quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Refletindo com o Padre Zezinho

Religião pela metade

Um dos maiores especialistas em linguagem portuguesa, na região onde eu morava, tinha um enorme problema: prolação. Sabia tudo sobre gramática e como escrever o português, mas não sabia falar de maneira inteligível, comia todos os finais das palavras porque baixava demais a voz no encerramento da pronúncia. Assim, o homem que sabia português a ponto de ensiná-lo, até mesmo a outros professores, não sabia falar, pois um vício de linguagem deixava as palavras pela metade. 
O que aconteceu com este professor de português acontece com muitos de nós que sabemos tudo sobre o catecismo, sobre teologia ou sobre liturgia, mas, na hora de viver o que sabemos ou expressar aquilo que conhecemos, temos dificuldade. Um cardiologista amigo meu não conseguia se livrar do cigarro e sofria do coração e do pulmão. Um médico que conheci desaconselhava bebida a todos, mas ele mesmo exagerava na dose. E pode acontecer e acontece que o pregador ensina para os outros, mas ele mesmo não vive. 
A expressão é de Jesus: “médico, cura a ti mesmo.”, Ele a usou repetindo um adágio do seu tempo. Temos, todos, a tendência de ensinar os outros a viver, mas, quanto toca a nossa vez, vivemos apenas um pouco daquilo que cremos ou ensinamos, faz parte da condição humana. Ensinar a perfeição é uma coisa, coerência é outra.
                                                                                          Fonte: http://www.padrezezinhoscj.com

Abertas as inscrições para o




O Prêmio Nacional da Música Católica – Troféu Louvemos o Senhor – está com as inscrições abertas até 22 de fevereiro para aqueles que lançaram CD ou DVD independente no ano de 2012.
O Regulamento e as Fichas para Inscrição estão disponíveis no endereço www.trofeulouvemos.com.br. Vinte e sete categorias concorrem ao prêmio. No dia 19 de maio acontece a entrega dos Prêmios Técnicos e Instrumentais e, dia 22 de maio, a grande festa de premiação.
Esse ano o “Troféu Louvemos” está na sua 5ª Edição e uma das novidades é a premiação da música católica produzida no formato DVD, com destaque para os criadores dos projetos gráficos das capas e embalagens de CDs e DVDs e, a Personalidade Artística do Ano.
O ‘Troféu Louvemos’ tem por objetivo premiar o artista, cantor, músico, compositor, que tem se empenhado em produzir arte musical de qualidade, para evangelizar e animar a Igreja dentro dos novos desafios de comunicação da boa nova do Nosso Senhor Jesus Cristo.
                                                                                                             Fonte: www.a12.com
                                                                                  Ilustração: www.trofeulouvemos.com.br

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Biblioteca dos Papas disponibiliza documentos online


Vista parcial da Biblioteca Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O Vaticano colocou à disposição dos internautas nesta quarta-feira, os primeiros 256 manuscritos da Biblioteca dos Papas, graças a um projeto que pretende facilitar o acesso a mais de 80 mil documentos através da rede, informou o jornal “Corriere della Será”.
Os códigos, de enorme valor, estavam na Biblioteca Vaticana, protegidos por rígidas medidas de segurança e de conservação, podendo ser consultados apenas por 250 especialistas qualificados a cada dia. Com este projeto, as páginas destes documentos - digitalizados com tecnologia da NASA e organizados num banco de dados -, poderão ser visualizadas por qualquer pessoa.
Para a sua digitalização foi empregada a tecnologia FITS (Sistema de Transporte Flexível de Imagens), desenvolvida pela NASA há 40 anos, para conservar imagens de suas missões espaciais. O serviço foi contratado em outubro de 2011, para evitar a deterioração dos manuscritos devido às prolongadas consultas por parte dos especialistas.
Papa Bento XVI na Biblioteca
O projeto começou a mostrar seus resultados nesta quarta-feira, 30, através do acordo entre a Biblioteca Vaticana e a Biblioteca Boldleian de Oxford, que em abril de 2012 estabeleceu a disponibilização de seus textos na internet para consultas gratuitas.
Os textos incluem obras de Homero, Platão, Sófocles, Hipócrates, alguns dos manuscritos judeus mais antigos conservados, além dos primeiros livros italianos impressos durante o Renascimento.
A Biblioteca dos Papas foi criada em 1450 pelo Papa Nicolau V, nos fundos de sua biblioteca pessoal. Posteriormente ela foi dotada de um estatuto jurídico. Entre suas preciosidades encontra-se o ‘Codex Vaticanus’, o primeiro testemunho em grego da Bíblia de que se tem notícias. (JE)
                                          Fonte: http://pt.radiovaticana.va                   Fotos: www.cnbb.org.br

Fundação lança Rede Século 21 e Portal RS21


Nesta quarta-feira, 30 de janeiro, às 20h, a Fundação Século 21 realiza o lançamento de sua nova identidade visual. A partir de agora, a emissora de TV passa a se chamar Rede Século 21, com o slogan “Fazendo mais com você”. A solenidade também marcará o início das transmissões da emissora em alta definição (HDTV) para toda Região Metropolitana de Campinas (SP). Na mesma ocasião, será realizado o lançamento do portal RS21 (www.rs21.com.br).
Queremos oferecer a união de todas as entidades e a sinergia dos projetos de comunicação para a educação e evangelização”, afirma o idealizador da Fundação Século 21, Padre Eduardo Douherty. Neste novo conceito de funcionamento da rede, surge também uma nova identidade visual como uma resposta à necessidade de uma linguagem mais focal, que permita a TV e a todos os projetos que compõem a obra religiosa e educacional a possibilidade de reconhecimento, alcance e retorno em relação à marca e aos colaboradores que ela representa.
É um grande passo que estamos dando, pois toda informação passa para o formato de ‘dados’, sem o uso de fitas, gerando uma grande integração e agilidade em toda a organização”, avalia o diretor geral da Fundação, José Maria. A Rede Século 21 é uma grande organização de produção de conteúdo no campo da educação, da evangelização e informação, operando nas mais diversas redes de comunicação, como TV, internet e revista. A emissora de TV está presente em cerca de 25 milhões de lares através de antenas parabólicas, em 130 cidades por sinal aberto e em mais de 100 TVs por assinatura. Já o portal RS21 tem plataformas especiais para tablets e smartphones.
                                                                                                   Fonte: Site da CNBB

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Vem aí o Bote Fé Pouso Alegre


Bote Fé é um evento preparatório à Jornada Mundial da Juventude que será realizada no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho deste ano. O referido evento, que vem sendo realizado em todas as sedes episcopais, ocorrerá em nossa Arquidiocese nos dias 1º e 2 de março.
Os participantes receberão a Cruz da Jornada e o Ícone de Nossa Senhora e terão o privilégio de viver dois dias de festividades inéditas, que, certamente, marcarão a vida pessoal de todos e de cada um e a caminhada da Igreja Arquidiocesana.
Confira a programação:

                                                
                                                Fonte da Programação: Página da Arquidiocese no Facebook

Arcebispo de Santa Maria:


"Pai, em vossas mãos colocamos nossas lágrimas, nossa dor"

Dom Helio Adelar Rupert, arcebispo de Santa Maria (RS), presidiu celebração fúnebre no domingo, 27 de janeiro, e deixou mensagem aos familiares lembrando que esta é hora de reativar a nossa fé e dizer: “Não entendemos, mas cremos no amor de Deus”.
Leia a homilia:
Irmãs e irmãos amados do Senhor:
Estamos profundamente consternados pela tragédia ocorrida ontem de madrugada em Santa Maria na Boate Kiss quando morreram 230 jovens. No sofrimento a comunidade cristã se reúne no Santuário Basílica para celebrar o Mistério Pascal do Senhor. Queremos adorar o Senhor, bendizer seu nome santíssimo, escutar sua Palavra e pedir misericórdia e força para este momento de tanta dor e imensos gestos de solidariedade.
Dom Helio Adelar Rupert
A Palavra de Deus nos fortalece na solidariedade, nos ilumina e nos dá força e esperança nesta hora dura da provação, da angústia e sofrimento. O Senhor está conosco. Ele não abandona seu povo amado. É hora de silenciar e escutar a voz de Deus. É hora de reativar a nossa fé e dizer: “Não entendemos, mas cremos no amor de Deus”. É hora de não julgar e não condenar ninguém. Nem acusar, de sofrer em silêncio, na fé e no amor.
É hora de dizer: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé”.
- Quando escutei perplexo, lá em Vitória do ES a notícia, após uma bela Missa com um grupo de irmãos bispos e a Capela Sagrado Coração de Jesus  lotada, lembrei-me da dor das mães e dos pais e familiares dos jovens mortos. Imaginei Maria Desolada que recebia Jesus morto descido da cruz em seus braços. Que dor! Que sofrimento!
- Maria, porém, não se desesperou. Ela sabia que Jesus fora imolado pela nossa salvação.
Nessa tragédia de Santa Maria, as mães, os pais, os irmãos, os parentes, os amigos não desesperamos, antes: - abraçamos esta dor, esta cruz e dizemos: “Pai, em vossas mãos colocamos nossas lágrimas, nossa dor, nossos sofrimentos. Que tudo seja instrumento de redenção. Tende misericórdia de nossos jovens. Perdoai seus pecados. Acolhei suas vidas, seus últimos desejos. Que nada se perca, mas tudo se transforme em misericórdia e redenção”.
Como irmãos de fé manifestamos aos pais, familiares e amigos nossa solidariedade, nosso apoio e oração.
O que dizer nesta hora?
Perguntei a um vizinho desconhecido ao lado no avião o que deverei dizer ao povo ? Ele me respondeu: “Consolo”.
Sim. Queremos em nome do Senhor dar uma palavra de consolo, solidariedade e fazer nossa oração confiante.
- Nesta hora olhamos para Jesus, nosso Deus e Senhor, nosso Salvador.
- Olhamos para Maria Desolada: a Mãe que acolhe em seus braços seu Divino Filho morto na cruz por nosso amor, pela nossa salvação.
- Olhamos para o alto, para o céu: nossa pátria definitiva. A terra não é nossa morada definitiva. Esta vida é passageira, é fugaz.
- Olhamos para os valores que não passam: Deus não passa. O bem que fazemos, não passa.
O que levamos para a outra vida? Os bens? A beleza, a juventude? – Levamos somente o bem que fazemos e o quanto amamos.
Que essa tragédia, que nos entristece profundamente, seja para todos um novo passo na fé e na esperança. Estamos no Ano da Fé e de Jornada Mundial da Juventude.
Fé e Juventude: duas realidades que atingem nossas famílias, educadores, Igreja e sociedade.
Pais e mães, irmãos em Jesus Cristo: reavivemos nossa fé na dor e na escola da esperança. Cristo Jesus caminha conosco. Ele ama nossos jovens. Ele os chama. Ele conta com a generosidade e o encantamento de nossos jovens.
Jovens: orem, reflitam sobre o que Deus quer nos dizer com essa tragédia. Deus fala para as famílias, para as Igrejas e para toda nossa sociedade. Deus está nos falando muitas coisas. É hora de nos prepararmos todos para a imensa graça da Jornada Mundial da Juventude na Semana Missionária e na Jornada no Rio de Janeiro nos dias 23 até 28 de julho próximo com o Santo Padre. Depois dum grande sofrimento, certamente virão abundantes frutos e graças. Portanto, como não escutar a voz, os sinais de Deus Amor?
Recorramos à Mãe Maria, Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Ela sabe nos escutar, ajuda a enxugar nossas lágrimas, consola nossas dores.
Mãe de Jesus e nossa Mãe: ajuda-nos agora e sempre. Amém!
                                                                                                        Fonte: Site da CNBB 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Papa envia telegrama a dom Hélio Adelar e expressa pesar pela tragédia ocorrida em Santa Maria (RS)


A Secretaria de Estado do Vaticano divulgou na manhã desta segunda, 28 de janeiro, o telegrama enviado pelo Papa ao arcebispo de Santa Maria, dom Hélio Adelar Rubert, expressando seu pesar pela tragédia ocorrida na cidade universitária. No incêndio da boate ‘Kiss’ morreram 232 jovens e 80 estão hospitalizados em estado grave.
Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontífice pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo Padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica”.
O telegrama de Bento XVI é assinado pelo cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado de Sua Santidade.
                                                                                                         Fonte: Site da CNBB

Nota Oficial da CNBB de solidariedade às famílias e ao povo de Santa Maria (RS)


A presidência da CNBB que neste domingo, 27 de janeiro, se manifestou junto com o arcebispo de Santa Maria (RS), dom Hélio Adelar Rupert, diante do incêndio trágico que colheu a vida de centenas de jovens, emitiu, hoje, segunda-feira, 28 de janeiro, Nota Oficial de solidariedade às famílias e ao povo de Santa Maria.


Leia a Nota:

Nota de Solidariedade às famílias das vítimas e ao povo de Santa Maria

Acompanhamos com dor e solidariedade, desde a madrugada do domingo, o momento de profundo sofrimento vivido pelos feridos e pelas famílias dos que perderam centenas de filhos na tragédia do incêndio em Santa Maria (RS). O Brasil está de luto e as comunidades de fé estão unidas em oração. Deus conduza a todos, nesta hora, para oferecer, aos mortos, dignidade e ambiente de reverência, aos pais e familiares, amparo e assistência, e aos feridos, todo o apoio e tratamento ágil e eficiente.

Unimo-nos ao arcebispo, dom Hélio Adelar Rupert, ao clero e ao povo da arquidiocese de Santa Maria. A Palavra de Deus nos oferece luz para esse momento: “somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angustia; postos em apuros, mas não desesperançados; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; por toda parte e sempre levamos em nosso corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa existência mortal ( 2 Cor 4, 8-9).

A consciência cristã nos leva a manifestar também nosso apoio aos homens e mulheres de boa vontade que estão oferecendo ajuda junto às famílias e aos feridos e aos responsáveis pelo poder público que estão tomando as providências para o encaminhamento e solução dos problemas desse momento de aflição. É momento de união e de solidariedade! A concreta participação de colaboração, o respeitoso silêncio e a oração movida pela fé nos faz reconhecer, mais uma vez, que somos todos membros de uma única família que sofre pela perda de tantos jovens, filhas e filhos queridos.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis - Arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva - Arcebispo de São Luis (MA) e vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner - Bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB

Sábia reflexão de Dom Murilo


Formalidades


É cedo! Fiquem mais um pouco!” (“Nossa! Será que eles não desconfiam que já deveriam ter ido?”). “Muito prazer em conhecê-lo. Apareça lá em casa!” (“Nem vou dar meu endereço, pois pode ser que apareça mesmo!”). “Que lindo o seu vestido! Quem o fez?" (“Que falta de gosto! Como é capaz de andar com uma roupa assim?”). As frases variam conforme as circunstâncias ou a conveniência. A hipocrisia domina de tal modo a nossa vida que parece ser natural ou, mesmo, necessária. Os convites se renovam, os elogios se repetem e as formalidades se multiplicam. Seria, pois, uma gafe enorme ficar mais um pouco na casa do amigo, aparecer na casa da pessoa que pouco antes lhe foi apresentada ou acreditar piamente no elogio recebido.
Os elogios se multiplicam. Todos são elogiados com os adjetivos mais pomposos. Se alguém tiver a ingenuidade de acreditar neles e for somando todos os que receber, acabará tendo um autoconceito totalmente deformado. Ficará pensando que é o que os outros nem julgam que ele realmente seja; apenas falaram o que a conveniência lhes ditou. Estavam longe, contudo, de realmente pensar e acreditar no que disseram.
Há possibilidade de se acabar com tanta formalidade? Há! A primeira solução é utópica, arriscada e não recomendável. Consistiria, antes de tudo, em aceitar todos os convites feitos – por exemplo: permanecer na casa visitada, enquanto os donos fossem dizendo: “É cedo! Fique mais um pouco!”, mesmo que com isso se corresse o risco de ver os donos da casa bocejando; depois, visitar todas as pessoas que lhe disserem para “aparecer lá em casa” e, se convidado para o jantar, sentar-se imediatamente à mesa; além disso, começar a dizer o que realmente está pensando, sabendo que, quando se trata da sinceridade, estamos num mundo curioso, pois ela é sempre desejada; já os sinceros, nem sempre são bem vistos... Não leve adiante, pois, tais propostas.
O que precisamos fazer, isso sim, é lutar contra as formalidades e as mentiras. Assim, não se deve elogiar uma pessoa, se tal elogio não for sincero; também não se faça algum convite se, de fato, ele não nascer do coração; enfim, evitem-se comentários que não expressem a verdade. Na linguagem de Jesus, trata-se de se ter uma linguagem que seja na linha do “sim, sim, não, não” (cf. Mt 5,37).
Quando aborda a verdade, o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que ela é uma virtude “que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, guardando-se da duplicidade, da simulação e da hipocrisia” (nº 2468). Santo Agostinho, sempre atento ao comportamento das pessoas, comentou que ao longo de sua vida havia encontrado muitas pessoas que enganavam os outros; nunca encontrou alguém que gostasse de ser enganado.
A Palavra de Deus nos ensina que somos continuamente tentados a desviar nosso olhar do Deus vivo e verdadeiro para dirigi-lo aos ídolos, à mentira. Ora, quando trocamos “a verdade de Deus pela mentira” (Rm 1,25) a nossa capacidade para conhecer a verdade fica ofuscada. Sem a verdade, não seremos livres: “A verdade vos libertará” (Jesus Cristo).
Volto à questão das formalidades. Um dos maiores teólogos da Igreja, Santo Tomás de Aquino (†1274), afirmou que “Os homens não poderiam viver juntos se não tivessem confiança recíproca; quer dizer, se não manifestassem a verdade uns aos outros”.
Claro que deve haver equilíbrio entre o que deve ser expresso e o que não convém expressar; entre o que é preciso ser dito e o que é segredo, que deve ser guardado. Mas vale o princípio, também de Santo Tomás: “Um homem deve honestamente a outro a manifestação da verdade”.
O discípulo de Cristo procura viver na verdade, “isto é, na simplicidade de uma vida conforme o exemplo do Senhor, permanecendo em sua verdade” (CIC 2470). São João nos lembra de que, “Se dissermos que estamos em comunhão com ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade” (1Jo 1,6).
O mundo de Deus é o mundo da verdade, da justiça e do amor. Se esse é o mundo de Deus, tal deve ser, também, o nosso mundo.
                                                                Dom Murilo Krieger - Arcebispo de Salvador (BA)
                                                                                                              Fonte: Site da CNBB

domingo, 27 de janeiro de 2013

Hoje é dia de Santa Ângela,


Fundadora da Congregação das Irmãs Ursulinas.


Ângela nasceu no ano de 1474 em Desezano, norte da Itália. De uma família muito honesta, materialmente pobre, mas espiritualmente riquíssima, amava muito Cristo e sua Igreja. Os filhos foram crescendo assim, com o testemunho dos pais, inclusive Santa Ângela que, desde pequenina, já tinha vida de oração e penitência, buscava amar, cada vez mais, Deus. 

Ela teve uma irmã e, com o tempo, seus pais vieram a falecer. Os filhos tiveram que sair de sua terra e morar com um tio. Ali, a irmã faleceu e, mais tarde, o tio. Quantas perdas! Mas Santa Ângela, mulher de oração, nunca acusou Deus, nunca se revoltou. Isso não quer dizer que não sentiu, não sofreu. Até Nosso Senhor, verdadeiro Deus, verdadeiro homem sofreu. 

Inspirada pelo Espírito Santo, retornou para a sua terra natal e ali começou a fazer um trabalho muito providencial, confirmado pelo céu, porque teve um sonho de ver jovens com coroas de lírios caminhando para o céu. Naquele discernimento, ela agarrou a inspiração e foi trabalhar servindo jovens que corriam riscos morais. 

O grupo daqueles que se dedicavam a Deus foi crescendo, servindo no resgate à evangelização dos jovens e também na restauração das famílias. Ela foi com o coração aberto, cheio de amor para auxiliar, com as outras jovens, as famílias. Promoveu a restauração das jovens, das famílias, também foi ao encontro dos pobres e enfermos. 

O Papa aprovou esta nova congregação que foi consagrada à Santa Úrsula, por isso, eram chamadas ursulinas, pois a própria Santa Úrsula apareceu para Santa Ângela. Ela que, aos 66 anos, partiu para o céu, hoje intercede não só pelas ursulinas, mas por todos que são Igreja.

                                                                              Fonte: http://www.diocesedeanapolis.org.br
                                                                                                 Ilustração: www.facebook.com

As Irmãs Ursulinas estão presentes em nossa cidade desde de 1943. Desenvolvem a sublime missão de formar crianças e jovens nos valores humanos e cristãos, transmitindo-lhes também conhecimento e cultura no Colégio Santa Ângela, por elas criado há quase 70 anos.

Às queridas religiosas nossa homenagens no dia de sua querida fundadora!

Conheça neste vídeo um pouco mais da história de Santa Ângela:


                                                       Enviado por Antonio Marcos de Queiroz – www.youtube.com

Reflexão para o 3º Domingo do Tempo Comum

27 de janeiro de 2013

O Livro de Neemias nos dá um relato do que poderíamos chamar a “primeira celebração da palavra”. Ela foi realizada quando se percebeu a desordem que havia no meio do povo, onde cada um fazia o que desejava. Por ignorância, não se praticava a Lei e o caos imperava. Esdras, doutor da lei mosaica, foi enviado por Artaxerxes, rei persa, a Jerusalém, para colocar ordem na cidade. Ele preparou o povo e esperou o primeiro dia do novo ano para fazer uma solene celebração litúrgica, com todas as pessoas capazes de compreender. 
Os convocados compareceram, com absoluta boa vontade e sabiam que a solenidade duraria muitas horas, e na verdade era o Senhor quem os convocava. 
Esdras, consciente de que o momento era emblemático, usou de sua sensibilidade para demonstrar ao povo a grandeza do momento: mandou erguer um estrado de madeira, em um lugar visível a todos, e nele criou um ponto elevado para ser o local da tribuna, onde seria proclamada a Lei do Senhor. Era necessário que todos o vissem e ouvissem quando fosse abrir o livro e fazer sua leitura. 
Quando isso aconteceu, o povo ficou de pé e o ouvia com atenção. Esdras explicava seu sentido para que o povo pudesse compreender a leitura. Ao final da proclamação o povo disse “Amém! Amém!” E se prostrou por terra. Era o Senhor que falava através de Esdras e a prostração foi o sinal de que todos estavam conscientes disto. 
O povo, conhecedor de suas próprias falhas, chorava, contudo Esdras chamava-lhes a atenção para o aspecto da amizade de Deus; ela é mais importante que tudo, daí não chorar, mas festejar. Mais ainda, a alegria do Senhor é e será a força do povo. Por outro lado, sentir-se pecador, deve ser celebrado com alegria, pois ter essa consciência é um dom de Deus! 
São Lucas, logo no início de seu Evangelho, escreveu: “... história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por aqueles ministros da palavra”. O evangelista nos diz que o que vai narrar não é uma fábula, mas aconteceu realmente e nos foi transmitido pelos servidores de Jesus Cristo, o personagem central de seus relatos. 
Para mostrar a todos a excelência de Jesus dentro da tradição dos profetas, Lucas recorda o dia em que o Mestre, com trinta anos de idade, foi à sinagoga e o presidente dela convidou-o a fazer a segunda leitura do dia. Jesus abriu o rolo que continha os escritos que falavam sobre sua vinda, mas indecifráveis até então. Escolheu o texto do profeta Isaías que diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim e...enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres”. Ao enrolar o volume e entregá-lo ao assistente, Jesus diz, com esse gesto, que todos os escritos do Antigo Testamento acabaram, naquele instante, de cumprir sua missão: conduzir as pessoas até ele. Por isso podem ser enrolados e guardados. 
Nesse exato momento, todos os olhos estão voltados para ele. Todos desejam ouvir o que o Mestre irá dizer. Começaram os novos tempos! 
Se hoje continuamos a ler os textos do Antigo Testamento, os lemos antes dos do Novo, pois eles são indispensáveis para nossa preparação à acolhida de Jesus Cristo. 
A partir da homilia de Jesus, após as leituras bíblicas, sabemos que ela deverá estar dentro da realidade das pessoas e sempre ser mensagem de alegria, de esperança em Deus. 
                                                                                           Padre César Augusto dos Santos 
                                                                                                    Fonte: Site da Radio Vaticana
                                                                                   Ilustração: http://www.franciscanos.org.br

sábado, 26 de janeiro de 2013

Novo aplicativo permite acompanhar atividades do Papa em tempo real


O Pontifício Conselho das Comunicações Sociais (PCCS) lançou na última quinta-feira, dia 24 de janeiro, o "The Pope App", um aplicativo gratuito que permite acompanhar as atividades de Bento XVI por meio de celulares e computadores portáteis da Apple
Disponível em cinco línguas, incluindo o português, o aplicativo “permite acompanhar eventos ao vivo e configurar alertas para notificar quando um evento papal começa”, refere a apresentação do PCCS.
Também se oferece acesso a “todo o material oficial relacionado com o Papa em vários formatos: notícias e discursos oficiais, galerias com as últimas fotos e vídeos, acesso ao seu calendário e links para outros serviços da Santa Sé”.
O aplicativo possibilita ainda a visualização de áreas específicas do Vaticano através de câmaras espalhadas pela Praça São Pedro que transmitem em tempo real.
                                                                                                                Fonte: Site da CNBB

Leituras do 3º Domingo do Tempo Comum

27 de janeiro de 2013

1ª Leitura: Ne 8,2-4a.5-6.8-10       Salmo18,8.9.10.15      2ª Leitura: 1Cor 12,12-30

EvangelhoLc 1,1-4;4,14-21

"Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra. Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo: Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito,e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.' Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: 'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.'"

Reflexão

O que diz o texto?

Leio atentamente o texto: Lc 1,1-4; 4,14-21, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

Lucas não foi testemunha ocular de Jesus e de seu anúncio, mas escreve o Evangelho atento à tradição dos que "viram", "ouviram", "tocaram" em Jesus. E coloca esta cena tão importante de Jesus na sinagoga de Nazaré quando, no sábado, lê o profeta Isaias. Ali está a síntese e o modelo da pregação de Jesus: anunciar boas notícias e libertar as pessoas de todo mal. De início, as pessoas ficam surpresas com o anúncio e a declaração de Jesus. Todos na sinagoga tinham o olhar fixo nele.

Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? O que o texto me diz no momento? 
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Os bispos, Na Conferência de aparecida, disseram: "Quando cresce no cristão a consciência de se pertencer a Cristo, em razão da gratuidade e alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom desse encontro. A missão não se limita a um programa ou projeto, mas em compartilhar a experiência do acontecimento do encontro com Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo (cf. At 1,8)." (DAp 145). 
Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo uma canção do Padre Zezinho.

Palavras que não passam /Foi teu coração / Que me ensinou /Palavras que não passam /No teu coração
Coloquei o meu /Minha religião /Vem te ouvir teu coração

Foi teu coração /Que me ensinou /A fazer da vida /Uma esperança só /Sei que aprenderei /Se te ouvir falar Não me perderei /Se te ouvir com atenção

Palavras que não passam /Palavras que libertam /Palavra poderosa tem teu coração /Palavra por palavra
Revelas o infinito /Como é bonito ouvir teu coração.
Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus, com olhar de Missionário que leva boas notícias e ajuda as pessoas a se libertarem do mal. 

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 
                                                         Fonte da Reflexão: http://www.paulinas.org.br
                                                                            Ilustração: http://www.pcrrpo.org

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Papa Bento XVI:


Comunhão em Cristo, 
exemplo para uma sociedade necessitada de reconciliação


Cidade do Vaticano (RV) - A sociedade atual muitas vezes esquece o Evangelho, precisa de um exemplo de comunhão entre os cristãos que supere toda e qualquer divisão. Assim se expressou o Papa ao presidir na tarde desta sexta-feira, na Basílica romana de São Paulo Fora dos Muros, às segundas Vésperas da festa da Conversão de São Paulo.
A celebração concluiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: um dom de Deus que necessita desses gestos concretos para curar recordações e relações, disse o Pontífice. Ressaltamos que a Igreja no Brasil celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos entre as solenidades da Ascensão do Senhor e Pentecostes.
Na homilia da celebração, o Santo Padre recordou os cristãos na Índia, "por vezes chamados a dar testemunho da fé em condições difíceis".
Celebrando as segundas Vésperas com representantes de outras confissões cristãs, reunidos em torno do túmulo do apóstolo Paulo, Bento XVI falou sobre a unidade dos cristãos como meio privilegiado, pressuposto para anunciar a fé de modo crível a quem não conhece Cristo ou a quem, mesmo já tendo recebido o dom precioso do Evangelho, o esqueceu.
A unidade entre os cristãos, antes de ser fruto de esforços humanos, é obra e dom do Espírito Santo, explicou o Pontífice. A oração, o ecumenismo espiritual é o coração do empenho ecumênico, que sem a fé se reduziria a uma forma de contrato ao qual aderir por um interesse comum. Portanto, a premissa para uma mútua fraternidade é a comunhão com o Pai:
"O diálogo, quando reflete a prioridade da fé, permite abrir-se à ação de Deus com a firme confiança de que sozinhos não podemos construir a unidade, mas é o Espírito Santo que nos guia rumo à plena comunhão, e faz colher a riqueza espiritual presente nas diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais."
Diante de uma sociedade como a atual na qual parece que o Evangelho incide cada vez menos, mas necessitada de reconciliação, diálogo e compreensão recíproca, as Igrejas e as Comunidades eclesiais são chamadas a acolher o desafio de, juntas, anunciar Cristo, oferecendo ao mundo um luminoso exemplo na busca da comunhão:
"Ao tempo em que caminhamos rumo à plena unidade, é necessário buscar então uma colaboração concreta entre os discípulos de Cristo em vista da transmissão da fé ao mundo contemporâneo."
Todavia, as questões doutrinais que ainda nos separam, não devem ser subestimadas ou minimizadas: devem ser enfrentadas com coragem, em espírito de fraternidade e respeito recíproco, acrescentou o Papa.
O ecumenismo não dará frutos duradouros se não for acompanhado de gestos concretos de conversão que favoreçam a cura das recordações e das relações, prosseguiu.
O dom da unidade é inseparável do dom da fé, e a fé é inseparável da santidade pessoal, bem como da busca da justiça. Pensando nos cristãos da Índia que prepararam os subsídios para a reflexão durante a Semana de Oração deste ano, celebrada com o tema "O que o Senhor exige de nós" – extraído do livro do profeta Miquéias –, o Papa recordou as condições difíceis em que eles por vezes são chamados a dar testemunho:
"Caminhar humildemente com Deus” significa, em primeiro lugar, caminhar na radicalidade da fé, como Abraão, confiando em Deus, aliás, colocando n'Ele toda nossa esperança e aspiração, mas significa também caminhar para além das barreiras, do ódio, do racismo e da discriminação social e religiosa que dividem e prejudicam a sociedade inteira."
Os representantes do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, da Igreja Anglicana, das Igrejas ortodoxas, das Igrejas ortodoxas orientais e das diferentes comunidades eclesiais participaram das segundas Vésperas presididas pelo Santo Padre.
Em nome de todos, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, saudou o Pontífice. (RL)
                                                                                Fonte: http://pt.radiovaticana.va

Paróquia São José - Paraisópolis (MG) - Missas e outros eventos


27 de janeiro a 2 de fevereiro

Domingo

Missa da Festa de São José - 2009

7h - Matriz

9h - Matriz

11h - Matriz - Missa com os Jovens

19h 30min - Matriz

  19h 30min - Santo Antônio

       
Dia 22 - Terça -  15h - Matriz                                  Dia   24 - Quinta - 15h - Matriz                                        
Dia 26 - Sábado

19h 30min - Matriz             Centro Pastoral São Francisco             Centro Pastoral São Geral

Paróquia São José


 Curiosidade histórica

Primeira imagem do Padroeiro
Matriz de São José
Há 140 anos, em 1873, foi solenemente empossada a 1ª Câmara da Vila de São José do Paraíso. Devido a esse histórico evento, o dia 25 de janeiro tornou-se o dia da comemoração do aniversário do município de Paraisópolis.
Um dos sete primeiros vereadores da Vila foi o Padre Antônio Caetano Ribeiro e, ainda naquele ano, outro sacerdote também passou a ocupar uma das cadeiras da Câmara, o Padre José Luís de Mello, que exerceu a vereança em nossa cidade em duas legislaturas: 1873-1876/1877-1881.
Padre José Luís foi o 5º sacerdote que esteve à frente de nossa paróquia, de 8 de junho de 1870 a 7 de junho de 1873. Os fatos sugerem que o referido padre, que posteriormente recebeu o título de Cônego, foi empossado vereador após passar a direção da Paróquia São José ao novo pároco, Padre João Alves Coelho Guimarães.
Fonte: O Paraíso de José: 160 anos da Paróquia São José
de Luiz Gonzaga da Rosa, Editora Santuário, 2010.
...............................................................................................................................................................

Com esse interessante registro cumprimentamos todos os paraisopolenses
pelo 140º aniversário de nossa querida cidade.
Felicidades!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Refletindo com Dom Demétrio

 A conversão de São Paulo

Nesta última sexta-feira do mês de janeiro, dia 25, celebra-se a festa do Apóstolo São Paulo, enquanto a cidade, e o estado, revivem sua história, que permanece ligada ao nome deste grande apóstolo.
Com certeza, não existe no mundo monumento maior, dedicado a São Paulo, do que a cidade que leva o seu nome, e que o estendeu a todo o Estado.
Neste “Ano da Fé”, a figura de São Paulo comparece com força exemplar. A partir da fé em Cristo, sua vida tomou outro rumo, e assumiu uma excepcional importância histórica. Tanto que para muitos historiadores, São Paulo poderia ser considerado fundador do cristianismo. Ele colaborou, em todo o caso, de maneira decisiva, na sistematização e difusão da fé cristã. A partir dele, a nova fé foi tomando organicidade, assumindo o formato que ainda caracteriza a Igreja.
Se há um santo que não necessitaria de data especial, é São Paulo. Ele é lembrado com insistência na liturgia, onde suas cartas comparecem com muita frequência.
Mas a Igreja lhe reserva duas datas. Uma agora em janeiro, para destacar sua conversão. E outra em junho, onde sempre é lembrado na companhia de São Pedro.
Diz a tradição que Paulo era, humanamente, de estatura franzina. Mas se agigantou por sua intrepidez apostólica e pela profundidade dos seus ensinamentos, registrados em suas cartas cheias de solicitude por suas comunidades.
A Igreja faz questão de destacar duas dimensões da vida de Paulo. Sua integração com a Igreja é apontada pelo fato de ser colocado ao lado de São Pedro, com quem partilhou a missão apostólica, e com quem se assemelhou pelo martírio em Roma.
A outra dimensão é a sua conversão, celebrada especialmente no dia 25 de janeiro.
A conversão de São Paulo continua paradigmática. De um lado, ela nos faz pensar nos desígnios de Deus, que soube suscitar a pessoa certa para assumir a causa do Evangelho, dando-lhe dimensão universal. Com Paulo, a fé cristã ultrapassou os limites estreitos do povo judeu, abrindo caminho para ser acolhida por qualquer cultura humana.
Por outro lado, sua conversão é o exemplo mais acabado da força do Evangelho. Para todo espírito humano, mesmo que comece se intrigando com suas propostas, como aconteceu com Paulo, o Evangelho abre a porta para a adesão da inteligência e para o compromisso da vontade.
A festa da conversão de São Paulo continua nos dizendo que o Cristo se coloca no caminho de toda pessoa humana. Mesmo para os que pensam combatê-lo, ele oferece sua graça. São Paulo experimentou este “bom combate”.
Neste ano dedicado à fé cristã, ele nos estimula a seguir seu exemplo.
                                                                Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales (SP)
                                                                                                          Fonte: Site da CNBB
                                                                    Ilustração: http://www.diocesearacatuba.com.br