sexta-feira, 31 de julho de 2020

Celebrar em família:

baixe o roteiro para o 18º Domingo do Tempo Comum

Está disponível para download o roteiro para a celebração em família do 18º Domingo do Tempo Comum, no próximo dia 2 de agosto. O roteiro, oferecido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pode favorecer, principalmente, as pessoas impossibilitadas por motivos de saúde ou idade, ou pertencentes ao denominado ‘grupo de risco’, que devem abster-se de participar das celebrações comunitárias dominicais.
No domingo que abre o Mês Vocacional, recordando os ministros ordenados (diáconos, presbíteros e bispos), a proposta no centro da celebração é a reflexão sobre a passagem bíblica da multiplicação dos pães. “Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que se manifesta em todas as pessoas que têm compaixão com os pequenos e que cumprem a ordem de Jesus Cristo de dar de comer à multidão, contribuindo para acabar com a fome em seu redor”, lê-se no comentário inicial.
O roteiro contém a primeira leitura, o salmo e o Evangelho, além de sugestões de cantos, preces e orientações para preparar a celebração em família.
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18º Domingo do Tempo Comum:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Is 55,1-3
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
Assim diz o Senhor: “Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga.
Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi”.
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 Salmo: 144
Vós abris a vossa mão/ e saciais os vossos filhos!
Vós abris a vossa mão/ e saciais os vossos filhos!
- Misericórdia e piedade é o Senhor,/ ele é amor, é paciência, é compaixão./ O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.
- Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam/ e vós lhes dais no tempo certo o alimento;/ vós abris a vossa mão prodigamente/ e saciais todo ser vivo com fartura.
- É justo o Senhor em seus caminhos,/ é santo em toda obra que ele faz./ Ele está perto da pessoa que o invoca,/ de todo aquele que o invoca lealmente.
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2ª Leitura: Rm 8,35.37-39
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem as forças cósmicas, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
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Evangelho:  Mt 14,13-21
Leitura do Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!”.
Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!”. Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”.
Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida, partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
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Reflexão

Fartura de alimento

“O mais importante é dar atenção ao problema da fome, causa de sofrimento e morte (Rm 8,26)

A natureza é um dom de Deus, organizada dentro de uma perfeita harmonia e cada peça é fundamental para preservar o existir dos seres. Aí está o valor dos alimentos, porque são fontes de preservação da vida, tanto dos animais como dos seres humanos. Foi dentro das exigências desta dimensão que Jesus, diante da fome do povo que o acompanhava, fez a multiplicação de pães e de peixes.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Estima-se que a população mundial já chegou a sete bilhões e setecentos milhões. Há uma estimativa de que chegará a onze bilhões e duzentos milhões em 2100. É muita gente e não é pouco alimento que vai sustentar a todos. Mas a terra é generosa quando é bem trabalhada. Ainda há fartura de alimento no mundo. O que falta é o cuidado com a distribuição e o desperdício, que acontece.
O Brasil é privilegiado na produção de grãos e de inúmeros benefícios produzidos pela terra. Mesmo assim muita gente passa fome, porque não há uma equitativa destinação do que é produzido, principalmente pelo agronegócio. O que conta é o mercado externo, porque traz divisa, riqueza para os empresários bem sucedidos. Não existe uma visão humana privilegiando o consumo interno.
A atitude de Jesus foi de compaixão, de preocupação com o outro, com o humano e com quem não tinha condições para adquirir alimento. A responsabilidade de alimentar o povo é do próprio país, criando mecanismos para isto. Quando existe partilha, todos ficam saciados e os alimentos sobram. Na figura do maná, ninguém podia armazenar alimento para o dia seguinte, porque perdia (Ex 16,20).
Na imagem da multiplicação de poucos pães e de alguns peixes realizada por Jesus, com a finalidade de saciar a vida de muita gente, houve sobra porque foram capazes de praticar a partilha e de organizar o povo. Essa sobra foi recolhida para que fosse evitado o desperdiço e ser usada em outro momento. O mais importante é dar atenção ao problema da fome, causa de sofrimento e morte.
É Deus quem provê o alimento fazendo a terra produzir, contando para isto com o trabalho das pessoas. Isso significa que ninguém é privilegiado por ter o que comer e beber, mesmo conseguindo com seu trabalho, mas é sim um direito adquirido pelos indivíduos. Todas as pessoas nasceram para a vida e necessitam de alimento suficiente para sua sobrevivência e realização pessoal.
                                                                 Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba
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                        Fontecnbbleste2.org.br    Banner: cnbb.org.br    Ilustração: franciscanos.org.br

Santo Inácio de Loyola:

o jesuíta apaixonado por Deus

Na celebração da memória do fundador da Companhia de Jesus, recordaremos a figura de Santo Inácio, o seu carisma e a grande atualidade dos Exercícios Espirituais.
Vatican News - “Como Santo Inácio de Loyola, coloquemo-nos ao serviço do próximo”, esta é a essência da mensagem que Papa Francisco, o primeiro Pontífice jesuíta, escreveu no seu twitter, um ano atrás. O fundador da Companhia de Jesus era um homem que, antes do encontro com Jesus, amava o poder e a mundanidade, mas depois, com dedicação, estudo e ouvindo a Palavra de Deus entregou-se à sua vontade.
Obediência, liberdade do coração
Em Roma, na Igreja de Jesus, onde se encontra o túmulo de Santo Inácio, o padre Jean Paul Hernandez o descreve como “um homem que dá preferência ao processo e a dinâmica”, “em saída” como Papa Francisco gosta de afirmar. “O centro do carisma do jesuíta – afirma – é a obediência que é a liberdade do coração. O jesuíta é um homem entregue a Deus que aplica um estilo: analisa a realidade na qual se encontra, aprofunda-a, reza e faz o discernimento”. Neste processo são fundamentais os Exercícios Espirituais, codificados na metade do século XVI, ainda hoje de grande atualidade. “Praticado não só pelos religiosos – explica padre Hernandez – mas também pelos leigos que se inspiram na espiritualidade inaciana e pelos irmãos ortodoxos”.
Estilo jesuíta
“O estilo do jesuíta faz com que cada um se especialize no âmbito ao qual é chamado – acrescenta o religioso – por isso nos dedicamos à nova evangelização, aos desafios do saber atual, mas também aos migrantes que representam a emergência dos nossos tempos”.
O Centro Astalli (Serviço dos Jesuítas para os Refugiados) que se encontra próximo da Igreja de Jesus em Roma, é uma das muitas respostas colocadas em campo pelos jesuítas, cerca de 17 mil presenças em 100 nações do mundo.
Santo Inácio
Nasceu em Azpeitia, região basca ao norte da Espanha, em 1491 e faleceu em Roma em 1556. Caçula de 13 irmãos, era destinado à vida sacerdotal, mas o seu desejo era a carreira militar. Foi a Castilha onde recebeu esmerada formação tornando-se exímio cavaleiro na corte do ministro do rei Fernando II de Aragão, o Católico. Ferido em batalha em 1520, foi obrigado a uma longa convalescência no Castelo de Loyola, como não havia livros de Cavalarias – seus preferidos – Inácio começou a ler, com relutância, textos religiosos que o fizeram encontrar Deus.
Um momento que mudou a sua vida, levando-o mais tarde a fundar a Companhia de Jesus aprovada pelo Papa Paulo III em 1538. Por obediência ao Pontífice, Inácio permaneceu em Roma para coordenar as atividades da Companhia e para se dedicar aos pobres, aos órfãos e os doentes, a ponto de ser chamado de “apóstolo de Roma”. Seus restos mortais estão conservados na Igreja de Jesus.
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                                                                                                                            Fonte: vaticannews.va

quinta-feira, 30 de julho de 2020

O Perdão de Assis:

A “porta aberta” à graça em tempo de pandemia

Na quarta-feira (29) iniciou o Tríduo de preparação ao Perdão. As celebrações serão realizadas com as medidas anti-Covid. Entrevista com o frei Simone Ceccabao, responsável pelo Santuário da Porciúncula: a misericórdia de Deus cuida da preciosa vida dos jovens.
Benedetta Capelli – Vatican News - Um perdão que continua a "gerar Paraíso": foi assim que o Papa Francisco, durante sua visita a Assis há quatro anos, falou da graça que o frade de Assis havia pedido “para todos, para um mundo que ainda hoje precisa de misericórdia, e para que possamos ser seus instrumentos" e "sinais de perdão". A partir da noite da quarta-feira  (29/07) iniciou em Assis, o Tríduo de preparação para o Perdão com a celebração presidida pelo Bispo de Tortona, Dom Vittorio Viola. A festa do Perdão de Assis está intimamente ligada à Porciúncula, a pequena igrejinha reconstruída por São Francisco e que hoje está no interior da Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis, cidade italiana da região da Úmbria.
O que é Perdão?
Para obter a Indulgência Plenária para si mesmo ou para familiares que faleceram, atravessando o limiar da Porciúncula, é necessário fazer a confissão, participar da Missa e da Eucaristia, renovar a profissão de fé recitando o Credo e Pai Nosso, e por fim a oração segundo as intenções do Papa e pelo Pontífice.  Foi exatamente na Porciúncula, que São Francisco de Assis teve a inspiração divina de pedir indulgência ao Papa Honório III e em 2 de agosto de 1216, diante de uma grande multidão, o frade, na presença dos bispos da Úmbria, promulgou o Grande Perdão, para cada ano.
Perdão, fonte inesgotável
E ainda hoje a Porciúncula é uma "porta sempre aberta" para aqueles que querem se valer da graça de Deus através do Sacramento da Reconciliação. Uma fonte que nunca deixa de gerar água limpa, apesar das restrições impostas pela pandemia. A entrevista com Frei Simone Ceccobao, o responsável pelo Santuário da Porciúncula:
Frei Simone Ceccobao: O perdão é sempre o perdão. No sentido de que em sua essência a pandemia teve pouco efeito, mas de fato, em sua estrutura, a Festa do Perdão deste ano teve que passar por algumas alterações. A Basílica teve que se adaptar corretamente a todas as regulamentações sobre distanciamento social, sobre a higienização dos espaços, não haverá as grandes multidões de outros anos. Uma mudança significativa foi o deslocamento das confissões da Basílica para o convento da Porciúncula. Poderíamos dizer que a casa dos frades se torna a casa da misericórdia. O perdão é sempre o perdão. Gosto de vê-lo assim este ano, porque é verdade que há uma emergência ainda em andamento que nos fez sentir um pouco mais frágeis, um pouco menores, um pouco mais indefesos, mas ao mesmo tempo essa emergência destacou de maneira muito forte a urgência do perdão que torna nossas vidas novas.
Também faltará a Marcha Franciscana, que era um dos momentos mais importantes do Perdão...
Frei Ceccobao: Faltará a marcha que era um dos momentos mais comoventes junto com a abertura da porta da Porciúncula. Para os jovens haverá uma catequese no dia primeiro de agosto e uma pequena representação de jovens, de todas as regiões da Itália, se reunirão aqui na Porciúncula e, portanto, simbolicamente, esses milhares de jovens ainda estarão aqui.
Nesta época de pandemia, o que o perdão pode representar para os jovens?
Frei Ceccobao: Acredito que nesta pandemia os jovens sejam os que se encontraram mais expostos, mais desprovidos de meios, quero dizer espirituais, os que se sentiram mais perdidos, e que tenham sentido mais solidão. O anúncio do perdão é um anúncio forte e lembra-lhes que Deus está próximo de seu medo, que Deus está próximo de suas inseguranças, que Deus vem para tomar conta de suas quedas, Deus é o Pai de misericórdia, ou seja, Ele tem um coração próximo do que é miserável e ferido. Gosto de citar a inscrição que se encontra na soleira da Porciúncula, no chão, hic locus sanctus est, este lugar é sagrado, e paradoxalmente o pisamos toda vez que entramos na Porciúncula.
“Este lugar é santo porque Deus se curva, se abaixa, porque Deus nos dá uma mão quando estamos no chão, quando somos os mais indefesos, quando sentimos que nossa vida está ameaçada e vale pouco". Afirmo com todo o coração que sinto que a vida destes jovens é preciosa, que a sua vida é a pérola preciosa, que sua vida é o tesouro precioso, e desta pérola e deste tesouro a misericórdia de Deus tem extremo cuidado”
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                                                                                                                      Fonte: vaticannews.va

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Nesta quarta, reze pelo Brasil

com o Terço da Esperança e da Solidariedade



A Igreja no Brasil une-se mais uma vez nesta quarta-feira, 29 de julho, às 15h30, para o Terço da Esperança e da Solidariedade. A iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é oportunidade para rezar pelo país e trazer conforto neste momento de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Hoje o terço será conduzido pelo arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa, junto com seu auxiliar, dom Janusz Marian Danecki, o reitor do Seminário Maior Regional Maria Mãe Da Igreja, padre João Vitor Ortiz, o reitor do Seminário Propedêutico, dom Antônio Barbosa, o padre Bruno César Capistrano, coordenador do Serviço de Animação Vocacional, o padre Luiz Gustavo Winkler e seminaristas da arquidiocese.
Gravado pela TV Imaculada, a transmissão será feita às 15h30, simultaneamente pelas emissoras de TV e rádio de inspiração católica do país e pelas páginas da CNBB no Facebook e YouTube. Para compartilhar os momentos de oração nas redes sociais use a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #rezemosjuntos
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                                                                                                                             Fonte: cnbb.org.br

Cardeal Becciu:

Contemplação e ação, dimensões do serviço eclesial
Na memória litúrgica de Santa Marta (29/07) o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, presidiu a Missa de rito da profissão dos votos perpétuos de trinta irmãs da Congregação "Marta y Maria".
Isabella Piro – Vatican News - O coração de Maria e as mãos de Marta, ou seja, contemplação e ação: estas são as duas dimensões do serviço eclesial recordadas pelo Cardeal Giovanni Angelo Becciu na missa presidida nesta quarta-feira (29) na Igreja romana de Santo Egênio. Na ocasião trinta jovens mulheres professaram seus votos perpétuos de consagração na Congregação Marta y Maria. "Um evento maravilhoso", definiu o cardeal, um evento que diz ao mundo o quanto é "belo oferecer a própria vida ao Senhor" e "servir aos irmãos e irmãs na caridade". "Escolha contracorrente", "coragem", "disponibilidade" foram as palavras pronunciadas pelo Cardeal Prefeito para descrever a decisão tomada pelas jovens que, com seu testemunho, nos indicam "os caminhos do Reino de Deus", aqueles que corremos o risco de perder de vista "no tumulto deste mundo".
O ensinamento de Maria e o de Marta
Maria e Marta são, portanto, os modelos a seguir: a primeira - disse o Cardeal Becciu - nos ensina a "escolher a melhor parte", ou seja, reservar o primeiro lugar, em nossa existência, a Deus e escutar a Sua Palavra que muda a vida, dando-lhe uma nova orientação. Marta, por outro lado, nos ajuda a entender que o serviço não deve ser vivido com ansiedade, mas com generosidade e, sobretudo, com a escuta da Palavra, para evitar que se torne apenas "agitação e inquietação". Colocar-se ao serviço do outro - sublinhou o cardeal - não deve ser "uma simples obra", mas "um pôr em prática" o que primeiro foi ouvido e depois traduzido em "amor concreto".
Oração e dedicação
O serviço eclesial deve, portanto, combinar duas atitudes: "estar aos pés de Jesus", em oração, e "dedicação alegre aos irmãos, especialmente aos mais necessitados", porque "servir aos outros evangelicamente é fundamental - reiterou o cardeal - mas é um resultado, não o ponto de partida".
Por fim, agradecendo às religiosas pelo seu trabalho e sua presença no mundo, o Cardeal Becciu as exortou a enfrentar "com coragem e criatividade os desafios da época", respondendo ao hedonismo, à sede de lucro, ao individualismo e relativismo de hoje com o testemunho da castidade, da vida sóbria e fraterna, e do serviço aos outros.
A história da Congregação
Fundada em 6 de janeiro de 1979 em Ciudad de Jalapa, Guatemala, a Congregação "Marta y Maria" deve seu nascimento ao bispo local, Dom Miguel Ángel García y Aráuz, e Madre Ángela Eugenia Silva Sánchez. Presente em vários países da América Latina, África e Europa, o Instituto tem hoje cerca de 700 religiosas e seu carisma se resume "em amar Jesus presente na Igreja, na Eucaristia e naqueles que sofrem física, moral e espiritualmente, cuidando deles com as mãos de Marta e o coração de Maria".
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terça-feira, 28 de julho de 2020

Papa Francisco:

Procuremos
o contágio do amor, transmitido de coração a coração

O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro organizado pelo cardeal Walter Kasper “Comunhão e esperança”. Testemunhar a fé em tempo de coronavírus. Francisco recorda que a pandemia “é um momento de provação e escolha para que possamos dirigir nossas vidas a Deus de uma maneira renovada.
Vatican News - O Papa Francisco escreveu o prefácio do livro "Comunhão e esperança". Testemunhar a fé em tempo de coronavírus organizado pelo cardeal  Walter Kasper e o sacerdote palotino George Augustin.  Publicado pela Libreria Editrice Vaticana – Dicastério para a Comunicação, como indica o subtítulo, o trabalho do Cardeal Presidente Emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e do sacerdote palotino que fundou e dirige o instituto com o nome do cardeal seu compatriota, recolhe contribuições sobre como "testemunhar a fé em tempo do coronavírus". A seguir o Prefácio escrito pelo Papa Francisco.
"A crise do coronavírus surpreendeu a todos como uma tempestade repentina, mudando de repente e em todos os lugares do mundo a nossa vida familiar, o nosso trabalho e a vida pública. Muitos lamentam a morte de parentes e amigos próximos. Muitas pessoas se encontram em dificuldades financeiras ou perderam seus empregos. Em vários países, justamente na Páscoa, a principal solenidade do cristianismo, não foi possível celebrar a Eucaristia de maneira comunitária e pública e receber a força e consolo dos sacramentos.
Esta dramática situação tornou evidente toda a vulnerabilidade, inconsistência e necessidade de redenção de nós homens e colocou em questão muitas certezas nas quais confiamos em nossa vida diária para nossos planos e projetos. A pandemia levanta questões fundamentais sobre a felicidade em nossas vidas e o tesouro de nossa fé cristã.
Deus, nosso apoio e nossa meta
Esta crise é um sinal de alarme para refletir sobre onde se apoiam as raízes mais profundas que nos sustentam na tempestade. Nos lembra que esquecemos e ignoramos algumas coisas importantes da vida e nos faz refletir sobre o que é realmente importante e necessário e o que é menos importante ou o seja só na aparência. É um momento de provação e escolha para que possamos dirigir nossas vidas a Deus, que é nosso apoio e nossa meta, de uma maneira renovada. Esta crise nos mostrou que precisamente em situações de emergência dependemos da solidariedade dos outros e nos convida a colocar nossas vidas ao serviço dos outros de uma nova maneira. Ela deve nos fazer agir contra da injustiça global para que possamos despertar e ouvir o grito dos pobres e de nosso planeta tão gravemente doente.
"Contágio" do amor
Em meio à crise do coronavírus, celebramos a Páscoa e ouvimos a mensagem da Páscoa da vitória da vida sobre a morte. Esta mensagem sublinha que, como cristãos, não devemos nos permitir a ficar paralisados pela pandemia. A Páscoa nos dá esperança, confiança e coragem, ela nos fortalece na solidariedade. Nos diz para superar as rivalidades do passado e nos reconhecermos como membros de uma grande família que vai além de todas as fronteiras e na qual cada um carrega o fardo do outro. O perigo de ser infectado por um vírus deve nos ensinar outro tipo de "contágio", o do amor, que é transmitido de coração para coração. Sou grato pelos muitos sinais de prontidão para ajuda espontânea e  pelo compromisso heroico dos profissionais da saúde, médicos e sacerdotes. Nessas semanas sentimos a força que vinha da fé.
Jejum eucarístico
A primeira fase da crise do coronavírus, na qual as celebrações públicas da Eucaristia não foram possíveis, representou para muitos cristãos um tempo de doloroso jejum eucarístico. Muitos experimentaram que o Senhor está presente em todos os lugares, onde dois ou três estão reunidos em Seu nome. A transmissão das celebrações eucarísticas pela mídia foi uma solução de emergência pela qual muitos ficaram gratos. Mas a transmissão virtual não pode substituir a presença real do Senhor na celebração eucarística. Portanto, me alegro porque agora podemos voltar à vida litúrgica normal. A presença do Senhor Ressuscitado em sua Palavra e na celebração eucarística nos dará a força necessária para enfrentar os difíceis problemas que nos esperam após a crise.
Meu desejo e minha esperança é que as reflexões teológicas contidas neste livro inspirem reflexão e despertem em muitas pessoas uma nova esperança e uma nova solidariedade. Como com os dois discípulos no caminho de Emaús, também no futuro o Senhor nos acompanhará pelo caminho com sua Palavra e, repartindo o Pão eucarístico, nos dirá: 'Não tenhais medo! Eu venci a morte'".  
Capa do Livro
"Comunhão e Esperança. Testemunhar a fé em tempo de coronavírus", com prefácio do Papa Francisco
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Campanha do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida:

“Cada idoso é teu avô”

Inspirada nas palavras do Papa, tem início a campanha promovida pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida para convidar os jovens do mundo inteiro a fazerem um gesto de ternura para com os idosos que se sentem sozinhos. “Cada idoso é teu avô” está associada a hashtag #sendyourhug e os postes mais significativos serão divulgados nas redes sociais do Dicastério: @laityfamilylife.
Emanuela Campanile/Mariangela Jaguraba  - Vatican News - A pandemia afetou particularmente os idosos e cortou os laços frágeis entre as gerações, mas respeitar o distanciamento não significa aceitar um destino de solidão e abandono. Por esta razão, seguindo as palavras do Papa Francisco após o Angelus de 26 de julho, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida lançou a campanha “Cada idoso é teu avô”, a fim de convidar os jovens do mundo inteiro a fazerem um gesto de ternura para com os idosos que se sentem sozinhos.
O que “a fantasia do amor” é capaz de fazer
Nos últimos meses, refere o Dicastério, muitas Conferências Episcopais, associações e fiéis, com “a fantasia do amor”, encontraram uma maneira de levar aos idosos sozinhos a proximidade da comunidade eclesial. Chegaram ao organismo notícias de contatos por telefone, pela internet e redes sociais e até de serenatas para os idosos que vivem em casas de repouso, feitas pelos jovens a fim de interromper a solidão de muitas pessoas forçadas pela pandemia a permanecerem em suas casas ou dentro das estruturas residenciais.
Apelo para vencer o isolamento respeitando as distâncias
Nesta fase da campanha, a fim de respeitar as normas sanitárias em vigor nos diferentes países, o convite é para alcançar virtualmente os idosos mais solitários de seu próprio bairro ou paróquia e enviar-lhes um abraço, como pediu o Papa, através de um telefonema, uma chamada de vídeo ou uma foto. Onde for possível ou quando a emergência sanitária permitir, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida convida os jovens a tornar o abraço ainda mais concreto, visitando pessoalmente os idosos.
O desejo de Francisco
Para divulgar a iniciativa, a campanha está associada à hashtag #sendyourhug. Além disso, os postes mais significativos serão divulgados nas redes sociais do Dicastério @laityfamilylife. A esperança é que a partir desta campanha, se possa realizar o desejo do Papa Francisco: “Isto é o que eu gostaria: um mundo que viva um novo abraço entre jovens e idosos”.
“O que a árvore floresceu vem daquilo que tem de enterrado”, diz um poeta de minha pátria. É por isso que os convido a dar um grande aplauso aos nossos avós, a todos!” (Papa Francisco, Angelus 26.07.2020)
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