quinta-feira, 30 de junho de 2016

Arquidiocese celebra centenário de

Dom Octávio Chagas de Miranda

No dia 29 de junho, ocorreram as solenidades comemorativas pelo centenário de sagração episcopal de Dom Octávio Chagas de Miranda e tomada de posse como 3º Bispo diocesano na Arquidiocese de Pouso Alegre.
Dom Majella assina decretos
Em cerimônia realizada no Centro de Pastoral, anexo à Cúria Metropolitana, o Arcebispo de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R, assinou os decretos de criação de duas novas paróquias, inaugurou a galeria dos Bispos e reinaugurou o Arquivo Metropolitano, que recebeu o nome do homenageado.
O chanceler do arcebispado, Pe. Jésus Andrade Guimarães, iniciou os trabalhos agradecendo a presença do clero, das autoridades regionais, dos representantes das comunidades de Senador José Bento e Extrema e de todos os que compareceram à solenidade.
Pe. Jésus deu prosseguimento convidando para compor a mesa solene o Arcebispo de Pouso Alegre Dom Majella; o arcebispo emérito D. Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho; o vigário geral e pároco da Paróquia Santo Antônio, Cônego Wilson Mário de Morais; o pároco da Paróquia Santa Rita de Extrema, Monsenhor José Dimas de Lima, o pároco da paróquia São José de Congonhal Pe. João Bosco de Freitas e os futuros párocos, Pe. Valdair Benedito Peres e Pe. Benedito Luciano da Rosa.
O chanceler teceu um breve histórico da Arquidiocese de Pouso Alegre e discorreu sobre a importância da região onde se encontram as novas paróquias. Foram elevadas a Paróquia São Sebastião, em Senador José Bento, que terá como pároco o Pe. Valdair, e a Paróquia de São Cristóvão e São Benedito, em Extrema, que terá como pároco o Pe. Benedito Luciano.
Inauguração da Galeria dos Bispos
Logo após, foi iniciada sessão solene de assinatura dos decretos, sendo que cada futuro pároco recebeu a caneta com que o decreto fora assinado e uma cópia do documento.
Em seguida, Dom Majella fez um breve pronunciamento, no qual ressaltou a importância das paróquias, pois elas aproximam a Igreja dos fiéis, por meio dos trabalhos pastorais.
Dando continuidade, todos foram convidados para conhecer a Cúria Metropolitana, que passou por reformas recentemente, e para a cerimônia de inauguração da Galeria dos Bispos e do Arquivo Metropolitano. Na oportunidade, o chanceler pediu ao Pe. Sebastião Teixeira Beraldo, que teve a honra de ser crismado por Dom Octávio Chagas de Miranda, que colocasse na Galeria o quadro com a foto do bispo homenageado. Em seguida Dom Majella colocou na Galeria o quadro com a foto do arcebispo emérito, e por fim, Dom Ricardo Pedro finalizou a Galeria, colocando a foto de Dom Majella.
Em cerimônia contínua foi descerrada a placa de reinauguração do Arquivo Metropolitano, a qual teve os dizeres lidos em alta voz pelo Mons. José Dimas de Lima, que é o arquivista. Descerraram a placa, além dos arcebispos, o arquivista Mons. Dimas, Pe. Marcos Eduardo Caliari e a funcionária Cristina Faria, que trabalham no Arquivo. Novamente, Dom Majella fez um pronunciamento e em seguida o Mons. José Dimas também falou aos presentes. O Diácono Andrey Niciolli leu uma breve biografia de Dom Octávio.
Encerrando os trabalhos da tarde, Dom Majella abençoou as instalações do arquivo e encerrou concedendo sua benção a todos.
Missa do centenário
À noite, o Arcebispo Metropolitano, o Arcebispo emérito e o clero arquidiocesano concelebraram a santa Missa Solene do Centenário da sagração e posse de Dom Octávio, na Catedral Metropolitana de Pouso Alegre. Muitos fiéis compareceram a Santa Eucaristia que foi abrilhantada pelo coral Vozes de Euterpe, de Brazópolis.
Participaram da Missa, as proclamadoras da Palavra, Sra. Walda Nunes Rosa e Sra. Áurea Correa, que também tiveram o privilégio de iniciar na vida cristã junto a Dom Octávio.
Os arcebispos depositaram uma coroa de flores no túmulo de Dom Octávio, que se encontra na Cripta da Catedral, ao som do canto Salve Regina, que foi entoado pelo Cabido Metropolitano.
Durante a Missa, também houve o momento especial de homenagem ao arcebispo emérito, Dom Ricardo Pedro, que celebrava na data o aniversário de 49 anos de sua ordenação sacerdotal.
Dom Majella e Dom Ricardo depositam flores no túmulo de Dom Octávio
Ao final da celebração, foi feito um agradecimento especial a Comissão do Centenário, que arduamente trabalhou. Integraram a comissão o Monsenhor José Dimas de Lima, o diácono Andrey Nicioli, coordenador da Pastoral Arquidiocesana da Comunicação e os professores Maria Eunice Cherbele, Josemayre Nery, Marilda Laraia, Carlos de Barros Laraia, Antonio Homero Rocha de Toledo, Maristela Saponara, Cleyton Costa, auxiliados pelos universitários do curso de História da Universidade do Vale do Sapucaí. A comissão elaborou textos, exposição fotográfica e um site com informações, fotos e textos e circulares emitidas pelo Bispo. (www.arquidiocese-pa.org.br/otavio100)
Ao final da Santa Missa, a fanfarra composta por alunos da Escola Municipal Dom Otávio se apresentou na frente da Catedral, encerrando assim as homenagens. (Texto de Adaysa Fernandes)
..............................................................................................................................................................
Momentos







...............................................................................................................................
                                                                                  Fonte: arquidiocese-pa.org.br
Francisco:
"Quem não vive para servir, não serve para viver"

Cidade do Vaticano (RV) – Esta quinta-feira (30/06) foi dia de audiência jubilar no Vaticano. Na Praça São Pedro, cerca de 15 mil fiéis ouviram o Papa Francisco falar das obras de misericórdia.
“É importante jamais esquecer que a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas um estilo de vida. Eu posso ou não ser misericordioso. Uma coisa é falar de misericórdia, outra coisa é vive-la”, disse.
O Pontífice citou o Apóstolo Tiago, que diz que a misericórdia sem as obras está morta em seu isolamento. “É exatamente assim”, frisou Francisco: “O que torna viva a misericórdia é o seu dinamismo constante de ir ao encontro de quem precisa e das necessidades de quem se encontra em dificuldade espiritual e material.  A misericórdia tem olhos para ver, ouvidos para escutar e mãos para ajudar”.
Servir para viver
De modo especial, o Pontífice falou da importância do perceber o estado de sofrimento dos outros. Às vezes, afirmou, passamos diante de situações dramáticas de pobreza e parece que estas não nos tocam; tudo continua como se nada fosse, numa indiferença que, ao final, nos torna hipócritas e, sem perceber, acaba numa forma de letargia espiritual em que o ânimo se torna insensível e a vida, estéril. “Tem gente que passa toda a vida sem nunca perceber as necessidades dos outros”, lamentou. Pessoas que passam sem viver, que não servem os outros. Lembrem-se bem: quem não vive para servir, não serve para viver".
“Quem experimentou na própria vida a misericórdia do Pai não pode permanecer insensível diante das necessidades dos irmãos”, completou Francisco, que citou as obras que estão contidas no Evangelho de Mateus: assistir que tem fome, sede, quem está nu, refugiado, doente e na prisão. “As obras não são temas teóricos, mas testemunhos concretos. Obrigam a arregaçar as mangas para aliviar o sofrimento".
Essencial
Com o multiplicar-se da pobreza material e espiritual, o Papa Francisco pede uma caridade criativa para identificar novas formas de ajudar quem precisa. “Portanto, pede-se a nós que permaneçamos vigilantes como sentinelas para que, diante das pobrezas produzidas pela cultura do bem-estar, o olhar do cristão não se enfraqueça e se torne incapaz de ver o essencial.”
A misericórdia é viva, dinâmica
Ver o essencial, explicou, significa “olhar Jesus no faminto, na prisioneiro, no doente, no nu, em quem não tem trabalho e deve levar avante uma família. Olhar Jesus em quem está triste, só, em quem erra, em quem precisa de conselho, caminhar em silêncio com quem precisa de companhia – estas são as obras que Jesus pede a nós. Olhar Jesus nestas pessoas. Por quê? Porque Jesus nos olha assim”.
Tratou-se da última audiência jubilar deste período de verão europeu. Ao saudar os peregrinos alemães, o Pontífice recordou que neste período de férias e repouso seria importante também cuidar das relações humanas e viver a misericórdia. Já aos poloneses, pede orações para si e para os jovens que em todo o mundo estão se preparando para o iminente encontro em Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude, no final de julho.
As audiências jubilares serão retomadas em 10 de setembro. (bf)
Assista:
........................................................................................................................................
                                                                                  Fonte: radiovaticana.va       news.va

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Francisco:
Oração é via de saída para fechamentos

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa presidiu na manhã desta quarta-feira (29/06), à Missa da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo – padroeiros de Roma.
Como é tradição nesta celebração, o Pontífice abençoou os pálios dos novos arcebispos metropolitanos – dentre eles, quatro brasileiros – que serão impostos pelos Núncios Apostólicos nas respectivas arquidioceses.
Em sua homilia, o Papa recordou episódios decisivos e fundamentais da vida dos Apóstolos e da comunidade cristã para superar seus próprios egoísmos, medos e fechamentos.
“A principal via de saída dos fechamentos é a oração... A oração, como humilde entrega a Deus e à sua santa vontade, é sempre a via de saída dos nossos fechamentos pessoais e comunitários”, afirmou o Pontífice.
Abertura
O próprio Paulo, ao escrever a Timóteo  - prosseguiu o Papa –  fala da sua experiência de libertação, de saída do perigo de ser ele também condenado à morte.
“Entretanto, Paulo fala de uma ‘abertura’ muito maior, para um horizonte infinitamente mais amplo: o da vida eterna, que o espera depois de ter concluído a ‘corrida’ terrena”, discerniu Francisco.
Já a confissão de fé de Pedro e a consequente missão a ele confiada por Jesus – disse Francisco – mostra-nos que a vida do pescador galileu Simão – assim como a vida de cada um de nós – se abre, desabrocha plenamente quando acolhe, de Deus Pai, a graça da fé.
Orgulho
“E Simão põe-se a caminhar – um caminho longo e duro – que o levará a sair de si mesmo, das suas seguranças humanas, sobretudo do seu orgulho misturado com uma certa coragem e altruísmo generoso”, recordou o Papa.
Francisco na Solenidade de São Pedro e São Paulo
A oração de Jesus foi decisiva neste percurso de libertação de Pedro: “Eu roguei por ti [Simão], para que a tua fé não desapareça”. E, igualmente decisivo – sublinhou Francisco – é o olhar cheio de compaixão do Senhor depois que Pedro O negou três vezes: um olhar que toca o coração e liberta as lágrimas do arrependimento.
“Então Simão Pedro foi liberto da prisão do próprio eu orgulhoso e medroso, e superou a tentação de se fechar à chamada de Jesus para O seguir no caminho da cruz”, recordou o Papa.
Medos
Neste ponto, ao recordar o episódio de Pedro liberto que bate à porta mas ficam com medo de abrir porque ele é procurado, o Papa disse que o medo sempre nos paralisa, nos fecha às surpresas de Deus.
“Este detalhe fala-nos de uma tentação que sempre existe na Igreja: a tentação de fechar-se em si mesma, à vista dos perigos”, advertiu o Papa.
Porém, atrás daquela porta estavam muitas pessoas que rezavam, narra o Evangelho. E esta é uma brecha por onde Deus pode agir, concluiu o Pontífice.
“A oração permite que a graça abra uma via de saída: do fechamento à abertura, do medo à coragem, da tristeza à alegria. E podemos acrescentar: da divisão à unidade”.
Assista:
...............................................................................................................................................................
Pedro e Paulo, colunas e luzes
que brilham no coração dos fiéis do Oriente e Ocidente

Após presidir na Basílica de São Pedro a missa pela Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento pontifício para rezar o Angelus com os milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro.
Sua alocução, que precede a oração, foi toda dedicada aos dois Apóstolos, cuja fé é o fundamento “da Igreja de Roma, que sempre os venerou como padroeiros”. Todavia – observa o Santo Padre – é “toda a Igreja universal que olha para eles com admiração, considerando-os como duas colunas e duas grandes luzes que brilham não somente no céu de Roma, mas no coração dos fieis do Oriente e do ocidente.
“Se aqui em Roma conhecemos Jesus – explicou o Papa – e se a fé cristã é parte viva e fundamental do patrimônio espiritual e da cultura deste território, isto se deve à coragem apostólica destes dois filhos do Oriente próximo”. 
A difusão de fé cristã tem seu fundamento em Pedro e Paulo
Estes dois homens “que eram diferentes um do outro: Pedro um “humilde pescador” e Paulo “mestre e doutor”, foram enviados a Roma para pregar o Evangelho:
“Eles, por amor à Cristo, deixaram sua pátria e, independentemente das dificuldades da longa viagem e dos riscos e das suspeitas que encontrariam, desembarcaram em Roma. Aqui eles se tornaram anunciadores e testemunhas do Evangelho entre as pessoas, selando com o martírio a sua missão de fé e caridade”.
E este fato ocorrido nos primórdios do cristianismo, é trazido por Francisco para os tempos atuais:
“Pedro e Paulo hoje retornam idealmente entre nós, percorrendo novamente as ruas desta cidade, batendo na porta de nossas casas, mas acima de tudo dos nossos corações. Eles querem trazer mais uma vez Jesus, o seu amor misericordioso, a sua consolação, a sua paz. Acolhamos a mensagem deles! Façamos tesouro de seu testemunho! A fé firme e sincera de Pedro, o coração grande e universal de Paulo, nos ajudarão a ser alegres cristãos, fiéis ao Evangelho e abertos ao encontro com todos”.
Francisco voltou-se então para a cerimônia por ele presidida esta manhã na Basílica vaticana onde abençoou os Pálios dos Arcebispos Metropolitas nomeados no últimos ano, vindos de diversos países:
“Renovo a minha saudação e o meu augúrio a eles, aos familiares e àqueles que os acompanham nesta peregrinação. Os encorajo a prosseguir com alegria a sua missão a serviço do Evangelho, em comunhão com toda a Igreja e especialmente com a Sé de Pedro, como expressa precisamente o sinal do Pálio”.
Por fim, o Pontífice recordou a presença na mesma cerimônia dos Membros da Delegação vinda a Roma em nome do Patriarca Ecumênico, “o caríssimo irmão Bartolomeu”:
“Também esta presença é sinal das fraternas ligações existentes entre as nossas Igrejas. Rezemos para que se fortaleçam sempre mais os vínculos de comunhão e o testemunho comum”.
Ao concluir, o Papa Francisco confiou a Salus Populi Romani “o mundo inteiro e em particular esta cidade de Roma, para que possa encontrar sempre nos valores espirituais e morais de que é rica o fundamento da sua vida social e da sua missão na Itália, na Europa e no mundo”. (JE)
........................................................................................................................................
                                                                                  Fonte: radiovaticana.va       news.va

Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo,

colunas da Igreja


A Liturgia de hoje reúne em uma única celebração os dois grandes apóstolos: Pedro, o escolhido para conduzir a Igreja e confirmar seus irmãos na fé e Paulo, o eleito por Deus, para ser o Evangelizador, aquele que com suas cartas e suas pregações refletiu e ensinou de modo profundo e singular as palavras do Mestre.
Pedro e Paulo
A primeira leitura extraída dos Atos dos Apóstolos nos fala da perseguição perpetrada por Herodes Agripa aprisionando Pedro, após perceber a satisfação dos judeus ao verem Tiago, irmão de João Evangelista, ser morto à espada.
A Igreja, sem cessar, rezou por seu Pastor e Deus a ouviu enviando um anjo para libertar Pedro.
Na segunda leitura, temos a despedida de Paulo onde ele diz já ter sido oferecido em libação, isto é, já está pronto para o sacrifício. Paulo conheceu, durante sua vida, após a conversão, o que é perseguição, fome, açoites, naufrágios, humilhações; tudo isso  por amor a Jesus Cristo.
Finalmente, no Evangelho de hoje vemos os discípulos responderem à pergunta de Jesus sobre quem é ele, relatando diversas opiniões. Uma delas tem origem em Herodes Antipas, aquele que mandou degolar João Batista. Ele crê que Jesus é o Batista redivivo. Para outros, o Senhor é algum dos Profetas.
Em um segundo momento o Senhor quer saber a opinião de seus discípulos, daqueles que o acompanham pelo menos há alguns anos. Pedro assume a liderança e iluminado pelo Espírito Santo responde que Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo!
Esse mesmo Espírito faz Pedro entender que nas ações de Jesus está a instauração da nova sociedade. Ao mesmo tempo, Jesus entende que foi o Pai quem revelou sua identidade a Pedro e o investe de autoridade para poder cumprir sua missão de confirmar seus irmãos na fé.
Portanto, a entrega de nossa vida ao Pai, deverá ser como a dos Apóstolos. Entrega radical, plena, sem guardarmos nada para nós, mas visando apenas o interesse do Reino de Deus.
Muitas vezes nos fixamos na grandeza e na beleza de ser papa, de ser bispo ou simplesmente ser um sacerdote, mas junto a todas essas missões, encontramos o lado da renúncia, da abnegação de si mesmo e a aceitação de abraçar a cruz quando se fizer necessário.
Será exatamente nessa ocasião que o missionário, o apóstolo precisará das orações da Igreja, não tanto para libertá-lo da dor e da morte, mas para torná-lo forte e firme na fé e dar o testemunho como Deus deseja.
Mas ao falarmos em testemunhar a fé em Deus, é bom deixar claro que essa ocasião não é somente no martírio explícito, mas cotidianamente o missionário, o apóstolo é chamado a demonstrar por atos que crê em Deus. Por isso, rezar sempre pelos nossos pastores, por aqueles que gastam sua vida em nos confirmar na fé, é imperioso!
Celebrar São Pedro e São Paulo não será apenas louvar essas duas colunas da fé, mas rezar mais por aqueles que os sucedem na missão de governar a Igreja e propagar o Evangelho, além de ter por eles um carinho todo especial.
                                                                                  Padre Cesar Augusto dos Santos
........................................................................................................................................
                                                                                                     Fonte: radiovaticana.va

terça-feira, 28 de junho de 2016

Reflexão:

Família: Reflexo de Deus

O Papa Francisco em sua recente Exortação Apostólica “Amoris Laetittia” (A alegria do amor), escreve: “O Deus Trindade é comunhão de amor; e a família, o seu reflexo vivente” (AL  n. 11).  No início o papa faz notar que apesar dos numerosos sinais de crise no matrimonio, o desejo de formar uma família permanece vivo, especialmente entre os jovens. Este documento é longo, cita muito o parecer dos padres sinodais que participaram dos dois Sínodos sobre a família: são 325 parágrafos distribuídos em nove capítulos.
Que Deus abençoe nossas famílias!
O Papa Francisco escreve inicialmente sobre o apoio e os fundamentos bíblicos da família. Analisa a conjuntura atual da família e recorda os elementos essenciais da doutrina da Igreja sobre a família. Em seguida, no capítulo quarto escreve sobre a vivência do amor no matrimônio, amor que se torna fecundo. No capítulo sexto apresenta as perspectivas pastorais nas diferentes comunidades e em seguida trata da educação dos filhos. No capítulo oitavo, um dos principais do documento, o papa faz um convite para acompanhar, discernir e integrar a fragilidade em especial quando se encontram situações irregulares. Por último trata da espiritualidade conjugal e familiar.
Julgo muito oportuno extrair deste documento algumas pistas para a Pastoral Familiar, a qual se mostra cada vez mais de relevância, no contexto da vivência eclesial. O papa Francisco na verdade propõe uma Nova Pastoral Familiar. A seguir resumo em sete itens as características desta Nova Pastoral Familiar, conforme podemos deduzir do texto do documento. Uma Pastoral Familiar, segundo o Papa Francisco, deve ter este direcionamento:
1) Anunciar a “boa nova” da família. Deve dizer a todos que a família faz parte do Plano de Deus para a Humanidade. A família é “invenção” de Deus.
2) Ter muito cuidado com a preparação para o matrimônio que é uma vocação a ser vivida no âmbito da Igreja. Em especial a celebração deste sacramento deve ser preparada. Os noivos não devem se deixar levar pela sociedade de consumo.
3) Deve haver um acompanhamento do casal nos primeiros anos de matrimônio.
4) A Pastoral Familiar deve acompanhar o casal também nos momentos de crise, rupturas, divórcio, dificuldades, etc.
5) Reforçar a educação integral dos filhos. Ajudar a descobrir a pedagogia da graça nos caminhos de Deus (cf. n. 298ss).
6) Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade. Nem a doutrina nem as normas jurídicas e canônicas devem ser aplicadas de forma impessoal como “princípios gerais”, mas devem ser vistas na perspectiva da pastoral.
7) Que seja uma pastoral orientada pela lógica da misericórdia. Não condenar nem excluir casais com dificuldade, mas a partir do princípio misericórdia incluir, encontrar um lugar dentro da Igreja. Em tudo percorrer o caminho da caridade.
Não tenhamos dúvidas de que este documento sobre a família vem dinamizar e dar uma direção nova à pastoral com as famílias. É preciso perceber que, mais importante do que facultar comunhão para os casais em segunda união, ou separados ou divorciados, a Igreja se preocupa em que eles não se sintam excluídos da participação da comunidade. O Papa Francisco termina com uma belíssima frase que gostaria de transcrever para concluir: “Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida” ( AL n. 325).
Peçamos intercessão de Nossa Senhora e São José, pelas nossas famílias e por uma Renovada Pastoral Familiar em nossa Diocese.
                                          Dom Pedro Carlos Cipollini - Bispo de Santo André
..............................................................................................................................
                                                    Fonte: cnbb.org.br     Ilustração: radiovaticana.va

Papa Francisco nesta terça-feira:

Sofrimento humano deve unir os cristãos

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta terça-feira (28/06), no Vaticano, uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, que veio a Roma para participar da festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em 29 de junho, padroeiros da cidade.
Papa Francisco pede a bênção ao Patriarca Bartolomeu em Istambul (2014)
Trata-se de uma cortesia entre o Patriarcado e a Santa Sé que se repete todos os anos por ocasião dos santos padroeiros. A Santa Sé envia uma representação à sede do Patriarcado Ecumênico, em Istambul, para a festa de Santo André, em 30 de novembro.
Em seu discurso, o Santo Padre destacou que a festa deste ano será marcada pela misericórdia, no âmbito do Jubileu que a Igreja está vivendo. Os Santos Pedro e Paulo fizeram ambos a experiência primeiro do pecado, depois da potência da misericórdia divina. O primeiro renegando seu Mestre, e o segundo perseguindo a Igreja.
Renovar
“Celebrando a festa dos Apóstolos, renovamos a memória daquela experiência de perdão e de graça que une todos os fiéis em Cristo”, disse o Papa. Não obstante as diferenças entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla no que diz respeito à liturgia, às disciplinas eclesiásticas e ao modo de formular a verdade revelada, na base das duas Igrejas está a mesma experiência do amor infinito de Deus pela nossa pequenez e fragilidade.
“Reconhecer que a experiência da misericórdia de Deus é o vínculo que nos une, implica que devemos fazer com que a misericórdia se torne sempre mais o critério das nossas relações recíprocas”, afirmou Francisco, pedindo que sentimentos como rivalidade, desconfiança e rancor sejam superados. “A própria misericórdia nos liberta do peso de um passado marcado por conflitos e nos permite de nos abrir ao futuro rumo ao qual o Espírito Santo nos guia”, acrescentou.
Diálogo
Como passos positivos, o Pontífice citou o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa e, de modo especial, a visita realizada em abril passado à ilha grega de Lesbos, na companhia do Patriarca Bartolomeu e do Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia, Ieronymo II.
“Olhar o desespero no rosto de homens, mulheres e crianças que não sabem seu destino, ouvir impotentes o relato de suas desventuras e nos deter em oração às margens daquele mar que devorou a vida de tantos seres humanos inocentes foi uma experiência muito comovente, que confirmou o quanto ainda há por fazer para garantir dignidade e justiça a tantos irmãos e irmãs”, disse o Papa Francisco.
Para ele, católicos e ortodoxos estão sempre mais se conscientizando da responsabilidade comum diante de quem se encontra na necessidade. “Assumir juntos esta responsabilidade é um dever que toca a credibilidade própria do nosso ser cristão. Por isso, encorajo toda forma de colaboração entre católicos e ortodoxos em atividades concretas a serviço da humanidade sofredora.”
O Pontífice citou ainda a recente realização em Creta, na Grécia, do Concílio Pan-ortodoxo, fazendo votos de que deste evento possam germinar frutos abundantes para o bem da Igreja. E concluiu seu discurso garantindo seu respeito e amor fraterno pelo Patriarcado Ecumênico e pedindo orações por si e por seu ministério. (bf)
..............................................................................................................................................................
Bartolomeu I:
Diálogo na caridade
leva ao recíproco enriquecimento espiritual

O compromisso ecumênico na defesa das minorias perseguidas e a importância dos princípios cristãos diante da crise dos migrantes e refugiados. Estas foram as duas passagens-chave da carta enviada ao Papa pelo Patriarca Ortodoxo Ecumênico, Bartolomeu I. A missiva foi entregue ao Pontífice na manhã desta terça-feira, durante a audiência concedida à delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.
Francisco e o Patriarca Bartolomeu I
“As nossas Igrejas escutam o grito das vítimas de violência e fanatismo, discriminações e perseguições, injustiças sociais, pobreza e fome”, escreve Bartolomeu na carta ao Papa, recordando “com profunda gratidão” o encontro realizado em Lesbos, em 16 de abril passado. Um encontro – sublinha o Patriarca – que teve o objetivo de oferecer “apoio aos migrantes e refugiados, dando a eles coragem e esperanças”, mas também defender  “a necessidade de garantir uma solução pacífica diante da maior crise humanitária desde os tempos da II Guerra Mundial, cujas vítimas contam também populações cristãs”.
Civilização europeia não pode ser compreendida sem raízes cristãs
Em particular, Bartolomeu lança um olhar para a Europa: “A atual crise dos migrantes e dos refugiados – afirma – demonstrou a necessidade, para as nações europeias, de enfrentar o problema com base nos princípios cristãos de fraternidade e justiça social”. Neste sentido, o chamado para reconhecer  que “a civilização europeia não pode ser entendida sem fazer referência às suas raízes cristãs”, porque “o seu futuro não pode ser uma sociedade inteiramente secularizada ou sujeita exclusivamente à economia ou ao fundamentalismo”. De fato – explica Bartolomeu –“a cultura da solidariedade alimentada pela cristandade não se preserva por meio do progresso da internet e da globalização”.
Caminho ecumênico, diálogo de verdade na caridade
Em seguida, o Patriarca invoca o empenho ecumênico para o bem da humanidade, para sua liberdade, em contraste contra o mal social e no esforço de fazer prevalecer a justiça e a paz. Um compromisso comum que constitui “um bom testemunho para a Igreja de Cristo – escreve Bartolomeu – fortalecendo as recíprocas responsabilidades espirituais diante dos desafios contemporâneos”.
Quanto ao caminho rumo à unidade de ortodoxos e católicos, o Patriarca afirma que o diálogo na caridade “confirma os comuns modelos cristãos” e leva “ao conhecimento teológico, à experiência ecumênica e ao recíproco enriquecimento espiritual”.
Conversão ecológica para salvaguardar a criação
Outro ponto central da mensagem é a salvaguarda da criação, tema muito caro também ao Patriarca Ecumênico, cujo compromisso também é recordado pelo Papa Francisco na “Encíclica Laudato Si, sobre o cuidado da casa comum”. Bartolomeu sublinha “as causas espirituais e morais da crise ecológica atual” e alerta para a necessidade de “uma mudança radical de atitudes” para encontrar uma solução.
Oração pelo êxito do Sínodo Pan-Ortodoxo
Olhando, então, ao Concílio Pan-ortodoxo recém concluído em Creta, Bartolomeu pediu ao Papa para rezar por "um resultado frutuoso de tal encontro", o primeiro depois de mais de um mil de anos. Finalmente, o Patriarca reza a Deus para que fortaleça o Papa "para o bem da Igreja e a unidade dos cristãos, em benefício da humanidade tão conturbada". (JE/IP)
..............................................................................................................................................................
Francisco:
Bento XVI continua servindo a Igreja com vigor e sabedoria

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco conduziu nesta terça-feira (28/06), na Sala Clementina do Vaticano, a celebração solene de comemoração dos 65 anos de Ordenação sacerdotal do Papa emérito Bento XVI. 
“Hoje, festejamos a história de um chamado iniciado há 65 anos com a sua Ordenação sacerdotal ocorrida na Catedral de Frisinga em 29 de junho de 1951”, disse Francisco a Bento XVI. 
Abraços de irmãos
“Em uma das mais belas páginas que o senhor dedica ao sacerdócio, sublinha como, na hora do chamado definitivo de Simão, Jesus, olhando para ele, no fundo pergunta-lhe somente uma coisa: ‘Me amas?’. Como é bonito e verdadeiro isto! Porque é aqui, o senhor nos diz, é neste "me amas" que o Senhor funda o apascentar, porque somente se existe amor pelo Senhor Ele pode apascentar por meio de nós”, frisou ainda o Pontífice. 
“É esta a nota que domina uma vida inteira dedicada ao serviço sacerdotal e à teologia que o senhor não por acaso definiu como a ‘busca do amado’; é isto que o senhor sempre testemunhou e testemunha ainda hoje: que a coisa decisiva nos nossos dias - de sol ou de chuva - a única com a qual vem também todo o resto, é que o Senhor esteja realmente presente, que o desejemos, que interiormente sejamos próximos a ele, que o amemos, que realmente acreditemos profundamente nele e acreditando o amemos verdadeiramente. É este amar que realmente nos preenche o coração, este acreditar é aquilo que nos faz caminhar seguros e tranquilos sobre as águas, mesmo em meio à tempestade, precisamente como acontece a Pedro; este amar e este acreditar é o que nos permite de olhar ao futuro não com medo ou nostalgia, mas com alegria, também nos anos já avançados de nossa vida.”
Testemunho
“E assim, precisamente vivendo e testemunhando hoje em modo tão intenso e luminoso esta única coisa realmente decisiva - tendo o olhar e o coração voltado a Deus - o senhor, Santidade, continua servindo a Igreja, não deixa de contribuir realmente com o vigor e a sabedoria para o crescimento dela”, disse Francisco que acrescentou: 
“E o faz daquele pequeno Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano, que se revela desta forma ser bem outra coisa do que um daqueles cantinhos esquecidos nos quais a cultura do descarte de hoje tende a relegar as pessoas quando, com a idade, as suas forças começam a faltar. É bem ao contrário; e isto permite que o diga com força o seu Sucessor que escolheu chamar-se Francisco!".
"Porque o caminho espiritual de São Francisco iniciou em São Damião, mas o verdadeiro lugar amado, o coração pulsante da ordem, lá onde o fundou e onde no final rendeu sua vida a Deus foi a Porciúncula, a 'pequena porção', o cantinho junto à Mãe da Igreja; junto a Maria que, pela sua fé tão firme e pelo seu viver tão inteiramente do amor e no amor com o Senhor, todas as gerações chamarão bem-aventurada. Assim, a Providência quis que o senhor, caro irmão, chegasse a um lugar por assim dizer propriamente 'franciscano' do qual emana uma tranquilidade, uma paz, uma força, uma confiança, uma maturidade, uma fé, uma dedicação e uma fidelidade que me fazem tão bem e dão força para mim e para toda a Igreja".
Palavras de Bento XVI
E o Papa Francisco concluiu: “Que o senhor, Santidade, possa continuar sentido a mão do Deus misericordioso que o sustenta, que possa experimentar e nos testemunhar o amor de Deus; que, com Pedro e Paulo, possa continuar exultando de alegria enquanto caminha rumo à meta da fé.” 
A seguir, o Papa emérito Bento XVI, em um breve discurso improvisado de agradecimento, recordou que sua vida sacerdotal foi marcada desde o início pela palavra grega "Eucharistomen" e suas tantas dimensões.
“Ao final, queremos nos incluir neste obrigado do Senhor e, assim, receber realmente a novidade da vida e ajudar a transubstanciação do mundo, que seja um mundo não de morte, mas de vida – um mundo no qual o amor venceu a morte.” (JE/MJ/RB)
..............................................................................................................................................................
O agradecimento de Bento XVI

Os 65 anos de ordenação sacerdotal do Joseph Ratzinger foram celebradas esta terça-feira na Sala Clementina, no Vaticano, na presença do Papa Francisco e do próprio Papa emérito, além de numerosos Cardeais e a delegação do Patriarcado Ecumênico em visita ao Vaticano por ocasião da Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Bento XVI foi saudado pelo Papa Francisco, pelo Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé Cardeal Gerhard Müller  e pelo Decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo Sodano. O último a se pronunciar foi o próprio Papa emérito, que usou estas palavras:
Bento XVI agradece ao Papa Francisco
“Santo Padre, queridos irmãos,
65 anos atrás, um irmão ordenado comigo me convenceu de escrever no santinho da primeira missa somente, exceto o nome e as datas, uma palavra, em grego: "Eucharistomen", convencido que com esta palavra, nas suas múltiplas dimensões, já está dito tudo o que pode se pode dizer neste momento. "Eucharistomen" diz um agradecimento humano, obrigado a todos. Obrigado especialmente ao senhor, Santo Padre! A sua bondade, desde o primeiro momento da eleição, em cada momento da minha vida aqui, me toca, me leva, realmente, interiormente. Mais do que nos Jardins do Vaticano, com a sua beleza, a Sua bondade é o lugar onde eu moro: Sinto-me protegido. Obrigado também pela palavra de agradecimento, por tudo. E esperamos que o senhor possa seguir em frente com todos nós neste caminho da Divina Misericórdia, mostrando o caminho de Jesus, para Jesus, para Deus.
Graças também ao senhor, [Cardeal Sodano], por suas palavras que realmente me tocaram o coração: Cor ad cor loquitur. O senhor fez presente quer a hora da minha ordenação sacerdotal, quer  também a minha visita em 2006 em Frisinga, onde eu revivi tudo isso. Eu só posso dizer que assim, com estas palavras, o senhor interpretou a essência da minha visão do sacerdócio, do meu agir. Lhe sou grato pelo laço de amizade que até agora continua por um longo tempo, de telhado a telhado [refere-se a suas casas que estão próximas]:  é quase presente e palpável.
Obrigado, Cardeal Müller, pelo o seu trabalho que faz para a apresentação dos meus textos sobre o sacerdócio, nos quais procuro também ajudar os confrades a entrarem sempre de novo no mistério em que o Senhor se dá em nossas mãos.
"Eucharistomen": naquele momento o amigo Berger queria mencionar não somente à dimensão da gratidão humana, mas naturalmente à palavra mais profunda que se esconde, que aparece na Liturgia, nas Escrituras, nas palavras gratias agens benedixit Fregit deditque. "Eucharistomen" lembra-nos da realidade de ação de graças, àquela nova dimensão que Cristo deu. Ele transformou em gratidão e assim em bênção, a cruz, o sofrimento, todo o mal no mundo. E então basicamente ele transubstanciou a vida e do mundo e deu-nos e nos dá a cada dia o pão da verdadeira vida, que supera o mundo graças à força do Seu amor.
No final, queremos inserir-nos neste "obrigado" do Senhor, e assim receber realmente a novidade de vida e ajudar para a transubstanciação do mundo: é um mundo não de morte, mas de vida; um mundo em que o amor venceu a morte.
Obrigado a todos vocês. Que o Senhor abençoe a todos nós.
Obrigado, Santo Padre”
.............................................................................................................................................................
Quatro arcebispos brasileiros receberão pálio nesta quarta-feira
Por ocasião da Festa dos Santos padroeiros Pedro e Paulo nesta quarta-feira, 29 de junho, o Papa Francisco preside à Santa Missa na Basílica Vaticana com a entrega do pálio aos novos Arcebispos metropolitanos.
Este ano, 25 Arcebispos estão contemplados, entre eles quatro brasileiros: Dom Roque Paloschi, de Porto Velho (Rondônia), Dom Zanoni Demettino Castro, de Feira de Santana (Bahia), Dom Rodolfo Luís Weber, de Passo Fundo (Rio Grande do Sul), Dom Darci José Nicioli, C.SS.R. de Diamantina (Minas Gerais).
Os outros 21 Arcebispos são oriundos de França, Equador, Estados Unidos, Antilhas, Itália, Espanha, Bélgica, Turquia, Cuba, México, Polônia, Ilhas Salomão, Mianmar e Benin.
Rádio Vaticano
A Rádio Vaticano transmite esta cerimônia ao vivo, com comentários em português, a partir das 9h25 hora local, 4h25 no horário de Brasília. Depois da celebração, o Papa rezará com os fiéis na Praça a oração mariana do Angelus, sempre com transmissão da Rádio Vaticano.
Mudança
O Papa Francisco instituiu uma mudança na imposição do pálio aos novos Arcebispos. Com uma carta datada de 12 de janeiro de 2015, o Mestre das Celebrações Pontifícias, Mons. Guido Marini, informou que a faixa de lã branca será somente entregue e não colocada pelo Santo Padre. A imposição do pálio será realizada nas respectivas arquidioceses pelo Núncio Apostólico no país.
“O significado desta alteração é colocar em maior evidência a relação dos bispos metropolitanos com a sua Igreja local e, assim, dar também a possibilidade a mais fiéis de estarem presentes neste rito tão significativo para eles, e também particularmente aos bispos das dioceses sufragâneas que, deste modo, poderão participar do momento da imposição. Neste sentido, mantém-se todo o significado da celebração de 29 de junho, que sublinha a relação de comunhão e também de comunhão hierárquica entre o Santo Padre e os novos arcebispos; ao mesmo tempo, a isto se acrescenta – com um gesto significativo – esta ligação com a Igreja local”, explicou Mons. Marini à Rádio Vaticano.
O pálio
O pálio é elaborado com lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.
O uso do pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. O pálio é símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica. (BF)
........................................................................................................................................
                                                                                  Fonte: radiovaticana.va       news.va

Solenidades marcam centenário de

Dom Octávio Chagas de Miranda
A Arquidiocese de Pouso Alegre está comemorando o centenário de sagração episcopal de Dom Octávio Chagas de Miranda e tomada de posse como 3º Bispo diocesano.
Convite de reinauguração do Arquivo do Centenário
As solenidades comemorativas terão seu ápice no dia 29 de junho, memória de São Pedro e São Paulo. Na oportunidade, às, 16h, na Cúria Metropolitana, o Arcebispo de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado – C.Ss.R assinará os decretos de criação de duas novas paróquias. Serão elevadas a Paróquia São Sebastião, em Senador José Bento, cujo pároco será o Pe. Valdair Benedito Peres, e a Paróquia de São Cristóvão e São Benedito, em Extrema, que terá como pároco o Pe. Benedito Luciano da Rosa. Na mesma solenidade acontecerá a reinauguração do Arquivo Metropolitano, instalado na Cúria Metropolitana de Pouso Alegre.
Ainda no dia 29, às 19h, Arcebispo Metropolitano e o clero arquidiocesano concelebrarão a santa Missa Solene na Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, com a presença de fiéis.
Para celebrar o centenário, a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Pouso Alegre lançou um site com informações, fotos e textos e circulares emitidas pelo Bispo. Acesse: www.arquidiocese-pa.org.br/otavio100
Breve biografia de Dom Octávio
Dom Octávio
Octávio Chagas de Miranda nasceu no município de Campinas (SP) no dia 10 de agosto de 1881. Era filho de Francisco Chagas de Miranda, maquinista da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, e Cândida Maria Teodora Miranda, mulher piedosa e catequista da Matriz velha de Campinas. Teve mais cinco irmãos: Laudelino, Olímpio, João, Amélia e Lídia.

O piedoso padre Nery, vendo a dedicação, disponibilidade e percebendo sinais de vocação, decidiu enviar Octávio para o colégio dos padres da Companhia de Jesus, em Itú. Terminando o curso de humanidades, mudou-se para São Paulo, para cursar Filosofia no ano de 1886. Padre Nery foi escolhido para o episcopado, mas seu pupilo, Octávio, não o abandonou. No dia 21 de julho de 1901, Dom João Batista Corrêa Nery toma posse na Catedral de Pouso Alegre e ao estudante Octávio foi dado o cargo de chanceler da Mitra.
No dia 04 de dezembro de 1903 ele foi ordenado diácono. Já no dia 20 do mesmo mês, na Catedral do Bom Jesus em Pouso Alegre, Octávio foi ordenado padre.
Dom Nery permaneceu como Bispo de Pouso Alegre por oito anos, quando, em 30 de outubro de 1908, foi transferido para o recém-criado Bispado de Campinas. Ligado ao padre Octávio por laços de íntima amizade e pelo afeto de pai espiritual, Dom Nery não podendo dispensar o seu caríssimo auxiliar, pela confiança que ele lhe inspirava, como pelos inestimáveis serviços que prestava, decidiu então, que o mesmo o acompanharia na sua transferência para Campinas.
Em 14 de fevereiro de 1916, Campinas recebeu festivamente a notícia da eleição do Vigário da Matriz Velha, Cônego Octávio Chagas de Miranda, para a alta dignidade de Bispo Diocesano de Pouso Alegre, no Sul de Minas”. (1981, pág. 87).
A ordenação episcopal do Cônego Octávio se deu no dia 04 de junho de 1916. Como ordenantes auxiliares estavam Dom Francisco de Campos Barreto (Bispo de Pelotas – RS) e Dom Antônio Augusto de Assis (Bispo de Guaxupé – MG). O ordenante principalmente, não poderia ser diferente, foi Dom Nery.
O 3º Bispo de Pouso Alegre, Dom Octávio Chagas de Miranda, chegou à sua Diocese no dia 28 de junho de 1916, tomando posse um dia depois, no dia 29 de junho.
Dom Octávio começou seu calvário de sofrimento no ano de 1948, quando começo a sentir os primeiros sintomas do mal de Parkinson. Veio a falecer no dia 29 de outubro de 1959.
Texto: Adaysa Fernandes   Breve Biografia: Diácono Andrey Nicioli   Fotos: Arquivo arquidiocesano

                                                                                      Fonte: arquidiocese-pa.org.br
................................................................................................................................