segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Em setembro, Papa pede oração e respeito ao meio ambiente:

não ao saque, sim à partilha

Francisco, no vídeo de intenção de oração para o mês de setembro, faz um apelo ao cuidado da Criação “hoje, não amanhã, hoje” e “com responsabilidade”. Enquanto pede oração para que os recursos do planeta “não sejam saqueados, mas partilhados de forma justa e respeitosa”, denuncia o enriquecimento de países e empresas com a exploração de dons naturais, gerando uma “dívida ecológica”: quem pagará essa dívida?
“Estamos espremendo os bens do planeta. Espremendo-os, como se fosse uma laranja. Países e empresas do Norte enriqueceram explorando dons naturais do Sul, gerando uma ‘dívida ecológica’. Quem pagará essa dívida? Além disso, a ‘dívida ecológica’ é ampliada quando multinacionais fazem fora de seus países o que elas não têm permissão para fazer nos seus. É ultrajante. Hoje, não amanhã, hoje, temos que cuidar da Criação com responsabilidade. Rezemos para que os recursos do planeta não sejam saqueados, mas partilhados de forma justa e respeitosa. Não ao saque, sim à partilha.”
No vídeo de intenção de oração para o mês de setembro, enquanto pede rezar pelos recursos do planeta, o Papa Francisco denuncia o enriquecimento de países e empresas com a exploração do meio ambiente, expressando, assim, a sua preocupação com a geração de uma “dívida ecológica”. O convite para cuidar da Criação “hoje, não amanhã, hoje” e “com responsabilidade” acontece nesta segunda-feira (31), véspera do Dia Mundial de Oração pela Criação; no âmbito do #TempoDaCriação, celebrado de 1º de setembro a 4 de outubro; e no 5º aniversário da Laudato si'.
A campanha pelo cuidado da Criação, além do novo Vídeo do Papa, com a intenção de oração de Francisco confiada a toda Igreja por meio da Rede Mundial de Oração do Papa (que inclui o Movimento Eucarístico Jovem - MEJ), também reúne o trabalho de várias ONGs, buscando a transformação social e procurando melhorar a vida dos mais desfavorecidos.
O alerta para a dívida ecológica
A mensagem do Papa Francisco sobre o cuidado da Criação é contundente quando afirma que “estamos espremendo os bens do planeta. Espremendo-os, como se fosse uma laranja”. É por isso que o Pontífice encoraja todas as pessoas a tomarem consciência da grave "dívida ecológica", resultado da exploração dos recursos naturais e da atividade de algumas multinacionais que "fazem fora de seus países o que não é permitido nos seus."
Um exemplo para a desproporção dos recursos, segundo relatórios internacionais, é que quase um bilhão de pessoas vão dormir com fome todas as noites. Isso acontece não porque não haja comida suficiente para todos, mas por causa da profunda injustiça na maneira como a comida é produzida e distribuída. Entre as causas estão: o aumento do poder empresarial na produção de alimentos, a crise climática e o acesso injusto aos recursos naturais, o que afeta a capacidade das pessoas de cultivar e comprar alimentos.
A exploração de recursos naturais não-renováveis, incluindo o petróleo, o gás, minerais e madeira, tem sido frequentemente identificada como um dos fatores desencadeadores, impulsionadores ou sustentadores de conflitos violentos em diferentes partes do mundo.
A promoção da ecologia integral
O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, declarou que, “nestes tempos de pandemia, estamos mais conscientes, como o Santo Padre já disse várias vezes, da importância de nossa Casa Comum, o que nos recorda a necessidade de cuidar dos bens do planeta”. O padre lembrou que, em maio deste ano, Francisco divulgou uma mensagem em vídeo para a Semana Laudato Si’ com o convite de "responder à crise ecológica, ao grito da terra e ao grito dos pobres".
O diretor, então, encorajou à oração, junto com o Papa, e finalizou:
“Hoje, mais do que nunca, temos que ouvir esse clamor e promover concretamente, com um estilo de vida pessoal e comunitário sóbrio e solidário, uma ecologia integral. Vamos rezar por isso porque é um caminho de conversão.”
Andressa Collet - Vatican News
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Assista:
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Mês da Bíblia 2020:

como se preparar?


A Edições CNBB realizou no dia 27 de agosto,  uma live cujo título foi “Preparação para o Mês da Bíblia”.  O objetivo da formação, segundo o mediador da live, padre Jânison de Sá, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi conhecer melhor o tema do mês da Bíblia 2020 (setembro), o livro que será objeto de estudo este ano e importância do mês da Bíblia para a Igreja no Brasil. Este ano, 2020, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11).
Participou da live como convidado o bispo de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini. Ele também é presidente do regional Centro-Oeste da CNBB, membro da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB e mestre em ciências bíblicas. Outros convidados foram o frei Ildo Perondi, doutor em Teologia Bíblica e professor de Bíblia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná e a assessora da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, irmã Izabel Patuzzo.
História do Mês da Bíblia
Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO), falou sobre origem da celebração do Mês da Bíblia, um evento que é específico da Igreja no Brasil. Segundo ele, a semana tem origem com o Domingo da Bíblia, cujo início no Brasil se deu a partir da 1ª Semana Bíblica Nacional, em 1947. “A partir desta data começou-se a celebrar o Domingo da Bíblia, sempre no último domingo do mês de setembro. Neste o mês, dia 30, comemora-se também o dia de São Jerônimo, um grande conhecedor da Bíblia, exegeta e tradutor da Bíblia para o latim, a vulgata”, disse.
Depois do “Domingo da Bíblia”, dom Waldemar lembrou que passou-se a celebrar o Mês da Bíblia a partir de uma iniciativa pioneira da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) que se expandiu para o regional Leste 2. Em 1976, a celebração do Mês da Bíblia foi assumida pela CNBB e em todo Brasil. “Inicialmente fazia-se uma reflexão por temas, depois passou-se à aprofundar os livros da sagrada escritura”, disse.
Orientações pastorais para o Mês da Bíblia no contexto da pandemia
O presidente do regional Centro Oeste da CNBB também falou das orientações pastorais para realização do Mês da Bíblia este ano em decorrência da pandemia da Covid-19. O bispo disse que a Igreja no Brasil e a Comissão Bíblico-Catequética da CNBB estão num tempo de adaptação. “Estamos acompanhando os dramas e as tragédias das pessoas e de seus familiares e também de coisas que tocam a vida de nossas comunidades, cidades, país e mundo”, disse.
Dom Waldemar disse que a Igreja, por ser encarnada nas diferentes realidades, não pode ficar alheia ao avanço do novo Coronavírus. Contudo, o bispo de Luziânia disse que isto não significa que ela deve permanecer parada e se ausentar da reflexão, da oração e dos encontros.  Ele reforçou, por outro lado, que são necessárias adaptações. “Esse ano, diante desta realidade, imagino que o lugar da oração e reflexão da família já conquistou espaço. Para o Mês da Bíblia a prioridade deve ser à Palavra de Deus”, disse.
A sugestão da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB é que a oração, a reflexão e os estudos sejam feitos em família sobre o Livro do Deuteronômio, tendo o cuidado de adaptar a reflexão às diferentes idades. O material também, como sugestão da Comissão da CNBB, poderá ser estudado em grupos de convivência que tenham uma espiritualidade bíblica (amigos, colegas de trabalho, círculos bíblicos, entre outros). Uma outra sugestão é fazer encontros à distância pelas plataformas que permitem reuniões online. Encontros, como este, sugeriu dom Waldemar, podem ser organizados pelas comunidades e paróquias.
Como método, dom Waldemar deu duas orientações: a) se ater à leitura contínua do texto proposto, o que ajuda a entender o contexto no qual está inserida a história e a oração com o mesmo. Uma opção, aponta, é fazer a leitura orante com os textos bíblicos sugeridos. Momentos importantes, reforçou dom Waldemar, são as celebrações da Palavra e as homilias, onde os ministros leigos e ordenados poderão aprofundar a Palavra de Deus.
Deuteronômio: o livro de estudo em 2020
Segundo o bispo, trata-se de um livro de grande importância, citado várias vezes no Novo Testamento. “Nós precisamos, como sempre para o Antigo Testamento, termos a referência da leitura cristã. Lemos o Antigo Testamento como Palavra de Deus para nós, mas temos na mente e no coração o Evangelho de Jesus Cristo e a teologia do Novo Testamento para nós como um todo. Assim vamos ao livro de Deuteronômio e vamos encontrá-lo tal como ele se apresenta”, disse.
O bispo de Luziânia disse que trata-se de um texto de grande importância teológica porque coloca em seu centro a Lei de Deus. Lei como núcleo primeiro dado a Moisés e que depois de muito tempo continua falando a seu povo, estimulando o culto a Deus, mais tarde reconhecido como único e promove relações de fraternidade entre irmãos  e entre o povo de Israel.
“O texto nos é dado como último livro do Pentateuco pelo próprio Moisés. Aí nós encontramos a primeira referência clássica da revelação, sendo  Moisés o grande mediador desta revelação entre Deus e o povo que ele escolheu. Mas temos também no livro a resposta que o povo eleito deve dar ao seu Deus: ‘a vivência dos mandamentos como resposta à escolha e aliança estabelecida por Deus com seu povo'”, explicou.
No núcleo do livro, entre os capítulos 12 ao 16, encontra-se o “Código Deuteronômio”, um conjunto de preceitos que vai do culto à relações sociais e familiares e a como lidar com a guerra e com o conflito nas cidades que Israel vai conquistando. “O livro chama a atenção sobre como usar a lei não apenas para ocupar a terra mas também para permanecer nela e torná-la fecunda. É um texto forte que perpassa períodos distintos da história mas sempre com a mesma teologia: a resposta fiel ao Deus que elegeu Israel, Judá o seu povo”, apontou.
Lema do Mês da Bíblia
A irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, aprofundou o lema bíblico escolhido este ano: “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11).  Segundo ela, o lema remete à questão da solidariedade. A religiosa destacou que o livro fala, especialmente, do cuidado com três categorias muito importantes para a época aos olhos de Deus: o estrangeiro, o órfão e a viúva, citados 11 vezes.
“O órfão, a viúva e os estrangeiros não são do tempo em que o povo recebeu a lei no deserto e que viveu em tribos. São categorias que aparecem no tempo que já tinha se constituído o Estado. Já havia guerras e migrações forçadas. O livro lembra Israel sempre da sua origem e que Deus o escolheu quando era um povo pobre, escravo e necessitado no Egito. Em decorrência disto, após entrar na terra prometida, eles deveriam cuidar também para que não houvesse pobres entre eles”, disse. Irmã Izabel falou do dízimo e de outras práticas que foram adotadas pelo povo de Israel para não permitir que entre eles existissem empobrecidos e para que se tornasse um povo, entre o qual, a retidão, a justiça e a solidariedade acontecessem.
O subsídio do Mês da Bíblia 2020
O professor da PUC-PR, frei Ildo falou das temáticas relevantes do livro. Segundo ele, o livro é organizado como se fossem os últimos discursos proferidos por Moisés antes de o povo entrar entrar na terra prometida tendo sido conduzido por Josué. “Temos, no livro,  uma série de leis para que o povo possa viver bem na terra que entrará. Os temas mais importantes que encontramos em toda a Bíblia também estão presentes no livro do Deuteronômio”, disse. O primeiro mandamento é que o povo de Israel, ao entrar na terra prometida, seja um povo que escute a palavra do senhor e a deixe cair em seu coração. “Jesus ensina, no Novo Testamento, que o amor a Deus precisa se traduzir em solidariedade aos irmãos”, disse.
Neste ano, segundo o professor, que foi um dos autores do subsídio de reflexão, o Mês da Bíblia quer recordar que aquele que quer agradar a Deus não basta se dirigir ao Senhor mas que é necessário também abrir a sua mão para o irmão. “Na terra prometida e da promessa, o povo de Deus é chamado a viver uma vida nova, onde a vida deve prevalecer, neste lugar não deve haver pobres. A terra que o povo está entrando é a terra do leite e do mel, portanto é a terra da fartura, que é dom de Deus, e nesse lugar não pode haver a opressão”, disse.
O biblista apontou que no capítulo 30, um dos textos mais bonitos do livro, entre os versículos 15 ao 20, há toda uma proposta colocada diante do povo: escolher entre a vida ou a morte, entre a bênção ou a maldição, etc. O professor lembrou que é do livro o lema bíblico adotado pela Campanha da Fraternidade de 2008: “Escolhe, pois, a vida”. A campanha teve como tema “Fraternidade e defesa da vida”.
“Nós lemos a Bíblia não apenas para compreendê-la mas para colocá-la em prática. O livro do Deuteronômio levanta hoje muitos gritos, apelos e clamores. Muitas das realidades que estamos vivendo hoje se assemelham à realidade que o povo de Deus passou. Hoje temos uma massa de pessoas empobrecidas. O tema é muito mais que atual. A questão do acesso à terra também é um tema no livro. A terra que deve ser partilhada para o sustento dos irmãos. O tema da justiça também: as leis devem ser para que o povo possa viver. Os pobres, hoje, dificilmente têm acesso à justiça. Este é um tema que o livro nos convida a refletir e a colocar em prática também. No Deuteronômio estão os 10 mandamentos. Uma das questões que se pede é que não se use o nome de Deus em vão. Hoje estamos numa época que o uso e a banalização do nome de Deus está sendo banalizado, inclusive nos discursos políticos”, disse.
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domingo, 30 de agosto de 2020

Papa Francisco no Angelus deste domingo:

Cada um de nós deve tomar a própria cruz

“Se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”, palavras do Papa Francisco ao falar sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a nossa própria cruz”.
Jane Nogara – Vatican News - Na oração do Angelus deste domingo (30/08) o Santo Padre refletiu sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a própria cruz”. Francisco discorreu sobre o Evangelho de Mateus quando Jesus pela primeira vez falou aos seus discípulos sobre o final que o espera na Cidade Santa:
“Diz que terá que ‘sofrer muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia’”
A reação dos discípulos a esta predição é considerada imatura por Jesus: “Ainda têm uma fé imatura e muito ligada à mentalidade deste mundo”. Eles não querem que Jesus passe por isso.
“Para Pedro e os outros discípulos - mas também para nós! - a cruz é um ‘escândalo’, enquanto Jesus considera um ‘escândalo’ fugir da cruz, o que significaria fugir da vontade do Pai, da missão que Ele lhe confiou para nossa salvação”
Tomar a própria cruz
Jesus, continua Francisco, aponta o caminho do verdadeiro discípulo mostrando duas atitudes: “A primeira é ‘renunciar a si mesmo’, o que não significa uma mudança superficial, mas uma conversão, uma inversão de valores. A outra atitude é tomar a própria cruz” . Explicando que “não se trata apenas de suportar pacientemente as tribulações diárias, mas de carregar com fé e responsabilidade aquela parte do esforço e do sofrimento que a luta contra o mal implica”.
O Papa aprofunda este ponto exortando:
“Façamos com que a cruz pendurada na parede de casa, ou a pequena que usamos no pescoço, seja um sinal de nosso desejo de nos unirmos a Cristo no serviço a nossos irmãos com amor, especialmente os pequenos e mais frágeis”
Jesus crucificado, verdadeiro Servo do Senhor
Em seguida recorda ainda que a cruz é sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus, e não deve ser reduzida a um objeto de superstição ou uma joia ornamental.
“Toda vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensamos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu Sua missão dando a vida, derramando Seu sangue para a remissão dos pecados”
Por fim ensina que “se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”.
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Assista:
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Papa recorda o Jubileu da Terra

Ao fazer as saudações, depois do Angelus, às iniciativas para o Jubileu da Terra o Papa Francisco falou sobre o desastre ambiental ocorrido em Maurício.
Jane Nogara - Vatican News - Depois do Angelus deste domingo o Santo Padre recordou que na próxima terça-feira, dia 1º de setembro, é o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação.
Francisco disse:
“A partir desta data, até 4 de outubro, celebraremos com nossos irmãos e irmãs cristãos de várias Igrejas e tradições o "Jubileu da Terra", para comemorar o estabelecimento, 50 anos atrás, do Dia Mundial da Terra”
Em seguida fez algumas saudações:
“Saúdo as diversas iniciativas promovidas em todas as partes do mundo e, entre elas, o Concerto realizado hoje na Catedral de Port-Louis, capital de Maurício, onde infelizmente ocorreu recentemente um desastre ambiental”
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Papa pede respeito
da legalidade internacional no Mediterrâneo Oriental

O Papa Francisco faz um apelo ao diálogo construtivo e ao respeito pela legalidade internacional para resolver a crise no Mediterrâneo entre a Grécia e a Turquia.
Jane Nogara - Vatican News - Depois do Angelus deste domingo (30/08) o Papa Francisco não deixou de falar sobre uma das mais iminentes crise que está ocorrendo no Mediterrâneo Oriental. O Papa refere-se às graves tensões em uma estreita faixa marítima entre a Grécia e a Turquia. O motivo seria a posse de grandes recursos energéticos presentes na área.
Eis as palavras do Papa:
“Acompanho com preocupação as tensões na área do Mediterrâneo Oriental, que é minada por vários surtos de instabilidade. Por favor, apelo ao diálogo construtivo e ao respeito pela legalidade internacional para resolver os conflitos que ameaçam a paz dos povos daquela região”
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Reflexão para o

22º Domingo do Tempo Comum

“Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e que perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la.” Esse acréscimo nos traz muito conforto, porque perder a vida será por causa Dele, por causa Daquele que nos seduz com seu amor; por isso iremos reencontrá-la.
A atração que Deus exerce sobre nós é fortíssima e comparada à sedução, segundo Jeremias 20, 7-9, primeira leitura de hoje. Tão forte que o seduzido se deixa seduzir. Essa sedução levou o homem de Deus a profetizar, denunciando as maldades e anunciando as calamidades, consequências desses atos. Por outro lado, os adversários da justiça fazem chacotas, bullying, tornando insuportável a vida da pessoa.
Também nós, quando nos tornamos diferentes de outros por nosso comprometimento com a justiça de Deus, com seu Reino, experimentamos o mesmo, através de risadinhas, marginalizações, apelidos e tudo o mais que nos faz sentir pessoas estranhas e colocadas para fora do ambiente. Perdemos “amizades”, promoções, tranquilidade na vida e corremos risco de agressões físicas e até de morte.
Aí, para nos dar conforto e consolo, lemos no Evangelho de hoje, tirado de Mateus, 16, 21-27 que Jesus diz ter de ir a Jerusalém para sofrer nas mãos dos anciãos, morrer e ressuscitar. Imediatamente, Pedro, com sua santa e ingênua valentia, toma a palavra para corrigir o Senhor e recebe Dele, um solene fora, chamando-o de discípulo dos homens e não de Deus. De fato, nossa mente humana quer o bem às pessoas queridas, mas somos muito estreitos nesse natural desejar o bem aos amados, desejamos preservar sua vida física, quando há algo muito mais importante que a vida física, que é a vida moral, psíquica e espiritual. O que nos faz feliz não é uma vida longa, mas uma vida em que nossa consciência esteja em paz e seja um o nosso modo de pensar e de agir. 
Em seguida Jesus, se dirigindo a todos e também a nós, é bem mais forte dizendo que: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga.”  O Senhor nos propõe a abnegação e a acolhida a tudo aquilo de que nossa condição mortal tem pavor, o sofrimento permanente. Não que Ele nos queira pessoas masoquistas, mas pessoas que tem ideal e o colocam acima de tudo, até do próprio bem estar. Ele, Jesus, se coloca como modelo a ser seguido. Ele é o nosso parâmetro! Afinal temos prazer em dizer que somos cristãos, que diga o censo do IBGE!
Mais, Jesus acrescenta: “Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e que perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la.” Esse acréscimo nos traz muito conforto, porque perder a vida será por causa Dele, por causa Daquele que nos seduz com seu amor; por isso iremos reencontrá-la.
E o Senhor conclui seu pensamento com sua lógica: “De fato, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida?” Tudo passa, menos o Senhor da Eternidade! Posso satisfazer o mundo, seus habitantes, meus familiares, amigos, colegas, simpatizantes e ser muito benquisto e ganhar até o Prêmio Nobel de uma ciência ou o da Paz! Posso ser um importantíssimo chefe de Estado ou até mesmo um grande estadista, mas tudo isso passa! Pode até haver uma reviravolta de valores e derrubarem minha estátua colocada em uma das salas de visita do mundo que se diz civilizado. Ganhei o mundo, mas e minha vida? Para quê? Para quem? O que foi feito dela? Do mesmo modo que passado horas de um grande banquete onde me fartei até não mais poder, e agora sinto um imenso vazio – no estômago também -  fome e o desejo de saciar estão presentes! Assim também, meu desejo de ser reconhecido, homenageado, glorificado e, por que não, endeusado, volta a estar presente e começo a sentir frustração.
Ao contrário, se por causa de Jesus Cristo e sua Justiça, esqueci de mim mesmo, de minha zona de conforto, de um futuro pacífico, vida afetiva com os meus, aposentadoria, saúde e vida física e enfrentei humilhações, necessidades, situações desfavoráveis e feras inteligentemente agressivas e altamente vorazes, a solidão do horto onde os amigos mais próximos “dormiam”, tudo isso por causa Dele que me seduziu com seu Amor, terei ganho Tudo, porque o amor não trai, o amor é fiel, o Amor é Deus!
E para terminar a confortadora palavra de Paulo em sua Carta aos Romanos 12,1-2; nossa segunda leitura. O Apóstolo nos propõe a nos oferecermos como “sacrifício vivo” a Deus, dizendo que isso será o nosso culto espiritual!
Nosso culto ao Senhor que nos escolhe para sermos unicamente Dele e, por isso, nos seduz, para que não seja fácil Lhe dizer não, será nos oferecermos totalmente a Ele, como numa entrega nupcial onde a felicidade, o prazer estar em um se entregar ao outro e se sentir do outro, uma autêntica comunhão de Vida e de Amor, para sempre!
Amar e ser amado!
Meu Deus, eu vos busco em todas as pessoas e em todas as coisas e nelas eu vos encontro, em cada uma delas eu vos amo e adoro! Todas me levam a Vós, Senhor e em cada uma sinto o rastro de vosso amor por mim. Tornai-me livre para que nelas eu vos encontre e nelas eu saiba vos distinguir, presente em todas elas! Elas são gestos de vosso amor por mim. Que eu saiba ir além do presente e ame o presenteador, presente no mimo recebido. Amém.
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sábado, 29 de agosto de 2020

Por ocasião do Dia do Catequista,

dom Peruzzo fala de sua alegria em se integrar a eles

Por ocasião do Dia do Catequista, celebrado este ano em 30 de agosto, o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Antônio Peruzzo, gravou um vídeo falando de sua alegria em se integrar a eles.
Dom Peruzzo afirma que os catequistas são “muitos por esse Brasil afora” e que em diversos contextos e situações são eles sozinhos os responsáveis por evangelizar.
“Eu gostaria em nome da CNBB de ir até você e lhe dar um grande abraço de gratidão porque foram muitas as horas dedicadas, os esforços, as vezes até distâncias percorridas, cansaços, lágrimas; mas quanta satisfação e quanta paz interior que, você, por causa do Seu Senhor Jesus Cristo dedicou as melhores possibilidades dos seus afetos e das suas capacidades para falar de Jesus Cristo e apresentá-lo aos catequizandos”, disse.
Por fim, dom Peruzzo salientou que o Senhor nunca deixa vencer em generosidade e irá retribuir a todos os catequistas em linguagem de paz, de serenidade e de sabedoria. “Nunca esqueça que o Senhor será sempre grato pelos seus gestos (…). É vocação que você acolheu, é missão que assume, é encanto que oferece, é paixão que comunica, é sentido para os seus catequizandos. Que Deus lhe abençoe e o Espírito Santo o acompanhe”, finaliza dom Peruzzo.
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Papa Francisco nomeou

o novo Núncio Apostólico para o Brasil

Trata-se de Sua Excelência Reverendíssima Dom Giambattista Diquattro, Arcebispo titular de Giromonte, até agora Núncio Apostólico na Índia e Nepal.
Vatican News - O Santo Padre nomeou o novo Núncio Apostólico para o Brasil. Trata-se de Sua Excelência Reverendíssima Dom Giambattista Diquattro, Arcebispo titular de Giromonte, até agora Núncio Apostólico na Índia e Nepal.
Giambattista Diquattro nasceu em Bolonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954 é arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacerdote em 1981.  Recebeu seu mestrado em Direito Civil na Universidade de Catânia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em Roma e mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.
Entrou para o Serviço Diplomático da Santa Sé em 1º de maio de 1985, e serviu em missões diplomáticas nas representações pontifícias na República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Chade, nas Nações Unidas em Nova York, e mais tarde na Secretaria de Estado do Vaticano, e na Nunciatura Apostólica na Itália. O Papa João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Panamá em 2 de abril de 2005. Bento XVI o nomeou núncio apostólico na Bolívia em 21 de novembro de 2008 e em 21 de janeiro de 2017, o Papa Francisco o nomeou Núncio Apostólico na Índia e no Nepal. 
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Baixe o roteiro da celebração em família

para o 22º Domingo Comum


A Igreja celebra neste domingo, 30 de agosto, o 22º Domingo do Tempo Comum e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, oferece mais uma vez o roteiro “Celebrar em família”. O material, em sintonia com o Mês Vocacional, recorda a vocação dos catequistas.
“Nesse 5º domingo do mês vocacional queremos rezar pela vocação e missão de todos os catequistas que fazem com que Jesus seja conhecido e amado por tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos. Louvemos a Jesus pelo dom de sua páscoa e por nos convidar a sermos colaboradores de sua missão”, lê-se na abertura da celebração.
O Evangelho do dia – Mateus 16, dos versículos 21 ao 27 – apresenta o primeiro anúncio da Paixão e a exortação de Jesus a Pedro.
[…] “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. […] (Mt 16, 24-25)
Neste contexto de pandemia, o roteiro pode ser uma valiosa opção para continuar em comunhão com a Igreja, principalmente às pessoas impossibilitadas por motivo de saúde ou idade, ou porque pertencem ao denominado ‘grupo de risco’, que devem ainda abster-se de participar das celebrações comunitárias dominicais, nos locais em que as missas já retornaram.
A Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB reforça a importância de celebrar verdadeiramente o Dia do Senhor, não só acompanhando pelos meios de comunicação: “São muitos os horários de transmissão de missas em nossos canais católicos que podemos acompanhar, mas vivendo a dignidade de povo sacerdotal que nosso batismo nos conferiu podemos não só acompanhar, mas CELEBRAR com nossas famílias o Dia do Senhor”.
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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

22º Domingo do Tempo Comum

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Jr 20,7-9
Leitura do Livro do profeta Jeremias.
Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder. Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim. Todas as vezes que falo, levanto a voz, clamando contra a maldade e invocando calamidades; a palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha e de chacota o dia inteiro.
Disse comigo: “Não quero mais lembrar-me disso nem falar mais em nome dele”. Senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo; desfaleci, sem forças para suportar.
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 Salmo: 62
A minh’alma tem sede de vós como a terra sedenta, ó meu Deus!
A minh’alma tem sede de vós como a terra sedenta, ó meu Deus!
- Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!/ Desde a aurora ansioso vos busco! / A minh’alma tem sede de vós,/ minha carne também vos deseja,/ como terra sedenta e sem água!
- Venho, assim, contemplar-vos no templo,/ para ver vossa glória e poder. / Vosso amor vale mais do que a vida;/ e por isso meus lábios vos louvam.
- Quero, pois, vos louvar pela vida,/ e elevar para vós minhas mãos!/ A minh’alma será saciada,/ como em grande banquete de festa;/ cantará a alegria em meus lábios,/ ao cantar para vós meu louvor!
- Para mim fostes sempre um socorro;/ de vossas asas à sombra eu exulto!/ Minha alma se agarra em vós;/ com poder vossa mão me sustenta.
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2ª Leitura: Rm 12,1-2
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.
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Evangelho:  Mt 16,21-27
Leitura do Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”
Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta”.


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Reflexão

“A loucura da cruz!

A liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir a “loucura da cruz”: o acesso a essa vida verdadeira e plena que Deus nos quer oferecer passa pelo caminho do amor e do dom da vida (cruz).
Na primeira leitura (cf. Jr 20,7-9), o profeta Jeremias descreve a sua experiência de “cruz”. Seduzido por Deus, Jeremias colocou toda a sua vida ao serviço de Deus e dos seus projetos. Nesse “caminho”, ele teve que enfrentar os poderosos e pôr em causa a lógica do mundo; por isso, conheceu o sofrimento, a solidão, a perseguição. É essa a experiência de todos aqueles que acolhem a Palavra de Deus no seu coração e vivem em coerência com os valores de Deus.
Dom Eurico dos Santos Veloso 
A segunda leitura (cf. Rm 12,1-2) convida os cristãos a oferecerem toda a sua existência de cada dia a Deus. Paulo garante que é esse o sacrifício que Deus prefere. O que é que significa oferecer a Deus toda a existência? Significa, de acordo com Paulo, não nos conformarmos com a lógica do mundo, aprendermos a discernir os planos de Deus e a viver em consequência.
No Evangelho (cf. Mt 16,21-27), Jesus avisa os discípulos de que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas passa pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A reação de Jesus em relação a Pedro nos assusta, porque Jesus nunca havia dito palavras tão duras: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens” (cf. Mt 16,23). Por que Jesus foi tão severo com Pedro? Jesus sabia perfeitamente a verdadeira razão da reação tão ousada de Pedro, que falava por todos. De fato, todos os discípulos sonhavam com um Jesus vitorioso e triunfante que, ao libertar o povo do jugo romano, seria coroado de glória, brilharia como rei de Israel. Para espanto de todos os discípulos, aquele que Jesus havia escolhido como rocha sobre a qual construiria sua Igreja (Mt 16,18) se converte em tentador satânico (Mt 16,23).
Os discípulos, como disse São Paulo aos Romanos, ainda estavam em conformidade com o mundo e não percebiam a vontade de Deus (cf. Rm 12,2); não haviam renunciado a si mesmos para seguir a Jesus em todas as circunstâncias (cf. Mt 16,24-25). Renunciar a si mesmo não significa desprezar-se, ter-se em baixa estima, desvalorizar-se, mas superar o desejo de ser mais que os outros, esforçar-se para esvaziar-se dos desejos utilitaristas, dos desejos de autopromover-se, do desejo desordenado de posse, mando e poder e ter a coragem de arriscar tudo por Jesus. “Quem quiser salvar a sua vida vai perde-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontra-la” (cf. Mt 16,25). O que Jesus quis dizer é que aquele que deseja ser seu discípulo mas continua apegado a tudo aquilo que a vida e o mundo oferecem, corre o risco de perder o maior bem de todos, que é a vida vivida segundo o projeto de Deus, que sabe perfeitamente o que nos convém.
Os homens e mulheres tem dificuldades de renunciar às coisas passageiras. A palavra “renúncia” tem um sentido profundo na visão evangélica. Renúncia quer dizer perda, quer dizer abrir mão de vantagens, de reconhecimentos, abrir mão de ser melhor para ser discípulo de Jesus. A renúncia de si mesmo é o exercício diário do discípulo de Jesus, a renúncia da vontade, das coisas do mundo, do pecado, do favorecimento e de tantas outras coisas que o mundo nos oferece para carregar a nossa cruz e seguir Jesus.
Salvar a vida é perder no sentido de dar, de doar e fazer a oblação de si mesmo, para que a vida de Deus esteja em nós. É preciso entender que o mundo está dentro de nós, o pensamento do mundo está em nós, as vantagens e pregações do mundo estão impregnadas em nós. E precisamos renunciar a mentalidade, os sentimentos e as vantagens que o mundo tanto coloca em nós.
Às vezes, é preferível que tenhamos uma vida razoável ganhando menos, mas estarmos unidos nos verdadeiros valores com a nossa família, do que todos os dias querermos contar vantagens, termos buscas incansáveis financeiras nisso e naquilo e perdendo o que é essencial.
Hoje a Mãe Igreja recorda de modo especial os catequistas. O catequista é o privilegiado transmissor da fé, é aquele que passa a educação na fé. A importância da catequese está em propiciar o encontro com Jesus que nos revela o mistério de Deus, bom e misericordioso, a dignidade da pessoa humana à luz da filiação divina, a felicidade entre nós, o perdão dos pecados, a vida nova que nasce da fé, se manifesta na caridade e se alegra na esperança da felicidade eterna. A catequese é, portanto, todo o processo de iniciação à vida de fé. Inclui o crescimento na santidade pessoal e a inserção na comunidade à luz da palavra de Jesus. Coincide, assim, com a
conversão para Deus na constante superação do pecado e na vida da graça. Neste processo, vamos interiorizando os sacramentos de iniciação: o batismo, a eucaristia e a crisma, que nos capacitam a enfrentarmos a realidade da vida humana como filhos e filhas de Deus, na força do Espírito e na prática da caridade fraterna. Que todos os catequistas recebam nosso afeto e nossa oração. Deus lhes pague e os anime na missão! Catequista é aquele que segue Cristo e renuncia a si mesmo em favor da “loucura da Cruz!”
                                                    Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora
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