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

sábado, 27 de julho de 2019

Espiritualidade Sacramental:

O que rezar diante do Santíssimo e após a Comunhão?
O Padre Camilo veio responder todas as perguntas da galera no Fala Com Padre! Ele explicou como rezar diante do Santíssimo no momento de adoração e após a Comunhão.
Ele também falou sobre a missão dos acólitos, sobre como buscar a santidade e algumas dúvidas sobre Liturgia.
Dá o play!
A oração da Adoração é uma oração essencialmente despida de palavras. Quando me coloco diante do Sacrário, diante do Ostensório no altar, ou após a comunhão, a principal oração é rezar a presença que Jesus está sendo em nossa vida. É aquele momento de você se despir de pensamentos, de preocupações, para você estar Nele, sabendo que Ele está em você.
Esse é o grande pedido de Jesus: 'Permanecei no meu amor'. No momento da Adoração e da Comunhão, é essa é a experiência que fazemos. Então, não se preocupe com palavras. Basta você ter essa consciência. O importante é a atitude do coração de receber o Cristo e de se colocar no coração Dele.
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                                                                                                              Fonte: Portal A12.com

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Leituras do

17º Domingo do Tempo Comum
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1ª Leitura: Gn 18,20-32
Livro do Gênesis:
Naqueles dias, o Senhor disse a Abraão: “O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado. Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim”.
Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor.
Então, aproximando-se, disse Abraão: “Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso irias exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?”
O Senhor respondeu: “Se eu encontrasse em Sodoma cinquenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira”. Abraão prosseguiu dizendo: “Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu, que sou pó e cinza. Se dos cinquenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?” O Senhor respondeu: “Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos”.
Insistiu ainda Abraão e disse: “E se houvesse quarenta?”
Ele respondeu: “Por causa dos quarenta, não o faria”.
Abraão tornou a insistir: “Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?” Ele respondeu: “Também não o faria, se encontrasse trinta”.
Tornou Abraão a insistir: “Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?”
Ele respondeu: “Não a iria destruir por causa dos vinte”.
Abraão disse: “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?” Ele respondeu: “Por causa dos dez, não a destruiria”
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Salmo: 137
Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!
Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!
- Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,/ porque ouvistes as palavras dos meus lábios!/ Perante os vossos anjos vou cantar-vos/ e ante o vosso templo vou prostrar-me.
- Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,/ porque fizestes muito mais que prometestes;/ naquele dia em que gritei, vós me escutastes/ e aumentastes o vigor da minha alma.
- Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres,/ e de longe reconhece os orgulhosos./ Se no meio da desgraça eu caminhar,/vós me fazeis tornar à vida novamente;/ quando os meus perseguidores me atacarem/ e com ira investirem contra mim,/ estendereis o vosso braço em meu auxílio/ e havereis de me salvar com vossa destra.
- Completai em mim a obra começada;/ ó Senhor, vossa bondade é para sempre!/ Eu vos peço: não deixeis inacabada/esta obra que fizeram vossas mãos!
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2ª Leitura: Cl 2,12-14
Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos.
Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz.
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Evangelho: Lc 11,1-13
Evangelho de São Lucas
Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.
Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”.
E Jesus acrescentou: “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário.
Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá.
Será que algum de vós, que é pai, se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”
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Reflexão
Rezar com insistência e humildade o Pai Nosso!
Ao colocar diante dos nossos olhos os exemplos de Abraão e de Jesus, a Palavra de Deus mostra-nos a importância da oração.
O tema fundamental que a liturgia nos convida a refletir, neste 17º domingo do Tempo Comum, é o tema da oração. Ao colocar diante dos nossos olhos os exemplos de Abraão e de Jesus, a Palavra de Deus mostra-nos a importância da oração e ensina-nos a atitude que os batizados devem assumir no seu diálogo com Deus.
Cento e cinquenta são os salmos que um judeu piedoso conhecia decorado a maioria deles e muitas outras orações de bênçãos ligadas às diversas circunstâncias da vida e da atividade cotidiana.
A primeira leitura (Cf. Gn 18,20-32) sugere que a verdadeira oração é um diálogo “face a face”, no qual o homem – com humildade, reverência, respeito, mas também com ousadia e confiança – apresenta a Deus as suas inquietações, as suas dúvidas, os seus anseios e tenta perceber os projetos de Deus para o mundo e para os homens.
O Evangelho (Cf. Lc 11,1-13) senta-nos no banco da “escola de oração” de Jesus. Ensina que a oração do crente deve ser um diálogo confiante de uma criança com o seu “papá”. Com Jesus, o crente é convidado a descobrir em Deus “o Pai” e a dialogar frequentemente com Ele acerca desse mundo novo que o Pai/Deus quer oferecer aos homens.
Dom Eurico dos Santos Veloso
O discípulo de Jesus que pediu para que ele ensinasse a rezar (Cf. Lc 11,1), não queria aprender mais uma oração, mas estava fascinado com o modo como Jesus orava, ou seja, a sua intimidade com o Pai. O desejo do discípulo era tornar-se um orante, como Jesus. A oração do Pai Nosso (Cf. Lc 11,2-4), mais do que uma fórmula de oração, é uma atitude de confiança filial ao cuidado do Pai do Céu. Cada batizado pode dirigir-se a Deus como “Pai”, porque o Cristo Senhor nos reconciliou com o Pai, através do seu sacrifício na cruz, perdoando os nossos pecados: somos perdoados e recriados como filhos no Filho Jesus. Assim, nós fomos incluídos como membros de Cristo, na vida divina, na vida do Filho, na intimidade e relação de Jesus com o Pai. Tal realidade, totalmente nova, é o coração da Oração do Senhor, ou Oração Dominical, o Pai Nosso que devemos rezar todos os dias. A novidade não está no conteúdo dos pedidos, pois os pagãos pediam pelos alimentos necessários, os judeus imploravam a vinda do Reino e o perdão dos pecados, mas na confiança, no abandono da vida do orante nas mãos de Deus. Jesus é o Orante por excelência; é por ele, com ele e nele, que nos dirigimos ao Pai no Espírito Santo. A oração cristã é participação na oração de Cristo, pois ele está à direita do Pai intercedendo por nós (Cf. Hb 7,25), ou seja, como Sumo e Eterno Sacerdote, ele continuamente se oferece ao Pai no Espírito para a nossa salvação.
A Liturgia cristã, pela celebração dos sacramentos, cujo centro é a Santa Eucaristia, a Liturgia das Horas e o Ano Litúrgico é a atualização da obra Redentora do Senhor Jesus, o Vivente, direcionada para a glória do Pai e para a santificação de cada pessoa. No fim do Evangelho, Jesus nos aponta o essencial que devemos pedir: o Espírito Santo. Nossa vida, nossa oração, nossos pedidos, devem estar em comunhão do Espírito Santo, ou seja, de acordo com o querer de Deus. O Pai só ouve o coração que se deixa conduzir pelo seu Espírito ou a oração que contribui para uma maior abertura à ação do Paráclito.
A segunda leitura (Cf. Cl 2,12-14), sem aludir diretamente ao tema da oração, convida a fazer de Cristo a referência fundamental (neste contexto de reflexão sobre a oração, podemos dizer que Cristo tem de ser a referência e o modelo do crente que reza: quer na frequência com que se dirige ao Pai, quer na forma como dialoga com o Pai).
Rezemos com grande confiança a Oração do Pai Nosso: não tenhamos medo de chamar a Deus de Pai. Devemos fazer do nosso coração o lugar da acolhida do projeto de Deus na nossa vida. Diante do Pai, com fé, esperança e confiança, vamos bater à porta, suplicar, chorar apresentando todas as preocupações. Tenho plena certeza de que o Todo-Poderoso ouvirá, atenderá, e responderá abundantemente de acordo com o tamanho da nossa oração. O desafio se chama: persistência, disciplina e fidelidade na oração. Portanto, como disse Paulo aos novos convertidos de Tessalônica também digo a ti: reze sem cessar, ou seja: Não pare de rezar! Confie e Deus irá ouvir as suas preces!
                          Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG
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26 de julho:

Dia de celebrar os avós e
a memória de São Joaquim e Sant´Ana, avós de Jesus 
Cumplicidade talvez essa seja a palavra mais adequada para descrever a relação de avós e netos que traz uma série de benefícios para todos os envolvidos. O dia 26 de julho é dia de celebrar a vida dos avós e a memória de São Joaquim e Sant´Ana, pais de Maria, avós de Jesus.
De acordo com a tradição cristã, os Santos são lembrados por terem educado Maria no caminho da fé, alimentando seu amor pelo Criador e preparando-a para sua missão. Essa formação, influenciou profundamente na educação de Jesus.
A devoção a Sant’Ana chegou ao Brasil trazida pelos portugueses. Ana é a imagem da mãe educadora e da avó que ensina os netos. Entretanto, na velhice os papeis muitas vezes se invertem. Os netos acabam cuidados dos seus avós. Mesmo assim, na condição de idosos não deixam de ensinar, repassar aos mais jovens aquilo que aprenderam com a vida, pois carregam consigo uma coisa chamada ‘experiência de vida’.
De acordo com o arcebispo de Curitiba e referencial da Pastoral da Pessoa Idosa, dom José Antônio Peruzzo, o melhor dos aprendizados é aquele que contempla intensamente a dimensão afetiva das relações de encontro e de comunhão. Eis aí o lugar dos avós para os netos. Segundo ele, nos dias atuais é muito comum que pai e mãe trabalhem fora. A presença dos avós se torna mais ativa.
“O benefício é recíproco. Para eles renovam-se as vitalidades e os afetos. Para os netos a presença do Vô e da Vó lhes infunde um senso de largueza das relações familiares. Ao mesmo tempo percebem, desde a infância, a realidade da fragilidade, o que lhes favorece a superação de preconceitos, o sentido de solidariedade, além do valor da partilha, ressalta.
Foto: divulgação
Nesse contexto, o cuidado e a preocupação com idosos são fundamentais. Uma pesquisa do IBGE, divulgada em maio de 2019, mostra que população brasileira está envelhecendo. Entre 2012 e 2018, houve um aumento de 26% no número de pessoas com 65 anos de idade ou mais, ou seja, 10,5% (21,872 milhões) do total da população residentes no Brasil em 2018 que foi estimada em 207,8 milhões de pessoas.
Diante dessa realidade, a Igreja no Brasil tem realizado um trabalho de acolhida e cuidado através da pastoral da Pessoa Idosa, criada em 1993 pela médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, também criadora da Pastoral da Criança. Segundo sua fundadora, o objetivo é fazer com que os idosos tenham uma vida melhor, mais saúde, mais alegria e possam participar ativamente das comunidades onde estão inseridos.
Dom Peruzzo ressalta que apesar da população brasileira esta cada vez mais longeva, os idosos frequentemente são esquecidos. “É elevado o número dos que experimentam quadros de esquecimento, de tácito desprezo, mergulhados em situações de graves frustrações, justamente em uma fase frágil de suas vidas. A lembrança dos Avós recorda à Igreja seu indispensável compromisso com os mais fracos”.
Nesse contexto, a celebração da festa de São Joaquim e Sant’Ana, se destaca pela importância dos avós na vida da família, principalmente, na transmissão da fé que é essencial para qualquer sociedade. Mas também é um data que faz refletir sobre a vida como tem sido a vida e a relação das famílias com seus idosos.
“Nossa gente ainda não parou para olhar com atenção a feição para os milhares, mas muitos milhares, de idosos imersos em solidão nas nossas grandes metrópoles. Especialmente nas áreas urbanas mais antigas (edifícios e/ou casas antigas) há idosos esquecidos. Com isso, acentuam-se, então, quadros de depressão e sentimentos de abandono, de inutilidade”.
Foto: divulgação
No Regional Sul 4 da CNBB, que abrange o estado de Santa Catarina, por exemplo, a Pastoral da Pessoa Idosa da Arquidiocese de Florianópolis, realiza sempre no dia 26 de julho a tradicional festa no Santuário de Santa Paulina, em Vígolo, Nova Trento (SC), que conta com longa programação que conta com a Santa Missa, almoço e bingo animado.
“O objetivo do encontro é celebrar o dia dos avós e proporcionar momentos de alegria, oração e congraçamento de avós, destaca a coordenadora arquidiocesana da pastoral em Florianópolis (SC), Oswaldina Zucco Weber.
Foto: Arquidiocese de Campinas (SP)
Atualmente, a pastoral que foi implantada na arquidiocese em 2006, atua em 26 paróquias, abrangendo 15 municípios. Ao todo, 1.080 idosos são visitados, mensalmente, por 312 líderes comunitários voluntários. Já no estado de Santa Catarina a pastoral está implantada em nove dioceses e atende quase seis mil idosos mensalmente.
O atendimento pastoral a pessoa idosa também é destaque no Regional Sul 1 da CNBB, que abrange o estado de São Paulo. Cada aqui/diocese prepara sua programação que em geral contempla a missa, palestras variadas, bingo, chá da tarde, brincadeiras, danças e artesanatos para os idosos acompanhados pela pastoral.
A coordenadora estadual da Pastoral da Pessoa Idosa do Regional Sul 1 da CNBB, Sandra Michellin, diz que a pastoral contribui e muito com o que pede o Papa Francisco aos cristãos, serem uma Igreja em saída, indo ao encontro do mais necessitado.
“Nós enquanto Igreja, somos convidados a levar o olhar misericordioso de Deus aquela pessoa idosa fragilizada, que pode ter feito parte da comunidade e hoje não pode mais sair de seu domicílio; então o líder vai para dizer que Deus a ama”, destaca.
Foto: Arquidiocese de Campinas (SP)
Sandra ressalta ainda que durante a visita dos agentes da pastoral há sempre o momento de oração, na maioria das vezes solicitada pela própria pessoa idosa. Segundo a coordenadora, no estado de São Paulo são acompanhadas 15.500 pessoas idosas; 12.700 famílias através de 2.960 lideres atuantes.
“É a oportunidade do líder mostrar o amor infinito que Deus tem por cada um de nós. É nos ensinamentos da nossa amada Igreja que o Líder se abastece para passar adiante”, diz Sandra.
“A Pastoral da Pessoa Idosa, para muitos deles, é o afeto pelo qual anseiam. E é a presença solidária, carinhosa e gratuita da Igreja justamente naquelas situações em que até a voz e as forças declinam. É uma missão pouco vista, mas de silenciosas e evangélicas evidências”, finaliza dom Perruzzo.  
Neste 26 de julho, celebrar a festa de São Joaquim e Sant’Ana é festejar a importância dos avós na vida da família, o relacionamento entre avós e netos e, principalmente, o cuidado e o afeto com aqueles que carregam na bagagem longos anos de vida.
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                                                                                                                    Fonte: cnbb.org.br