sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Leituras do

22º Domingo do Tempo Comum

1ª Leitura: Dt 4,1-2.6-8
Livro do Deuteronômio:
Moisés falou ao povo, dizendo: “Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida pelo Senhor Deus de vossos pais.
Nada acrescenteis, nada tireis à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que vos prescrevo.
Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos, como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?”
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Salmo: 14
Senhor, quem morará em vossa casa e no vosso monte santo habitará?
Senhor, quem morará em vossa casa e no vosso monte santo habitará?
- É aquele que caminha sem pecado/ e pratica a justiça fielmente;/ que pensa a verdade no seu íntimo/ e não solta em calúnias sua língua.
- Que em nada prejudica o seu irmão,/ nem cobre de insultos seu vizinho;/ que não dá valor algum ao homem ímpio,/ mas honra os que respeitam o Senhor.
- Não empresta o seu dinheiro com usura,/ nem se deixa subornar contra o inocente./ Jamais vacilará quem vive assim!
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2ª Leitura: Tg 1,17-18.21b-22.27
Carta de São Tiago:
Irmãos bem-amados: dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação. De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.
Recebei com humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de salvar as vossas almas. Todavia, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Com efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.
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Evangelho: Mc 7,1-8.14-15.21-233
Evangelho de São Marcos:
Naquele tempo, os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.
Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?”
Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”.
Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai, todos, e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.


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Reflexão:
A verdadeira religião
O evangelho nos regala com um dos trechos mais significativos de Marcos: a discussão sobre o que é puro e o que impuro (Mc 7,1-23). Os discípulos se puseram a comer sem lavar as mãos. Mas lá estavam alguns vizinhos piedosos, da irmandade dos fariseus, acompanhados de professores de teologia (escribas), vindos da capital, de Jerusalém. Logo se intrometeram, dizendo que é proibido comer sem lavar as mãos. (Como também se deviam lavar as coisas que se compravam no mercado, os pratos e tigelas e tudo o mais). Mas Jesus acha tudo isso exagerado, sobretudo porque dão a isso um valor sagrado.
Na realidade, a piedade de Israel era relativamente simples. Religião complicada era a dos pagãos, que viviam oferecendo sacrifícios e queimando perfumes para seus deuses, cada vez que desejavam alguma ajuda ou queriam evitar um castigo. Mas a religião de Israel era sóbria, pois só conhecia um único Deus e Senhor. Consistia em observar o sábado, oferecer uns poucos sacrifícios, pagar o dízimo e, sobretudo, praticar a lealdade (amor e justiça) para com o próximo. Moisés já tinha dito que não deviam acrescentar nada a essas regras simples, admiradas até pelos outros povos (1ª leitura). E Tiago – o mais judeu dos autores do Novo Testamento – diz claramente: “Religião pura e sem mancha diante do Deus e Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas dificuldades e guardar-se livre da corrupção do mundo” (Tg 1,27; 2ª leitura).
Mas, no tempo de Jesus, os “mestres da Lei” tinham perdido esse sentido de simplicidade. Complicaram a religião com observância que originalmente se destinavam aos sacerdotes. Clericalizavam a vida dos leigos. Queriam ser mais santos que o Papa! Chegavam a dizer que era mais importante fazer uma doação ao templo do que ajudar com esse dinheiro os velhos pais necessitados. Inversão total das coisas. Ajudar pai e mãe é um dos Dez Mandamentos, enquanto de doações ao templo os Dez Mandamentos nem falam.  Declaravam também impuras montão de coisas. No templo, tudo bem, o bezerro ou o cordeirinho a ser oferecido tem de ser bonito, puro, sem defeito. Mas no dia-a-dia, a gente come o que tem e do jeito como pode. Sobretudo a gente pobre, os migrantes, como eram os amigos de Jesus. Contra todas essas invenções piedosas, Jesus se inflama. Não é aquilo que entra na gente _ e que é evacuado no devido lugar – que torna impuro, mas a malícia que sai de sua boca e de seu coração (Mc 7,18-23).
Jesus quis sempre ensinar o que Deus quer. A Lei era uma maneira para “sintonizar”com a vontade de Deus. E Jesus respeita a Lei, melhorando-a para torná-la mais de acordo com a vontade de Deus, que é o verdadeiro bem do ser humano. Isso é o essencial. O demais deve estar a serviço do verdadeiro bem da gente e não o impedir. A verdadeira sintonia com Deus, a verdadeira piedade é o amor a Deus e a seus filhos e filhas. Práticas piedosas que atravancam isso são doentias e/ou hipócritas.
Mais ainda que a Lei de Moisés em sua simplicidade original, a “religião de Jesus” deve brilhar por sua profunda sabedoria e bondade. Deve mostrar com toda a clareza o quanto Deus ama seus filhos e filhas ensinando-lhes a amarem-se mutuamente. Daí nossa pergunta: nossas práticas religiosas ajudam a amar mais a Deus e ao próximo, ou apenas escondem nossa falta de compromisso com a humanidade pela qual Jesus deu a sua vida?
                             Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                                                                     Reflexão e banner: franciscanos.org.br

Já se encontra nas paróquias

a mais nova edição do Círculo Bíblico

“Sal da terra e luz do mundo”   Mt 5,13-14

Roteiro das reflexões
Já se encontra à disposição dos interessados na Secretaria Paroquial o roteiro do Círculo Bíblico 34 com os roteiros de reflexão dos evangelhos dos domingos de 09 de setembro a 25 de novembro de 2018. Preparado pela Comissão de Formação Permanente da Arquidiocese, o material segue a metodologia da Leitura Orante da Bíblia.
O Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Pe. Mauro Ricardo de Freitas, diz na apresentação: “A esperança não decepciona (Rm 5,5). E é justamente por esta certeza que a nossa Arquidiocese de Pouso Alegre vive este ano de 2018 intensamente. Muitas são as forças de trabalho que aparecem em todo o território arquidiocesano, no sentido de formar o povo de Deus. O ano nacional do laicato também nos incentiva a reconhecer o protagonismo dos leigos e leigas na ação evangelizadora e na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. É com esta disposição e alegria de tantas coisas acontecendo que apresento a todos o 34º volume do círculo bíblico de nossa Arquidiocese.
Adquira o livrinho, reúna sua família, vizinhos e comunidade, planeje os encontros e cresça na fé, no conhecimento da Palavra de Deus, no compromisso cristão com o anúncio do Evangelho e com a renovação de sua comunidade e paróquia!
À mesa da Palavra e do Pão, somos alimentados e enviados em missão
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Cardeal Angelo Becciu:

O Papa a gente ama e ama até o fim
Às vésperas de seu primeiro ato como novo prefeito da Congregação das Causas dos Santos – a beatificação na Eslováquia da jovem mártir Anna Kolesárová - o cardeal Angelo Becciu convida os católicos a estarem unidos ao Papa Francisco em um momento de grande perplexidade entre os fiéis.

Cidade do Vaticano - Neste sábado, 1°, o cardeal Angelo Becciu assume seu novo cargo como prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, presidindo em Košice, Eslováquia, a beatificação de Anna Kolesárová, uma jovem de 16 anos morta em 1944 por um militar soviético durante a ocupação do Exército Vermelho.
Eminência, com que sentimentos o senhor inicia esta nova fase de sua vida?
Cardeal Angelo Becciu - Vou começar com serenidade. Tenho a graça de começar meu primeiro dia de trabalho com a beatificação desta jovem, Anna Kolesárová. Então eu começo com os melhores desejos e estou feliz.
Que mensagem vem desta nova Beata?
Cardeal Angelo Becciu - É uma mensagem que vai totalmente contra a corrente; uma jovem de 16 anos que tem a força para se opor à brutalidade de um militar soviético que queria abusar dela. Ela se recusa, não apenas por um simples instinto de defesa, mas pela crença de que ela tinha que se manter pura e casta. Em um mundo em que se ri destes valores, é uma mensagem belíssima. Fiquei muito tocado com o fato de que esta jovem foi descoberta por um grupo de estudantes que, tendo ouvido falar de seu martírio, se mobilizaram e fizeram uma peregrinação ao seu túmulo. Lá veio a descoberta da vida desta jovem que chamou a atenção dos sacerdotes que, em seguida, divulgaram a biografia e a vida de Anna Kolesárová.
Um testemunho de fé forte e simples em um período difícil para a Igreja ... pensemos também na publicação do documento por Dom Carlo Maria Viganò. Como o senhor tem vivido estes momentos?
Cardeal Angelo Becciu - Acabo de voltar da minha cidade, da Sardenha. Eu vi muita perplexidade nas pessoas. Faço meu o espanto de pessoas e sofro com elas; renovo - como os próprios cristãos católicos fizeram - minha proximidade ao Santo Padre e a disposição de defendê-lo sempre.
O que o senhor espera da comunidade eclesial, pelos muitos fiéis que estão tristes e amargurados por esses eventos?
Cardeal Angelo Becciu – Desejo aquilo que recebemos como ensinamento desde a infância: o Papa a gente ama e o ama até o fim. Do Papa se recebe e se acolhem todas as suas instruções, indicações e palavras. Portanto, se nos encontrarmos unidos ao Papa, a Igreja será salva. Se, em vez disso, criarmos divisões - infelizmente - a Igreja arrisca sérias consequências.
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Papa recebe participantes do Capítulo Geral dos Josefinos
O Papa encorajou os Padres Capitulares Josefinos a viver e a trabalhar na Igreja e no mundo com as virtudes de São José: humildade, intimidade com o Senhor, silêncio e escondimento, zelo apostólico.

Cidade do Vaticano O Santo Padre recebeu, na manhã desta sexta-feira na Sala do Consistório, no Vaticano, 50 participantes no Capítulo Geral da Congregação dos Oblatos de São José de Asti, conhecidos como Josefinos.
O Papa iniciou seu discurso aos Padres Capitulares dirigindo uma saudação especial ao novo Superior Geral, Padre Jan Pelczarski, e aos seus Conselheiros, aos quais fez suas felicitações pela nova missão:
“A missão transmitida a vocês pelo fundador, São José Marello, expressa seu carisma peculiar de reproduzir, na vida e no apostolado, o ideal de serviço como o fez São José em Nazaré, partindo da imitação do seu estilo de vida discreto, humilde e trabalhador”.
Saudação a Francisco
São José, disse ainda o Papa, viveu na verdade e na simplicidade a sua vocação de custódio de Maria e de Jesus. Ele esteva ao lado da sua esposa nos momentos alegres e difíceis, estabelecendo, com ela, uma maravilhosa familiaridade com Jesus.
Enriquecidos pela simplicidade operosa de São José, os Padres Josefinos são chamados a serem testemunhas no mundo de uma mensagem especial e de uma boa notícia confortadora: Deus se serve de todos, de modo particular, dos mais pequeninos, humanamente desprovidos, para implantar e fazer crescer o seu Reino. E o Francisco os exortou:
“Que a perspectiva de servir a Jesus na Igreja e em nossos irmãos e irmãs, com particular atenção aos jovens e mais humildes, possa sempre influenciar a sua vida e a sua alegria. O Senhor se serve de vocês para o bem das almas. Por isso, encorajo-os a continuar a viver e a trabalhar na Igreja e no mundo com as virtudes simples e essenciais do Esposo da Virgem Maria: humildade, intimidade com o Senhor, silêncio e escondimento, além do zelo e obra em cumprir a vontade do Senhor, no espírito e na feliz síntese do lema deixado por São José Marello: "Cartuxos em casa e Apóstolos fora de casa".”
Francisco fala aos sacerdotes
Este ensinamento do seu Fundador, sempre vivo em seu espírito, afirmou Francisco, os leva a manter em suas Casas religiosas um clima de recolhimento e oração, fomentado pelo silêncio e por oportunos encontros comunitários.
O Santo Padre concluiu seu discurso aos Padres Capitulares Josefinos, com a exortação que São José Marello fazia a seus filhos espirituais: colocar em primeiro lugar o amor e a obediência aos ensinamentos e diretrizes do Sumo Pontífice de Santa Igreja.
Por fim, o Papa deixou aos Josefinos a seguinte mensagem:
“O melhor meio para construir um futuro sólido é a alegria de falar aos jovens sobre Jesus Cristo, lendo com eles o Evangelho e confrontá-lo com a vida!”
Francisco despediu-se dos Padres Capitulares invocando a intercessão de São José, Padroeiro da Igreja universal, e do seu santo Fundador, José Marello, para que torne fecundo os trabalhos deste XVII Capítulo Geral e sustente a missão da Família Josefi
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Seminário Arquidiocesano inicia

celebração de seu jubileu no próximo sábado
Uma programação toda especial vai marcar os preparativos para a celebração de 120 anos do Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre. As últimas datas foram acertadas na última reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) no início deste mês e apresentadas na reunião do clero na última terça-feira (28). Com o lema "Há 120 anos formando homens de Deus a serviço do Evangelho", o jubileu tem início no próximo sábado (08 de setembro) e vai até 08 de setembro de 2019.  
"São três os objetivos deste jubileu. Primeiro, agradecer a Deus por esta casa formativa e pelos arcebispos e bispos, padres, religiosos(as) e leigos(as) que construíram e constroem esta história; segundo, celebrar a comunhão das vocações, ministérios e carismas a serviço da Evangelização e já preparando para os 120 anos da diocese de Pouso Alegre; terceiro, promover a cultura vocacional, valorizando a vocação batismal e as vocações específicas como caminhos do discipulado-missionário no seguimento a Cristo, o Bom Pastor", afirmou o reitor do seminário, padre Ivan Paulo Moreira. 
Neste sábado, todo o clero e membros do CAP são convidados para a solenidade de abertura do jubileu, às 09h. Por volta das 10h30, O arcebispo metropolitano, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., preside a Eucaristia. 
A data festiva será no dia 08 de setembro de 2019. Já no dia seguinte, dia 09, todo o clero participará de uma missa no seminário. 
Subcomissões
Para auxiliar nos prepartivos e execução das atividades do jubileu, algumas subcomissões foram montadas. A Histórico-cultural será responsável pela exposição permanente e itinerante, contando um pouco deste 120 anos de história. Essa subcomissão também fica responsável pela montagem de um teatro, que será apresentado em data a definir. Há também a subcomissão comunicação e eventos (divulgação de impressos, trabalho em mídias digitais e encontros com determinados grupos) e a subcomissão litúrgico-pastoral. 
Missas com os setores pastorais
Cada setor pastoral da Arquidiocese de Pouso Alegre é convidado para participar de um missa no seminário arquidiocesano, obedecendo as seguintes datas, sempre às 09h:
06/10: setor Dourado;          03/11: setor Mogi;               12/01: setor Paraíso e ex-funcionários;
16/02: setor Mantiqueira;     16/03: setor Alto da Serra;     06/04: setor Extremo Sul;
04/05: setor Sapucaí e ex-seminaristas;    01/06: setor Mandu;    17/08: setor Fernão Dias e congregações religiosas;
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                                                            Fonte: arquidiocese-pa.org.br   Textos: Pe. Andrey Nicioli

O Papa, as fake news

e o ato de confiança nos jornalistas
Nesta quarta-feira na Praça São Pedro, um coro de fiéis para o seu bispo foi transformado em um ato de protesto contra o Papa Francisco. Uma fake news que girou o mundo.

Cidade do Vaticano - A cena é a habitual da quarta-feira na Praça São Pedro. O Papa conclui a sua catequese, concede a sua bênção e cumprimenta algumas pessoas que foram admitidas no chamado "beija mão". Da praça ergue-se um coro, são fiéis que festejam alguém querido a eles, que pessoalmente está saudando o Santo Padre. Na manhã desta quarta-feira, ocorreu que os crismandos da diocese de Lucca entoaram um coro cantando o nome "Italo", nome de seu bispo, Dom Italo Castellano, que estava cumprimentando o Papa Francisco.
Tudo normal se não fosse que alguém se disse convicto de ter ouvido um coro que exaltava Viganò, o ex-núncio nos EUA, autor do conhecido documento de acusação contra o Papa. A notícia é daquelas que fazem clamor, de primeira página. Pena que seja falsa. Para notar isso seria basicamente suficiente ouvir atentamente o vídeo do Vatican News no Youtube, portanto acessível a todos, para perceber que, apesar de não saber que era para "Italo", certamente aquele coro não era para "Viganò". O fato é que em poucos minutos a "notícia" se tornou viral nas mídias sociais e a partir daí – como cada vez mais acontece - passa  à informação main stream. Aparentemente sem filtros.
Em alguns sites de jornais, portanto, lemos que o Papa foi contestado pelos fiéis na Praça São Pedro, que exaltavam o "grande acusador" Carlo Maria Viganò. A verdadeira notícia surge em breve, graças ao profissionalismo daqueles que se dão ao trabalho de ouvir novamente o áudio e "descobrir" a presença na Praça São Pedro do grupo de fiéis da cidade de Lucca que, durante algumas horas, graças a esta fake news se tornaram "famosas" mesmo sem querer. A história, que tem alguns aspectos surrealistas e para alguns aspectos até mesmo cômicos, é na verdade o sintoma perturbador de um sistema midiático que, na busca exasperada do scoop da notícia, não analisa os fatos, mas os dobra  para o que parece ser a expectativa do seu público.
Precisamente o Papa Francisco, na sua última Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, explicou eloquentemente quais são as dinâmicas que levam à propagação de falsas notícias como esta. A eficácia das fake news, observa o Papa, "é devido principalmente à sua natureza mimética, isto é, à capacidade de parecer plausível. Em segundo lugar, essas notícias falsas, falsas mas prováveis, são cativantes, no sentido de que são capazes de capturar a atenção dos destinatários ". O Papa observa em seguida um "uso manipulador das redes sociais," as notícias falsas "ganham uma tal visibilidade que até mesmo as desmentidas das com autoridade dificilmente conseguem conter os danos." O que está em jogo? O que preocupa o Papa? Para Francisco, as "razões econômicas e oportunistas da desinformação estão enraizadas na sede de poder” que "nos faz vítimas de um imbróglio muito mais trágico de cada singular manifestação: o do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração".
Desde o início de seu Pontificado, Francisco manifestou uma grande confiança nos operadores da informação. Uma confiança reafirmada ano após ano, concedendo numerosas entrevistas também a meios de comunicação que não têm nenhum poder - como a revisita dos sem-casa de Milão ou à rádio de uma favela argentina - e nunca evitando as perguntas dos jornalistas, mesmo as mais desconfortáveis. Um ato de confiança (e de responsabilidade) que renovou aos jornalistas precisamente no documento de Viganò. "Vocês têm a capacidade jornalística suficiente para tirar as conclusões", disse o Papa no voo de volta da Irlanda, "é um ato de confiança". Uma confiança que recorda a essência da profissão jornalística que busca a verdade e não a fabrica.
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Conferências episcopais do mundo manifestam apoio ao Papa
Várias Conferências episcopais do mundo escrevem ao Papa assegurando seu apoio, em comunhão com o compromisso do magistério de Francisco no combate aos abusos.
Presidente dos bispos estadunidenses, cardeal Daniel DiNardo (©CATHOLICPRESSPHOTO)

Cidade do VaticanoComunhão, colegialidade, apoio, fidelidade, proximidade, colaboração: são os termos mais presentes nas cartas abertas que as Conferências episcopais do mundo enviaram e estão enviando nestas horas ao Papa Francisco.
"Incansável trabalho pastoral" do Papa Francisco
As missivas têm lugar após a publicação do documento do arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos EUA, que acusa o Santo Padre e alguns purpurados de ter acobertado o caso do cardeal Theodore McCarrick. Acusado de abusos contra menores, em 27 de julho o Papa aceitou a renúncia do purpurado ao título de cardeal e dispôs a suspensão do mesmo de qualquer ministério público.
Apreço pela atuação do Papa
Os episcopados expressam sua proximidade ao Papa: os bispos do Peru, por exemplo, ressaltam seu “fraterno e episcopal apoio à lúcida, corajosa e firme modalidade” que o Papa tem “de conduzir a barca de Pedro”. Trata-se de um apoio necessário “diante da tentativa de desestabilizar a Igreja e seu ministério”.
Na mesma linha, também o Conselho episcopal latino-americano – Celam – que, numa carta de 26 de agosto, agradece ao Papa Francisco por seu “serviço repleto de abnegação pela Igreja” e oferece ao Pontífice “fidelidade, proximidade e colaboração a fim de que a verdade resplandeça acima de todo e qualquer pecado”.
Incansável trabalho pastoral
Também os bispos do Paraguai agradecem ao Santo Padre por sua guia e por dar continuidade “ao trabalho dos predecessores com muita humildade e firmeza” no combate aos abusos.
A conferência Episcopal Espanhola, presidida pelo cardeal Ricardo Blázquez Pérez, faz a mesma coisa ao manifestar proximidade a Francisco: “Santo Padre, o senhor não está sozinho”, escreve o purpurado, que dá graças a Deus pelo “incansável trabalho pastoral” levado adiante pelo Pontífice e por sua “dedicação ao ministério” petrino.
Reação dos bispos estadunidenses
“São dias difíceis e expressamos ao Papa nosso afeto fraterno – afirma o presidente do episcopado dos EUA, cardeal Daniel DiNardo –, ao tempo em que esta ferida aberta dos abusos nos desafia a ser firmes e decididos na busca da verdade e da justiça.”
O purpurado pede uma audiência ao Papa para obter seu apoio ao plano de ação dos bispos estadunidenses inspirado na recente carta de Francisco do Povo de Deus, em que se incluem “propostas mais detalhadas” para simplificar a delação de abusos e comportamentos incorretos por parte de bispos e para melhorar os procedimentos para resolver as recriminações contra os bispos.
Outros prelados estadunidenses, como o arcebispo de Philadelphia, Charles Chaput, e o bispo de Phoenix, Thomas Olmsted, disseram não ter conhecimento direto dos fatos, mas falam do ex-núncio em Washington de modo positivo.
Por sua vez, o bispo de San Diego, Robert McElroy, disse que o testemunho de Dom Viganò é uma distorção e que os ataques deste são inspirados por seu ódio ao Papa Francisco e a tudo aquilo que ensina. “Juntos com o Papa Francisco estamos confiantes de que a verificação das afirmações” de Dom Viganò “ajudará a estabelecer a verdade”, destaca por fim.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Objetivos do debate da CNBB, segundo Dom Sergio da Rocha:

“Conhecer, refletir e discernir”
as propostas dos candidatos à Presidência da República
O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cardeal Sergio da Rocha chama atenção dos cristãos para a importância do debate – com os candidatos e candidatas que concorrem ao cargo de Presidente da República nas eleições deste ano – que a entidade promove em Aparecida (SP), no próximo dia 20 de setembro, às 21h30.
“É muito importante no período eleitoral conhecer bem os candidatos e as propostas, por isso mesmo nós, a CNBB, queremos oferecer uma oportunidade para conhecer as propostas, as ideias e as posturas dos candidatos. A CNBB já realizou debates no passado. Agora vamos ter novamente este debate que esperamos que possa contribuir para conhecer, refletir e discernir”, disse.
Assista ao debate
O presidente da CNBB lembra que para este debate foram observadas as normas e regras da Justiça Eleitoral do Brasil. O cardeal assegurou que questões que interessam aos católicos no Brasil estarão presentes por meio de perguntas que os bispos brasileiros farão aos que disputam a cadeira do maior cargo do poder Executivo no país.
Outro ponto a ser assegurando, segundo o cardeal, é o papel que os eleitores são convidados a ter no processo político. “Queremos contribuir no processo de reflexão e discernimento, sem substituir jamais aquilo que é o papel do eleitor”, disse. O eleitor, em sua avaliação, precisa procurar fazer uma escolha consciente de forma responsável, sabendo das consequências de seu voto para o Brasil neste momento de crise.
O projeto, organizado e gerado pela TV Aparecida, acontece no Santuário Nacional, na arena do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, no dia 20 de setembro, às 21h30. Veja, abaixo, o convite à participação do presidente da CNBB cardeal Sergio da Rocha.
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Assista:
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Papa recorda viagem à Irlanda:

O ideal é a família unida, não a separação!
Na catequese da Audiência Geral, Francisco falou da alegria de participar do Encontro Mundial das Famílias e da "dor e amargura" ao enfrentar o escândalo dos abusos na Igreja.

Cidade do Vaticano - A Praça São Pedro voltou a acolher os peregrinos para a Audiência Geral, passados os dias mais tórridos do verão.
Como faz habitualmente depois de uma viagem apostólica, o Papa Francisco dedicou sua catequese aos principais momentos de sua visita à Irlanda, realizada nos dias 25 e 26 de agosto.
O sonho de Deus
O motivo que o levou a Dublin foi o Encontro Mundial das Famílias: “A minha presença era, sobretudo, confirmar as famílias cristãs em sua vocação e missão”, disse Francisco.
O sonho de Deus para toda a família humana é a unidade, a harmonia e paz, recordou o Papa, e Ele chama as famílias a participar deste sonho, fazendo do mundo uma casa onde ninguém se sinta “sozinho, indesejado ou excluído”.
Pontos de luz
O Pontífice definiu como “pontos de luz” os testemunhos de amor conjugal oferecidos por casais de todas as idades. Foi assim na Catedral, no centro dos frades capuchinhos que acolhe casais em situação de vulnerabilidade, na vigília no estádio Dublin, em que falaram famílias que sofreram com as guerras, os vícios, inclusive tecnológicos, e foram renovadas pelo perdão. Foram ressaltados o valor da comunicação entre as gerações e o papel específico que cabe aos avós para consolidar os laços familiares e transmitir a fé.
“Hoje, é difícil dizer, parece que os avós incomodam. Nessa cultura do descarte, eles são deixados de lado. Mas eles são a sabedoria, a memória das famílias. Por favor, não descartem os avós, que sejam sempre próximos aos netos.”
Irlanda do Norte
Na programação da visita, estava prevista também uma etapa no Santuário mariano de Knock. “Ali, na capela construída no local da aparição de Nossa Senhora, confiei à sua proteção materna todas as famílias, em especial as irlandesas. Embora a minha viagem não incluísse uma visita à Irlanda do Norte, dirigi uma saudação cordial ao seu povo e encorajei o processo de reconciliação, pacificação, amizade e cooperação ecumênica.”
Dor e amargura
Mas além da alegria, a visita à Irlanda enfrentou um elemento de “dor e amargura” pelo sofrimento causado no país por várias formas de abusos na Igreja.
“O encontro com alguns sobreviventes deixou um sinal profundo; e várias vezes pedi perdão ao Senhor por esses pecados, pelo escândalo e o sentimento de traição provocado.”
O Papa louvou o percurso de purificação e de reconciliação empreendido pelos bispos irlandeses com aqueles que sofreram abusos, e as normas severas adotadas com a ajuda das autoridades nacionais.
Renovação
No encontro com os Bispos, o Papa pediu a eles que, com a honestidade e a coragem, inaugurem uma estação de renovação da Igreja na Irlanda.
“Na Irlanda há fé, são pessoas de fé, com grandes raízes. Mas há poucas vocações ao sacerdócio”, disse Francisco, rezando uma Ave-Maria com os fiéis na Praça para pedir a Nossa Senhora que envie “sacerdotes santos” à Irlanda.
Ideal da família
Francisco então concluiu definindo o Encontro Mundial das Famílias uma experiência profética.
“Nós esquecemos as muitas famílias que vão avante com fidelidade, pedindo perdão recíproco quando há problemas. Hoje é moda ver nas revistas, nos jornais, os casais que se divorciaram, se separaram. Por favor, isso é ruim! Eu respeito cada um, devemos respeitar todas as pessoas, mas o ideal não é o divórcio, a separação, a destruição da família, mas a família unida. Esse é o ideal!”
O Papa exortou então os fiéis a se prepararem para o próximo Encontro Mundial das Famílias, que se realizará em Roma em 2021.
Rezar pela Criação
No final da Audiência, o Pontífice saudou os estudantes do Colégio Pio Brasileiro de Roma e recordou que no próximo sábado, 1° de setembro, celebra-se o quarto Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, realizado em união com os ortodoxos e a adesão de outras comunidades cristãs.
“Na mensagem deste ano, desejo chamar a atenção para a questão da água, bem primário a ser tutelado e colocado à disposição de todos”, disse Francisco, convidando todos os fiéis a se unirem em oração pela nossa casa comum.
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Assista:
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                                                                           Fonte: vaticannews.va    Foto: gaudiumpress.org