O centro da lei é o amor, o amor a Deus e ao próximo
Cidade do
Vaticano (RV) - A alegria de Abraão, que exulta na esperança de se tornar pai,
como prometido por Deus, guiou a reflexão do Papa Francisco no comentário às
leituras do dia durante a sua homilia na Missa na Casa Santa Marta nesta manhã
de quinta-feira (26/03). Abraão é idoso, assim como sua esposa Sara, mas ele
acredita, abre "o coração à esperança" e está "cheio de
consolação". Jesus recorda aos doutores da lei que Abraão “exultou na
esperança” de ver o seu dia “e estava cheio de alegria”:
Peçamos a Deus o dom da esperança e da alegria |
“E isso é o
que eu não entendiam esse doutores da lei. Eles não entendiam a alegria da
promessa; não entendiam a alegria da esperança; não entendiam a alegria da
aliança. Não entendiam! Eles não sabiam se alegrar, porque tinham perdido o
sentido da alegria que só vem da fé. O nosso pai Abraão foi capaz de se
alegrar, porque tinha fé: foi feito juto na fé. Eles haviam perdido a fé. Eles
eram doutores da lei, mas sem fé! Mas mais ainda: eles haviam perdido a lei!
Porque o centro da lei é o amor, o amor a Deus e ao próximo”.
O Papa então
prosseguiu:
“Somente
tinham um sistema de doutrinas precisas e ressaltavam a cada dia que ninguém as
tocasse. Homens sem fé, sem lei, apegados nas doutrinas que também se tornam um
comportamento casuístico: se pode pagar o tributo a César, não se pode? Esta
mulher, que foi casada sete vezes, quando for para o Céu será esposa daqueles
sete? Esta casuística... Este era o seu mundo, um mundo abstrato, um mundo sem
amor, um mundo sem fé, um mundo sem esperança, um mundo sem confiança, um mundo
sem Deus. Por isso, não podiam se alegrar!"
Talvez, os
doutores da lei, observa com ironia o Papa, podiam também se divertir, mas sem
alegria, aliás, com medo. “Esta é a vida sem fé em Deus, sem confiança em Deus
e sem esperança em Deus”. Os seus corações estavam petrificados”. É triste,
sublinha Francisco, “ser um fiel sem alegria e não existe alegria quando
não existe a fé, quando não existe esperança, quando não existe a lei, mas
somente prescrições, a doutrina fria:
“A alegria da
fé, a alegria do Evangelho é o alicerce da fé de uma pessoa. Sem alegria aquela
pessoa não é um verdadeiro fiel. Voltamos para casa, mas antes façamos a
celebração aqui com estas palavras de Jesus: Abraão, vosso pai, exultou na
esperança de ver o meu dia. Ele o viu e ficou cheio de alegria. Peçamos ao
Senhor a graça de exultar na esperança, a graça de poder ver o dia de Jesus
quando nos encontrarmos com Ele e a graça da alegria.” (SP/MJ)
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Papa recorda Santa Teresa ao proferir oração mundial pela paz
O Papa deu início, nesta quinta-feira, (26/03), durante a missa
celebrada na Casa Santa Marta, à oração mundial pela paz em vista dos 500 anos
do nascimento de Santa Teresa d’Ávila, celebrados em 28 de março de 1515.
Francisco proferiu as seguintes palavras:
“Queridos
irmãos e irmãs,
Papa entrega ao superior geral dos carmelitas uma vela e um envelope com a oração |
Depois de
amanhã, 28 de março, celebraremos o quinto centenário de nascimento de Santa
Teresa de Jesus, Virgem e Doutora da Igreja. A pedido do padre geral dos
Carmelitas Descalços, presente aqui hoje com o padre vigário, naquele dia se
realizará em todas as comunidades carmelitas do mundo, uma hora de oração
mundial pela paz. Uno-me de coração e esta iniciativa para que o fogo do amor
de Deus vença os incêndios da guerra e da violência que afligem a humanidade e
que prevaleça o diálogo sobre o confronto armado.
Santa Teresa
de Jesus intercede por esta nossa súplica”, concluiu o pontífice.
O superior
geral dos Carmelitas Descalços, Pe. Saverio Cannistrá, recorda numa nota que
este evento foi preparado durante os últimos anos em todos os mosteiros,
conventos e irmandades do carmelo secular.
“Dois dias
antes de seu aniversário convido os filhos e filhas de Santa Teresa a
oferecê-la uma hora de oração. Uma hora de oração especial em que a intenção de
todos seja a paz no mundo. O mundo está em chamas, dizia Santa Teresa vendo os
conflitos e divisões que devastavam a sociedade de sua época. O nosso mundo
também está em chamas. Não somos sensíveis ou não temos a fé necessária para
crer que podemos apagar o fogo que nos circunda. Absorvidos, às vezes, por
pequenas coisas da vida cotidiana e pelos problemas imediatos, nos esquecemos
de levantar o olhar para o horizonte e descobrir os sinais de sofrimento
presentes em nossa sociedade: guerras, conflitos, terrorismo, violência pública
e doméstica, e gritos de dor. Nesse dia, a voz de Santa Teresa deve ecoar em
nossos corações”, concluiu o prepósito-geral dos Carmelitas Descalços. (MJ)
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Fonte: radiovaticana.va
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