quarta-feira, 31 de maio de 2023

Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira:

Matteo Ricci
seguiu o caminho do diálogo e da amizade com todas as pessoas

O estudo e a formação despertam interesse e admiração, mas é a coerência da vida cristã que atrai, disse Francisco na Audiência Geral referindo-se à missão do jesuíta que, superando dificuldades e perigos, conseguiu entrar no grande país asiático há 500 anos e anunciar a fé cristã, modelo de inculturação.

A catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (31/07), teve como exemplo de zelo apostólico o pe. Matteo Ricci, italiano que foi à China.

"Natural de Macerata, na região das Marcas, depois de ter estudado nas escolas dos jesuítas e de ter entrado na Companhia de Jesus, entusiasmado pelos relatórios dos missionários, como muitos outros jovens, seus companheiros, pediu para ser enviado para as missões do Extremo Oriente. Depois da tentativa de Francisco Xavier, mais vinte e cinco jesuítas procuraram, sem sucesso, entrar na China", sublinhou o Papa.

De acordo com Francisco, "Matteo Ricci e um de seus confrades se prepararam muito bem, estudando cuidadosamente a língua e os costumes chineses, e no final conseguiram estabelecer-se no sul do país. Foram necessários dezoito anos, com quatro etapas em quatro cidades diferentes, antes de chegar a Pequim, que era o centro. Com constância e paciência, animado por uma fé inabalável, Matteo Ricci conseguiu superar dificuldades e perigos, desconfianças e oposições. Ele seguiu sempre o caminho do diálogo e da amizade com todas as pessoas que encontrou, e isto abriu-lhe muitas portas para o anúncio da fé cristã".

Comportamento de inculturação

A sua primeira obra em língua chinesa foi precisamente um tratado "Sobre a amizade", que teve grande ressonância. Para se integrar na cultura e na vida chinesas, num primeiro período vestia-se como os bonzos budistas, conforme o costume do país, mas depois compreendeu que a melhor maneira era assumir o estilo de vida e os trajes dos eruditos. Estudou profundamente os seus textos clássicos, a fim de poder apresentar o cristianismo em diálogo positivo com a sua sabedoria confucionista e os usos e costumes da sociedade chinesa. Isso se chama um comportamento de inculturação. Estes missionários souberam “inculturar” a fé cristã em diálogo com a cultura grega.

Segundo o Papa, "a sua excelente preparação científica suscitava o interesse e a admiração dos homens cultos, começando pelo seu famoso mapa-múndi, o mapa de todo o mundo então conhecido, com os diferentes continentes, que revela aos chineses, pela primeira vez, uma realidade fora da China muito mais vasta do que pensavam". 

De acordo com o Papa, "os conhecimentos matemáticos e astronômicos de Ricci e de seus seguidores missionários contribuíram para um encontro fecundo entre a cultura e a ciência do Ocidente e do Oriente, que então viverá uma das suas épocas mais felizes, no sinal do diálogo e da amizade. Com efeito, a obra de Matteo Ricci nunca teria sido possível sem a colaboração de seus grandes amigos chineses, como os famosos “Doutor Paulo” (Xu Guangqi) e o “Doutor Leão” (Li Zhizao)".

A coerência dos evangelizadores

"No entanto, a fama de Ricci como homem de ciência não deve obscurecer a motivação mais profunda de todos os seus esforços: o anúncio do Evangelho. A credibilidade obtida mediante o diálogo científico conferia-lhe autoridade para propor a verdade da fé e da moral cristã, que ele debate de modo aprofundado nas suas principais obras chinesas, como O verdadeiro significado do Senhor do Céu", sublinhou Francisco. "Esses missionários rezavam, pregavam, se moviam, faziam jogadas políticas, tudo isso, mas rezavam. É o que alimenta a vida missionária, uma vida de caridade, ajudavam os outros, humildade e um total desinteresse por honras e riquezas que levam muitos dos seus discípulos e amigos a aceitar a fé católica porque viam um homem tão inteligente, tão sábio, tão astuto, no bom sentido da palavra, para fazer as coisas e tão fiel, que diziam: O que prega é verdadeiro, é uma personalidade que dá testemunho", disse ainda o Papa.

“Testemunha com a própria vida o que anuncia. Esta é a coerência dos evangelizadores. Isso cabe a todos nós cristãos que somos evangelizadores. Eu posso rezar o Credo de cor, posso dizer todas as coisas que acreditamos, mas se a vida não for coerente com isso, não serve a nada. O que atrai as pessoas é o testemunho de coerência. Nós cristãos vivemos o que pregamos. Não fazer de conta de viver como cristãos e depois viver como mundanos. Fiquem atentos! Olhando para esses missionários, esse era italiano, a força maior é a coerência. Eles são coerentes.”

"Matteo Ricci faleceu em Pequim, em 1610, aos 57 anos. Um homem que dedicou toda a sua vida à missão. O espírito missionário de Mateo Ricci é um modelo vivo atual. O seu amor pelo povo chinês é um modelo, mas o que é uma estrada atual é a coerência de vida, o testemunho de sua vida como cristão. Ele levou o cristianismo à China. Ele é grande porque é um grande cientista, ele é grande porque é corajoso, ele é grande porque escreveu muitos livros, mas sobretudo é grande porque foi coerente com a sua vocação, coerente com o desejo de seguir Jesus Cristo. Irmãos e irmãs, hoje nós, cada um de nós, se pergunte: "Sou coerente ou sou um pouco mais ou menos?", concluiu Francisco.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

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Significativa e pedagógica festa mariana

encerra o mês de maio

A festa da Visitação de Nossa Senhora foi instituída pelo Papa Urbano VI, em 1389, com o intuito de pôr fim ao Grande Cisma, por intercessão de Maria. Esta festa teve início em Bizâncio, no dia 2 de julho, com a leitura do Evangelho da visita de Maria a Isabel, por ocasião da "Deposição da santa Túnica da Theotokos na Blachernes (basílica)". Os franciscanos adotaram esta festa mariana, mas a transformaram em Visitação de Maria, em 1263. Após a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festa passou a ser celebrada em 31 de maio, no fim do mês dedicado a Maria.

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas para as montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou em seu seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre". E Maria disse: “Minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador”. (Lc 1, 39-42; 46-47).

Foi às pressas

Por uma espécie de impulso interior, a Virgem Maria foi às pressas visitar sua prima Isabel. Poderiam ser muitos os motivos que levaram a Virgem Maria a fazer esta viagem: o desejo de ajudar sua prima Isabel, sabendo que esperava um filho, apesar da sua velhice; ou o desejo de comunicar-lhe o que havia acontecido com ela, uma vez que, entre as mulheres “visitadas” pelo anjo era mais fácil se entender. Com a sua ida “às pressas”, Maria revela-se uma mulher missionária (levar e partilhar a alegria do anúncio) e uma mulher caridosa (colocar-se a serviço da sua prima já idosa). Mas nada impede de pensar de que ela também tinha o "santo desejo" de ir ver o que o Anjo lhe havia anunciado: “Eis que Isabel, tua parenta, também concebeu um filho na sua velhice; aquela que era chamada estéril, já está no sexto mês, porque a Deus nada é impossível”. (Lc 1,36-37). No fundo, também os pastores foram às pressas para ver “o sinal” que os anjos lhes haviam anunciado na noite de Natal: “Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em panos, deitado numa manjedoura” (Lc 2,12). Isto confirma que Maria jamais subestimava os "sinais" de Deus.

Encontro entre duas mães

A passagem evangélica une os dois "anúncios": a Isabel e a Maria, duas mulheres e duas promessas. Logo que ouviu a saudação de Maria, a criança “estremeceu” no seio de Isabel. O Messias Jesus, ainda nascituro no ventre de mãe Maria, encontra o precursor, o profeta também nascituro no seio de mãe Isabel; ao reconhecê-lo, exultou de alegria, como aconteceu com Davi, que dançou diante da arca pela presença do Senhor (cf. 2Sm 6,12-16).

Do louvor ao serviço

O Magnificat, hino de louvor, que narra a reviravolta da lógica humana, onde os últimos serão os primeiros, não fica letra morta, mas se torna vida no serviço.

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terça-feira, 30 de maio de 2023

Dicastério para a Comunicação oferece

documento com reflexão pastoral
sobre a participação dos cristãos nas mídias sociais

“Rumo à presença plena” é o título do documento do Dicastério para a Comunicação publicado na segunda-feira, 29 de maio.  O objetivo é promover uma reflexão compartilhada sobre o envolvimento dos cristãos com as mídias sociais, que se tornaram cada vez mais parte da vida das pessoas. Inspirado na parábola do Bom Samaritano, ele pretende iniciar uma reflexão compartilhada para promover uma cultura de ser um “próximo amoroso” também na esfera digital.

No contexto da mídia social, onde os indivíduos são frequentemente consumidores e mercadorias, essa reflexão pastoral busca uma resposta baseada na fé. Essa resposta começa com o discernimento dos estímulos que recebemos e com uma escuta intencional. A atenção, juntamente com um senso de pertencimento, reciprocidade e solidariedade, são os pilares para a construção de um senso de união que, em última análise, deve fortalecer as comunidades locais, fazendo-as capazes de se tornarem motores de mudança. Ao nos tornarmos “tecelões da comunhão” por meio da criatividade do amor, podemos imaginar novos modelos construídos com base na confiança, na transparência e na inclusão, aprendendo a estar presentes no estilo de Deus e a levar o sinal do testemunho.

Cuidado com as ciladas nas “rodovias digitais”

A revolução digital certamente criou oportunidades, mas apresenta muitos desafios. O documento identifica várias ciladas a serem evitadas ao percorrermos as “rodovias digitais”. Desde a redução de usuários singularmente considerados a consumidores e mercadorias, até a criação de “espaços individualistas” que têm como alvo pessoas que pensam da mesma forma ou incentivam comportamentos extremos, a viagem pelo ambiente on-line é um percurso em que muitos foram marginalizados e feridos. Para os cristãos, isso impele a perguntar-se: como podemos tornar o ecossistema digital um local de compartilhamento, colaboração e pertencimento, com base na confiança mútua?

Da consciência ao verdadeiro encontro

Tornar-se “próximo” no ambiente da mídia social começa com uma disposição para ouvir, sabendo que aqueles que encontramos on-line são pessoas reais. Mesmo em um ambiente caracterizado pela “sobrecarga de informações”, essa atitude de escuta intencional e de abertura de coração nos permite passar da mera percepção do outro para um encontro autêntico. Podemos começar a reconhecer nosso próximo digital, percebendo que seus sofrimentos nos afetam. Nosso objetivo é construir não apenas “conexões”, mas encontros que se tornem relacionamentos reais e fortaleçam as comunidades locais.

Do encontro à comunidade

Em nossa viagem pelas “rodovias digitais”, podemos encontrar os outros em um espírito de espectador indiferente ou em um espírito de apoio e amizade. Nesse último caso, nós – que às vezes somos o bom Samaritano e às vezes o ferido – podemos começar a ajudar a curar as feridas criadas por um ambiente digital tóxico. Precisamos reconstruir os espaços digitais para que se tornem ambientes mais humanos e mais saudáveis. Ao mesmo tempo, podemos ajudar a tornar esses ambientes mais capazes de promover comunidades reais, com base naquele encontro encarnado que é indispensável para aqueles que acreditam na Palavra que se fez carne.

Um estilo distinto

Os cristãos trazem para a mídia social um “estilo” distinto, um estilo de compartilhamento que tem sua origem em Cristo, que nos amou e se entregou por nós com suas palavras, suas ações, sua alma e seu corpo. Ele nos ensinou que a verdade é revelada na comunhão e que a comunicação também brota da comunhão, ou seja, do amor. A presença dos cristãos na mídia digital deve refletir esse estilo, para comunicar informações verdadeiras de maneira criativa, de uma forma que brote da amizade e construa a comunidade. Esse estilo fará uso de histórias; exercerá sua influência on-line de maneira responsável, à medida que os cristãos se tornarem “tecelões de comunhão”; será reflexivo, não reativo; será ativo no fomento de atividades e projetos que promovam a dignidade humana; e será sinodal, ajudando-nos a abrir nossos corações e a acolher nossos irmãos e irmãs.

Testemunho no mundo digital

Essa presença dos cristãos nas mídias sociais também terá a marca do testemunho. Os cristãos não estão lá para vender um produto ou fazer proselitismo, mas sim para dar testemunho. Isto é, eles estão lá para confirmar, com suas palavras e suas vidas, o que outra pessoa – Deus – fez, criando uma comunhão que nos une em Cristo. Quer os cristãos sejam às vezes o ferido, às vezes o samaritano, ou ambos, seus encontros ocasionais nas plataformas de mídia social se tornam encontros com um próximo cuja vida lhes diz respeito e, portanto, com o Senhor. Dessa forma, a comunicação oferece um vislumbre da comunhão que está enraizada na Santíssima Trindade e é nossa verdadeira “terra prometida”.

Leia o documento em português

Com informações do Vatican News

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                                                                                                                          Fonte: cnbb.org.br

Papa em mensagem:

família tem efeitos positivos sobre todos,
enquanto geradora de bem comum.

"Grande parte dos sonhos de Deus acerca da comunidade humana realizam-se na família (...). Não podemos ficar indiferentes ao futuro da família, comunidade de vida e de amor, aliança insubstituível e indissolúvel entre homem e mulher, lugar de encontro entre as gerações, esperança da sociedade", diz Francisco na mensagem pelo lançamento do Pacto Global pela Família

“Desejo apoiar o Family Global Compact [Pacto Global pela Família], um programa compartilhado de ações visando pôr em diálogo a pastoral familiar com os centros de estudo e pesquisa sobre a família presentes nas universidades católicas de todo o mundo. Esta é a intenção do Papa Francisco já declarada na Exortação Apostólica Amoris laetitia. O Pontífice reafirma o seu desejo na mensagem de lançamento da iniciativa promovida pelo Dicastério para os Leigos, Família e Vida e pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

Pesquisa e pastoral juntos para uma cultura da família

O objetivo do Pacto Global pela Família é promover a sinergia entre percursos de vida e estudos acadêmicos. E o Papa explica porquê:

Juntas, as universidades católicas e a pastoral, podem promover melhor uma cultura da família e da vida que, a partir da realidade, ajude as novas gerações – neste tempo de incertezas e de carestia da esperança – a estimar o matrimônio, a vida familiar com os seus recursos e desafios, a beleza de gerar e proteger a vida humana.

O contexto atual das relações familiares

Às universidades, continua Francisco, está confiada a tarefa de desenvolver análises aprofundadas sobre os vários aspectos da instituição familiar para defender sua "real importância no âmbito dos sistemas contemporâneos de pensamento e de ação". E traça um panorama da situação atual:

Dos estudos feitos, sobressai um contexto de crise das relações familiares, alimentado tanto por dificuldades contingentes como por obstáculos estruturais, o que torna mais difícil formar serenamente uma família na falta de apoios adequados por parte da sociedade. É também por isso que muitos jovens descartam a opção do matrimônio em favor de formas de relações afetivas mais instáveis e informais. Mas as pesquisas evidenciam também que a família continua a ser a fonte prioritária da vida social e mostram a existência de boas iniciativas que merecem ser partilhadas e difundidas a nível global.

Não podemos nos resignar à declinação da família

Na mensagem, o Papa Francisco descreve as tarefas do Family Global Compact, um programa, observa ele, que não é estático, mas um caminho articulado em quatros passos.

O primeiro diz respeito à promoção do diálogo entre centros de universitários de estudo e pesquisa que se ocupam de temáticas familiares; o segundo visa promover maior sinergia entre as universidades católicas e as comunidades cristãs.

O objetivo do terceiro passo, por sua vez, é favorecer “a cultura da família e da vida na sociedade”, para que surjam “propostas e objetivos úteis às políticas públicas”.

Por fim, com o quarto passo, se quer apoiar as propostas que surgem para a melhoria do serviço à família em todos os seus aspectos que a mensagem enumera: "espiritual, pastoral, cultural, jurídico, político, econômico e social". O Papa, neste sentido, sublinha a responsabilidade da Igreja:

Grande parte dos sonhos de Deus acerca da comunidade humana realizam-se na família. Por isso, não podemos resignar-nos com o seu declínio em nome da incerteza, do individualismo e do consumismo, que anteveem um futuro de indivíduos isolados que pensam em si mesmos. Não podemos ficar indiferentes ao futuro da família, comunidade de vida e de amor, aliança insubstituível e indissolúvel entre homem e mulher, lugar de encontro entre as gerações, esperança da sociedade.

Uma família saudável é um bem para todos

Francisco conclui com uma consideração:

Recordemos que a família tem efeitos positivos sobre todos, enquanto geradora de bem comum: as boas relações familiares constituem uma riqueza insubstituível não só para os cônjuges e os filhos, mas também para toda a comunidade eclesial e civil.

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                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Reflexão sábia e oportuna:

ESQUERDA e CENTRO e DIREITA!

|||||||||~ Pe Zezinho scj ~ ||||||||||||||||

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Padre Zezinho

Navios, barcos, aviões, helicópteros ora vão reto, ora sobem, ora abaixam, ora se inclinam para a direita, ora para esquerda …

Países também. Ditaduras raramente passam de 40 anos. Poucas chegam a cinquenta! Esquerda demais, centro demais, direita demais enraivecem o povo .

Aliás, tudo o que é demais arruinam religiões, igrejas, governos, partidos, clubes, movimentos, namoros, casamentos e amizades.

A vida está desenhada para sadias versões e conversões, sadias convergências e divergências, sadios prós e contras.

E o que não é sadio apodrece, desanda, machuca e deturpa.

Um país que aceita passivamente políticas erráticas, religiões erráticas, partidos erráticos e mídias erráticas acaba tombando, descarrilhando, afundando e dividindo-se em dois ou três ou cinco países ou nações .

Se a unidade não for mantida no diálogo, países serão como as religiões que acabam em várias igrejas e centenas de seitas.

Se um país não tiver líderes sensatos , tudo o que foi construído acabará em ruínas.

Nos últimos 120 anos houve três grandes guerras, quase 700 pequenas guerras em quatro continentes.

E se os líderes forem “demoníacos” farão infernos ao seu redor. Agora, com ogivas nucleares, farão infernos a 8 ou 10 mil quilômetros. Será guerra de ogivas. Os canhões serão aposentados .

Você crê em Deus? Eu também creio! Você tem medo? Eu também! O mundo tem líderes loucos? Tem!

Se rezo pelo meu país e pelo mundo? Eu rezo! E acho que vc também faz isso!

O mundo está em perigo? Eu acho que está! O que vc e eu podemos fazer para evitar mais catástrofes aqui e em mais de 140 povos e nações?

Orar todos os dias pela paz do mundo é um bom começo ! …

Ou vc apenas vê TV, ouve Rádio , lê Jornais e opina, mas não reza? Orar adianta ou não adianta?

Ou vc é mais um semi-religioso ou semi-ateu revoltado, que culpa Deus pelo atos do Putin, do Ortega, do Bolsonaro e do Lula?

Vc é mais político do que religioso? Quem está acima de tudo: seus líderes políticos ou Deus?

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                                                                                        Fonte: facebook.com/padrezezinhoscj

domingo, 28 de maio de 2023

Papa no Regina Coeli:

o Espírito Santo nos liberta do medo

Antes da oração mariana do Regina Coeli, na Praça São Pedro, Francisco aborda "o medo e a angústia" dos apóstolos no cenáculo, símbolo de Pentecostes, e também o seu remédio, que vem do Ressuscitado: o Espírito Santo, que liberta das prisões do medo, fazendo-nos sentir mais próximos de Deus e do seu amor que "ilumina o caminho, consola, sustenta na adversidade".

O Evangelho na Solenidade de Pentecostes, recorda o Papa Francisco na alocução que precede a oração mariana do Regina Coeli deste domingo (28), nos leva ao cenáculo, onde os apóstolos se refugiaram após a morte de Jesus (Jo 20,19-23), num contexto de medo e angústia. Ao soprar sobre eles o Espírito Santo, Cristo os liberta desse "fechamento" em casa e em si mesmos, para que fossem capazes de sair e se tornar testemunhas e anunciadores do Evangelho. 

"Quantas vezes nós também nos fechamos em nós mesmos? Quantas vezes, por alguma situação difícil, por algum problema pessoal ou familiar, pelo sofrimento que nos marca ou pelo mal que respiramos ao nosso redor, corremos o risco de cair lentamente na perda de esperança e nos falta a coragem para continuar? Muitas vezes acontece isso. E, então, como os apóstolos, nos fechamos, barricando-nos no labirinto das preocupações."

Os falsos medos que paralisam

Esse "fechamento", continua o Papa, acontece quando "permitimos que o medo assuma o controle e 'grite' dentro de nós" quando situações difíceis se apresentam. Mas não só:

“Irmãos, irmãs, o medo bloqueia, paralisa. E também isola: pensemos no medo do outro, de quem é estrangeiro, de quem é diferente, de quem pensa de outra forma. E pode até ser medo de Deus: medo que me castigue, que fique zangado comigo... Se damos espaço a esses falsos medos, as portas se fecham: portas do coração, as portas da sociedade e até mesmo as portas da Igreja! Onde há medo, há fechamento. E isso não é bom.”

O Espírito liberta das prisões do medo

O remédio, confirma novamente Francisco através da imagem dos apóstolos, cheios do Espírito Santo, que saem pelo mundo para perdoar os pecados e anunciar o Evangelho, vem do Ressuscitado: "o Espírito Santo liberta das prisões do medo". 

"Porque é isso que o Espírito faz: nos faz sentir a proximidade de Deus e, assim, o seu amor afasta o medo, ilumina o caminho, consola, sustenta na adversidade. [...] Diante dos medos e dos fechamentos, então, invoquemos o Espírito Santo por nós, pela Igreja e pelo mundo inteiro: para que um novo Pentecostes afaste os medos que nos assaltam - afaste os medos que nos assaltam! - e reacenda o fogo do amor de Deus."

Andressa Collet - Vatican News

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Papa em Pentecostes:

diante das divisões do mundo,
acolher e invocar o Espírito todos os dias

Na Basílica de São Pedro, Francisco presidiu a missa de Pentecostes na manhã deste domingo (28) e refletiu sobre a ação do Espírito Santo em três momentos: na criação do mundo, na Igreja e nos nossos corações.

Neste domingo (28) de Pentecostes, o Papa presidiu a missa na Basílica de São Pedro enaltecendo a ação do Espírito Santo, “fonte inesgotável de harmonia”, em três diferentes momentos: no mundo que criou, na Igreja e nos nossos corações. O celebrante foi o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

O Espírito Santo se opõe ao espírito divisor

Em primeiro lugar, na criação do mundo, Francisco coloca o questionamento que muitos podem se fazer: “se tudo tem a sua origem no Pai, se tudo é criado por meio do Filho, qual é o papel específico do Espírito?”. Partindo de São Basílio, o Papa explica em uma palavra: dar harmonia ao mundo, dando ordem à desordem e coesão à dispersão, mas não “mudando a realidade, harmonizando-a”. Sobretudo no mundo de hoje, de tanta discórdia e divisão, anestesiados pela indiferença apesar de tanta conexão. De tantas guerras e conflitos, tudo alimentado pelo “espírito da divisão, o diabo”, descreve o Pontífice ao desafogar: “parece incrível o mal que o homem pode fazer…”.

“E sabendo o Senhor que, perante o mal da discórdia, os nossos esforços para construir a harmonia não são suficientes, Ele, no momento mais alto da sua Páscoa, no ponto culminante da salvação, derrama sobre o mundo criado o seu Espírito bom, o Espírito Santo, que Se opõe ao espírito divisor, porque é harmonia, Espírito de unidade que traz a paz. Invoquemo-Lo todos os dias sobre o nosso mundo, sobre a nossa vida e diante de todo ditpo de divisão!”

O Espírito Santo é o coração da sinodalidade

Em seguida, o Papa reflete sobre a ação do Espírito Santo na Igreja, a partir de Pentecostes, quando desce sobre cada um dos Apóstolos. Num contexto plural de “graças particulares e carismas diversos”, em vez da confusão, o Espírito cria harmonia, “sem homogeneizar nem uniformizar”. Como disse São Paulo, «há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo» (1 Cor 12, 4.13).

E o Sínodo em curso, destaca o Papa, “é – e deve ser – um caminho segundo o Espírito: não um parlamento para reclamar direitos e exigências à maneira das agendas de trabalho no mundo, nem ocasião de se deixar levar ao sabor de qualquer vento. Mas o Sínodo é uma oportunidade para ser dóceis ao sopro do Espírito”. O “coração da sinodalidade” é o próprio Espírito Santo, afirma Francisco, ao reforçar:

“Sem Ele, a Igreja fica inerte; a fé não passa duma doutrina, a moral dum dever, a pastoral dum trabalho. Com Ele, pelo contrário, a fé é vida, o amor do Senhor conquista-nos e a esperança renasce. Coloquemos de novo o Espírito Santo no centro da Igreja; caso contrário, o nosso coração não arderá de amor por Jesus, mas por nós mesmos. Ponhamos o Espírito no início e no coração dos trabalhos sinodais.”

Acolher e invocar o Espírito nos corações

Por fim, o Pontífice analisa a ação do Espírito nos nossos corações, que procura perdoar os pecados com harmonia. Assim, o Papa finaliza a homilia na missa de Pentecostes, convidando a invocar diariamente o Espírito Santo: “comecemos o dia rezando-Lhe, tornemo-nos dóceis ao Espírito Santo!”, encoraja Francisco, ao semear em todos, também, esse acolhimento à força criadora do Espírito:

“E hoje, na sua festa, questionemo-nos: Sou dócil à harmonia do Espírito? Ou corro atrás dos meus projetos, das minhas ideias sem me deixar moldar, sem me fazer mudar por Ele? O meu modo de viver a fé é dócil ao Espírito ou é teimoso? Teimoso com as letras, teimoso com as chamadas doutrinas que são apenas expressões frias de uma vida? Sou precipitado em julgar, acuso e bato a porta na cara aos outros, considerando-me vítima de tudo e de todos? Ou acolho a harmoniosa força criadora do Espírito, acolho a «graça de estar juntos» que Ele inspira, o seu perdão que dá paz? E, por minha vez, perdoo? O perdão é dar espaço para que venha o Espírito... Promovo a reconciliação e crio comunhão ou sempre estou procurando, metendo o nariz onde existem as dificuldades, para fofocar, para dividir, para destruir? Perdoo, promovo reconciliação, crio comunhão? Se o mundo está dividido, se a Igreja se polariza, se o coração se fragmenta, não percamos tempo a criticar os outros e a zangar-nos com nós mesmos, mas invoquemos o Espírito: Ele é capaz de resolver essa coisas.”

Andressa Collet – Vatican News

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sábado, 27 de maio de 2023

Reflexão para

a Solenidade de Pentecostes

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam.


“Jesus sopra o Espírito sobre seus seguidores, gerando uma nova criação”

O autor do Evangelho deste domingo, João Evangelista, nos diz que a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos se deu no dia de Páscoa.

Ele deseja fazer-nos compreender que o Espírito que conduziu Jesus para sua missão de salvar a Humanidade é o mesmo que agora conduz a Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus, na continuidade da mesma missão. A Igreja torna presente, na História, o Cristo Redentor.

Quando os discípulos, à tarde do primeiro dia da semana, estão reunidos o Senhor aparece no meio deles e lhes comunica a paz. Mostra-lhes os sinais de seus sofrimentos para lhes dizer que, apesar de seu aspecto glorioso, a memória da paixão não poderá ser deixada de lado, que a glória veio através da cruz.

Estamos no primeiro dia da semana, não nos esqueçamos. Exatamente com esse sentido do novo, do novo pós pascal, isto é, do novo eterno, que não caduca, que não envelhece, Jesus faz a nova criação soprando o Espírito sobre seus seguidores. É uma referência à criação do homem, relatada no cap. 2º, vers. 7 do Gênesis, quando diz que Deus insuflou em suas narinas o hálito de vida e o homem passou a viver. No relato desse fato na tarde pascal, temos a criação da Comunidade Cristã.

A missão é dada logo em seguida: perdoar os pecados e até retê-los, se for o caso. Pecado é aquilo que impede a realização do projeto do Pai, que é a felicidade do ser humano. Ora, perdoar os pecados significa lutar para que os planos de Deus cheguem à sua concretização e, evidentemente, devolvendo àquele que está arrependido de suas ações contrárias a esse plano, a reconciliação.

Pelo batismo e pela crisma fazemos parte dessa comunidade que deve continuar a missão redentora de Jesus. Que honra!

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam. Assim estaremos dando glória a Deus, pois a glória de Deus é a felicidade do homem.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

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                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

Papa Francisco:

a Igreja precisa da arte de poetas e escritores

Francisco, reunido com os participantes de uma conferência da revista italiana 'La Civiltà Cattolica' e da Universidade de Georgetown, dos Estados Unidos, exorta os narradores engajados em várias frentes de criatividade a sugerir visões que "ajudem a ler o mistério da vida humana": não deixem que a imaginação seja domada, ela ajuda o homem a sonhar.

O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado, 27, no Vaticano, os participantes no Congresso promovido pela “Civiltà Cattolica” e a Universidade de Georgetown, que contou com a presença, entre outros, do diretor cinematográfico, Martin Scorsese e família.

Em seu discurso, Francisco referiu-se ao Congresso, que reúne poetas, escritores, roteiristas e diretores, de várias partes do mundo, em torno do tema da “imaginação poética e a inspiração católica”. Com esta iniciativa, disse o Papa, os participantes refletiram sobre os modos de como a fé questiona a vida contemporânea, buscando responder à “fome de sentido”.

Aqui, Francisco disse que, em sua vida, gostou de muitos poetas e escritores, entre os quais, de modo particular, Dante, Bloy, Dostoiévski e outros. Com seus alunos do Colégio da Imaculada Conceição, em Santa Fé, Argentina, ele teve a oportunidade de compartilhar suas leituras, quando jovem, ao ensinar literatura. E acrescentou:

“As palavras dos escritores ajudaram-me a entender a mim mesmo, o mundo e meu povo; mas também a perscrutar o coração humano, minha vida pessoal de fé e a ação pastoral, e, agora, também meu ministério petrino. Por isso, a palavra literária é como um espinho no coração, que nos impele à contemplação e indica o caminho.”

Partindo desta sua experiência pessoal, Francisco compartilhou com os presentes algumas considerações sobre importância do seu serviço ministerial. A primeira é: “Vocês são os olhos que veem e sonham. Logo, não olhar somente, mas também sonhar”.

A este respeito, citou um escritor latino-americano que dizia: “Temos dois olhos: um de carne e outro de vidro. Com o da carne, olhamos o que vemos, com o do vidro olhamos o que sonhamos. Coitados de nós se deixarmos de sonhar”! E o Papa explicou:

“O artista é o homem que, com os olhos, vê e sonha ao mesmo tempo; vê mais a fundo, profetiza, anuncia um modo diferente de ver e compreender as coisas, que estão diante dos nossos olhos. Na verdade, a poesia não fala da realidade, a partir de princípios abstratos, mas observa a realidade, como o trabalho, o amor, a morte e tantas outras coisas da vida.”

Neste sentido, afirmou o Papa, ajuda-nos a “entender a voz de Deus, também a partir da voz do tempo”. E, citando Paul Claudel, disse: “Vocês são um olho que escuta. A arte é um desafio à nossa imaginação, ao nosso modo de ver e compreender as coisas. O próprio Evangelho é um desafio artístico, uma carga “revolucionária” que vocês são chamados a expressar, graças ao seu gênio. Hoje a Igreja precisa do seu gênio”!

A seguir, Francisco compartilhou uma segunda coisa: “Vocês representam a voz das preocupações humanas. Vocês sabem que a inspiração artística também é inquietante, porque apresenta as realidades belas e trágicas da vida, de ontem e de hoje, como as guerras, conflitos sociais, nosso egoísmo pessoal”.

Daí, o Papa exortou os presentes a “ultrapassar as fronteiras fechadas e definidas, com criatividade”. Eis o trabalho dos poetas e artistas: dar vida e formar o que o ser humano vê, sente, sonha, sofre, criando harmonia e beleza. Esta é uma obra evangélica, que nos ajuda a compreender melhor também Deus, como o grande poeta da humanidade.

Enfim, o Santo Padre propôs um terceiro ponto de reflexão: “Vocês são os que moldam nossa imaginação. Hoje, precisamos do gênio de uma nova linguagem, de histórias e imagens fortes, de escritores, poetas, artistas capazes de anunciar ao mundo a mensagem do Evangelho, que nos faz ver Jesus" .

O Papa concluiu seu discurso, recordando o desafio da imaginação católica do nosso tempo, que nos é confiado: “Não dar explicação sobre o mistério de Cristo, que é inesgotável, mas tocá-lo, senti-lo, e transmiti-lo como uma realidade viva, apreendendo a beleza da sua promessa, que ajuda a nossa imaginação de encarar a vida, a história e o futuro da humanidade de uma maneira nova!

Manoel Tavares - Vatican News

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                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

Edições da CNBB publica

subsídios em preparação ao Jubileu Ordinário 2025

Atendendo ao pedido do Papa Francisco, o Dicastério para a Evangelização, do Vaticano, tomou a iniciativa de elaborar subsídios ágeis e eficazes em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025, que tem como tema “Peregrinos de esperança”. Assim nasceu a coleção “Cadernos do Concílio”, que reúne 34 volumes produzidos por teólogos, estudiosos da Sagrada Escritura e jornalistas, que procuram redescobrir as quatro sessões do Concílio Vaticano II. 

No Brasil, a coleção foi publicada pela editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Edições CNBB, e os três primeiros volumes já estão disponíveis para compra em seu site (acesse aqui).

“Preparar-se para o Jubileu de 2025, retomando os textos fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II, é um compromisso que, peço a todos, seja acolhido como momento de crescimento de fé. Confio às mãos de todos os cristãos, especialmente dos jovens, estes subsídios ágeis e eficazes, que repercorrem os temas fundamentais das quatro Constituições conciliares”.

“Faço votos de que estes textos sejam amplamente acolhidos e produzam bons frutos para a renovação das nossas comunidades. Confio-os em particular aos bispos, aos sacerdotes, aos catequistas e às famílias, a fim de que encontrem os caminhos mais adequados para fazer atual o ensinamento dos padres conciliares, em vista do próximo Jubileu 2025”, disse o Papa Francisco.

História e significado para a Igreja

O primeiro volume da coleção, de autoria do escritor e teólogo Elio Guerriero e com introdução do Papa Francisco, trata da história e do significado do Concílio para a vida da Igreja. O texto traz um breve discurso sobre as inovações introduzidas e quais são suas consequências significativas para os dias de hoje, entre elas estão a celebração da missa e outras orações litúrgicas nas línguas vernáculas e não mais em latim; a preocupação com as igrejas locais, especialmente com os bispos; o estudo da Sagrada Escritura e a liturgia como ápice e fonte da vida cristã.

A revelação como Palavra de Deus

O segundo volume da Coleção, de autoria do teólogo e arcebispo Rino Fisichella, trata da Revelação como Palavra de Deus, tema da Constituição “Dei Verbum”. A Constituição aborda os conteúdos fundamentais da transmissão da fé, da inspiração da Sagrada Escritura e de sua composição história para confluir, enfim, na vida da Igreja em referência à Palavra de Deus.

“Por força desse documento, pode-se afirmar que os cristãos redescobriram a verdadeira face de Deus e reencontraram a familiaridade com a Sagrada Escritura”.

A tradição

O terceiro volume da Coleção é de autoria do Pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, Rino Fisichella, e trata do valor da Tradição presente na Constituição sobre a Revelação divina, a Dei Verbum. O grande capítulo da Tradição gira em torno de alguns temas: em que consiste, como é interpretada, que conteúdos lhe pertencem e em que condições pode ser modificada, se possível.

Os três primeiros volumes da coleção “Cadernos do Concílio” já estão disponíveis para compra no site da Edições CNBB (acesse aqui).

Saiba mais sobre o Jubileu 2025: https://www.iubilaeum2025.va/pt.html

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                                                                                                                           Fonte: cnbb.org.br

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Bela reflexão de dom Rodolfo Luís:

Vinde Espírito Santo

Certamente os discípulos que acompanhavam Jesus Cristo mais de perto sentiam-se felizes, seguros e até orgulhosos. Afinal, tinham um mestre que ensinava com sabedoria, criava um ambiente de fraternidade e partilha, curava doentes, abria os olhos dos cegos, fazia paralíticos andarem. Aos poucos, Jesus foi-lhes dizendo que não ficaria para sempre com eles deste modo, mas que deveriam continuar a sua obra sem a presença visível Dele. Continuaria presente sempre pela ação do Espírito Santo. 

Quem é o Espírito Santo? Na Profissão de Fé os cristãos confessam “creio no Espírito Santo”. O Símbolo niceno-constantinopolitano explica com mais palavras: “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas”. Estamos falando de uma das três pessoas da Santíssima Trindade. Ele é o doador dos dons, mas também o Dom de Deus Pai e de Jesus Cristo ressuscitado à Igreja. “Jesus soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo”. 

A liturgia da solenidade de Pentecostes (Atos 2,1-11; Salmo103; 1Coríntios 12, 3-7.12-13 e 20,19-23) medita sobre a ação eficaz do Espírito Santo na vida na comunidade cristã. Estes textos bíblicos apresentam alguns frutos da sua ação que devem ser entendidos de forma conjunta: a unidade, a diversidade de dons e o perdão dos pecados. 

Na Carta de São Paulo aos Coríntios ensina que todos foram batizados no mesmo Espírito e por isso formam um só corpo. É admirável a complexidade do corpo humano, a complementariedade dos órgãos e harmonia nos movimentos. Cada parte coopera sem perder a sua identidade e nem se confunde com o todo. Esta é a consciência da Igreja nascente. Ela é sabedora da diversidade de dons, carismas e ministérios existentes em seu meio. Quem harmoniza e dá unidade é o Espírito Santo que faz convergir tudo em “vista do bem comum”.  

A narrativa de Pentecostes, segundo o livro de Atos dos Apóstolos, acentua a diversidade de povos e línguas, pessoas “de todas as nações do mundo”. Quando os apóstolos começam a “anunciar as maravilhas de Deus” os ouvintes se interrogam: “Como é que nós os escutamos na nossa própria língua?” A Igreja que nasce em Pentecostes não é fruto da vontade humana, mas é fruto da força do Espírito Santo. É Ele que dá vida a uma comunidade que é uma só e ao mesmo tempo universal. Escreve Bento XVI comentando Pentecostes: “Com efeito somente o Espírito Santo, que cria unidade no amor e na aceitação recíproca das diversidades, pode libertar a humanidade da tentação constante de uma vontade de poder terreno que quer dominar e uniformizar tudo”. No evento de Pentecostes fica evidente dimensão “católica” da Igreja. Ela é formada por pessoas de vários povos, línguas, culturas e destinada a todos os povos de todos os tempos, conforme o mandato de Jesus ‘ide pelo mundo e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19). 

Depois que Jesus soprou sobre os discípulos deu-lhes a missão de serem portadores do perdão criando um ambiente de paz. “A paz esteja convosco”. A comunidade cristã e toda humanidade é formada por pessoas frágeis, inconstantes. Os atritos e desentendimentos surgem em todos os ambientes. Por isso Jesus dedicou muitos ensinamentos sobre o perdão e a misericórdia. A necessidade de pedir perdão e de perdoar. Deixou aos discípulos e, consequentemente a Igreja, o ministério do perdão. Perdoar é um aprendizado e um exercício e deve ser constante. O dom do Espírito Santo cria unidade e fraternidade, através do exercício do perdão mútuo.  

 Dom Rodolfo Luís Weber - Arcebispo de Passo Fundo (RS)

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