domingo, 31 de dezembro de 2017

Papa Francisco no Angelus deste domingo:

Possibilidades impensadas
para famílias que voltam à fonte da experiência cristã

"Cada vez que as famílias, mesmo aquelas feridas e marcadas pela fragilidade, fracassos e dificuldades, voltam à fonte da experiência cristã, abrem-se novos caminhos e possibilidades impensadas”, disse o Papa no Angelus, convidando as famílias a custodiarem os filhos para que possam crescer em harmonia e plenitude.
Cidade do Vaticano - “Criar condições favoráveis para o crescimento harmônico e pleno dos filhos, para que possam viver uma vida boa, digna de Deus e construtiva para o mundo”.
No Angelus do domingo em que a Igreja festeja a Sagrada Família, o Papa Francisco apelou às famílias para custodiarem o crescimento dos filhos, recordando ainda que mesmo em meio às dificuldades, quando as famílias “voltam para a fonte da experiência cristã, se abrem novos caminhos, e possibilidades impensadas”.
Dirigindo-se da janela do apartamento pontifício aos milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice recordou que o Evangelho do dia “nos convida a refletir sobre a experiência vivida por Maria, José e Jesus, enquanto cresciam juntos como família no amor recíproco e na confiança em Deus”.
E uma das etapas deste crescimento, é a ida ao templo “para atestar que o filho pertence a Deus e que eles são os custódios da sua vida e não os proprietários:
“Este gesto sublinha que somente Deus é o Senhor da história individual e familiar; tudo nos vem d’Ele. Cada família é chamada a reconhecer tal primado, custodiando e educando os filhos para abrirem-se a Deus que é a fonte da própria vida."
“Todos os pais são custódios da vida dos filhos, não proprietários, e devem ajudá-los a crescer e amadurecer ”
E nisto – enfatizou o Papa - reside “o segredo da juventude interior, testemunhado paradoxalmente no Evangelho por um casal de idosos, Simeão e Ana”.
Francisco explica então as palavras proféticas de Simeão de que “menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel e como um sinal de contradição”:
“Estas palavras proféticas revelam que Jesus veio para fazer cair as falsas imagens que nós fazemos de Deus e também de nós mesmos; para “contradizer” as seguranças mundanas sobre as quais pretendemos nos apoiar; para fazer-nos ressurgir para um caminho humano e cristão autêntico verdadeiro, alicerçado nos valores do Evangelho”.
O Papa alerta ainda de que não existe situação familiar que não possa seguir por este novo caminho de renascimento e ressurreição”:
“E cada vez que as famílias, mesmo aquelas feridas e marcadas pela fragilidade, fracassos e dificuldades, voltam à fonte da experiência cristã, se abrem novos caminhos e possibilidades impensadas”.
Francisco retoma a passagem do Evangelho que narra o retorno da Sagrada Família à Galiléia, para falar sobre a importância do crescimento dos filhos:
“Uma grande alegria da família é o crescimento dos filhos, todos sabemos disso. Eles são destinados a crescer e fortificar-se, a adquirir experiência e acolher a graça de Deus, precisamente como aconteceu com Jesus. Ele é realmente um de nós: o Filho de Deus se fez criança, aceita crescer, fortalecer-se, é cheio de sabedoria e a graça de Deus está com Ele”.
Maria e José têm esta alegria de ver tudo isto em seu filho – observou o Papa – frisando que “esta é a missão para a qual é orientada a família”:
“Criar condições favoráveis para o crescimento harmônico e pleno dos filhos, para que possam viver uma vida boa, digna de Deus e construtiva para o mundo”.
“Estes são os votos que dirijo hoje a todas as famílias, acompanhados com a invocação a Maria, Rainha das Famílias”, disse Francisco ao concluir sua reflexão que precedeu a oração doAngelus.
Ao final o Papa saudou de maneira especial as famílias, também aquelas que acompanham de casa,  pedindo que “a Sagrada família vos abençoe e vos guie em vosso caminho”.
O Santo Padre fez votos de um feliz domingo e de um sereno final de ano, pedindo para não esquecermos neste dia “de agradecer a Deus pelo ano transcorrido e por todo o bem recebido”:
“E nos fará bem, a cada um de nós, tomar um pouco de tempo para pensar quantas coisas boas recebi do Senhor este ano e agradecer. E se existiram provações, dificuldades, agradecer também porque nos ajudou a superar estes momentos. Hoje é um dia de agradecimento".
"Agradeço pelas felicitações e pelas orações de vocês: e continuem, por favor, a rezar por mim. Bom almoço e até logo".
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Assista:
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Papa preside Primeiras Vésperas com o canto do "Te Deum"

A Igreja herdou de Maria e continuamente herda essa percepção interior da plenitude doada pela presença de Jesus, que alimenta um sentido de gratidão, como única resposta humana digna do dom imenso de Deus, disse o Papa.
Cidade do Vaticano“Nesta atmosfera criada pelo Espírito Santo, nós elevamos a Deus a ação de graças pelo ano que termina, reconhecendo que todo o bem é um presente seu".
Ao presidir na Basílica de São Pedro no final da tarde deste 31 de dezembro as primeiras Vésperas da Solenidade da Mãe de Deus, com a adoração ao Santíssimo Sacramento e o canto do Te Deum, o Papa Francisco agradeceu pelo ano que passou, recordando que Maria é “a primeira a experimentar esse sentido de plenitude doado pela presença de Jesus.
«Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho»
“Esta celebração vespertina – disse o Pontífice ao iniciar - respira a atmosfera da plenitude do tempo. Não porque estamos na última noite do ano solar, não é isso, mas porque a fé nos faz contemplar e sentir que Jesus Cristo, Verbo encarnado, deu plenitude ao tempo do mundo e à história humana”.
«Nasceu de uma mulher»
E “a primeira a experimentar esse sentido de plenitude doada pela presença de Jesus foi a “mulher” da qual Ele nasceu. A Mãe do Filho encarnado, Theotokos, Mãe de Deus. Através dela, por assim dizer, brotou a plenitude do tempo: através de seu coração humilde e cheio de fé, através de sua carne toda impregnada do Espírito Santo”.
Dela a Igreja herdou e continuamente herda essa percepção interior da plenitude, que alimenta um sentido de gratidão, como única resposta humana digna do dom imenso de Deus.
Uma gratidão pungente, que, partindo da contemplação daquele Menino envolto em faixas e colocado numa manjedoura, se estende a tudo e a todos, ao mundo inteiro.
É um “obrigado” que reflete a Graça; não vem de nós, mas d'Ele; não vem do eu, mas de Deus, e envolve o eu e o nós.
Nesta atmosfera criada pelo Espírito Santo, nós elevamos a Deus a ação de graças pelo ano que termina, reconhecendo que todo o bem é um presente seu.
Também este tempo do ano de 2017, que Deus nos havia dado íntegro e saudável, nós humanos de muitas maneiras o desperdiçamos e ferimos com obras de morte, com mentiras e injustiças. As guerras são um sinal flagrante desse orgulho persistente e absurdo.
Mas também o são todas as pequenas e grandes ofensas contra a vida, a verdade, a  fraternidade, que causam diversas formas de degradação humana, social e ambiental. Por tudo isto queremos e devemos assumir, diante de Deus, dos irmãos e da Criação, a nossa responsabilidade.
Mas nesta noite prevalece a graça de Jesus e seu reflexo em Maria. E prevalece por isto a gratidão que, como Bispo de Roma, sinto na alma pensando nas pessoas que vivem com o coração aberto nesta cidade.
Experimento um sentimento de simpatia e gratidão por todas as pessoas que a cada dia contribuem com pequenos mas preciosos gestos concretos  ao bem de Roma: procuram cumprir da melhor maneira o seu dever, deslocam-se no trânsito com critério e prudência, respeitando os lugares públicos e assinalam as coisas que não estão bem, estão atentas às pessoas idosas ou em dificuldades, e assim por diante.
Esses e outros mil comportamentos expressam concretamente o amor pela cidade. Sem discursos, sem publicidade, mas com um estilo de educação cívica praticada no dia-a-dia. E assim, cooperam silenciosamente para o bem comum.
Da mesma forma, sinto em mim uma grande estima pelos pais, os professores e todos os educadores, que com este mesmo estilo, procuram formar as crianças e adolescentes ao sentido cívico, a uma ética da responsabilidade, educando-os para sentirem-se parte, a cuidar, a se interessarem pela realidade que os circunda.
Essas pessoas, mesmo que não sejam notícia, são a maior parte das pessoas que vivem em Roma. E entre elas, muitas se encontram em condições econômicas precárias, e mesmo assim, não ficam lamentando, não cultivam ressentimentos e rancores, mas se esforçam para fazer a cada dia a sua parte a fim de melhorar um pouco as coisas.
Hoje, ao dar graças a Deus, convido todos a manifestar um reconhecimento a todos esses artesãos do bem comum, que amam a sua cidade, não com palavras, mas com os fatos”.
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Reflexão para o

Domingo da Sagrada Família

A imagem da Família de Nazaré como família migrante e pobre nos obriga a refazer a imagem da família atual, retornando às origens e aos valores, ou seja, a abundância de bens materiais não é necessária para ser feliz e amar a Deus e ao próximo.
Cidade do Vaticano - O perdão dos pecados acontece por causa de uma atitude de amor para com os pais, pois o lar, Igreja doméstica, voltou a ser o local do encontro com Deus.
A misericórdia em todos os relacionamentos, mas especialmente para com os pais, está em referência ao próprio Deus que é o Pai por excelência. Portanto, honrar os pais, respeitá-los, é prestar culto a Deus.
Família santa, família sagrada
Tanto a primeira leitura quanto a segunda, da liturgia de hoje, não escondem as falhas no relacionamento familiar e humano, mas nos dizem que o importante aos olhos de Deus não está em ser sem defeitos, em ter uma família perfeita, mas sim na capacidade de amar sem medidas, apesar dos limites e das falhas pessoais. Claro que Deus deseja que sejamos perfeitos, mas mais importante para Ele é que nos amemos e nos perdoemos como Ele nos amou e nos perdoou, sem limites, sem restrições.
Dentro desse pensamento sobre o relacionamento familiar, será importante refletir sobre a realidade da família deste início de século, onde e como vive. Certamente a maioria mora em grandes centros urbanos e é constituída pelo casal e por um ou dois filhos. Um terceiro já faz considerá-la família numerosa.
Também a mãe trabalha fora e pais e filhos se encontram à noite, cansados, muitas vezes diante da televisão, ou durante o jantar. Se isso acontece já poderão se classificar felizes, pois em outros lares, muitas vezes quando pais saem para o trabalho, os filhos ainda dormem e quando voltam eles já estão deitados. O encontro, nesse caso, só se dá no final de semana.
Rezar juntos, passar para os filhos a vivência de uma oração em família, mesmo que seja apenas à mesa, só excepcionalmente, pois em muitos casos, para que possam descansar, não cozinham em casa e vão comer fora, em um restaurante ou na casa de parentes ou de amigos.
A Família de Nazaré nos ensina a cristianizar a família pós-moderna,
recolocando Deus no centro. (© Biblioteca Apostolica Vaticana)
É difícil passar valores, enfim, formar os filhos. A sociedade pós moderna penetra em suas entranhas e é muito custoso prepará-los para o futuro, para que sejam filhos e irmãos como Deus quer. Só com a graça divina e com a disposição dos pais para uma autêntica renúncia e sacrifico.
Renúncia aos apelos de dar aos filhos tudo o que a sociedade consumista coloca como valores e que os pais enxergam como coisa boa e vantajosa. É preciso renunciar fazer do filho ou da filha pessoas como nos pede o elitismo, relativizar seus códigos. É preciso questionar os valores propostos por ela e crer nos do Evangelho.
Cabe a pergunta: formo minha família para ser cidadã deste mundo ou para ser cidadã do Reino de Deus, mas neste mundo? Jesus rezou ao Pai dizendo que não queria que nos tirasse do mundo, mas nos preservasse do mal.
Sacrifício: sacrificar significa tornar sagrado. Meu filho, minha filha, são do mundo ou de Deus? O batismo os retirou do paganismo e os fez filhos de Deus, sagrados. Respeito a senhoria de Deus sobre eles ou sou conivente com as solicitações consumistas e mundanas?
A imagem da Família de Nazaré como família migrante e pobre nos obriga a refazer a imagem da família atual, retornando às origens e aos valores, ou seja, a abundância de bens materiais não é necessária para ser feliz e amar a Deus e ao próximo.
É importantíssimo não só a simplicidade de vida, mas sobretudo é fundamental a convivência afetiva e efetiva, além do respeito aos idosos como gratidão e como referência à sua experiência de vida que porta sabedoria e os referenciais da autêntica tradição.
A Família de Nazaré nos ensina a cristianizar a família pós-moderna, recolocando Deus no centro e n’Ele reencontrando a verdadeira felicidade.
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                             Fonte: www.vaticannews.va/pt      Sagrada Família: diocesejacarezinho.org

sábado, 30 de dezembro de 2017

Mensagem do Papa Francisco para o

Dia Mundial da Paz 2018

                 É dividida em seis pontos a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz a ser celebrado em 1° de janeiro sob o tema "Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz"
Cidade do Vaticano"Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz" é o tema da Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial da Paz, a ser celebrado em 1° de janeiro de 2018. Eis a íntegra do texto:
"MIGRANTES E REFUGIADOS:
HOMENS E MULHERES EM BUSCA DE PAZ"
1. Votos de paz
Paz a todas as pessoas e a todas as nações da terra! A paz, que os anjos anunciam aos pastores na noite de Natal,[1] é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Dentre estes, que trago presente nos meus pensamentos e na minha oração, quero recordar de novo os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados.
Estes últimos, como afirmou o meu amado predecessor Bento XVI, «são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz».[2] E, para o encontrar, muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta.
Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.
Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoios e beneficência, uma atenção vigilante e abrangente, a gestão responsável de novas situações complexas que às vezes se vêm juntar a outros problemas já existentes em grande número, bem como recursos que são sempre limitados.
Praticando a virtude da prudência, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas, «nos limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido, [para] lhes favorecer a integração»[3]. Os governantes têm uma responsabilidade precisa para com as próprias comunidades, devendo assegurar os seus justos direitos e desenvolvimento harmónico, para não serem como o construtor insensato que fez mal os cálculos e não conseguiu completar a torre que começara a construir.[4]
2. Porque há tantos refugiados e migrantes?
Na mensagem para idêntica ocorrência no Grande Jubileu pelos 2000 anos do anúncio de paz dos anjos em Belém, São João Paulo II incluiu o número crescente de refugiados entre os efeitos de «uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”»[5] que caraterizaram o século XX. E até agora, infelizmente, o novo século não registou uma verdadeira viragem: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas.
Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas «o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o “desespero” de um futuro impossível de construir».[6] As pessoas partem para se juntar à própria família, para encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução: quem não pode gozar destes direitos, não vive em paz. Além disso, como sublinhei na Encíclica Laudato si’, «é trágico o aumento de migrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental».[7]
A maioria migra seguindo um percurso legal, mas há quem tome outros caminhos, sobretudo por causa do desespero, quando a pátria não lhes oferece segurança nem oportunidades, e todas as vias legais parecem impraticáveis, bloqueadas ou demasiado lentas.
Em muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus.
Quem fomenta o medo contra os migrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação para quantos têm a peito a tutela de todos os seres humanos.[8]
Todos os elementos à disposição da comunidade internacional indicam que as migrações globais continuarão a marcar o nosso futuro. Alguns consideram-nas uma ameaça. Eu, pelo contrário, convido-vos a vê-las com um olhar repleto de confiança, como oportunidade para construir um futuro de paz.
3. Com olhar contemplativo
A sabedoria da fé nutre este olhar, capaz de intuir que todos pertencemos «a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solidariedade e a partilha».[9] Estas palavras propõem-nos a imagem da nova Jerusalém.
O livro do profeta Isaías (cap. 60) e, em seguida, o Apocalipse (cap. 21) descrevem-na como uma cidade com as portas sempre abertas, para deixar entrar gente de todas as nações, que a admira e enche de riquezas. A paz é o soberano que a guia, e a justiça o princípio que governa a convivência dentro dela.
Precisamos de lançar, também sobre a cidade onde vivemos, este olhar contemplativo, «isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças (...), promovendo a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça»,[10] por outras palavras, realizando a promessa da paz.
Detendo-se sobre os migrantes e os refugiados, este olhar saberá descobrir que eles não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem. Saberá vislumbrar também a criatividade, a tenacidade e o espírito de sacrifício de inúmeras pessoas, famílias e comunidades que, em todas as partes do mundo, abrem a porta e o coração a migrantes e refugiados, inclusive onde não abundam os recursos.
Este olhar contemplativo saberá, enfim, guiar o discernimento dos responsáveis governamentais, de modo a impelir as políticas de acolhimento até ao máximo dos «limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido»,[11] isto é, tomando em consideração as exigências de todos os membros da única família humana e o bem de cada um deles.
Quem estiver animado por este olhar será capaz de reconhecer os rebentos de paz que já estão a despontar e cuidará do seu crescimento. Transformará assim em canteiros de paz as nossas cidades, frequentemente divididas e polarizadas por conflitos que se referem precisamente à presença de migrantes e refugiados.
4. Quatro pedras miliárias para a ação
Oferecer a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma possibilidade de encontrar aquela paz que andam à procura, exige uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.[12]
«Acolher» faz apelo à exigência de ampliar as possibilidades de entrada legal, de não repelir refugiados e migrantes para lugares onde os aguardam perseguições e violências, e de equilibrar a preocupação pela segurança nacional com a tutela dos direitos humanos fundamentais. Recorda-nos a Sagrada Escritura: «Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos».[13]
«Proteger» lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolável daqueles que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança, de impedir a sua exploração. Penso de modo particular nas mulheres e nas crianças que se encontram em situações onde estão mais expostas aos riscos e aos abusos que chegam até ao ponto de as tornar escravas. Deus não discrimina: «O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva».[14]
«Promover» alude ao apoio para o desenvolvimento humano integral de migrantes e refugiados. Dentre os numerosos instrumentos que podem ajudar nesta tarefa, desejo sublinhar a importância de assegurar às crianças e aos jovens o acesso a todos os níveis de instrução: deste modo poderão não só cultivar e fazer frutificar as suas capacidades, mas estarão em melhores condições também para ir ao encontro dos outros, cultivando um espírito de diálogo e não de fechamento ou de conflito. A Bíblia ensina que Deus «ama o estrangeiro e dá-lhe pão e vestuário»; daí a exortação: «Amarás o estrangeiro, porque foste estrangeiro na terra do Egito».[15]
Por fim, «integrar» significa permitir que refugiados e migrantes participem plenamente na vida da sociedade que os acolhe, numa dinâmica de mútuo enriquecimento e fecunda colaboração na promoção do desenvolvimento humano integral das comunidades locais. «Portanto – como escreve São Paulo – já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus».[16]
5. Uma proposta para dois Pactos internacionais
Almejo do fundo do coração que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação por parte das Nações Unidas de dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares, outro referido aos refugiados. Enquanto acordos partilhados a nível global, estes pactos representarão um quadro de referência para propostas políticas e medidas práticas.
Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, clarividência e coragem, de modo a aproveitar todas as ocasiões para fazer avançar a construção da paz: só assim o necessário realismo da política internacional não se tornará uma capitulação ao cinismo e à globalização da indiferença.
De facto, o diálogo e a coordenação constituem uma necessidade e um dever próprio da comunidade internacional. Mais além das fronteiras nacionais, é possível também que países menos ricos possam acolher um número maior de refugiados ou acolhê-los melhor, se a cooperação internacional lhes disponibilizar os fundos necessários.
A Secção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral sugeriu 20 pontos de ação[17] como pistas concretas para a implementação dos supramencionados quatro verbos nas políticas públicas e também na conduta e ação das comunidades cristãs.
Estas e outras contribuições pretendem expressar o interesse da Igreja Católica pelo processo que levará à adoção dos referidos pactos globais das Nações Unidas. Um tal interesse confirma uma vez mais a solicitude pastoral que nasceu com a Igreja e tem continuado em muitas das suas obras até aos nossos dias.
6. Em prol da nossa casa comum
Inspiram-nos as palavras de São João Paulo II: «Se o “sonho” de um mundo em paz é partilhado por tantas pessoas, se se valoriza o contributo dos migrantes e dos refugiados, a humanidade pode tornar-se sempre mais família de todos e a nossa terra uma real “casa comum”».[18] Ao longo da história, muitos acreditaram neste «sonho» e as suas realizações testemunham que não se trata duma utopia irrealizável.
Entre eles conta-se Santa Francisca Xavier Cabrini, cujo centenário do nascimento para o Céu ocorre em 2017. Hoje, dia 13 de novembro, muitas comunidades eclesiais celebram a sua memória. Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua Padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs. Pela sua intercessão, que o Senhor nos conceda a todos fazer a experiência de que «o fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam a paz».[19]
Vaticano, 13 de novembro – Memória de Santa Francisca Xavier Cabrini, Padroeira dos migrantes – de 2017.
Franciscus
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A semana de Francisco
Eventos que marcaram a semana do Papa Francisco neste período de Natal.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco teve uma semana cheia de compromissos. Conduziu a oração mariana do Angelus no domingo, 24 de dezembro, e no dia de Natal, 25, proferiu a mensagem e abençoou a Cidade de Roma e o mundo, na Urbi et Orbi, do balcão central da Basílica de São Pedro.
Na terça-feira, 26, o Papa rezou a oração mariana do Angelus na Festa de Santo Estêvão, primeiro mártir cristão. Na Audiência Geral de quarta-feira, Francisco explicou o verdadeiro significado do Natal e nos convidou a abrir a mente e o coração para acolher Jesus, dom de Deus para nós.
Confira as imagens!
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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Leituras do

Domingo da Sagrada Família

1ª Leitura: Eclo 3,3-7.14-17a
Livro do Eclesiástico:
Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.
Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe.
Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para tua edificação.
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Salmo: 127
- Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
- Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
- Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!
- A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
- Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
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2ª Leitura: Cl 3,12-21
Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.
Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças. Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.
Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. 20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.
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Evangelho: Lc 2,22-40
Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor.
Simeão vê a salvação
Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
Movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meu olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele.
Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma”.
Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
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Reflexão
Dar um filho ao mundo

Os educadores pretendem formar “homens e mulheres para o mundo”. Mas o que vemos são filhos ou abandonados ou  mimados, e o resultado é o mesmo: só vivem para si.
Os pais de Jesus oferecem seu filho a Deus, e assim, ao mundo.
A lei judaica prescrevia oferecer a Deus o primeiro filho homem, porque Deus é o dono da vida. Simbolicamente, resgatava-se então o filho mediante um sacrifício. Para os mais pobres – o caso de José e Maria – este sacrifício podia ser um par de rolinhas.
Ao apresentar Jesus ao templo, os pais de Jesus encontram o velho Simeão, pessoa piedosa, que tinha até visões. Assim, ele explicou a Maria que seu filho não pertencia a ela, mas a Deus. E que o filho a faria sofrer, porque seria um “sinal de contradição”…
Depois, José e Maria voltaram a Nazaré, para criar Jesus até o tempo em que Deus o requisitasse. E ele crescia física e intelectualmente, e “a graça de Deus estava com ele”.
Muitos pais são incapazes de educar os filhos para deixa-los afastar-se deles… É um drama quando o adolescente revela a idéia de assumir uma profissão fora do quadro da família, ainda que seja médico dos pobres ou ecologista. E no dia-a-dia, quantos pais deixam os filhos organizar sua vida conforme sua consciência e não conforme os interesses desproporcionados da família? E quando se trata de noivado, casamento… E a escolha do partido político…
A família cristã deve se caracterizar pelo oferecimento dos filhos a Deus e ao mundo, conforme o projeto de Deus. Para isso, eles têm de receber educação – educação para a liberdade, para o serviço, para o desapego. Desapego por parte dos pais que os educam para doá-los ao mundo. E desapego como virtude dos filhos, levando-os a doar-se, em vez de procurar a própria satisfação.
Nem abandonados, nem mimados, mas filhos de Deus e homens e mulheres para o mundo.
                                 Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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Papa a teólogos italianos:

Fazer teologia de joelhos e com o santo povo de Deus

Francisco recebeu os membros da Associação Teológica Italiana, aos quais falou do papel urgente imprescindível da teologia para repensar os grandes temas da fé cristã.
Cidade do Vaticano  - Uma das últimas audiências do ano do Papa Francisco foi aos membros da Associação Teológica Italiana, recebidos no Vaticano no dia 29 de dezembro.
A Associação, composta por 330 teólogos, completou 50 anos em 2017, nascida no espírito de serviço e de comunhão indicado pelo Concílio Vaticano II. Para Francisco, a Igreja deve sempre referir-se a este evento como uma nova etapa de evangelização. 
“Por isso, lhes peço que continuem a permanecer fiéis e ancorados ao Concílio e à capacidade que, naquela ocasião, a Igreja mostrou de deixar-se fecundar pela perene novidade do Evangelho de Cristo.”
Francisco ressaltou ainda o estilo da Associação de “fazer teologia juntos”. De fato, não se pode pensar em servir a Verdade de um Deus que é Amor de modo “individualista, particularista ou, pior ainda, numa lógica competitiva”.
“A pesquisa dos teólogos não pode ser pessoal; mas de pessoas que estão mergulhadas numa comunidade teológica a mais ampla possível, da qual se sentem e realmente fazem parte, envolvidas em laços de solidariedade e também de amizade autêntica. Este não é um aspecto secundário do ministério teológico!”
Intelecto e religiosidade
Um ministério, continuou o Papa, do qual a Igreja tem grande necessidade. Para ser fiéis autênticos, recordou, não é necessário ter realizado cursos acadêmicos de teologia. Há um sentido das realidades da fé que pertence a todo o povo de Deus, inclusive de quem não tem meios intelectuais para expressá-lo.
“É nesta fé viva do santo povo fiel de Deus que todo teólogo deve sentir-se mergulhado e do qual deve sentir-se também amparado, transportado e abraçado. Isso não exclui, porém, que exista sempre a necessidade daquele específico trabalho teológico com o qual, como dizia São Boaventura, se possa chegar ao credibile ut intelligibile, isto é, àquilo que se crê enquanto é compreendido. É uma exigência da plena humanidade dos próprios fiéis.”
Na perspectiva de uma Igreja em saída missionária, acrescentou ainda Francisco, o ministério teológico se torna particularmente importante e urgente. Para o Papa, a teologia é “imprescindível” para repensar os grandes temas da fé cristã dentro de uma cultura profundamente transformada devido ao desenvolvimento científico e técnico sem precedentes e de uma cultura cristã onde nasceram visões distorcidas do Evangelho.
“Necessita-se de uma teologia que ajude todos os cristãos a anunciar e mostrar, sobretudo, o rosto salvífico de Deus, o Deus misericordioso, especialmente na presença de alguns desafios inéditos que envolvem hoje toda a humanidade”, disse Francisco, citando entre eles a crise ecológica, as desigualdades sociais e as migrações de inteiros povos e o relativismo teórico, mas também prático.
Três conselhos
Antes de concluir seu articulado discurso, o Papa deu outros três conselhos aos teólogos: não perder a capacidade de maravilhar-se, de fazer teologia de joelhos e na Igreja, isto é, no santo povo fiel de Deus.
Francisco se lembrou de uma confissão de uma senhora portuguesa, que de tão religiosa confessava pecados que não existiam, demonstrando grande conhecimento. “Ao final, contou o Papa fiquei com vontade de lhe perguntar: ‘a senhora estudou na Gregoriana?’. Era realmente uma mulher simples, simples… Mas tinha a intuição, tinha o sensus fidei, aquilo que na fé não pode errar.”
O Papa se despediu dos teólogos fazendo votos de que as pesquisas da Associação possam fecundar e enriquecer todo o povo de Deus. 
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O ano do Papa Francisco

Entre os inúmeros eventos que marcaram 2017, destaque para as viagens internacionais, a mensagem pelos 300 anos de Aparecida e a convocação do Sínodo para a Amazônia
Com 2017 que chega ao fim, a redação brasileira do Vatican News recorda os principais eventos que marcaram o ano do Papa Francisco:
Janeiro
9 - Felicitações ao corpo diplomático - Entre os temas centrais, Francisco falou da violência e reiterou: “Não à loucura homicida do terrorismo que abusa do nome de Deus”.
16 - Audiência ao Presidente palestino Abbas
18 -   Semana de Unidade dos cristãos - O Papa recordou os 500 anos da Reforma luterana em Lund: “Nós olhamos mais para aquilo que nos une do que para aquilo que nos divide”.
Fevereiro
26 - Visita inédita de um Papa à Igreja anglicana de Roma, em que Francisco afirmou que a unidade não se faz em laboratório, mas caminhando juntos.
Março
24 - Encontro com lideranças políticas nos 60 anos dos Tratados europeus
25 - Visita a Milão
Abril
2 -  Visita à região da Emília-Romagna
13 -  Lava-pés na prisão de Paliano
14 - Via-Sacra no Coliseu - Ao final, o Papa pediu perdão por todos os males que pesam sobre a humanidade.
16 - Missa de Páscoa e 90 anos de Bento XVI
28 e 29 - Viagem ao Egito - Na Missa conclusiva no Cairo, Francisco afirmou: “O único extremismo tolerado para os fiéis é o da caridade”.
Maio
12 e 13 - Viagem a Fátima - Francisco canonizou os pastorzinhos Jacinta e Francisco.
24 - Audiência ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
27 - Visita a Gênova
Junho
3 - Vigília de pentecostes com os carismáticos no Circo Máximo de Roma
28 - Consistório para a criação de cinco cardeais
Setembro
6 a 11 - Viagem à Colômbia - Na Missa de Cartagena, Francisco condenou com força o narcotráfico.
Outubro
10 - Comemoração dos 25 anos do Catecismo da Igreja Católica - O Papa reafirmou com força a condenação à pena de morte.
12 - Mensagem ao Brasil pelos 300 anos de Aparecida
15 - Canonização dos protomártires brasileiros e anúncio do Sínodo para a Amazônia em 2019
16 - Visita à sede da FAO em Roma - Pontífice pediu que a linguagem do amor seja inserida como categoria política.
26 - Conexão via satélite com a estação espacial internacional
Novembro
2 -  Missa no cemitério de Netuno e visita às Fossas Ardeatinas
8 - Inauguração do novo ciclo de catequeses na Audiência Geral, desta vez dedicado à Eucaristia
10 - Audiência aos participantes do Simpósio sobre desarmamento nuclear, em que o Papa condenou com firmeza a sua utilização e posse
19 - Celebração do I Dia Mundial dos Pobres
26 a 2 de dezembro - Viagem a Mianmar e Bangladesh
Francisco encontrou a Prêmio Nobel Aung San Suu Kyi e pediu perdão aos refugiados Rohingya pela indiferença do mundo.
Dezembro
17- Francisco comemora seus 81 anos com as crianças do Dispensário Santa Marta
21 - Para os votos de Natal à Cúria Romana, Papa convida a superar a lógica do complôs e evitar a autorreferencialidade
25 - Natal, Bênção Urbi et Orbi
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                                                                                               Fonte: www.vaticannews.va/pt