quarta-feira, 30 de junho de 2021

Papa Francisco na catequese desta quarta:

Para Deus, nada é casual.
A graça divina transforma a nossa vida.

O Papa Francisco realizou sua última catequese antes da pausa de verão. De fato, durante todo o mês de julho estão suspensas as audiências públicas do Santo Padre.

“Paulo, verdadeiro apóstolo” foi o tema da segunda catequese do Papa dedicada à Carta aos Gálatas.

Na quarta-feira passada, ao inaugurar o novo ciclo, o Pontífice comentou as dificuldades enfrentadas pelo discípulo na obra de evangelização na Galácia. A sua intenção é muito clara: é necessário reafirmar a novidade do Evangelho, que os Gálatas receberam da sua pregação, a fim de construir a verdadeira identidade sobre a qual basear a própria existência.

De perseguidor a anunciador

Em primeiro lugar, Paulo sente-se obrigado a recordar que é um verdadeiro apóstolo não por causa do seu mérito, mas devido à chamada de Deus. Ele próprio conta a história da sua vocação e conversão, que coincidiu com o aparecimento do Cristo Ressuscitado durante a viagem a Damasco (cf. At 9, 1-9).

Paulo evidencia assim a verdade da sua vocação através do contraste flagrante que tinha sido criado na sua vida: de perseguidor dos cristãos porque não observavam as tradições e a lei, tinha sido chamado a tornar-se apóstolo para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. "Vemos que Paulo é livre: é livre para anunciar o Evangelho e também é livre para confessar os seus pecados. 'Eu era assim': é a verdade que dá liberdade ao coração, é a liberdade de Deus", explicou Francisco.

Pensando nesta sua história, Paulo está cheio de admiração e gratidão. É como se quisesse dizer aos Gálatas que podia ter sido tudo menos apóstolo. No entanto, algo inesperado aconteceu: Deus revelou-lhe o seu Filho para que pudesse tornar-se o seu arauto entre os gentios (cf. Gl 1, 15-16).

Os caminhos do Senhor são imperscrutáveis 

“Quão imperscrutáveis são os caminhos do Senhor!”, disse o Papa. Tocamos esta experiência com as nossas mãos todos os dias, especialmente se pensarmos nos momentos em que o Senhor nos chamou.

Para Francisco, “nunca devemos esquecer o tempo e a forma como Deus entrou na nossa vida”: ter fixo no coração e na mente aquele encontro com a graça, quando Deus mudou a nossa existência.

“Quantas vezes, perante as grandes obras do Senhor, vem espontaneamente à mente a pergunta: como é possível que Deus se sirva de um pecador, de uma pessoa frágil e fraca, para realizar a sua vontade? E no entanto, não há nada de casual, porque tudo foi preparado no desígnio de Deus.”

Ele tece a nossa história, a Sua chamada envolve sempre uma missão à qual estamos destinados; por isso, nos é pedido que nos preparemos seriamente, sabendo que é o próprio Deus que nos envia e apoia com a Sua graça.

“Irmãos e irmãs, deixemo-nos conduzir por esta consciência: o primado da graça transforma a existência e a torna digna de ser colocada a serviço do Evangelho. O primado da graça perdoa todos os pecados, transforma os corações, transforma a vida, nos faz ver novos caminhos. Não nos esqueçamos disto. Obrigado.”

                                                                                                              Bianca Fraccalvieri

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Assista:

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                                                                                                              Fonte: vaticannews.va

Agência de Notícias Signis

dá início às suas atividades

Produzir e disponibilizar à Igreja no Brasil – a começar dos veículos de comunicação que com ela se identificam – e à sociedade brasileira um noticiário diário, conteúdo jornalístico informativo e opinativo com foco em temas eclesiais e sua especial relação com a realidade social, política, econômica, cultural e religiosa nacional, latino-americana e mundial. Esse é o principal objetivo da Agência de Notícias Signis, um projeto da Associação Católica de Comunicação Signis Brasil cujas atividades  em junho.

Segundo o Luís Henrique Marques, editor-chefe da Agência de Notícias Signis, a iniciativa objetiva ainda “disponibilizar espaço para as vozes de uma Igreja profética que, tanto denuncia tudo aquilo que contradiz a construção do Reino de Deus quanto anuncia a sua realização, sobretudo mediante narrativas pessoais e coletivas que são testemunho concreto dessa missão”.

O diretor explica, ainda, que as atividades principais da nova agência, durante este ano ainda em fase experimental, consistem na produção e difusão de noticiário diário e reportagens especiais semanais (em texto, áudio e vídeo) sobre temas relacionados à vida da Igreja.

Esse trabalho será realizado pela equipe de redação constituída dos jornalistas Luís Henrique Marques (editor-chefe), Cleonice Nascimento (repórter diária), Karla Maria e Osnilda Lima (repórteres especiais), e o designer Flávio Medeiros. A produção de conteúdo contará ainda com artigos de opinião, elaborados por colunistas convidados pela agência. Também os veículos e profissionais associados à Signis Brasil contarão com um espaço para publicar suas produções jornalísticas.

Fase experimental e logo

Nessa fase inicial, o trabalho da Agência Signis se concentrará nas editorias Igreja (Brasil, América Latina e Mundo); Política, Economia e Cultura e suas relações com a Igreja. Diálogo ecumênico, inter-religioso e com pessoas sem referencial religioso são outras possibilidades de temáticas a serem abordadas na produção de conteúdo da agência. Na sua fase experimental, esse conteúdo será veiculado gratuitamente pelo portal da Signis (www.agenciasignis.org.br), redes sociais (Instagram, Facebook, Twiter e Linkedin) e outros canais, tendo como público-alvo veículos de imprensa e a sociedade em geral. O site estará no ar em julho.

Na fase experimental, a equipe da Agência Signis se concentrará em avaliar os efeitos do seu trabalho ao longo desse período, fazendo adaptações conforme as demandas que surgirem, suas possibilidades e, sobretudo, a repercussão da sua produção jornalística juntos aos veículos de comunicação e público em geral. Isso será fundamental para a definição das fases seguintes.

Logo – O logo da agência traz os elementos mão/pomba/pauta. “Trouxemos esses símbolos interconectados para lincar ao slogan da Associação que é a “Comunicação para a cultura da paz” “, explica Luiz Henrique Marques. A pomba representa justamente a paz, selada entre Deus criador e as suas criaturas, assim como se deu após cessar o dilúvio, como narrado na Bíblia: sete dias após soltar pela primeira vez a pomba e essa retornar por não encontrar um lugar para o pouso, essa retorna à arca com um ramo de oliveira no bico.

Já a mão – cuja iconografia ocupa lugar simbólico em diferentes culturas e lugares, no logo, se prolonga por meio de instrumentos. Ela representa a ideia de atividade, de uma comunicação a serviço da paz e da vida. O terceiro elemento do logo é a pauta que representa as narrativas a serem divulgadas tendo como base os fatos, a vida e a verdade. Desse modo, no seu conjunto, o logo do objetivo central das ações da Agência Signis: comunicar a paz, especialmente mediante as narrativas que dão testemunho disso.

Contato

Contatos com a equipe de redação da agência Signis podem ser feitos através do endereço de e-mail: contato@agenciasignis.org.br.

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terça-feira, 29 de junho de 2021

Papa Francisco na missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo:

só uma Igreja liberta é uma Igreja credível

“É dando a vida que o Pastor, liberto de si mesmo, se torna instrumento de libertação para os irmãos”. Nesta Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (29/06), o Papa Francisco celebrou a Eucaristia na Basílica de São Pedro, com a bênção dos pálios dos Arcebispos.

Nesta Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (29/06), o Papa Francisco celebrou a Eucaristia com a bênção dos pálios. No decorrer do último ano foram nomeados 34 novos arcebispos dos quais 4 brasileiros: Dom Gilberto Pastana de Oliveira, Arcebispo de São Luís do Maranhão; Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria; Dom Severino Clasen O.F.M., Arcebispo de Maringá e Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília. Por causa da pandemia na celebração de hoje estavam presentes apenas 12 arcebispos representando todos os demais. Nenhum brasileiro estava presente.

Na sua homilia o Papa recordou que o pálio é “sinal de unidade com Pedro que recorda a missão do pastor que dá a vida pelo rebanho”. Francisco iniciou a homilia convidando a observar de perto Pedro e Paulo, duas testemunhas da fé pois “no centro da sua história, não está a própria destreza, mas o encontro com Cristo que lhes mudou a vida”. "Pedro e Paulo – continuou - são livres unicamente porque foram libertados. Detenhamo-nos neste ponto central".

Pedro

Do que os Apóstolos foram libertados, iniciou o Pontífice: “Pedro, o pescador da Galileia, foi libertado em primeiro lugar da sensação de ser inadequado e da amargura de ter falido, e isso verificou-se graças ao amor incondicional de Jesus”. Embora fosse hábil pescador sentia tentação de desânimo, fosse forte era tomado pelo medo, fosse apaixonado do Senhor, continuava a pensar à maneira do mundo. “Mas Jesus amou-o desinteressadamente e apostou nele”. Jesus encorajou-o disse o Papa, “a não desistir, a lançar novamente as redes ao mar, a caminhar sobre as águas, a olhar com coragem para a sua própria fraqueza, a segui-Lo pelo caminho da Cruz, a dar a vida pelos irmãos, a apascentar as suas ovelhas”. Por fim Jesus confiou-lhe “as chaves para abrir as portas que levam a encontrar o Senhor e o poder de ligar e desatar: ligar os irmãos a Cristo e desatar os nós e as correntes das suas vidas”.

“A libertação de Pedro é uma nova história de abertura, de libertação, de correntes quebradas, de saída do cárcere que o prende. Pedro faz a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o”

Paulo

Em seguida o Papa descreve a libertação de Paulo: “Também o apóstolo Paulo experimentou a libertação por obra de Cristo. Foi libertado da escravidão mais opressiva, a de si mesmo, e de Saulo, tornou-se Paulo, que significa ‘pequeno’. Foi libertado também daquele zelo religioso que o tornara fanático na defesa das tradições recebidas e era violento ao perseguir os cristãos: foi libertado“.

Porém, pondera Francisco: Deus “não o poupou a tantas fraquezas e dificuldades que tornaram mais fecunda a sua missão evangelizadora: as canseiras do apostolado, a enfermidade física, as violências e perseguições, os naufrágios, a fome e sede”. “Paulo compreendeu assim que ‘o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte’, que tudo podemos n’Ele que nos dá força, que nada poderá jamais separar-nos do seu amor’".

“Por isso, no final da sua vida, Paulo pode dizer: ‘o Senhor esteve comigo’ e ‘me livrará de todo o mal’. Paulo fez a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o”

Pedro e Paulo

O Papa recorda que “a Igreja olha para estes dois gigantes da fé e vê dois Apóstolos que libertaram a força do Evangelho no mundo, só porque antes foram libertados pelo encontro com Cristo. Ele não os julgou, nem humilhou, mas partilhou de perto e afetuosamente a sua vida”.

E nos conforta afirmando:

“De igual modo procede Jesus também conosco: assegura-nos a sua proximidade, rezando por nós e intercedendo junto do Pai; e repreende-nos com doçura quando erramos, para podermos encontrar a força de nos levantar novamente e retomar o caminho”.

“Tocados pelo Senhor, também nós somos libertados. E sempre temos necessidade de ser libertados, porque só uma Igreja liberta é uma Igreja credível”

O que significa sermos libertos?

Papa Francisco esclarece o que significa sermos libertos como os Santos Apóstolos: “Como Pedro, somos chamados a ser libertos da sensação da derrota face à nossa pesca por vezes malsucedida; a ser libertos do medo que nos paralisa e torna medrosos, fechando-nos nas nossas seguranças e tirando-nos a coragem da profecia”.

“Como Paulo, somos chamados a ser libertos das hipocrisias da exterioridade; libertos da tentação de nos impormos com a força do mundo, e não com a debilidade que deixa espaço a Deus; libertos duma observância religiosa que nos torna rígidos e inflexíveis; libertos de vínculos ambíguos com o poder e do medo de ser incompreendidos e atacados”.

Por fim o Papa nos descreve: “Pedro e Paulo oferecem-nos a imagem duma Igreja confiada às nossas mãos, mas conduzida pelo Senhor com fidelidade e ternura; duma Igreja débil, mas forte com a presença de Deus; duma Igreja libertada que pode oferecer ao mundo aquela libertação que ele, sozinho, não se pode dar a si mesmo”.

Francisco conclui saudando os irmãos arcebispos que recebem o Pálio: “Este sinal de unidade com Pedro recorda a missão do pastor que dá a vida pelo rebanho. É dando a vida que o Pastor, liberto de si mesmo, se torna instrumento de libertação para os irmãos”.

                                                                                                                            Jane Nogara

Pálios a serem entregues aos novos arcebispos

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Texto integral:

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Eucaristia, com a bênção dos pálios,
na Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo
(Basílica de S. Pedro, 29 de junho de 2021)

Celebramos hoje a festa de dois grandes apóstolos do Evangelho e duas colunas angulares da Igreja: Pedro e Paulo. Observemos de perto estas duas testemunhas da fé: no centro da sua história, não está a própria destreza, mas o encontro com Cristo que lhes mudou a vida. Fizeram a experiência de um amor que os curou e libertou e, por isso, tornaram-se apóstolos e ministros de libertação para os outros.

Pedro e Paulo são livres unicamente porque foram libertados. Detenhamo-nos neste ponto central.

Pedro, o pescador da Galileia, foi libertado em primeiro lugar da sensação de ser inadequado e da amargura de ter falido, e isso verificou-se graças ao amor incondicional de Jesus. Embora fosse um hábil pescador, várias vezes experimentou, em plena noite, o sabor amargo da derrota por não ter pescado nada (cf. Lc 5, 5; Jo 21, 5) e, perante as redes vazias, sentiu a tentação do desânimo; apesar de forte e impetuoso, muitas vezes se deixou tomar pelo medo (cf. Mt 14, 30); embora fosse um discípulo apaixonado do Senhor, continuou a pensar à maneira do mundo, sem conseguir entender e aceitar o significado da Cruz de Cristo (cf. Mt 16, 22); apesar de dizer-se pronto a dar a vida por Ele, bastou sentir-se suspeitado de ser um dos Seus para se atemorizar chegando a negar o Mestre (cf. Mc 14, 66-72).

Mas Jesus amou-o desinteressadamente e apostou nele. Encorajou-o a não desistir, a lançar novamente as redes ao mar, a caminhar sobre as águas, a olhar com coragem para a sua própria fraqueza, a segui-Lo pelo caminho da Cruz, a dar a vida pelos irmãos, a apascentar as suas ovelhas. Deste modo libertou-o do medo, dos cálculos baseados apenas nas seguranças humanas, das preocupações mundanas, infundindo nele a coragem de arriscar tudo e a alegria de se sentir pescador de homens. Foi precisamente a ele que chamou para confirmar na fé os irmãos (cf. Lc 22, 32). Como ouvimos no Evangelho, deu-lhe as chaves para abrir as portas que levam a encontrar o Senhor e o poder de ligar e desatar: ligar os irmãos a Cristo e desatar os nós e as correntes das suas vidas (cf. Mt 16, 19).

Tudo isto só foi possível, porque antes, como nos dizia a primeira Leitura, Pedro foi libertado. As correntes que o mantêm prisioneiro são quebradas e, tal como aconteceu na noite da libertação dos israelitas da escravidão do Egito, é convidado a levantar-se depressa, colocar o cinto e calçar as sandálias para sair. E o Senhor abre as portas diante dele (cf. At 12, 7-10). É uma nova história de abertura, de libertação, de correntes quebradas, de saída do cárcere que o prende. Pedro faz a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o.

Também o apóstolo Paulo experimentou a libertação por obra de Cristo. Foi libertado da escravidão mais opressiva, a de si mesmo, e de Saulo – nome do primeiro rei de Israel – tornou-se Paulo, que significa «pequeno». Foi libertado também daquele zelo religioso que o tornara fanático na defesa das tradições recebidas (cf. Gal 1, 14) e violento ao perseguir os cristãos. A observância formal da religião e a defesa implacável da tradição, em vez de o abrir ao amor de Deus e dos irmãos, haviam-no endurecido. Foi disto que Deus o libertou; ao invés, não o poupou a tantas fraquezas e dificuldades que tornaram mais fecunda a sua missão evangelizadora: as canseiras do apostolado, a enfermidade física (cf. Gal 4, 13-14); as violências e perseguições, os naufrágios, a fome e sede, e – segundo as suas próprias palavras – um espinho que o atormentava na carne (cf. 2 Cor 12, 7-10).

Paulo compreendeu assim que «o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte» (1 Cor 1, 27), que tudo podemos n’Ele que nos dá força (cf. Flp 4, 13), que nada poderá jamais separar-nos do seu amor (cf. Rm 8, 35-39). Por isso, no final da sua vida, como nos dizia a segunda Leitura, Paulo pode dizer: «o Senhor esteve comigo» e «me livrará de todo o mal» (2 Tm 4, 17.18). Paulo fez a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o.

Queridos irmãos e irmãs, a Igreja olha para estes dois gigantes da fé e vê dois Apóstolos que libertaram a força do Evangelho no mundo, só porque antes foram libertados pelo encontro com Cristo. Ele não os julgou, nem humilhou, mas partilhou de perto e afetuosamente a sua vida, sustentando-os com a sua própria oração e, às vezes, admoestando-os para os impelir à mudança. A Pedro, disse Jesus com ternura: «Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça» (Lc 22, 32); a Paulo, pergunta: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» (At 9, 4). De igual modo procede Jesus também connosco: assegura-nos a sua proximidade, rezando por nós e intercedendo junto do Pai; e repreende-nos com doçura quando erramos, para podermos encontrar a força de nos levantar novamente e retomar o caminho.

Tocados pelo Senhor, também nós somos libertados. E sempre temos necessidade de ser libertados, porque só uma Igreja liberta é uma Igreja credível. Como Pedro, somos chamados a ser libertos da sensação da derrota face à nossa pesca por vezes malsucedida; a ser libertos do medo que nos paralisa e torna medrosos, fechando-nos nas nossas seguranças e tirando-nos a coragem da profecia. Como Paulo, somos chamados a ser libertos das hipocrisias da exterioridade; libertos da tentação de nos impormos com a força do mundo, e não com a debilidade que deixa espaço a Deus; libertos duma observância religiosa que nos torna rígidos e inflexíveis; libertos de vínculos ambíguos com o poder e do medo de ser incompreendidos e atacados.

Pedro e Paulo oferecem-nos a imagem duma Igreja confiada às nossas mãos, mas conduzida pelo Senhor com fidelidade e ternura; duma Igreja débil, mas forte com a presença de Deus; duma Igreja libertada que pode oferecer ao mundo aquela libertação que ele, sozinho, não se pode dar a si mesmo: a libertação do pecado, da morte, da resignação, do sentimento da injustiça, da perda da esperança que embrutece a vida das mulheres e dos homens do nosso tempo.

Interroguêmo-nos: quanta necessidade de libertação têm as nossas cidades, as nossas sociedades, o nosso mundo? Quantas correntes devem ser quebradas e quantas portas trancadas devem ser abertas! Podemos ser colaboradores desta libertação, mas só se, primeiro, nos deixarmos libertar pela novidade de Jesus e caminharmos na liberdade do Espírito Santo.

Hoje os nossos irmãos Arcebispos recebem o Pálio. Este sinal de unidade com Pedro recorda a missão do pastor que dá a vida pelo rebanho. É dando a vida que o Pastor, liberto de si mesmo, se torna instrumento de libertação para os irmãos. Hoje temos connosco a Delegação do Patriarcado Ecumênico, enviada para esta ocasião pelo querido irmão Bartolomeu: a vossa amável presença é um sinal precioso de unidade no caminho de libertação das distâncias que, escandalosamente, dividem os crentes em Cristo.

Rezamos por vós, pelos Pastores, pela Igreja, por todos nós: para que, libertados por Cristo, possamos ser apóstolos de libertação em todo o mundo.

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                                                                                                              Fonte: vaticannews.va

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Reflita com Dom João Justino:

 O maior perigo é não amar 

"O bom samaritano é, assim, modelo para todo discípulo de Jesus"

Dom João Justino

O núcleo da pregação de Jesus é o anúncio do Reino de Deus. A vida e os ensinos de Jesus gravitaram ao redor da dinâmica do Reino: a revelação do rosto misericordioso do Pai; a hermenêutica da lei a serviço da vida plena; a diaconia aos pequenos, aos pobres, aos enfermos, aos estrangeiros como prioridade de todo cuidado com as pessoas; o resgate do valor da mulher; o amor a todos, até aos inimigos, como mandamento principal. Na leitura e meditação dos evangelhos percebe-se o sonho de Jesus: um mundo de irmãos, sinal do Reino definitivo. Jesus não poupou sequer um momento de sua vida para ensinar outra coisa. Seus gestos e suas palavras ensinaram o amor a Deus e aos irmãos.

O Papa Francisco falou disso com palavras fortes em sua Carta Encíclica Fratelli tutti: “A estatura espiritual duma vida humana é medida pelo amor, que constitui ‘o critério para a decisão definitiva sobre o valor ou a inutilidade duma vida humana’. Todavia há crentes que pensam que a sua grandeza está na imposição das suas ideologias aos outros, ou na defesa violenta da verdade, ou em grandes demonstrações de força. Todos nós, crentes, devemos reconhecer isto: em primeiro lugar está o amor, o amor nunca deve ser colocado em risco, o maior perigo é não amar (cf. 1 Cor 13, 1-13)” (FT 92).

Ora, crescer na estatura espiritual significa alargar o coração para o amor fraterno. Na história do cristianismo encontram-se pessoas que deram de modo exemplar o passo da fé e do amor. A referência a Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Damião de Molokai, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce dos Pobres apenas sinaliza a profundidade da experiência cristã vivida por incontável número de homens e mulheres que pautaram suas vidas no traço mais importante da identidade cristã, o amor que nos faz reconhecer em cada rosto humano uma pessoa a ser acolhida, respeitada e amada. O bom samaritano é, assim, modelo para todo discípulo de Jesus. O homem caído à beira do caminho era um desconhecido, quase invisível aos olhos de tantos que passavam. Aquele samaritano “o viu, encheu-se de compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34).

Essa fina percepção da dignidade da pessoa se aprende desde as primeiras lições da vida familiar, berço da identidade humana e social. É grande a responsabilidade da família ao educar para as relações de fraternidade. Também as outras instituições sociais, especialmente a escola, haverão de cultivar o apreço inter-humano. Pesa sobre os usuários dos meios de comunicação, cada vez mais sofisticados, esse zelo pela fraternidade e amizade social. E toda pessoa que ocupa espaços de liderança e projeção social, sobretudo quando reconhecida em sua opção religiosa cristã, somente poderá honrar o nome cristão se testemunhar o apreço incondicional pela defesa da vida e o respeito pela dignidade de cada pessoa. E isso se estende na defesa e na promoção da Família, do Estado Democrático de Direito, na preservação da Casa Comum e na promoção de uma economia solidária. Para a fé cristã, todos somos chamados a educar para o amor, “caso contrário, transmitem-se o egoísmo, a violência, a corrupção nas suas diversas formas, a indiferença e, em última análise, uma vida fechada a toda a transcendência e entrincheirada nos interesses individuais” (FT 113). A pandemia tem mostrado isso. De um lado, a força da fraternidade e da solidariedade. E, de outro, a irresponsabilidade e a desfaçatez. E o maior perigo: não ama

                   Dom João Justino de Medeiros Silva - Arcebispo de Montes Claros - MG

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                                                                                                                   Fonte: cnbbleste2.org.br

Papa Francisco nesta segunda-feira:

para um futuro de paz, que haja maior comunhão entre cristãos

“O testemunho da crescente comunhão entre nós cristãos será um sinal de esperança para muitos, que se sentirão encorajados a promover uma fraternidade mais universal e uma reconciliação capaz de corrigir as injustiças do passado. Esta é a única maneira de abrir um futuro de paz”. Palavras do Papa Francisco no encontro com a Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla por ocasião da celebração dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

Na manhã desta segunda-feira (28/06) o Papa Francisco recebeu a Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Depois de agradecer as saudações do Metropolita Emmanuel de Calcedônia, chefe da Delegação, Francisco recordou aos presentes que a pandemia “foi uma prova que afetou a todos e a tudo. Mais grave do que esta crise é apenas a possibilidade de desperdiçá-la, sem aprender a lição que ela nos dá. É uma lição de humildade, que nos ensina a impossibilidade de viver de modo saudável em um mundo doente e de continuar como antes sem perceber o que estava errado”.

Nossa atitude diante da crise pandêmica

E questiona sobre a nossa atitude como cristãos diante desta situação. “Também nós – continua o Papa - somos seriamente chamados a nos perguntar se queremos voltar a fazer tudo como antes, como se nada tivesse acontecido, ou se queremos aceitar o desafio desta crise. A crise, como revelada pelo significado original da palavra, implica um julgamento, uma separação entre o que é bom e o que é ruim”. E completa:

“A crise nos pede, portanto, que façamos uma seleção, que discernamos, que paremos e consideremos o que, de tudo o que fazemos, permanece e o que passa”

O amor que não busca seu próprio interesse

E o Papa afirma que como cristãos sabemos que o que nos resta para sempre é o amor! E explica: “Certamente não estamos falando de amor romântico, centrado em si mesmo (...) estamos falando de amor concreto, vivido no caminho de Jesus. É o amor pela semente que dá vida ao morrer na terra, que dá frutos ao quebrar. É o amor que ‘não busca seu próprio interesse", que "desculpa tudo, espera tudo, suporta tudo’. Em outras palavras”, continua, “o Evangelho assegura frutos abundantes não para os que acumulam para si mesmos, não para os que olham para seu próprio benefício, mas para os que compartilham abertamente com os outros, semeando com abundância e gratuitamente, em um humilde espírito de serviço”.

Novo impulso ao nosso caminho

E o Papa sugere:

“Queridos irmãos e irmãs, não chegou o momento, com a ajuda do Espírito, de dar um novo impulso ao nosso caminho para abater velhos preconceitos e superar definitivamente as rivalidades prejudiciais?”. E segue questionando: “Sem ignorar as diferenças que terão de ser superadas através do diálogo, da caridade e da verdade, não poderemos inaugurar uma nova fase nas relações entre nossas Igrejas, caracterizada por caminhar mais juntas, por querer dar verdadeiros passos em frente, por nos sentirmos verdadeiramente co-responsáveis umas pelas outras?” E conclui:

“Se formos dóceis ao amor, o Espírito Santo que é o amor criativo de Deus e traz harmonia à diversidade, abrirá o caminho para uma fraternidade renovada”

Nosso testemunho, sinal de esperança para todos

Por fim Francisco recorda ainda que “o testemunho da crescente comunhão entre nós cristãos será também um sinal de esperança para muitos homens e mulheres, que se sentirão encorajados a promover uma fraternidade mais universal e uma reconciliação capaz de corrigir as injustiças do passado. Esta é a única maneira de abrir um futuro de paz”.

Na conclusão o Papa enviou suas saudações ao Patriarca Bartolomeu e recordou o encontro previsto para outubro deste ano no 30° aniversário da sua eleição. No Angelus de 29 de junho de 2020 o Papa tinha evidenciado a ausência do Patriarca: 

"Segundo a tradição, nesta comemoração uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla vem a Roma, mas este ano não foi possível por causa da pandemia. Por conseguinte, envio um abraço espiritual ao meu querido irmão Patriarca Bartolomeu, na esperança de podermos retomar o mais depressa possível as nossas visitas recíprocas".

                                                                                                                              Jane Nogara

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                                                                                                              Fonte: vaticannews.va

domingo, 27 de junho de 2021

CNBB oferece curso sobre a LGPD e sua aplicabilidade

no âmbito das mitras e paróquias


Após dois encontros virtuais, um ocorrido em setembro de 2020 e outro em maio de 2021, buscando explicar as implicações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na vida das dioceses, foi percebida a necessidade por parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de envolver outros atores para entender melhor a conjuntura e processos relacionados à lei.


Neste contexto, visando à formação e à instrução de todos os envolvidos com o dia a dia administrativo das mitras diocesanas e paróquias sobre a LGPD, a Edições CNBB em parceria com os escritórios Sarubbi Cysneiros Advogados Associados e Santa Cruz Consultoria Jurídica e Advocacia, oferecem o Curso de Adequação à LGPD para as dioceses.

O curso prático é 100% online e dividido em 3 módulos, específicos para cada público-alvo. O primeiro módulo, para bispos e administradores diocesanos, terá início no dia 6 de julho. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realizadas no site da Edições CNBB:  https://www.edicoescnbb.com.br/curso-lgpd. Há uma taxa, individual, de 100 reais.

 Módulo 1: Bispos e administradores diocesanos (carga horária de 8h);
 Módulo 2: Assessores e colaboradores das Cúrias e Paróquias (carga horária de 14h);
 Módulo 3: Profissionais de Tecnologia da Informação – TI (carga horária de 14h).

Cronograma

Episcopado

Módulo 1

Carga Horária

Dinâmica

Calendário

Episcopado

8h

4 sessões de 2h cada

Dias: 6, 7, 13 e 14/07

Horário: 14H30-16H30


Assessores e colaboradores das Mitras e Paróquias

Módulo 2

Carga Horária

Dinâmica

Calendário

Padres, religiosos e leigos, assessores e colaboradores das mitras e paróquias

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7 sessões de 2h cada

Dias: 27, 28, 29/07, 03, 04, 10, 11/08

Horário: 14H-16H


Profissionais de TI

Módulo 3

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Profissionais de TI

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7 sessões de 2h cada

Dias: 17, 18, 19, 24, 25, 31/08 e 01/09

Horário: 14H-16H


LGPD

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no mês de setembro de 2020 e tem como objetivo principal dar aos cidadãos maior controle sobre o uso e tratamento de seus dados pessoais, assim como melhor entendimento de como e onde estão armazenados esses dados, e o que pode e não pode ser feito com essas informações.

A LGPD estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo mais proteção e penalidades para o não cumprimento.

Leia mais:

– https://www.cnbb.org.br/conselho-episcopal-pastoral-vota-cartaz-da-cf-2022-e-aprova-formacao-sobre-lgpd/

– https://www.cnbb.org.br/cnbb-realiza-formacao-sobre-lei-que-protege-a-privacidade-e-cria-regras-para-utilizacao-de-informacoes-pessoais/

– https://www.cnbb.org.br/cnbb-promove-encontro-sobre-a-lei-geral-de-protecao-de-dados-pessoais/

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                                                                                                                             Fonte: cnbb.org.br

“Hora Vocacional”, subsídio para o Mês Vocacional,

será apresentado em live nesta segunda-feira, 28 de maio

O subsídio “Hora Vocacional” deseja inspirar-nos na verdade de que “Cristo nos salva e nos envia”, por meio de celebrações e reflexões importantes para a animação do mês vocacional, celebrado em agosto.

Para apresentar o novo livro, a Edições CNBB receberá como convidados para uma live especial o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Francisco Salm,  e o assessor da Comissão, padre Juarez Albino Destro.

A transmissão ao vivo acontecerá segunda-feira, dia 28 de junho, às 17h, horário de Brasília, nas redes sociais da CNBB; Edições CNBB e CRB Nacional.

Este lançamento bem como outros títulos relacionados à vocação estarão com 20% de desconto para aquisição até sexta-feira, dia 2 de julho, no site da Edições: https://www.edicoescnbb.com.br/

Mês Vocacional 2021

Com os corações sensíveis à escuta do chamado e a certeza vocacional de que “Cristo nos salva e nos envia”, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou o cartaz do Mês Vocacional de 2021. O tema vem da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Christus Vivit, dentro do projeto do Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional do Brasil (ChV 118-123). O lema é ““Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna” (cf. Jo 5,24).

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Papa Francisco no Angelus deste domingo:

a maior doença da vida é a falta de amor

Neste domingo Francisco rezou a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. "Hoje, no Evangelho, Jesus se depara com as nossas duas situações mais dramáticas, morte e doença”, disse o Papa.

"A maior doença da vida é a falta de amor, é não ser capaz de amar. E a cura mais importante é a dos afetos. Estas são palavras pronunciadas pelo Papa Francisco antes da oração mariana do Angelus ao meio-dia deste 13º Domingo do Tempo Comum, assomando à janela de seu estudo no Palácio Apostólico Vaticano, diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

"Hoje, no Evangelho, Jesus se depara com as nossas duas situações mais dramáticas, morte e doença”, disse o Papa. Delas ele liberta duas pessoas: uma menina, que morre enquanto pai foi pedir ajuda a Jesus; e uma mulher, que perde sangue há muitos anos. Jesus se deixa tocar pela nossa dor e morte, e realiza dois sinais de cura para nos dizer que nem a dor nem a morte têm a última palavra. Ele nos diz que a morte não é o fim. Ele vence este inimigo, do qual não podemos nos libertar sozinhos”.

"Concentremo-nos, no entanto, neste período em que a doença ainda está no centro das crônicas, no outro sinal, a curada mulher", sublinhou. “Mais do que sua saúde, eram seus afetos a serem comprometidos: ela tinha perda de sangue e, portanto, de acordo com a mentalidade da época, era considerada impura. Ela era, portanto, marginalizada, não podia ter relações, um marido, uma família e relações sociais normais. Ela vivia sozinha, com o coração ferido".

Fiéis na Praça São Pedro durante o Angelus

"A história desta mulher sem nome, na qual todos nós podemos nos ver, é exemplar", explicou o Papa Francisco. O texto diz que ela tinha feito muitas curas, "gastando todos os seus bens sem nenhuma vantagem", ao contrário, piorando".  "A maior doença da vida é a pandêmica, o câncer, a pandêmica? Não... disse o Papa. É a falta de amor é não conseguir amar. Esta pobre mulher estava doente pela falta de amor. E a cura mais importante é a dos afetos", disse Bergoglio.

“Também nós, quantas vezes nos lançamos em remédios errados para satisfazer nossa falta de amor”. “Pensamos que a nos fazer felizes sejam o sucesso e o dinheiro, mas o amor não se compra é gratuito. Refugiamo-nos no virtual, mas o amor é concreto. Nós não nos aceitamos como somos e nos escondemos por detrás dos truques da exterioridade, mas o amor não é aparência. Procuramos soluções em de magos e gurus, para depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz”.

No entanto "nos refugiamos no virtual, mas o amor é concreto", continuou o Papa.

"Não nos aceitamos como somos e nos escondemos por detrás dos truques da exterioridade, mas o amor não é aparência. Buscamos soluções de magos e gurus, para depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz, como aquela mulher. Ela, finalmente, escolhe Jesus e se lança na multidão para tocar seu manto". Em vez disso, "aquela mulher busca o contato direto e físico com Jesus. Especialmente neste tempo, entendemos a importância do contato, das relações".

Francisco disse ainda que muitas vezes “gostamos de ver as coisas ruins das outras pessoas. Quantas vezes caímos na tagarelice, que é fofocar sobre os outros. Que horizonte de vida é este"? "Não julgue a realidade pessoal e social dos outros", reiterou ele, "não julgue e deixe os outros viverem". "Olhe ao seu redor: você verá que tantas pessoas que vivem ao seu lado se sentem feridas e sozinhas, elas precisam se sentir amadas. Dê o passo. Jesus lhe pede um olhar que não se detém na exterioridade, mas vai ao coração; um olhar que não julga, deixamos de julgar os outros, Jesus nos pede um olhar que não julga, mas acolhedor. Porque só o amor cura a vida. Que Nossa Senhora, finalizou o Papa Francisco, consoladora dos aflitos, nos ajude a levar uma caricia aos feridos no coração que encontramos em nosso caminho".

                                                                                                                            Silvonei José

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                                                                                                               Fonte: vaticannews.va