Francisco:
Não existe humildade sem humilhação
Cidade do
Vaticano (RV) - Não existe humildade sem humilhação: no dia em que a Igreja
celebra o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, o Papa
Francisco presidiu à celebração eucarística na Praça São Pedro, com a
participação de milhares de fiéis.
A cerimônia teve
início com a bênção dos ramos, seguida da procissão. Os ramos recordam a
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. E no centro desta celebração tão
festiva, disse o Papa em sua homilia, está a palavra contida no hino da Carta
aos Filipenses: “Humilhou-Se a Si mesmo”.
O caminho da
humildade
Para Francisco,
esta palavra desvenda o estilo de Deus e do cristão: a humildade. “Um estilo
que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais nos habituaremos a
um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de mais nada, o estilo de Deus: Deus
humilha-Se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades.”
"Humilhar-se é o estilo de Deus" |
Esta Semana que
nos leva à Páscoa, acrescentou o Pontífice, só será Santa se caminharmos por
esta estrada da humilhação de Jesus. Nestes dias, ouviremos o desprezo dos
chefes do seu povo e as suas intrigas para O fazerem cair. Assistiremos à
traição de Judas. Veremos o Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e
ultrajado. Ouviremos que Pedro, a “rocha” dos discípulos, O negará três vezes.
Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a Sua crucificação. E O veremos
coroado de espinhos.
“Este é o
caminho de Deus, o caminho da humildade. É a estrada de Jesus; não há outra. E
não existe humildade sem humilhação”, destacou o Papa, explicando que humildade
quer dizer serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo,
“esvaziando-se”. “Esta é a maior humilhação.”
O caminho
do mundanismo
Contudo, frisou
Francisco, há outro caminho, contrário ao de Cristo: o mundanismo. “O mundanismo
oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso... É o outro caminho.
O maligno o propôs também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto. Mas Ele
rejeitou-o sem hesitação. E, com Cristo, também nós podemos vencer esta
tentação, não só nas grandes ocasiões mas também nas circunstâncias ordinárias
da vida.”
O Papa deu o
exemplo de tantos homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos,
renunciam a si mesmos para servir os outros: um familiar doente, um idoso
sozinho, uma pessoa deficiente, um sem-teto. E citou ainda a humilhação
daquelas pessoas que, por sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e
perseguidas, definindo-as os mártires de hoje, pois suportam com dignidade
insultos e ultrajes para não renegar Jesus.
“Durante
esta semana, emboquemos também nós decididamente esta estrada, com tanto amor
por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força.
E, onde Ele estiver, estaremos também nós.” (BF)
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JMJ:
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JMJ:
Papa exorta jovens a prosseguirem caminho rumo a Cracóvia
Ao final da Missa no Domingo de Ramos, o Papa Francisco saudou
os jovens por ocasião da XXX Jornada Mundial da Juventude, celebrada em nível
diocesano.
“Queridos
jovens, eu os exorto a prosseguirem seu caminho seja nas dioceses, seja na
peregrinação através dos continentes, que os levará no próximo ano a Cracóvia,
pátria de São João Paulo II, iniciador das Jornadas Mundiais da Juventude.”
O Pontífice
destacou que o tema desta Jornada – “Felizes os puros de coração, porque verão
a Deus” – está em sintonia com o Ano Santo da Misericórdia, que será celebrado
em 2016. E encorajou os jovens com estas palavras: “Deixem-se cumular pela
ternura do Pai, para difundi-la aos demais”. (BF)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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