terça-feira, 30 de abril de 2019

Papa Francisco na missa desta manhã:

Que o Espírito Santo seja o protagonista da nossa vida!
Não se pode ser cristãos sem deixar que o Espírito Santo seja o protagonista da nossa vida, disse o Papa na homilia matutina na Casa Santa Marta.
Cidade do Vaticano - Podemos renascer “daquele pouco que somos”, da “nossa existência pecadora” somente com a “ajuda da própria força que fez ressurgir o Senhor: com a força de Deus” e por isso “o Senhor nos enviou o Espírito Santo”. Foi o que recordou o Papa Francisco ao celebrar a missa na Casa Santa Marta na manhã desta terça-feira (30/04).
Em sua homilia, o Pontífice se inspirou na resposta de Jesus a Nicodemos, proposta pelo Evangelho do dia (Jo 3,7-15). Jesus fala de “renascer do alto” e o Papa traçou este elo entre a Páscoa e a mensagem do renascimento.
A força é o Espírito
A mensagem da Ressurreição do Senhor é “este dom do Espírito Santo”, recordou Francisco e, de fato, na primeira aparição de Jesus aos apóstolos, no domingo mesmo da Ressurreição, diz a eles: “Recebam o Espírito Santo”. “Esta é a força! Nós nada podemos sem o Espírito”, explicou o Papa, recordando que a vida cristã não é somente comportar-se bem, fazer isto, não fazer aquilo. “Nós podemos fazer isto”, podemos inclusive escrever a nossa vida com “caligrafia inglesa”, mas a vida cristã renasce do Espírito e, portanto, é preciso reservar um lugar a ele:
É o Espírito que nos faz ressurgir dos nossos limites, das nossas mortes, porque nós temos muitas, muitas necroses na nossa vida, na alma. A mensagem da ressurreição é esta de Jesus a Nicodemos: é preciso renascer. Mas como é possível deixar espaço ao Espírito? Uma vida cristã, que se diz cristã, que não deixa lugar ao Espírito e não se deixa levar avante pelo Espírito é uma vida pagã, fantasiada de cristã. O Espírito è o protagonista da vida cristã, o Espírito – o Espírito Santo – que está em nós, nos acompanha, nos transforma, vence conosco. Ninguém jamais subiu ao céu senão Aquele que desceu do céu, isto é, Jesus. Ele desceu do céu. E Ele, no momento da ressurreição, nos diz: “Recebam o Espírito Santo”, será o companheiro de vida, de vida cristã.
Companheiro diário
Portanto, não pode existir uma vida cristã sem o Espírito Santo, que é “o companheiro de todos os dias”, dom do Pai, dom de Jesus.
Peçamos ao Senhor que nos dê esta consciência de que não se pode ser cristãos sem caminhar com o Espírito Santo, sem agir com o Espírito Santo, sem deixar que o Espírito Santo seja o protagonista da nossa vida.
Trata-se então de se perguntar qual seja o lugar na nossa vida, porque – reiterou o Papa – "você não pode caminhar numa vida cristã sem o Espírito Santo”. É preciso pedir ao Senhor a graça de entender esta mensagem: “o nosso companheiro de caminhada é o Espírito Santo”.
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Inicia-se na quarta-feira, dia 1º de maio,

a 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil

De 1º a 10 de maio próximo acontece no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida (SP), a 57ª Assembleia Geral (AG) dos Bispos do Brasil da qual podem participar, segundo o Estatuto da CNBB, os 323 bispos na ativa, os 171 eméritos e representantes de organismos e pastorais da Igreja. Este ano, a AG tem a tarefa central de atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019 a 2023.
A versão que os bispos aprovarão na 57ª AG, produzida inicialmente pela Comissão  Especial sobre a atualização das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019/2023, foi objeto de sugestões e emendas dos bispos do Brasil, dos organismos e pastorais. Sua atualização teve início ainda na 56ª AG do ano passado quando os bispos apontaram as primeiras sugestões.
O arcebispo de São Luiz (MA) e presidente do Regional Nordeste 5, dom José Belisário da Silva, coordenador dos trabalhos desta comissão, lembra que a atuação da Igreja no mundo urbano, conforme já amadurecido pelos bispos do Brasil, é o foco do documento. “O texto reforça que vivemos uma cultura urbana, com predominância no país das grandes cidades”, acentua.
A atualização das diretrizes também foi tema de discussão em duas reuniões do Conselho Permanente da CNBB em 2018, em junho e novembro. A comissão, especialmente montada para esta tarefa, se reuniu em agosto de 2018 para avançar no texto. Em dezembro do mesmo ano realizou a sua segunda reunião. A primeira versão “Mártir” foi enviada em janeiro deste ano ao episcopado brasileiro.
A Comissão se reuniu em Sumaré (RJ) em fevereiro com a finalidade de incorporar ao texto matriz as sugestões de emendas enviadas pelas Igrejas particulares e organismos da Igreja. No início de março, a Comissão enviou mais uma vez o texto a todos os organismos da Igreja ainda com a possibilidade de apresentação de emendas.
Segundo o presidente da Comissão Especial, o grupo recebeu significativas contribuições. A tendência da equipe, segundo dom Belisário, foi acolher todas as emendas propostas, exceto as que apresentam caráter contraditório. A equipe se encontrou mais uma vez antes da antes da 57ª AG com a missão de incorporar as contribuições enviadas. É desta reunião, reforça, que saiu o texto final que será aprovado pelos bispos em Aparecida.
Estrutura do documento – DGAE 2019-2023 que os bispos aprovarão estão estruturadas a partir da imagem da comunidade cristã como “casa”. No centro, como eixo, está a Comunidade Eclesial Missionária, sustentada por “quatro pilares”: Palavra, Pão, Caridade e Missão.
Encerramento da Assembleia de 2018
O texto está estruturado em 4 partes. A primeira, que inclui uma introdução e o 1º capítulo, aprofunda os rumos da Igreja no mundo urbano atual. O 2º capítulo aprofunda o olhar dos discípulos missionários; o 3º capítulo trata da ideia-força da Igreja nas Casas, retomando a inspiração das primeiras comunidades cristãs; O 4º, e último capítulo, constitui-se de indicadores que apontam sobre qual que maneira a Igreja em Missão no Brasil pode estar presente da melhor maneira possível neste novo mundo urbano.
“Fundamentalmente, a nossa pergunta é: como que a nossa Igreja no Brasil agora se coloca diante deste novo momento da realidade brasileira?”, questiona dom Belisário. O desafio, após a 57ª AG, será transformar estas Diretrizes em projetos pastorais que, respeitando a unidade da Igreja em todo o Brasil, respondam às realidades regionalmente diversificadas.
A 57ª AG da CNBB também tem como desafio eleger a nova presidência da CNBB para o próximo quadriênio. A presidência da CNBB é composta do presidente, vice-presidente e secretário-geral. A assembleia também elege 12 presidentes das comissões episcopais pastorais e o delegado e o suplente junto ao Conselho Episcopal Latino Americano (Celam).
Outros temas são prioritários: relatório do quadriênio, assuntos de liturgia, textos litúrgicos – CETEL, assuntos de Doutrina da Fé, relatório econômico e conjuntura eclesial: avaliação da Igreja no Brasil e da CNBB. Também serão abordados, no âmbito dos temas diversos, a análise sociopolítica do Brasil, a Campanha da Fraternidade em 2021, definição das Comissões Episcopais Pastorais e a 6ª Semana Social Brasileira.
Esta assembleia tem ainda o desafio de eleger a nova presidência da entidade para o próximo quadriênio, sendo: presidente da CNBB, vice-presidente, secretário-geral. E também os doze presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e delegado e suplente junto ao Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).
12 comunicações, sobre diversos temas, integram a pauta desta assembleia: Laudato Si, Mês Missionário Extraordinário, Programa Missionário Nacional, Bispos Eméritos, Sínodo sobre os jovens, Sínodo Especial para a Pan Amazônia, Congresso Eucarístico Nacional, Comunhão e Partilha, Comissão para a Causa dos Santos, entre outros. Esta edição prevê, inicialmente, duas mensagens e carta final sendo uma ao papa Francisco e outra ao prefeito da Congregação para os Bispos.
Programação
A 57ª Assembleia Geral da CNBB iniciará no dia 1º/5, às 7h30, com uma missa no Santuário Nacional de Aparecida. A cerimônia de instalação da AG acontecerá no mesmo dia, às 9h15, no auditório do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho e será aberta à imprensa.
Bispos reunidos na última Assembleia
Todos os dias – exceto no domingo, dia 05 – serão celebradas missas com laudes, das 7h30 às 8h45, no Santuário Nacional de Aparecida. Haverá transmissão ao vivo pelas emissoras católicas de rádio e televisão.
Os trabalhos da Assembleia serão desenvolvidos em quatro sessões, sendo duas pela manhã (9h15 às 12h45) e duas à tarde (15h40 às 19h30).
As entrevistas coletivas acontecerão sempre às 15h, na Sala de Imprensa do Centro de Eventos, com a presença de três bispos designados pela Presidência da Assembleia. O porta-voz será o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Darci Nicioli.
O retiro dos bispos iniciará no dia 04/05 de abril, às 15h00, e terminará no domingo, 05/05, ao 11h30, com missa no Santuário.
A cerimônia de posse da nova presidência está marcada para as 10h30 do dia 10/05 e na sequência a cerimônia de encerramento, no Centro de Eventos.
Para informações mais detalhadas, entrar em contato com a equipe da Assessoria de Imprensa da CNBB – fone 61 2103-8313.
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Papa Francisco na missa desta segunda:

       Que Santa Catarina de Sena ajude a unidade da Igreja

“Ela trabalhou muito pela unidade da Igreja, rezava e trabalhava muito. Peçamos a ela pela Igreja, que ajude a unidade da Igreja, que ajude a Itália neste momento difícil e que ajude a unidade da Europa”, disse o Papa na saudação inicial da missa.

Cidade do Vaticano - O Papa Francisco retomou esta segunda-feira (29/04) as celebrações matutinas na capela da Casa Santa Marta. Desta vez, porém, não fez a homilia.
No início da missa, o Pontífice recordou a santa festejada neste dia 29: Santa Catarina de Sena, padroeira da Itália e da Europa.
“Ela trabalhou muito pela unidade da Igreja, rezava e trabalhava muito. Peçamos a ela pela Igreja, que ajude a unidade da Igreja, que ajude a Itália neste momento difícil e que ajude a unidade da Europa.”
Estilo firme, mas materno
“Não nos contentemos com as coisas pequenas. Deus quer coisas grandes! Se vocês fossem o que deveriam ser, incendiariam toda a Itália!” Com estas palavras, em seu habitual estilo firme e intransigente, mas sempre materno, Catarina Benincasa convidava à radicalidade da fé a um dos seus interlocutores epistolares. Trata-se de uma exortação que revela o ardente desejo da santa de irradiar o Evangelho no mundo, mediante o testemunho ciente e crível de homens e mulheres convertidos pelo anúncio do Ressuscitado: “Munida de uma fé invicta, poderá enfrentar, vitoriosamente, seus adversários”, disse-lhe Cristo em uma visão no último dia de Carnaval de 1367, em um episódio que os biógrafos recordam como “núpcias místicas” de Catarina.
Determinada, desde criança, a casar-se com Cristo
Catarina nasceu vinte e cinco anos antes, no dia 25 de março, no bairro Fontebranda de Sena, vigésima quarta filha, dos vinte e cinco vindos ao mundo, de Jacopo Benincasa e de Lapa de Puccio Piacenti, em uma época caracterizada por fortes tensões no tecido social; com apenas seis anos, - em um momento em que o Papado tinha sua sede em Avinhão e os movimentos heréticos insidiavam a vida Igreja, - a menina teve uma visão em que Jesus estava vestido com roupas pontificais. No ano seguinte, fez votos de virgindade, amadurecendo, depois, o firme propósito de seguir a perfeição cristã junto à ordem Dominicana. Diante da oposição dos pais, que queriam que se casasse, Catarina reagiu com determinação: com 12 anos, cortou o cabelo, cobriu-se com um véu e encerrou-se em casa. Então, em 1363, a família permitiu-lhe entrar para a comunidade das “Mantellate” ou Terciárias Dominicanas.
Mãe e mestra, ponto de referência espiritual para muitos
A santa aprendeu a ler e escrever e se dedicou a uma intensa atividade caritativa entre os últimos; em uma Europa, dilacerada por pestes, guerras, escassez e sofrimentos, ela se tornou um ponto de referência para homens de cultura e religiosos, que, por frequentarem assiduamente a sua casa, foram chamados “catarinados”. Os mais íntimos entre eles a chamavam “mãe e mestra” e se tornaram descritores dos seus muitos apelos às autoridades civis e religiosas: exortações a assumir suas responsabilidades, às vezes, repreendidos e convidados a agir, mas sempre expressos com amor e caridade. Entre os temas enfrentados nas missivas destacam-se: a pacificação da Itália, a necessidade de cruzadas, a reforma da Igreja e o retorno do Papado a Roma, para o qual a santa foi determinante, por se encontrar, na Provença, em 1376, com o Papa Gregório XI.
O Papa “doce Cristo na terra” e seu retorno a Roma
Catarina jamais teve medo de admoestar o Sucessor de Pedro, por ela definido “doce Cristo na terra”, às suas responsabilidades: reconhecia suas faltas humanas, mas sempre teve máxima reverência pelo Vigário de Jesus na terra, assim como por todos os sacerdotes. Após a rebelião de um grupo de Cardeais, que deu início ao cisma do Ocidente, Urbano VI a convocou em Roma. Ali, a santa adoeceu e faleceu em 29 de abril de 1380, como Jesus, com apenas 33 anos. As palavras do apóstolo Paulo “Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim” se encarnaram na vida de Catarina que, em 1375, recebeu os estigmas incruentos, revivendo semanalmente, - narram as testemunhas, - a Paixão de Cristo.
Proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI
A pertença ao Filho de Deus, a coragem e a sabedoria infusa são os traços distintivos de uma mulher, única na história da Igreja, autora de textos como “O Diálogo da Divina Providência”, o “Epistolário” e a coletânea de “Orações”. Devido à sua grandeza espiritual e doutrinal, Paulo VI, em 1970, a proclama Doutora da Igreja.
Apaixonada por Jesus Cristo, Catarina escrevia: “Nada atrai o coração de um homem como o amor! Por amor, Deus o criou; por amor, seu pai e sua mãe deram-lhe a sua substância; ele foi feito para amar.”
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

domingo, 28 de abril de 2019

Papa na oração Regina Coeli deste domingo:

Das chagas de Jesus
brota a misericórdia, são fonte de paz, alegria e missão
Neste segundo domingo de Páscoa, somos convidados a nos aproximar de Cristo com fé, abrindo o nosso coração à paz, à alegria e à missão. Mas não esqueçam as chagas de Jesus, que dali brota a paz, a alegria e a força para a missão.
Cidade do Vaticano - Aproximar-se de Jesus e tocar suas chagas, em nossos irmãos sofredores. Este foi o convite do Papa aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro para a Oração do Regina Coeli - e também a nós - neste II Domingo da Páscoa, o Domingo da Divina Misericórdia.
Francisco recordou que é das chagas de Jesus que brota a misericórdia, que todos temos necessidade, e é “dali que brota a paz, a alegria e a força para a missão”.
A paz
Sua reflexão foi inspirada na passagem do Evangelho de São João, que narra a incredulidade de Tomé após a aparição de Jesus aos discípulos. Com sua morte, “estavam desorientados e com medo”, por isso - disse Francisco - eram os primeiros a ter necessidade da paz oferecida por Jesus em suas primeiras palavras: "A paz esteja convosco!"
Tomé, ao ser informado deste “evento extraordinário”, mantém-se incrédulo. Assim, oito dias mais tarde – exatamente hoje, observa o Papa – “a aparição se repete: Jesus vai de encontro à incredulidade de Tomé, convidando-o a tocar suas chagas”.
“Elas constituem a fonte da paz, porque são o sinal do imenso amor de Jesus que derrotou as forças hostis ao homem, o pecado e a morte.”
As chagas são um tesouro, delas brota a misericórdia
É como se Jesus nos dissesse, a todos nós: "Mas se tu não estás em paz, toca as minhas chagas": 
“Tocar as chagas de Jesus, que são os tantos problemas, dificuldades, perseguições, doenças, de tantas pessoas que sofrem. Tu não estás em paz? Vai, vai visitar alguém que é o símbolo da chaga de Jesus. Toca a chaga de Jesus. Mas daquelas chagas brota a misericórdia, por isso hoje é o Domingo da Misericórdia. Um santo dizia que o corpo do Jesus crucificado era como um mar de misericórdia, que por meio de suas chagas veio até nós”.
“Todos nós temos necessidade de misericórdia, sabemos disso.”
Assim – foi a exortação do Santo Padre – “aproximemo-nos de Jesus e toquemos suas chagas, em nossos irmãos que sofrem”:
“As chagas de Jesus são um tesouro, delas vem a misericórdia. Sejamos corajosos e toquemos as chagas de Jesus. Com estas chagas Ele está diante do Pai, as mostra ao Pai, como se dissesse: "Pai, este é o preço, estas chagas são o que paguei pelos meus irmãos". Isto é, com as chagas, Jesus intercede diante do Pai. Nos dá misericórdia se nos aproximamos e intercede por nós. Não esqueçam as chagas de Jesus.”
A alegria
O segundo dom que Jesus ressuscitado traz aos discípulos - acrescentou o Papa - é alegria, como relatado pelo evangelista: "os discípulos encheram-se de alegria em ver o Senhor":
“Também conosco quando, quem sabe algo de incrível, de belo tenha acontecido, nos vem de dizer: “Eu não posso acreditar, isso não é verdade!” Assim eram os discípulos, eles não podiam acreditar, tamanha alegria. Esta é a alegria que Jesus nos traz. Se tu estás triste, se tu não estás em paz, olha para Jesus crucificado, olhe para o Jesus ressuscitado, olhe para suas chagas e experimente essa alegria”.
A missão
Depois da paz e da alegria, Jesus também dá aos discípulos a missão, dizendo: "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio":
“A ressurreição de Jesus é o início de um novo dinamismo de amor, capaz de transformar o mundo com a presença do Espírito Santo”.
Assim, neste segundo domingo de Páscoa, somos convidados a nos aproximar de Cristo com fé, abrindo o nosso coração à paz, à alegria e à missão”.
“Mas não esqueçam as chagas de Jesus, que dali brota a paz, a alegria e a força para a missão.”
"Confiemos esta oração à materna intercessão da Virgem Maria, Rainha do céu e da terra", disse o Santo Padre, antes de rezar a oração do Regina Coeli.
Líbia
Após a oração, o Santo Padre recordou as beatificações de quatro mártires na Argentina, felicitou os cristãos das Igrejas Orientais e Ortodoxas que celebram a Páscoa neste Domingo, e fez apelos pelas vítimas do conflito na Líbia:
“Convido-os a unirem-se à minha oração pelos refugiados que se encontram em centros de detenção na Líbia, cuja situação já é muito séria, e se torna ainda mais perigosa pelo conflito em curso. Apelo para que especialmente as mulheres, as crianças e os doentes, possam ser o mais rapidamente evacuados, através de corredores humanitários”.
Inundações na África do Sul
E também pelas vítimas de inundações na África do Sul:
“E rezemos também por aqueles que perderam a vida ou sofreram sérios danos com as recentes inundações na África do Sul. Também a esses nossos irmãos, não falte a solidariedade e o apoio concreto da comunidade internacional”.
Ao saudar os diversos grupos presentes, Francisco recordou em particular “dos devotos da Divina Misericórdia”, que neste domingo estão reunidos na Igreja Santo Spirito in Sassia - proximidades do Vaticano - para as celebrações da Festa da Divina Misericórdia.
Óh! Sangue e Água que jorraste do Coração de Jesus como Fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós!
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Assista
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

sábado, 27 de abril de 2019

Reflexão para o

2º Domingo de Páscoa

O Senhor morreu e ressurgiu para a nossa alegria, para a nossa felicidade ainda neste mundo, por isso o dom da paz, o dom do perdão dos pecados, o dom do Espírito.
No início do Evangelho de hoje, que nos relata o cair da tarde no domingo da ressurreição, os discípulos estão amedrontados e se encontram reunidos a portas fechadas. Nada adiantou os relatos daqueles que tiveram a experiência do Cristo Ressuscitado, mas o receio, o medo da morte falava mais alto.
Nesse ambiente o Senhor lhes aparece e lhes dá a paz. Em seguida, para confirmar sua ressurreição, lhes mostra as marcas da paixão em seu corpo. Como sempre, nas aparições após a ressurreição, o Senhor lhes dá a missão de anunciar sua vitória sobre a morte e, agora, lhes dá uma missão até então não conferida: com a efusão do Espírito Santo lhes dá o poder de perdoar os pecados!
O Senhor morreu e ressurgiu para a nossa alegria, para a nossa felicidade ainda neste mundo, por isso o dom da paz, o dom do perdão dos pecados, o dom do Espírito.
Contudo, na comunidade reunida, falta alguém – Tomé. Por que será que o autor do quarto evangelho relata essa ausência de Tomé. Para criticá-lo? Certamente não! Não havia motivo para isso. João aproveita esse episódio para fortalecer nossa fé na ressurreição de Jesus.
Como vimos nos relatos anteriores, apesar de Jesus ter prevenido seus discípulos sobre a sua ressurreição, eles não creram, nem mesmo após o testemunho da Maria Madalena e dos dois de Emaús. Assim também aconteceu com a primeira Comunidade cristã e para muitos de nós.
Por isso, João escreve no final do Evangelho: “Isto foi escrito para que vocês acreditem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenham a vida em seu nome”.
Muitos desejam ver para crer. Contudo, Jesus ressuscitado não pode ser visto com nossos olhos, tocado com nossas mãos, mas apenas é visto e tocado com nossa fé! Se eu vejo, se toco, não preciso ter fé, pois vi e toquei! É aceitar o evidente! Mas o que não vi e nem toquei e, mesmo assim, acredito que exista, isso é fé.  À exclamação de Tomé “Meu Senhor e meu Deus!”, Jesus reage: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Isso supõe uma fé genuína, pura. Acreditar somente na palavra de Jesus, por crer em Jesus!
Hoje o Senhor também solicita nossa resposta de amor ao seu Amor. Ele nos ama e está sempre ao nosso lado. Tenhamos para com nosso Senhor um relacionamento afetivo, ele é o nosso maior amigo, é o nosso Senhor e nosso Deus!
                                                                                           Padre César Augusto dos Santos
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Leituras do

2º Domingo da Páscoa
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1ª Leitura: At 5,12-16
Atos dos Apóstolos:
Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no Pórtico de Salomão.
Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito.
Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles.
A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.
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Salmo: 117
- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
- A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!’/ A casa de Aarão agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”/ Os que temem o Senhor, agora o digam:/ “Eterna é a sua misericórdia!”
- “A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ Que maravilhas ele fez a nossos olhos!/ Este é o dia que o Senhor fez para nós,/ Alegremo-nos e nele exultemos!
- Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação,/ ó Senhor,/ dai-nos também prosperidade!”/ Bendito seja,/ em nome do Senhor,/ aquele que em seus átrios vai entrando!/ Desta casa do Senhor vos bendizemos./ Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!
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2ª Leitura: Ap 1,9-11a.12-13.17-19
Livro do Apocalipse de São João:
Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus.
No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”.
Então voltei-me para ver quem estava falando; e ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito.
Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos.
Escreve pois o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”.
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Evangelho: Jo 20,19-31
Evangelho de São João:
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!”
Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”.
Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
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Reflexão:
Bem-aventurados os que acreditaram no Ressuscitado!

"Nós devemos acreditar no Cristo Ressuscitado contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal"
A liturgia deste domingo põe em relevo o papel da comunidade cristã como espaço privilegiado de encontro com Jesus Ressuscitado.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Depois de Ressuscitar, Jesus apareceu aos seus discípulos como jardineiro, pescador, peregrino. Neste domingo ele aparece na forma de comunidade eclesial. Na primeira vez em que o Senhor Ressuscitado aparece aos onze apóstolos, Tomé não se encontrava presente. Portanto, Tomé não vê o Senhor Ressuscitado, não recebe o Divino Espírito Santo, não se alegra com os seus irmãos apóstolos. Quando toda a comunidade dos apóstolos lhe narra o ocorrido, Tomé não consegue acreditar. Se ele não estiver presente, se não experimentar, não vai acreditar. Não é difícil nos identificarmos com a reação de Tomé, porque também nós muitas vezes não aceitamos crer sem ver. E o que faz Jesus? Aparece a Tomé, não para satisfazer seus caprichos, mas para ensinar-lhe uma lição: “Creste por que me viste? Bem-aventurados os que creram sem ter visto” (cf. Jo 20,29). Bem-aventurados os que creram no testemunho dos apóstolos, no testemunho da comunidade, daqueles que viram Jesus. Nenhum de nós, nos dias de hoje, viu Jesus como aos apóstolos viram. Mas, por crermos no que eles viram, somos mais felizes que São Tomé, porque nossa fé transforma a comunidade paroquial – cada um de seus irmãos e irmãs – na própria pessoa de Cristo Ressuscitado. Por isso demos graças a Deus por crermos que Jesus está aqui presente nesta assembleia orante.
O Evangelho (cf. Jo 20,19-31) sublinha a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.
A segunda leitura (cf Ap 1,9-11a.12-13.17-19) insiste no motivo da centralidade de Jesus como referência fundamental da comunidade cristã: apresenta-O a caminhar lado a lado com a sua Igreja nos caminhos da história e sugere que é n’Ele que a comunidade encontra a força para caminhar e para vencer as forças que se opõem à vida nova de Deus.
A primeira leitura (cf. At 5,12-16) sugere que a comunidade cristã continua no mundo a missão salvadora e libertadora de Jesus; e quando ela é capaz de o fazer, está a dar testemunho desse Cristo vivo que continua a apresentar uma proposta de redenção para os homens.
Nosso Senhor Jesus Cristo não promete a paz do comodismo, mas pelo contrário, envia os seus discípulos na missão árdua em favor do Reino, mas promete o Shalom, pois o Senhor nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projeto de Deus. Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez sobre Adão quando infundiu nele o espírito de vida; Jesus os recria com o Espírito Santo.
Nós devemos acreditar no Cristo Ressuscitado contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal, a vida do que a morte, o Shalom do que a prepotência! Somente uma fé profunda e uma experiência da presença do Ressuscitado vai nos dar essa firmeza. O Apóstolo Tomé confessa Jesus nas palavras que o Salmista usa para Javé, Sl 35,23. No primeiro capítulo do Evangelho de João, os discípulos deram a Jesus uma série de títulos que indicaram um conhecimento crescente de quem ele era; aqui Tomé lhe dá o título final e definitivo – Jesus é Senhor e Deus! Como Príncipe da Paz, Jesus Ressuscitado é o Senhor, está vivo, por isso não cansamos de rezar: O Senhor esteja convosco: Respondemos Ele está no meio de nós! Testemunhemos esta verdade!
                                   Dom Eurico dos Santos Veloso Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG
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                            Reflexão: cnbbleste2.org.br  Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

Papa Francisco nesta manhã:

A Bíblia é a melhor vacina contra o fechamento da Igreja

"A Bíblia não é uma bela coletânea de livros sagrados a estudar, é Palavra de vida a semear", disse o Papa ao receber em audiência no Vaticano os participantes do Congresso Internacional da Federação Bíblica Católica.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco recebeu no final da manhã desta sexta-feira (26/04) os participantes do Congresso Internacional da Federação Bíblica Católica. O evento está em andamento em Roma desde o dia 23 e celebra os 50 anos da Federação.
O tema do Congresso é "A Bíblia e a vida: a inspiração bíblica de toda a vida pastoral e missão da Igreja (VD 73) – Experiências e desafios". E foi a partir dessas duas palavras – Bíblia e vida – que o Papa Francisco desenvolveu o seu discurso.
A Palavra está viva e dá vida
“A Palavra de Deus é viva, disse o Pontífice, citando o Novo Testamento, “não morre nem envelhece, permanece para sempre”. “Está viva e dá vida. A Palavra, de fato, traz ao mundo o respiro de Deus, infunde no coração o calor do Senhor através do sopro do Espírito."
Papa fala aos participantes
A Bíblia não é uma bela coletânea de livros sagrados a estudar, é Palavra de vida a semear e o trabalho dos acadêmicos deve ter este fim.  Na Igreja, disse ainda o Papa, a Palavra é uma insubstituível injeção de vida. Por isso, as homilias são fundamentais.
“A pregação não é um exercício de retórica e nem mesmo um conjunto de sábias noções humanas: seria somente lenha. É ao invés compartilha do Espírito, da Palavra divina que tocou o coração do pregador, o qual comunica aquele calor, aquela unção.”
Não se pode renunciar à Palavra
Diariamente ouvimos demasiadas informações, mas não podemos renunciar à Palavra de Jesus, à única Palavra de vida eterna de que necessitamos cotidianamente.  “Seria belo que a Palavra de Deus se tornasse sempre mais o coração de toda atividade eclesial”, disse ainda Francisco, citando a Evangelii gaudium.
Saudação ao Papa Francisco
“É desejo do Espírito nos plasmar como ‘formato-Palavra’: uma Igreja que não fale por si e de si, mas que tenha no coração e nos lábios o Senhor. Ao invés, a tentação é sempre aquela de anunciar nós mesmos e de falar de nossas dinâmicas, mas assim não se transmite ao mundo a vida.”
A Palavra então ensina a renunciar a si mesmo para anunciá-La, leva a viver de modo pascal, não deixa tranquilo, mas coloca em discussão: “A Igreja não se cansa de anunciar, não cede à desilusão, não se rende em promover em todos os níveis a comunhão, porque a Palavra chama à unidade e convida cada um a ouvir o outro, superando os próprios particularismos".
Vacina contra o fechamento
A Igreja que se nutre da Palavra, portanto, vive para anunciá-La, lançando-se pelas estradas do mundo, até os confins da terra, não se poupa.
A Bíblia é a melhor vacina contra o fechamento e autopreservação da Igreja. É a Palavra de Deus, não nossa, e nos preserva da autossuficiência e do triunfalismo.
"Bíblia e vida: vamos nos comprometer para que essas duas palavras se abracem, para que jamais uma fique sem a outra. Rezemos e trabalhemos para que a Bíblia não fique na biblioteca, mas corra pelas estradas do mundo. E faço votos para que vocês sejam bons portadores da Palavra, com o mesmo entusiasmo que lemos nesses dias nas narrações pascais, onde todos correm: as mulheres, Pedro, João, os dois de Emaús... Corram para encontrar e anunciar a Palavra viva."
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va