terça-feira, 31 de outubro de 2017

A Arquidiocese de Pouso Alegre está se preparando para celebrar o jubileu de nascimento de Dom José d'Ângelo Neto, que se estivesse vivo, teria completado no dia 11 de outubro 100 anos de vida. Dom José é o quarto Bispo e o primeiro Arcebispo da Arquidiocese, tendo governado entre os anos de 1960 e 1990. 
Nesse vídeo, conheça um pouco mais sobre sua vida e ministério:
............................................................................................................................................
                                                            Fonte: arq.mirade.com.br     Texto: Pe. Andrey Nicioli

Papa Francisco na missa desta terça-feira:

É preciso coragem para fazer crescer o Reino de Deus

Cidade do Vaticano (RV) – É preciso coragem para fazer crescer o Reino de Deus: foi o que disse o Papa na homilia da missa celebrada na manhã de terça-feira (31/10) na capela da Casa Santa Marta.
Inspirando-se no Evangelho do dia (Lucas 13,18-21), em que Jesus compara o Reino de Deus ao grão de mostarda e ao fermento, o Papa nota que esses dois elementos são pequenos, mas mesmo assim “têm dentro uma potência” que cresce . Assim é o Reino de Deus: a sua potência vem de dentro. Também São Paulo na Carta aos Romanos, proposta na Primeira Leitura, ressalta quantas tensões existem na vida: sofrimentos que, porém, “não são comparáveis à glória que nos aguarda”.
Capela Santa Marta
Trata-se, portanto, de “uma tensão entre sofrimento e glória”. Nessas tensões há, de fato, “uma ardente expectativa” por uma “revelação grandiosa do Reino de Deus”. Uma expectativa não somente nossa – destacou Francisco -, mas também da  criação, submetida à caducidade assim “como nós” e “propenso à revelação dos filhos de Deus”. E a força interna que “nos leva em esperança à plenitude do Reino de Deus” é aquela do Espírito Santo.
“É justamente a esperança que nos leva à plenitude, a esperança de sair desta prisão, desta limitação, desta escravidão, desta corrupção e chegar à glória: um caminho de esperança. E a esperança é um dom do Espírito. É propriamente o Espírito Santo que está dentro de nós e leva a isso: a algo grandioso, a uma libertação, a uma grande glória. E para  isso Jesus diz: ‘Dentro da semente de mostarda, daquele grão pequenininho, há uma força que desencadeia um crescimento inimaginável’”.
“Dentro de nós e na criação” – reitera o Papa – “há uma força que desencadeia: há o Espírito Santo”, que “nos dá a esperança”. E Francisco explica concretamente o que quer dizer viver em esperança: deixar que “essas forças do Espírito” “nos ajudem a crescer” rumo à plenitude que nos aguarda na glória. Mas assim como o fermento dever ser misturado e a mostarda lançada, porque do contrário aquela força interior permanece ali, o mesmo vale para o Reino de Deus que “cresce a partir de dentro, não por proselitismo”, adverte o Papa:
“Cresce a partir de dentro, com a força do Espírito Santo. E sempre a Igreja teve seja a coragem de pegar e lançar, de pegar e misturar, seja  também o medo de fazê-lo. E muitas vezes nós vemos que se prefere uma pastoral de manutenção e não deixar que o Reino cresça. 'Mas, vamos permanecer aquilo que somos, pequeninos, ali, estamos seguros…' E o Reino não cresce. Para que o Reino cresça é preciso coragem: de lançar o grão, de misturar o fermento”.
Porém, é verdade que, se lançada, a semente se perde e que, se misturado, com o fermento “eu sujo as mãos” – destaca o Papa –, porque “há sempre alguma perda ao semear o Reino de Deus”: 
“Ai daqueles que pregam o Reino de Deus com a ilusão de não sujar as mãos. Estes são guardiões de museus: preferem as coisas belas, e não este gesto de lançar para que a força se desencadeie, de misturar para que a força faça crescer. Esta é a mensagem de Jesus e de Paulo: esta tensão que vai da escravidão do pecado, para ser simples, à plenitude da glória. E a esperança é aquela que vai avante, a esperança não desilude: porque a esperança é muito pequena, a esperança é tão pequena quanto o grão e o fermento”.
A esperança “é a virtude mais humilde”, “a serva”, mas onde existe a esperança, existe o Espírito Santo, que leva em frente o Reino de Deus.
E o Papa, como de costume, conclui convidando os fiéis a fazerem-se algumas perguntas: hoje, perguntemo-nos, se acreditamos que na esperança há o Espírito Santo com quem falar.
............................................................................................................................................................
Assista:
............................................................................................................................................................

Católicos e luteranos:
Prosseguir no caminho rumo à unidade

Cidade do Vaticano (RV) – O caminho ecumênico trilhado juntos nos últimos cinquenta anos – apoiado pela oração comum, pelo culto divino e pelo diálogo ecumênico – levou “à superação de preconceitos, à intensificação da compreensão recíproca” e à assinatura “de acordos teológicos decisivos”.
É o que diz o comunicado conjunto da Federação Luterana Mundial (FLM) e do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização divulgado este 31 de outubro, data que conclui o ano de celebrações ecumênicas dos 500 anos da Reforma Protestante.
De fato, os eventos tiveram início em 31 de outubro de 2016 com a oração luterano-católica na Catedral de Lund, na Suécia, ocasião em que o Papa Francisco e o então Presidente da FLM Bispo Munib A. Younan, assinaram uma Declaração Conjunta, onde se comprometiam a prosseguir juntos o caminho ecumênico rumo à unidade pela qual Cristo rezou (João 17,21).
O bispo Mounib Younan e o Papa Francisco
após a assinatura da Declaração Comum na Catedral de Lund
No texto, é reconhecida a “comum responsabilidade pastoral de responder à sede e à fome espiritual de nosso povo de sermos “um” em Cristo. Desejamos ardentemente que esta ferida no corpo de Cristo seja curada. Este é o objetivo dos nossos esforços ecumênicos, que queremos fazer progredir, também renovando o nosso compromisso pelo diálogo teológico”.
A declaração ressalta, outrossim, que “pela primeira vez, luteranos e católicos viram a Reforma de uma perspectiva ecumênica”, “o que tornou possível uma nova compreensão daqueles eventos do século XVI que levaram à nossa separação”.
“Se é verdade que o passado não pode ser mudado, é também verdade que o seu impacto atual sobre nós pode ser transformado em modo que se torne um impulso para o crescimento da comunhão e um sinal de esperança para o mundo: a esperança de superar divisões e fragmentações”.
O que emergiu mais uma vez com clareza, é “que aquilo que nos une é bem superior ao que nos divide”.
Um passo decisivo no caminho rumo à unidade, foi a assinatura da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação em 1999, gesto repetido pelo Conselho Metodista Mundial em 2006 e pela Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas durante este ano das celebrações dos 500 anos da Reforma.
E neste 31 de outubro de 2017, a mesma Declaração será acolhida pela Comunhão Anglicana no decorrer de uma Solene cerimônia na Abadia de Westminster.
“Sobre esta base, as nossas comunidades cristãs podem construir sempre mais estreita ligação de consenso espiritual e de testemunho comum a serviço do Evangelho”.
São destacadas no documento, ademais, as inúmeras iniciativas de oração comum e de culto divino entre luteranos e católicos e demais parceiros ecumênicos em várias partes do mundo, assim como os encontros teológicos e as importantes publicações que ofereceram subsídios para este ano de celebrações.
A Declaração conclui reafirmando o compromisso de avançar neste “caminho comum, guiados pelo Espírito Santo, rumo a uma crescente unidade”, buscando discernir a “interpretação de Igreja, Eucaristia e Ministério,esforçando-nos para chegar a um consenso substancial com o objetivo de superar as diferenças que são até hoje fonte de divisão entre nós”. (JE)
............................................................................................................................................
                                                                                          Fonte: radiovaticana.va   news.va

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Papa Francisco na missa desta segunda-feira:

Ser bom pastor é ter a capacidade de se comover

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa começou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta (30/10).
Em sua homilia,  Francisco comentou o episódio narrado por Lucas no Evangelho do dia, da cura da mulher encurvada.
Na sinagoga, no sábado, Jesus encontra uma mulher que não conseguia endireitar-se, “uma doença na coluna que há anos a obrigava a viver assim”, explicou o Papa. E o evangelista usa cinco verbos para descrever o que faz Jesus: a viu, a chamou, lhe falou, impôs as mãos sobre ela e a curou.
Papa celebra missa na capela da Casa Santa Marta
Cinco verbos de proximidade, destacou Francisco, porque “um bom pastor está próximo, sempre”. Na parábola do bom pastor, ele está próximo da ovelha perdida, deixa as outras e vai procurá-la. Não pode ficar distante do seu povo.
Ao contrário, os clérigos, doutores da Lei, fariseus,  saduceus, os ilustres viviam separados do povo, repreendendo-o continuamente. Eles não eram bons pastores, esclareceu o Papa, estavam fechados no próprio grupo e não se interessavam pelo povo. “Talvez estivessem preocupados, quando acabava o serviço religioso, em controlar quanto dinheiro havia nas ofertas”. Mas não estavam próximos às pessoas.
Jesus, ao contrário, é próximo, e a sua proximidade vem daquilo que Cristo sente no coração: “Jesus se comoveu”, diz outro trecho do Evangelho.
Por isso, Jesus sempre estava ali com as pessoas descartadas por aquele grupinho clerical: estavam ali os pobres, os doentes, os pecadores e os leprosos; estavam todos ali, porque Jesus tinha essa capacidade de se comover diante da doença, era um bom pastor. Um bom pastor que se aproxima e tem a capacidade de se comover. Eu diria que a terceira característica de um bom pastor é a de não se envergonhar da carne, tocar a carne ferida, como fez Jesus com esta mulher: tocou, impôs as mãos, tocou os leprosos, tocou os pecadores.”
“Um bom pastor”, prosseguiu o Papa, “não diz: sim, está bom. Sim, sim estou próximo a você no Espírito. Isso é distância. Mas faz o que Deus Pai fez, aproximar-se, por compaixão, por misericórdia, à carne de seu Filho”.
O grande pastor, o Pai, nos ensinou como faz um bom pastor: abaixou-se, esvaziou-se a si mesmo, aniquilou-se e assumiu a condição de servo.
“Mas, esses outros, aqueles que seguem o caminho do clericalismo, aproximam-se de quem?” Aproximam-se sempre ao poder de turno ou ao dinheiro. São pastores maus. Eles pensam apenas como subir no poder, ser amigos do poder, negociam tudo ou pensam nos bolsos. Estes são hipócritas, capazes de tudo. O povo não tem importância para essas pessoas. Quando Jesus lhes diz aquele adjetivo que utiliza muitas vezes com eles, hipócritas, eles se ofendem: Mas nós, não, nós seguimos a lei”.
Quando o povo de Deus vê que os maus pastores são espancados, fica feliz, recorda Francisco, e isso é um pecado, sim, mas eles sofreram tanto que “gostam” um pouco disso.
Mas o bom pastor, enfatiza o Pontífice, é Jesus que vê, chama, fala, toca e cura. É o Pai que se faz no seu Filho carne, por compaixão:
“É uma graça para o povo de Deus ter bons pastores, pastores como Jesus, que não tem vergonha de tocar a carne ferida, que sabem que sobre isso - e não apenas eles, mas também todos nós - seremos julgados: estava com fome, estava na prisão, estava doente ... Os critérios do protocolo final são os critérios da proximidade, os critérios dessa proximidade total, o tocar, o compartilhar a situação do povo de Deus. Não nos esqueçamos disso: o bom pastor está sempre perto das pessoas sempre, como Deus nosso Pai se aproximou de nós, em Jesus Cristo feito carne”. (BF-MJ-SP)
...........................................................................................................................................................
Assista:
............................................................................................................................................
                                                                                          Fonte: radiovaticana.va   news.va

domingo, 29 de outubro de 2017

Noivos reúnem-se para

Formação no Centro Pastoral São José

A família foi criada por Deus e d’Ele recebe muito amor. Jesus dignificou-a ainda mais com a instituição do Sacramento do Matrimônio. E a Igreja, com grande zelo e carinho por seus filhos e filhas, procura ajudar os noivos em sua preparação para a vida matrimonial. Com esse objetivo, a Pastoral Familiar organiza e realiza encontros de estudo, troca de idéias e reflexões sobre temas importantes para os noivos.
Neste domingo, das 7h30 às 17h30, seis casais de noivos estiveram reunidos com agentes da Pastoral Familiar de nossa paróquia nessa partilha fraterna de idéias a respeito da vida conjugal.
Sempre com a interação com os noivos e alguns interessantes questionamentos, temas diversos como Amor e Casamento, Relacionamento Conjugal e Familiar, Sexualidade Humana,Geração e Educação de Filhos e Sacramento do Matrimônio foram apresentados por diferentes casais da Pastoral. 
O encontro foi encerrado com a Celebração da Palavra, presidida por Margarida Maria Gonçalves Gomes na capela do Centro Pastoral São José, local da reunião.
Na avaliação, os noivos consideraram o encontro muito útil para a etapa final que precede o matrimônio.
Que Deus continue abençoando os noivos em sua preparação para a vida matrimonial para que construam famílias conforme seu projeto de amor  para o bem de seus filhos e da sociedade!
............................................................................................................................................................
Momentos





 
























..........................................................................................................
Papa no Angelus: 
Sem o amor, vida e fé permanecem estéreis

Cidade do Vaticano (RV) – “O amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho de fé: sem o amor, quer a vida quer a fé, permanecem estéreis”.
Dirigindo-se da janela do apartamento pontifício aos milhares de fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro, o Papa Francisco refletiu no Angelus deste 30º Domingo do Tempo Comum sobre o mandamento do amor: a Deus em primeiro lugar, e ao próximo como a si mesmo.
“Tu podes fazer coisas boas, cumprir todos os preceitos, tantas coisas boas, mas se tu não tens amor, isto não serve”, advertiu Francisco, que inspirou-se na passagem de Mateus proposta pela liturgia do dia.
Os fariseus queriam colocar Jesus à prova, perguntando a ele qual era o maior mandamento da Lei. “Uma pergunta insidiosa – observa o Papa - porque na Lei de Moisés são mencionados mais de 600 preceitos”.
Francisco reflete com os fiéis
Então Jesus responde:  “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento”, acrescentando, “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
"Esta resposta de Jesus não é algo que se deduz automaticamente, porque entre os múltiplos preceitos da lei judaica, os mais importantes eram os dez mandamentos, comunicados diretamente por Deus a Moisés, como condição do pacto de aliança com o povo":  
“Mas Jesus quer fazer entender que sem o Amor por Deus e pelo próximo não existe verdadeira fidelidade a esta aliança com o Senhor. Tu podes fazer coisas boas, cumprir todos os preceitos, tantas coisas boas, mas se tu não tens amor, isto não serve”.
O Papa cita o Livro do Êxodo, onde explica que para estar em Aliança com o Senhor, não se pode maltratar “aqueles que desfrutam de sua proteção’:
“E quem são estes que desfrutam de sua proteção? Diz a Bíblia: a viúva, o órfão, o estrangeiro, o migrante, isto é, as pessoas mais sozinhas e indefesas”.
Ao responder aos fariseus, Jesus também tenta ajudá-los “a colocar ordem em sua religiosidade”, distinguindo “aquilo que realmente é importante”, daquilo “que é menos importante”:
“E Jesus viveu exatamente assim a sua vida: pregando e fazendo aquilo que realmente é importante e é essencial, isto é, o amor. O amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho de fé: sem o amor, quer a vida quer a fé permanecem estéreis”.
O que Jesus propõe nesta página do Evangelho – explicou Francisco - é um ideal estupendo, que corresponde ao desejo mais autêntico de nosso coração:
“De fato, nós fomos criados para amar e ser amados. Deus, que é amor, nos criou para tornar-nos partícipes da sua vida, para sermos amados por Ele e para amá-lo, e para amar com Ele todas as outras pessoas. Este é o “sonho” de Deus para o homem”.
Mas para conseguir realizar isto, “temos necessidade da sua graça, temos necessidade de receber em nós a capacidade de amar que provém do próprio Deus”:
“Jesus se oferece a nós na Eucaristia justamente para isto. Nela, nós recebemos o seu Corpo e o seu sangue, isto é, recebemos Jesus na expressão máxima de seu amor, quando Ele ofereceu a si mesmo ao Pai para a nossa salvação”.
Que a Virgem Santa – foi sua invocação final – “nos ajude a acolher em nossa vida “o grande mandamento” do amor de Deus e do próximo”, pois se o conhecemos desde pequeno, nunca deixaremos de nos converter a ele, para “colocá-lo em prática nas diversas situações em que nos encontramos". (JE)
...........................................................................................................................................................
Assista:
............................................................................................................................................
                                                                                          Fonte: radiovaticana.va   news.va

Reflexão para seu domingo

Amor aos Frágeis
Ninguém é dono de nada e sim administrador dos dons divinos para servirem principalmente os mais fragilizados socialmente.
A bíblia está cheia de enunciados e ações divinas e humanas, conotando a indicação, a promoção e a defesa dos mais frágeis na comunidade. Aliás, todo ser humano é muito fraco em relação a si mesmo, pelo fato de ser humano. Basta alguém ter uma doença de certa gravidade para perceber que seus bens e atributos pessoais e sociais não adiantam muito para resolver a superação de suas enfermidades. O dinheiro não compra a vida perene nesta terra. Mesmo a pessoa de boa saúde não pode se exaltar, pensando que tem o poder divino e tudo pode nesta terra. Ninguém tem o poder divino. O certo é que todos nós vamos para a sepultura e não vamos levar nada para a vida eterna, a não ser o bônus de nosso amor ao semelhante. Jesus lembra que não adianta ganhar o mundo inteiro se a pessoa perder a vida eterna feliz.
Enquanto temos tempo nesta caminhada terrena precisamos ir entesourando méritos para sermos dignos de que Deus olhe com benevolência para ver nosso esforço de corresponder a seu amor e seguir seus preceitos. Nossas capacidades, como vida, inteligência e outras qualidades, só nos são benéficas quando permeadas de amor e serviço ao bem do semelhante e de toda a sociedade. Para isso, é preciso que formemos nossa consciência cidadã, ou seja, a de ter compaixão e amor para com as pessoas que vivem ao nosso redor, principalmente as mais fragilizadas e necessitadas. Por que não ter o olhar de compaixão e benevolência para quem não tem suporte e amparo para superar seus limites? A bíblia fala claramente para não maltratarmos quem é estrangeiro, órfão e viúva, bem como não exploramos quem nos deve, pois, eles clamarão por Deus. Ele os ouvirá e nós seremos penalizados por isso (Cf. Êxodo 22,20-26).
Os bons exemplos estimulam outros a também amar e servir o próximo com atenção e ajuda contínua aos necessitados e às instituições filantrópicas. Fazem o bem às pessoas e à comunidade sem busca de vantagens. Devem ser imitados, como lembra o apóstolo Paulo. Ele é verdadeiro estímulo a ser seguido (Cf. 1 Tessalonicenses 1,5-10). Temos inúmeras iniciativas de grupos que não medem esforços para a promoção da vida e da dignidade humana, através de escolas, hospitais, creches, asilos de idosos, obras de filantropia e caridade. Eles precisam de mais atenção da sociedade e de políticas públicas que as apoiem para melhor ainda servirem as pessoas carentes. Quanto dinheiro público e particular deveria, por dívida moral, colaborar com essas entidades! Teríamos menos roubos e mais serviço prestado ao bem comum. Pessoas ricas existem, que fazem obras de bem e são louváveis! Mas deveríamos ter muito mais! Há ricos que são insaciáveis em cada vez mais acumularem para si e deixarem heranças para os herdeiros até brigarem e se matarem, sem hipoteca social. Um dia vão prestar contas a Deus por não administrarem as fortunas conforme o desígnio divino. Ninguém é dono de nada e sim administrador dos dons divinos para servirem principalmente os mais fragilizados socialmente. A parábola do rico epulão e do pobre Lázaro vale sempre!
Jesus lembra os dois mandamentos fundamentais: amar a Deus e ao próximo (Cf. Mateus 22,34-40). Se todos os seres humanos os assumissem e praticassem teríamos os antídotos para todos os males da sociedade e resolveríamos os problemas de injustiças e exclusões sociais. Basta nos conscientizarmos e ensinarmos isso a todos!
                            Dom José Alberto Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
............................................................................................................................................
                                               Fonte: cnbbleste..2.org.br    Ilustração:

sábado, 28 de outubro de 2017

Leituras do

30º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Ex 22,20-26
Livro do Êxodo:
Assim diz o Senhor: Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito.
Não façais mal algum à viúva nem ao órfão. Se os maltratardes, gritarão por mim, e eu ouvirei o seu clamor. Minha cólera, então, se inflamará e eu vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas e órfãos os vossos filhos.
Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um pobre que vive ao teu lado, não sejas um usurário, dele cobrando juros.
Se tomares como penhor o manto do teu próximo, deverás devolvê-lo antes do pôr do sol. Pois é a única veste que tem para o seu corpo, e coberta que ele tem para dormir. Se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.
...............................................................................................................................................................
Salmo: 17
Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação!
Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação!
- Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação.
Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! E dos meus perseguidores serei salvo!
Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! E louvado seja Deus, meu Salvador! Concedeis ao vosso rei grandes vitórias e mostrais misericórdia ao vosso Ungido. 
..............................................................................................................................................................
2ª Leitura: 1Ts 1,5c-10
 Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:
Irmãos: Sabeis de que maneira procedemos entre vós, para o vosso bem. E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de tantas tribulações. Assim vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.
Com efeito, a partir de vós, a Palavra do Senhor não se divulgou apenas na Macedônia e na Acaia, mas a vossa fé em Deus propagou-se por toda parte. Assim, nós já nem precisamos falar, pois as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, esperando dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir.
...............................................................................................................................................................
Evangelho:  Mt 22,34-40
Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
Reflexão:
Amar a Deus e ao próximo

Jesus resume a Lei, a norma ética, em “amar Deus e o próximo”. Tendo claro que “amar”, neste contexto, não significa mero sentimento, mas opção ética, podemos desdobrar este ensinamento em duas perguntas:
1) Pode-se amar Deus sem amar ao próximo? Não. Já na antiga “Lei da Aliança”, mil anos antes de Cristo, “amar a Deus” significa, concretamente, ajudar ao próximo: a viúva, o órfão, o estrangeiro, o povo em geral: o direito do pobre clama a Deus (1ª leitura).
Na mesma linha, Jesus, interrogado sobre qual é o maior mandamento, vincula o amor a Deus ao amor ao próximo, e acrescenta que desses dois mandamentos dependem todos os outros (evangelho). Todas as normaséticas devem ser interpretadas à luz do amor a Deus e ao próximo, que são inseparáveis. É impossível optar por Deus sem ser solidário com seus filhos (1Jo 4,20). A verdadeira religiãoé dedicar-se aos necessitados (Tg 1,27). Na prática, o “amor a Deus” (a religião) passa necessariamente pelo “sacramento do pobre e do oprimido”, ou seja, pela opção por aqueles cuja miséria clama a Deus, seu “Defensor”. Entre Deus e nós está o necessitado. Só dedicando-se a este, temos acesso a Deus. Mas não basta uma esmola. Com a nossa atual compreensão da sociedade e da história, a dedicação ao empobrecido não se limita à escola, mas exige novas estruturas. Importa trabalhar as estruturas da sociedade e transforma-las de tal modo que o bem-estar do fraco e do pobre estejam garantido pela solidariedade de todos, numa estrutura política e social que seja eficaz.
2) Pode-se amar o próximo sem amar a Deus? Nosso mundo é, como se diz, “secularizado”. Não dá muito lugar a Deus. Não nos enganem as aparências, os shows religiosos que aparecem em teatro e televisão, pois esse tipo de religiosidade, muitas vezes, não passa de um produto de consumo, no meio de tantos outros. Não é compromisso com Deus. Ao mesmo tempo, pessoas com profundo senso ético dizem: já não precisamos de Deus para explicar o universo. Será que ainda precisamos dele para sermos éticos, para respeitar nosso semelhante, para “amar o próximo?” Será que não basta ser bom para com os outros, sem apelar a Deus? Para que “amar a Deus”? Para que a religião? Eis a resposta: para amar bem o irmão, devemos também “amar a Deus”, aderir a ele (embora não necessariamente por uma religião explícita). Isso, porque o que entendemos por Deus é o absoluto, o incondicional, aquele que tem a última palavra, que sempre nos transcende e está acima de nossos interesses pessoais. Se não buscamos ouvir essa palavra última, pode acontecer que nos ocupemos com o próximo para nos amar a nós mesmos (amor pegajoso, interesseiro, sufocante etc.)
Como cristão, conhecendo “Deus” como Pai de Jesus Cristo e como a fonte do amor que este nos manifestou, devemos perguntar sempre se nossa prática de solidariedade é realmente orientada pelo absoluto, por Deus, aquele que Jesus chama de Pai. Senão, vamos conceber nosso amor de acordo com a nossa medida, que é sempre pequena demais…
                    Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
.....................................................................................................................................
                                        Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br