segunda-feira, 30 de abril de 2018

Papa na Santa Marta:

Atenção às curiosidades no mundo virtual
As crianças são curiosas e no mundo virtual encontram tantas coisas ruins. Portanto, é necessário ajudar os jovens a não se tornarem prisioneiros desta curiosidade. É a advertência que o Papa lançou nesta manhã na Missa na Casa Santa Marta. Em vez disso, Francisco exorta a pedir o Espírito Santo que dá certeza.

Cidade do VaticanoSaber discernir entre as curiosidades boas e as curiosidades más e abrir o coração ao Espírito Santo que dá certeza. Estas são as duas exortações que o Papa Francisco abordou na homilia da missa na Casa Santa Marta nesta segunda-feira (30/04) , a partir do Evangelho de hoje (Jo 14, 21-26). De fato, no Evangelho há um diálogo entre Jesus e os discípulos, que o Papa define como "diálogo entre as curiosidades e a certeza".
Na homilia o Papa explica a diferença entre as curiosidades boas e as más, porque "a nossa vida está cheia de curiosidades". Como exemplo de curiosidade boa, refere-se às crianças quando estão na chamada "idade do por quê". Elas perguntam, por quê, quando estão crescendo, percebem coisas que não entendem, estão procurando uma explicação. Essa é uma boa curiosidade, porque serve para crescer e "ter mais autonomia" e é também uma "curiosidade contemplativa", porque "as crianças vêem, contemplam, não entendem e perguntam".
"As fofocas" são, ao invés, uma curiosidade não boa, "patrimônio de mulheres e homens", mesmo que alguém afirme que os homens são "mais fofoqueiros do que as mulheres". A curiosidade má consiste em querer "cheirar a vida dos outros" - explica o papa - em "tentar ir a lugares que acabam sujando outras pessoas", em fazer entender coisas que você não tem o direito de conhecer. Este tipo de curiosidade má "nos acompanha por toda a vida: é uma tentação que sempre teremos": é a advertência do Papa.
Não ter medo, mas ter cuidado: "isso eu não pergunto, isso eu não olho, isso eu não quero". E tantas curiosidades, por exemplo, no mundo virtual, com os celulares e coisas do gênero ... As crianças vão ali e ficam curiosas para ver; e encontram ali muitas coisas ruins. Não há disciplina nessa curiosidade. Devemos ajudar as crianças a viver neste mundo, para que o desejo de conhecer não seja o desejo de ser curiosa, e acabem prisioneiras dessa curiosidade.
A curiosidade dos Apóstolos no Evangelho, porém, é boa: eles querem saber o que acorrerá, e Jesus responde dando certezas, "nunca engana", prometendo a eles o Espírito Santo que - afirma - "ensinará tudo a vocês e recordará tudo o que eu lhes disse".
A certeza nos dará o Espírito Santo na vida. O Espírito Santo não vem com um pacote de certezas e você aceita. Não. Na medida em que caminhamos na vida e pedimos ao Espírito Santo, abrindo o coração, ele nos dá a certeza para aquele momento, a resposta para aquele momento. O Espírito Santo é o companheiro, companheiro de caminho do cristão.
De fato, o Espírito Santo "recorda as palavras do Senhor iluminando-as" e este diálogo à mesa com os Apóstolos, que é "um diálogo entre curiosidade humana e certezas", termina precisamente com esta referência ao Espírito Santo, "companheiro da memória", que "conduz aonde há a felicidade fixa, que não se move". Francisco exorta, portanto, a ir aonde há a verdadeira alegria com o Espírito Santo, que ajuda a não cometer erros:
Peçamos ao Senhor duas coisas hoje: primeiro, de nos purificar ao aceitar as curiosidades – há curiosidades boas e não tão boas - e saber discernir: não, isso eu não devo ver, isso eu não devo ver, isso não devo perguntar. E segunda graça: abrir o coração ao Espírito Santo, porque ele é a certeza, nos dá a certeza, como companheiro de caminho, das coisas que Jesus nos ensinou, e nos faz recordar tudo.
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domingo, 29 de abril de 2018

Papa na oração Regina Coeli deste domingo:

A caridade dos cristãos não nasce de ideologias mas de Jesus
Comentando o Evangelho do dia que propõe o momento em que Jesus se apresenta como a verdadeira videira o Papa observa: "Trata-se de permanecer com o Senhor para encontrar a coragem de sair de nós mesmos"

Cidade do Vaticano - "Toda atividade, pequena ou grande que seja – o trabalho e o descanso, a vida familiar e social, o exercício de responsabilidades políticas, culturais e econômicas - toda atividade, se vivida em união com Jesus e com uma atitude de amor e de serviço, é uma oportunidade para viver em plenitude o Batismo e a santidade evangélica". Foi o que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu neste V Domingo de Páscoa, (29/04) a oração do Regina Coeli na Praça de São Pedro diante de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo.
O Pontífice recordou: "o dinamismo da caridade do crente não é resultado de estratégias, não nasce de solicitações externas, de instâncias sociais ou ideológicas, mas do encontro com Jesus e do permanecer em Jesus. Ele para nós é a videira da qual absorvemos a linfa, isto é, a 'vida' para levar para a sociedade uma maneira diferente de viver e de se doar, o que coloca os últimos em primeiro lugar”.
Comentando o Evangelho do dia que propõe o momento em que Jesus se apresenta como a verdadeira videira e nos convida a permanecer unidos a Ele dar muito fruto, o Papa observa:
"Trata-se de permanecer com o Senhor para encontrar a coragem de sair de nós mesmos, de nossas comodidades, de nossos espaços restritos e protegidos, para entramos no mar aberto das necessidades dos outros e dar amplo respiro ao nosso testemunho cristão no mundo. Essa coragem de entrar nas necessidades dos outros nasce da fé no Senhor ressuscitado e da certeza de que o seu Espírito acompanha a nossa história”.
“Um dos frutos mais maduros que brota da comunhão com Cristo é, de fato – acrescentou o Papa -, o compromisso de caridade para com o próximo, amando os irmãos com abnegação de si mesmo, até as últimas consequências, como Jesus nos amou”.
"Quando alguém é íntimo com o Senhor, como são íntimos e unidos entre si a videira e os ramos, se é capaz de produzir frutos de vida nova, de misericórdia, de justiça e de paz, derivados da ressurreição do Senhor”.
E o Papa recordou o santos: “Isto é o que os santos fizeram, aqueles que viveram em plenitude a vida cristã e o testemunho da caridade, porque foram verdadeiros ramos da videira do Senhor. Mas para ser santo – recordou Francisco - não é necessário ser bispo, sacerdote, religioso ou religiosa. Todos nós somos chamados a ser santos vivendo com amor e oferecendo a cada um o seu testemunho no ocupações de todos os dias, ali onde se encontra”'.
O Papa concluiu suas palavras pedindo a ajuda de maria, Rainha dos Santos e modelo de perfeita comunhão com o Filho divino. “Que Ela nos ensine a permanecer em Jesus, como ramos à videira, e a jamais nos separarmos de seu amor. De fato, nada podemos fazer sem Ele, porque a nossa vida é Cristo vivo, presente na Igreja e no mundo”.
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Francisco reza pela paz entre as duas Coreias
A esperança, após a cúpula entre os dois países na última sexta-feira, é de um diálogo sincero sem armas nucleares.

Cidade do Vaticano - “Acompanho com a oração o resultado positivo da Cúpula Inter-coreana da última sexta-feira e o corajoso compromisso assumido pelos Líderes das duas Partes para realizar um caminho de diálogo sincero em prol de uma Península Coreana livre de armas nucleares. Rezo ao Senhor para que as esperanças de um futuro de paz e mais fraterna amizade não sejam desiludidas, e para que a colaboração possa prosseguir produzindo frutos de para o amado povo coreano e para o mundo inteiro”.
Este é o desejo e a oração do Papa Francisco, entre os aplausos dos fiéis, na conclusão do Regina Coeli deste domingo. Depois do histórico encontro de sexta-feira entre os presidentes das duas Coreias, no vilarejo de fronteira de Panmunjom, de fato, há um otimismo sobre um futuro de paz entre os dois países, ainda formalmente em guerra desde 1950.
Fecha neste mês de maio o local dos testes nucleares
Como revelou à imprensa o porta-voz do presidente sul-coreano, o líder da Coreia do Norte Kim Jong-on prometeu fechar o local de testes nucleares de Punggye-ri até o mês de maio, onde nos últimos 10 anos foram realizadas as seis experimentações atômicos norte-coreanas. O fechamento do local será de forma pública, na presença de especialistas em segurança estadunidenses e sul-coreanos e de jornalistas.
Não ao nuclear e paz com os EUA
Precisamente sobre os Estados Unidos, que nestes dias estão trabalhando para fixar uma data e um lugar para a cúpula com a Coreia do Norte, Kim Jong-Un reiterou ser ele "por natureza contrário aos EUA", mas de não ser "o tipo de pessoa que lança ogivas nucleares contra a Coreia do Sul, Pacífico ou os Estados Unidos". A intenção é de não replicar "a dolorosa história da Guerra da Coreia" e renunciar ao nuclear. "Por que eu deveria manter armas nucleares e viver em condições difíceis ao contrário de nos reunirmos com os estadunidenses para construir a confiança mútua, se ele prometerem acabar com a guerra e de não nos invadirem?", disse o líder de Pyongyang.
Uniformizado o fuso horário
Entre outras medidas que serão realizadas está a uniformidade do fuso horário entre as duas Coreias. A partir de agosto de 2015, o Norte tinha passado das nove horas do meridiano de Greenwich adotadas pela Coreia do Sul e Japão às oito horas e meia, como era na península coreana antes da invasão japonesa de 1910.
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Reflexão para seu domingo

Dar Fruto
A árvore boa se conhece pelos frutos. Precisamos, então, ajudá-la a dar frutos bons com a correção, a exigência dos direitos, da promoção da vida e da dignidade humana.
Jesus faz a comparação de sua pessoa com o tronco da videira. Os ramos desta só frutificarão se estiverem unidos ao caule. Da mesma forma, a pessoa só pode ter efeitos bons de sua vida se suas ações se estiverem unidas a Deus, realizando o que Ele indica.
O mal, o egoísmo, a violência e a injustiça mostram em quem a pessoa que os pratica está unida. Uma árvore frutífera pode dar frutas azedas ou de má qualidade. Por isso, é preciso ser tratada adequadamente para dar produto bom e apetitoso. Da mesma forma, a pessoa humana precisa ser trabalhada para melhorar sua conduta. O ideal seria que, desde o berço, as pessoas fossem cultivadas em seu caráter com valores humanos e religiosos que as fariam realmente humanas, civilizadas e cidadãs.
A influência negativa de maus exemplos condicionam muito as pessoas, os grupos e a sociedade, principalmente se eles não tiverem senso crítico adequado para não de deixarem influenciar negativamente com os estímulos sensoriais, midiáticos e intelectuais. A propaganda  assimilada sem crítica, faz muitos crerem que ela contenha a verdade. Quantas mentiras são tidas como verdade e quantas verdades são aceitas como mentiras! O discernimento requer o conhecimento da base de sustentação da verdade. Sem isso, vão-se engolindo engodos como valores que não têm consistência de  sua real natureza.
Hoje é fácil o uso dos meios de comunicação para se espalharem meias verdades ou  até mentiras que se tornam como veneno envolto em atrativo delicioso. No entanto, uma vez aceitas,  tornam-se como veneno na vida das pessoas desavisadas quanto ao seu conteúdo.
Mais do que nunca precisamos ajudar a promoção da educação com valores que vão além do puro conhecimento técnico e científico. A formação básica para a pessoa ter a cultura da convivência com bem estar de cada um e de todos deve estar fundamentada na alteridade e na ética. A religiosidade bem ajustada a isso inclui necessariamente esses valores imprescindíveis  para a convivência humana harmoniosa e justa.
Temos muitos “ramos” ou pessoas que, na “árvore” social, são como secos, sem dar frutos para si e para a comunidade. Não estão fundamentados na verdade, no bem, no amor, no compromisso com os outros nem consigo mesmas. Precisamos fazer com que essa árvore seja melhor ajustada com a poda da cobrança em relação ao bem comum e a políticas públicas de interesse social abrangente da cidadania para todos. Assim também precisamos da formação da família como canteiro do desenvolvimento do bom caráter, da educação de qualidade, da prevenção e assistência à saúde para todos...
A árvore boa se conhece pelos frutos. Precisamos, então, ajudá-la a dar frutos bons com a correção, a exigência dos direitos,  da promoção da vida e da dignidade humana.
Quando as pessoas se pautarem pelo projeto divino, darão frutos bons, pois, Deus só quer o bem de todos. Ele, bem seguido, faz-nos pessoas que vivem à sua imagem e semelhança.
                                Dom José Alberto Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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                                                   Fonte: cnbbleste2.org.br     Banner: nospassosdepaulo.com.br

sábado, 28 de abril de 2018

Papa neste sábado:

“A pessoa humana
é ponto de encontro e instrumento de unidade”
Francisco recebeu na Sala Paulo VI, cerca de 700 participantes na IV Conferência Internacional, promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura, sobre o tema: “Unidos para curar”.

Cidade do Vaticano - O Santo Padre concluiu sua série de atividades, na manhã deste sábado (28/4), no Vaticano, recebendo, na Sala Paulo VI, cerca de 700 participantes na IV Conferência Internacional, promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura, sobre o tema: “Unidos para curar”, aos quais disse:
“Quando vejo representantes de culturas, sociedades e religiões diferentes unir suas forças, para empreender um percurso comum de reflexão e compromisso em prol de quem sofre, fico muito feliz, pois a pessoa humana é ponto de encontro e instrumento de unidade. De fato, diante do problema do sofrimento humano é preciso saber criar sinergias entre pessoas e instituições, para superar os preconceitos e cultivar maior consideração pela pessoa enferma”.
Referindo-se ao percurso da Conferência, o Papa o sintetizou em quatro aspectos: prevenir, restabelecer, cuidar e preparar o futuro.
Explicando cada um destes aspectos, Francisco disse: “Estamos cada vez mais cientes de que muitos males podem ser evitados, se houver maior atenção pelo estilo de vida e pela cultura que promovemos.
Eis porque é importante “prevenir”, ou seja, ter uma perspectiva profética em relação ao ser humano e ao ambiente; ter uma cultura de equilíbrio para se viver melhor e com menos riscos, em diversos âmbitos: educação, atividade física, observância dos códigos de saúde, derivantes de práticas religiosas e diagnose:
“Isto é particularmente importante se pensarmos nas crianças e jovens, cada vez mais expostos aos riscos de doenças, ligados às mudanças radicais da civilização moderna. É só perceber o impacto que têm sobre a saúde o fumo, o álcool, as substâncias tóxicas, que poluem o ar, a água e o solo, além da alta percentual de tumores. Logo, torna-se urgente uma maior sensibilidade de todos por uma cultura de prevenção para tutelar a saúde”.
Neste sentido, o Papa colocou em realce, com grande satisfação, o grande esforço da pesquisa científica de descobrir novas curas, sobretudo em âmbito regenerativo. Portanto, é preciso restabelecer e curar, mas também, neste contexto, é fundamental aumentar a nossa responsabilidade em relação ao ser humano e ao ambiente. E ponderou:
“Enquanto a Igreja louva todo esforço de pesquisa e seus resultados para curar as pessoas que sofrem, recorda um dos princípios fundamentais: “nem tudo o que é tecnicamente possível e executável  é eticamente aceitável”. A ciência sabe que tem limites e senso de responsabilidade ética, pelo bem da humanidade. “A verdadeira medida do progresso visa o bem do homem na sua totalidade”.”
Enfim, o quarto e último aspecto proposto por Francisco, com base na temática da Conferência Internacional: preparar o futuro, garantindo o bem de toda a pessoa humana. De fato, “devemos refletir sobre a saúde humana, não só em nível científico, mas também preservando e tutelando o ambiente em que vivemos”.
Ao término da audiência, Francisco encorajou os participantes no Congresso, mas também lhes recomendou preparar o futuro mediante uma dúplice ação: “reflexão interdisciplinar, na presença de peritos, por um maior intercâmbio de conhecimentos; e ações concretas pelos que mais sofrem”.
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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Leituras do

5º Domingo da Páscoa

1ª Leitura: At 9,26-31
Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, Saulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discípulo. Então Barnabé tomou Saulo consigo, levou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo tinha visto o Senhor no caminho, como o Senhor lhe havia falado e como Saulo havia pregado, em nome de Jesus, publicamente, na cidade de Damasco.
Daí em diante, Saulo permaneceu com eles em Jerusalém e pregava com firmeza em nome do Senhor. Falava também e discutia com os judeus de língua grega, mas eles procuravam matá-lo.
Quando ficaram sabendo disso, os irmãos levaram Saulo para Cesareia, e daí o mandaram para Tarso.
A Igreja, porém, vivia em paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo.
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Salmo: 21
Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!
Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!
- Sois meu louvor em meio à grande assembleia;/ cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!/ Vossos pobres vão comer e saciar-se,/ e os que procuram o Senhor o louvarão:/ “Seus corações tenham a vida para sempre!”
- Lembrem-se disso os confins de toda a terra,/ para que voltem ao Senhor e se convertam,/ e se prostrem, adorando, diante dele/ todos os povos e as famílias das nações./ Somente a ele adorarão os poderosos,/ e os que voltam para o pó o louvarão.
- Para ele há de viver a minha alma,/ toda a minha descendência há de servi-lo;/ às futuras gerações anunciará/ o poder e a justiça do Senhor;/ ao povo novo, que há de vir, ela dirá:/ “Eis a obra que o Senhor realizou!”
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2ª Leitura: 1Jo 3,18-23
Primeira Carta de São João:
Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração, pois, se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas.
Caríssimos, se o nosso coração não nos acusa, temos confiança diante de Deus. E qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado.
Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu.
Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabêmo-lo pelo Espírito que ele nos deu.
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Evangelho: Jo 15,1-8
Evangelho de São João:
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.
Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim
Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

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Reflexão:
Jesus, a Videira, nós, os ramos 
Na liturgia dos domingos depois da Páscoa aprofundamos o mistério do Senhor Jesus glorioso, no qual transparece o amor do Pai, fonte do seu amor por nós e de nosso amor aos irmãos e irmãs. Isso fica claro de modo especial hoje, na parábola da “videira” (evangelho).
No Antigo Testamento, a vinha de Deus era o povo de Israel. Diz o profeta Isaías que Deus esperava dessa vinha frutos de justiça, mas só produziu fruto ruim (Is 5). Jesus mesmo contou uma parábola acusando, não a vinha, mas os administradores, porque não queriam  entregar ao “Senhor”(= Deus) a parte combinada e quiseram apropriar-se da vinha (= o povo), matando o “Filho” (= Jesus) (Mc 12,1-12). No evangelho de João, Jesus modifica um pouco essa imagem. Não fala numa plantação inteira, mas num pé de uva, uma videira. Ele mesmo é  essa videira. O Pai é o agricultor que espera bons frutos, e nós somos os ramos que devemos produzir esses frutos no fato de nos amarmos uns aos outros como Jesus nos amou. Pois Jesus recebeu esse amor do Pai, e o fruto que o Pai espera é que partilhemos esse amor com os  irmãos (cf. também próximo dom.).
”A vinha verdadeira sou eu”- Jesus, unido aos seus em união vital. Essa união consiste em que permaneçamos ligados a ele, atentos e obedientes à sua palavra, ao seu mandamento de amor fraterno. E também, unidos entre nós, pois todos os ramos da videira recebem sua seiva do mesmo tronco, que é Jesus. A 2ª leitura de hoje explica isso melhor: fala do amor eficaz, o amor que produz fruto, não só “em palavras”, mas “em ações e em verdade” (1Jo 3,18-24). Tal amor eficaz faz com que tenhamos certeza de sermos “da verdade”. Por isso podemos ter paz no coração, pois sabemos que Deus se alegra com os nossos “frutos” e vence o medo e a incerteza de nosso coração (= consciência), mesmo se este se inquieta por nossas imperfeições (3, 20-23). Deus é maior que nossos escrúpulos.
Esse modo de falar nos faz ver a Igreja de outra maneira. Já não aparece como um poder ao lado do poder político, como uma “organização”  burocrática, mas como um “organismo vivo” de amor fraterno. Na Igreja, Jesus e nós somos uma realidade só. Vivemos a mesma vida. Ele é o tronco, nós os ramos, mas é o mesmo pé de uva. Somos os produtores dos frutos de Jesus no mundo de hoje. Para não comprometermos essa produtividade, devemos cuidar de nossa ligação ao tronco, nossa vida íntima de união com Jesus, nossa mística cristã – na oração, na celebração e na prática da vida. Produzir os frutos da justiça e do amor fraterno e unirmo-nos a Cristo na oração e na celebração são os dois lados inseparáveis da mesma moeda. Não existe oposição entre a mística e a prática. Importa “permanecer em Cristo”. A Igreja ama Jesus, que ama os seres humanos até o fim, e por isso ela produz o mesmo fruto de amor. A Igreja vive do amor que ela tem ao amor de Jesus para o mundo.
                             Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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Padres de Pouso Alegre participam do

17º Encontro Nacional de Presbíteros

De 26 de abril a 2 de maio, o Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, acolhe a 17ª edição do Encontro Nacional de Presbíteros. A reunião contará com a participação de mais de 500 padres, representando todas as Dioceses e Arquidioceses do Brasil. Os trabalhos serão orientados com o tema: “Presbítero: discípulo do Senhor e pastor do rebanho” e lema: “cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, pois o Espirito Santo vos constituiu como guardiães” (At 20,28). Pelo clero da Arquidiocese de Pouso Alegre, participam o Coordenador da Pastoral Presbiteral, padre Fabiano José Pereira, e os padres José Luiz de Faria Júnior e Marcos Vinícius da Silva. O padre Jésus Benedito dos Santos participa como um dos articuladores dos trabalhos em grupos, tendo sido convidado pelo regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 
Cartaz de divulgação
O Encontro é promovido pela Comissão Nacional dos Presbíteros e pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, e costuma ser assessorado por vários religiosos e convidados. Este ano contará com a presença do missionário redentorista Padre Paulo Sérgio Carrara, do Bispo Referencial da Comissão Regional de Presbíteros, Dom Juarez de Souza, do Bispo Referencial para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, Dom Jaime Spengler, do Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes e do núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, além de outros bispos de cada regional. 
Segundo o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros, Padre José Adelson da Silva Rodrigues, o encontro acontece a cada dois anos, em Aparecida (SP), intercalando com os encontros regionais.
“É um encontro de participação, comunhão e reflexão da missão. Com certeza o encontro vai refletir as dimensões da formação dos presbíteros, pois precisamos pensar e fazer uma avaliação de nossas ações atuais, para projetar ações futuras”.
Padre José Adelson também partilha que é urgente uma maior abertura para Pastoral Presbiteral. Ele também conta que Aparecida é um local apropriado para a reunião de todos, porque é local de romaria, de missão e reflexão. 
“É uma riqueza partilhar e ver a alegria do povo aqui em Aparecida. Nós também estamos nesse processo de romaria e missão”.
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Papa Francisco na homilia desta sexta:

O céu não é abstrato, mas o encontro com Jesus
"Alguns pensam: Mas não será um pouco entediante estar ali toda a eternidade? Não: o céu não é isso. Nós caminhamos rumo a um encontro: o encontro definitivo com Jesus", disse o Papa na homilia.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco celebrou na manhã desta sexta-feira (27/04) a missa na capela da Casa Santa Marta e dedicou sua homilia à Primeira Leitura. Trata-se do trecho dos Atos dos apóstolos, com o discurso de Paulo na sinagoga de Antioquia.
Os habitantes de Jerusalém, e os seus chefes, diz o Apóstolo, não reconheceram Jesus, mas Ele ressuscitou depois de morto. E assim conclui: “Nós vos anunciamos que a promessa que Deus fez aos antepassados, ele a cumpriu para nós, seus filhos, quando ressuscitou Jesus”.
Fidelidade de Deus
Tendo no coração esta promessa de Deus, prosseguiu o Papa, o povo se colocou em caminho com a segurança de saber que era o “povo eleito”. O povo, com frequência infiel, “confiava na promessa, porque sabia que Deus é fiel”. Por isso ia avante, confiante na fidelidade de Deus.
Também nós estamos em caminho: nós estamos em caminho. Estamos em caminho… e quando fazemos esta pergunta – “Sim, em caminho: mas em caminho para onde?” – “Sim, para o céu!” – “E o que é o céu?”. E ali começamos a escorregar nas respostas, não sabemos bem como dizer “o que é o céu”. E muitas vezes pensamos num céu abstrato, um céu distante, um céu… sim, ali se está bem. Alguns pensam: “Mas será um pouco entediante estar ali toda a eternidade?”. Não: o céu não é isso. Nós caminhamos rumo a um encontro: o encontro definitivo com Jesus. O céu é o encontro com Jesus.
Um encontro que nos fará alegrar para sempre, afirmou Francisco, “Jesus, Deus e homem; Jesus, em corpo e alma, nos espera”.
Tende fé em mim também
Para Francisco, devemos pensar nisto: “Eu estou caminhando na vida para encontrar Jesus. E o que faz Jesus enquanto isso? Ele não está sentando me esperando, mas, como diz o Evangelho, trabalha para nós. Ele mesmo diz: ‘Tende fé em mim também’, ‘Vou preparar um lugar para vós’”.
“E qual é o trabalho de Jesus? A intercessão. A oração de intercessão”, explicou o Papa.
Jesus reza por mim, por cada um de nós. Mas isso devemos repeti-lo para nos convencer: Ele é fiel e Ele reza por mim. Neste momento.
Francisco recordou as palavras de Jesus na Última Ceia, quando promete a Pedro: “Eu rezarei por ti”. “O que ele disse a Pedro diz a todos nós: ‘Eu rezo por ti’”.
E cada um de nós deve dizer: “Jesus está rezando por mim”, está trabalhando, está preparando aquele lugar. E Ele é fiel; Ele é fiel: o fará porque prometeu. O céu será este encontro, um encontro com o Senhor que foi ali preparar o lugar, o encontro com cada um de nós. E isso nos dá confiança, faz crescer a confiança.
Jesus é o sacerdote intercessor até o final do mundo, lembrou o Papa, que concluiu: “Que o Senhor nos dê esta consciência de estar em caminho com esta promessa. O Senhor nos dê esta graça: de olhar para o alto e pensar: ‘O Senhor está rezando por mim’ ”.
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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Vem aí o CrismaFest 2018!!!

A Pastoral Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Pouso Alegre organiza no próximo dia 20 de maio (Domingo de Pentecostes) o CrismaFest 2018. O encontro ocorre no Poliesportivo do Colégio São José, em Pouso Alegre, entre 08h30 e 16h30. Vale lembrar que o dia sempre se encerra com a Santa Missa, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., na Catedral Metropolitana.
Este ano o tema refletido com os jovens será: "A esperança não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5, 5). O evento quer reunir jovens crismandos de todas as Paróquias de nossa Arquidiocese para um dia de reflexão, oração, alegria e partilha. 
CrismaFest 2017
"Será uma oportunidade de reunirmos aqueles que neste ano de 2018 deram ou darão sua resposta livre e consciente a Jesus que nos chama a segui-Lo, mas não sem contar com a unção do seu Espírito. Além do mais, queremos instigar seus corações para a importância do seu testemunho e ação em nossas comunidades, mostrando que eles têm seu espaço garantido na Igreja, que espera ouvir sua voz e seu entusiasmo", afirmou padre Tiago da Silva Vilela, assessor da Pastoral Bíblico-Catequética, em carta enviada às paróquias.
Além do convite, as Paróquias já têm a autorização que os pais devem assinar para que os catequisandos participem do CrismaFest. A confirmação do número de crismandos deve acontecer até o dia 11 de maio, pelo telefone (3421-1248/ 9.9840-6577) ou pelo email (secretariadepastoral@gmail.com). 
De cada jovem é cobrado uma taxa de R$ 15,00 para alimentação, segurança e outras despesas com o local. 
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                                                                  Fonte: arq.mirade.com.br   Texto: Pe. Andrey Nicioli

Papa na homilia desta quinta:

Sem amor e serviço, a Igreja não vai para frente
"Sem amor, a Igreja não vai para frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, se transforma numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem fecundidade", disse Francisco na missa matutina.

Cidade do Vaticano Jesus nos ensina o amor com a Eucaristia; nos ensina o serviço com o lava-pés; e nos diz que um servo jamais está acima do seu senhor. Estes três elementos são o fundamento da Igreja. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de quinta-feira (26/04) na capela da Casa Santa Marta. O Pontífice comentou o Evangelho do dia, no qual João refere as palavras de Jesus depois do lava-pés.
Na Última Ceia, explicou o Papa, Jesus se despede dos discípulos com um discurso longo e belo e “faz dois gestos que são instituições”. Dois gestos para os discípulos e para a Igreja que virá, “que são o fundamento, por assim dizer, da sua doutrina”. Jesus “dá de comer o seu corpo e de beber o seu sangue”, isto é, institui a Eucaristia, e faz o lava-pés. “Desses gestos nascem os dois mandamentos – explicou Francisco – que farão crescer a Igreja se formos fiéis”.
Amor sem limites
O primeiro é o mandamento do amor: não somente “amar o próximo como a si mesmo”, mas um passo a mais: “amar o próximo como eu os amei”.
“O amor sem limites. Sem isto, a Igreja não vai para frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, se transforma numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem fecundidade. Ir ao seu corpo: Jesus diz como devemos amar, até o fim.”
Depois, o segundo novo mandamento, que nasce do lava-pés: “servir uns aos outros”, lavar os pés uns aos outros, como eu os lavei. Dois novos mandamentos e uma única advertência: “vocês podem servir, mas enviados por mim. Não estão acima de mim.
Humildade simples e verdadeira
De fato, Jesus esclarece: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou”. Assim é a humildade simples e verdadeira, não a humildade fingida.
A consciência de que Ele é maior do que todos nós, e nós somos servos, e não podemos ultrapassar Jesus, não podemos usar Jesus. Ele é o Senhor, não nós. Este é o testamento do Senhor. Ele se dá de comer e beber e nos diz: amem-se assim. Lava os pés e nos diz: sirvam assim, mas estejam atentos, um servo jamais é maior que aquele que o enviou, do senhor. São palavras e gestos contundentes: é o fundamento da Igreja. Se formos avante com essas três coisas, nunca vamos errar.
Os mártires e os muitos santos, prosseguiu o Papa, foram avante assim: “com esta consciência de ser servos”.
Subordinação
E depois Jesus insere outra advertência: “Eu conheço aqueles que escolhi” e diz: “Mas sei que um de vocês me trairá”. Por isso, Francisco conclui convidando todos, num momento de silêncio, a deixar-se olhar pelo Senhor:
“É deixar que o olhar de Jesus entre em mim. Sentiremos tantas coisas: sentiremos amor, sentiremos talvez nada... ficaremos bloqueados ali, sentiremos vergonha. Mas deixar sempre que o olhar de Jesus venha. O mesmo olhar com o qual olhava, naquela noite, os seus na ceia. Senhor conhece, sabe tudo ”
Amor até o fim, finalizou o Papa, serviço, e “vamos usar uma palavra um pouco militar, mas que é útil: subordinação, isto é, Ele é o maior, eu sou servo, ninguém pode passar na sua frente”.

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Assista:
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