quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Papa Francisco:
“Atenção às óticas de feminilidade cheias de preconceito”

Rádio Vaticano (RV) – A misericórdia oferece dignidade. Este foi o tema da Audiência Geral do Papa nesta quarta-feira (31/08), na Praça São Pedro. Francisco pontuou sua reflexão com base nas narrações da mulher “cuja fé a salvou”.
“Quanta fé, quanta fé tinha esta mulher. Tida como impura por causa das hemorragias e, por isso, excluída das liturgias, da vida conjugal, das normais relações com os demais: era uma mulher descartada pela sociedade”.
A fé é redentora, a fé salva
Este caso nos faz refletir sobre como a mulher seja frequentemente percebida e representada, afirmou o Papa.
“Todos devemos prestar atenção, também as comunidades cristãs, para óticas da feminilidade cheias de preconceitos e suspeitas que lesam a intangível dignidade da mulher”, alertou o Pontífice.
“Jesus admirou a fé desta mulher que todos evitavam e transformou sua esperança em salvação. Não sabemos o seu nome, mas as poucas linhas com as quais o Evangelho descreve o seu encontro com Jesus delineiam um itinerário de fé capaz de reestabelecer a verdade e a grandiosidade da dignidade de todas as pessoas”.
Cristo vê a mulher que se aproxima meio que escondida. Um olhar de misericórdia e ternura que salva.
“Isto significa que Jesus não somente a acolhe, mas a considera digna de tal encontro ao ponto de lhe dirigir a sua palavra e sua atenção”.
Coragem, filha, tua fé te salvou. Um encorajamento de Cristo que ecoa hoje.
“Este ‘coragem, filha’ é a expressão de toda a misericórdia de Deus por aquela mulher e por todas as pessoas descartadas. Quantas vezes nos sentimos interiormente descartados pelos nossos pecados, que tanto fizemos, que tanto fizemos. E o Senhor nos diz: ‘coragem, vem, para mim não és um descartado. Coragem filho, tu és um filho e uma filha’. Este é o momento da graça, do perdão, momento de inclusão na vida de Jesus, da Igreja, de misericórdia. Hoje todos nós, grande ou pequenos pecadores, mas todos somos pecadores, o Senhor nos diz: ‘vem, coragem, não estás mais descartado, eu te abraço, eu te perdoo’. Assim é a misericórdia de Deus. Temos que ter coragem e ir até ele, pedir perdão dos nossos pecados e seguir adiante com coragem como fez esta mulher”.
Este abraço de Cristo coloca tudo às claras:
“Um descartado sempre faz algo escondido: ou durante toda a vida. Pensemos aos leprosos daquele tempo, ou aos sem-teto de hoje, pensemos aos pecadores, a nós pecadores, sempre fazemos algo às escondidas, como se tivéssemos a necessidade de agir assim porque nos envergonhamos daquilo que somos: e Cristo nos liberta disso, e nos coloca em pé: ‘levanta, vem, em pé”.
Antes de conceder a benção, o Papa saudou os peregrinos de língua portuguesa presentes na Praça: em particular os sacerdotes do Pontifício Colégio Pio Brasileiro em Roma, os tripulantes da Marinha do Brasil e os fiéis de Vitória. (rb)
Assista:
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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Oportuna reflexão

Hora da cidadania

O Papa Francisco, na Exortação “Amoris laetitia”, a alegria do amor, falando sobre a família e a educação dos filhos, diz da responsabilidade que os pais têm de formar bem aqueles que geraram para a sociedade. Formação para a prática cristã, para a fé, mas também para os compromissos cidadãos. É uma questão até de justiça, porque um filho mal formado prejudica a ordem social.
Todo dia é dia da cidadania, como cada hora é a hora da verdade, da prática da honestidade, proporcionando a realização do bem social. O ato de responsabilidade aumenta em determinados momentos da vida das pessoas. Mais ainda quando tem que decidir sobre questões que incidem em sua própria vida. É o caso das eleições. O voto é conquista de um futuro melhor para todos.
O cidadão consciente participa da política e ajuda na qualidade de vida das pessoas, porque age com responsabilidade, não se vende e nem vende seu voto, porque isso não deixa de ser um ato imoral. Sofremos as consequências de uma péssima ação política, o que chamamos de politicagem, contribuindo para o fervilhar de uma cultura de desconfiança e “imoralidade” de nossos políticos.
O ditado popular de que “o voto não tem preço, mas tem consequências”, é uma realidade comum e trágica no Brasil. É pena que isso, historicamente, vem acontecendo, descaracterizando a identidade do país, conduzindo-o para o fundo do poço. Muitos eleitores mais conscientes veem perdendo a esperança de que as coisas possam melhorar. Mas um novo mundo é possível!
Dizemos que “a política é suja”, mas será que não está necessitando da ação dos verdadeiros cristão assumindo cargos públicos? Há bons políticos, mas ficam no campo da minoria, tendo que se sujeitar a força da democracia, que valoriza quem tem mais voto. O voto dos bons é aniquilado pelo da maioria, mas não podemos perder a batalha, deixando de dar nossa participação.
Exercite sua dignidade, sua cidadania e seu espírito cristão votando em quem você conhece, em quem sempre teve senso de justiça nas suas atividades, grandes ou pequenas. Acredite no seu parceiro de fé e vida, em quem está sempre ao seu lado e não aparece só no tempo da campanha eleitoral. Tenha olhos abertos e ajude seu município nesse momento de escolha.
                                                       Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba
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A partir de outubro Brasil terá

Ano Jubilar mariano

Cidade do Vaticano (RV) – Aumenta a expectativa pela possibilidade de o Papa Francisco retornar ao Brasil para participar das celebrações dos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Santuário Nacional, em 2017.
Jardins do Vaticano terão imagem de Nossa Senhora
Enquanto isso, sábado, 3 de setembro, será inaugurada nos Jardins do Vaticano uma imagem da santa padroeira do Brasil. Uma grande delegação virá a Roma da Arquidiocese de Aparecida, liderada pelo Cardeal-arcebispo, Dom Raymundo Damasceno Assis.
Em exclusiva à RV, Dom Raymundo reafirma que a devoção a Nossa Senhora faz parte da história do Brasil. “Maria sempre foi uma porta aberta ao conhecimento de Jesus; é o modelo de seguimento de Cristo, dos valores humanos que marcam a identidade religiosa do povo”:
Em Aparecida, o novo Campanário do Santuário Nacional, obra que foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, será inaugurado no próximo dia 12 de outubro, abrindo o Ano Jubilar mariano em comemoração aos 300 anos da aparição.
Ano Jubilar mariano no Brasil
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – revela o cardeal – vai decretar um ano Jubilar mariano a partir de outubro. Será um ano de graça, de modo especial para o Brasil: um momento de louvor e agradecimento especial a Deus por tudo aquilo que Ele tem feito por nós, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira e nossa Rainha”. (CM)
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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Papa Francisco em mensagem:

"Cristãos na Europa perderam o contato com suas raízes"

Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada na manhã desta segunda-feira (29/08) a mensagem enviada pelo Papa Francisco ao Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Ele participou de um simpósio em Salonica, na Grécia, intitulado “A necessidade de re-evangelizar as comunidades cristãs na Europa”, cujo objetivo é “favorecer o confronto teológico e cultural entre católicos e ortodoxos”.
Encontro entre católicos e ortodoxos
O encontro é promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Universidade Pontifícia Antonianum e pela Faculdade Teológica Ortodoxa da Universidade Aristoteles de Salonica.
Em sua mensagem, o Pontífice encoraja a realização deste Simpósio porque a seu ver, existe a clara necessidade de uma nova obra de evangelização na Europa: “Muitas pessoas batizadas não são conscientes do dom de fé que receberam e não participam da vida da comunidade cristã porque perderam o contato com suas raízes cristãs”, afirma o Papa.
Novos caminhos, métodos e linguagens
Assim, Francisco diz esperar que as reflexões propostas no Simpósio, com o intercâmbio entre os estudiosos católicos e ortodoxos, contribuam para identificar novos caminhos, métodos criativos e uma linguagem apropriada para levar o anúncio de Jesus Cristo, em toda a sua beleza, ao homem contemporâneo.
A mensagem de Bartolomeu
Por sua vez, o Patriarca ecumênico Bartolomeu I também se manifestou, de Constantinopla, enviando a sua saudação aos participantes.
Tenhamos consciência da nossa fé
Para ele, a falta de valores estáveis e saudáveis e a liberdade desenfreada do homem têm conduzido a humanidade ao desespero: “Os recentes ataques terroristas são uma demonstração do afastamento das tradições cristãs por parte dos cidadãos europeus, que estão adotando novas teorias e costumes, completamente opostos à lei de Deus”.
“Incapazes de encontrar apoio espiritual, nossos irmãos se orientam para formas de religiosidade inspiradas em hostilidades e ódios que certamente não preenchem o seu vazio existencial”, prossegue Bartolomeu.
O mundo deposita esperanças no Cristianismo
O Patriarca sugere que “o amor pelo diálogo, pela resolução pacífica dos contrastes e pela reconciliação une os cristãos. O futuro pertence a Cristo, à sua Igreja e à sua teologia e por isso, devemos lutar para não desiludir as expectativas do mundo, que deposita esperanças no Cristianismo, em busca de consolo”.
Consequentemente, Bartolomeu encoraja os participantes do Simpósio, “que pode reforçar a unidade da comunhão e transmitir uma mensagem de fé, esperança e reconciliação a este mundo fragmentado”.  (CM)
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Igreja recorda os 10 anos da morte do "santo" das favelas

Cidade do Vaticano (RV) – Um homem contemplativo nas ações, doce e simples. A vida pastoral de Dom Luciano foi sempre dedicada aos excluídos, os últimos da sociedade.
Com um particular carinho pelos meninos de rua o jesuíta sempre dizia, "tornei-me bispo para seguir os pobres".
No dia da sua morte, 27 de agosto de 2006, o Cardeal Carlo Maria Martini o definira com essas palavras:
"Era verdadeiramente um santo, um homem que viveu a caridade heroica, sem nunca pensar em si mesmo, sempre pensando nos outros".
O "santo" das favelas
Dom Luciano Mendes
Dom Luciano Mendes de Almeida (1930-2006) foi Arcebispo de Mariana, no Estado de Minas Gerais e líder carismático durante alguns mandatos na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como Primeiro-secretário (1979-1987) e, depois, como Presidente (1987-1995).
Dom Luciano ainda é lembrado por seu papel crucial de mediação e na elaboração do documento final da IV Conferência do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), em Santo Domingo em 1992.
A partir de 2011, impulsionanda pelo episcopado brasileiro, foi aberta a causa de beatificação de Dom Luciano, líder da Igreja latino-americana, em muitos aspectos semelhante a Dom Hélder Câmara, de quem ele era um amigo próximo.
"Ele veio como um jovem rico e saiu como um jovem pobre"
Luciano Mendes de Almeida nasceu em 5 de outubro de 1930 no Rio de Janeiro em uma família nobre e rica.
Aos 17 anos, entrou na Companhia de Jesus e foi durante a sua primeira experiência com os Exercícios Espirituais que se manifestaram as características mais salientes da sua futura vocação.
"Ele veio como um jovem rico - conta  José Carlos Brandi Aleixo, colega de estudos de Dom Luciano - e saiu como um jovem pobre".
Um sacerdote entre Martini e Bergoglio
Em 1958 foi ordenado sacerdote. Na Universidade Gregoriana em Roma, obteve o Doutorado em Filosofia com a tese: "A imperfeição intelectual do espírito humano. Introdução à uma teoria sobre o conhecimento do outro".
Porém, os pobres sempre interpelaram a consciência de futuro professor, apaixonado pela mística de São João da Cruz.
Em 1973, foi nomeado Delegado Interprovincial dos Jesuítas no Brasil e, no ano seguinte, participou da  XXXII Congregação Geral da Companhia de Jesus em Roma, junto com Bergoglio e Martini. 
O desafio de uma grande metrópole
Em 1976, por sugestão do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, o Papa Paolo VI o nomeou bispo auxiliar de São Paulo.
Do Luciano dedicou o seu tempo para ajudar as crianças de rua e pessoas pobres das favelas. Foi responsável pelas mais importantes intuições na arquidiocese de São Paulo para uma "pastoral do menor" autêntica.
"A criança não é um problema – esse foi seu lema – o mais jovem é a solução."
Uma campanha e ação em favor das crianças impulsiona pelo UNICEF em 1986, rendeu a Dom Luciano o prêmio "Criança e Paz".
Com ele também nasceu a primeira rede de televisão católica no Brasil, a Rede Vida.
Como Bispo auxiliar da cidade de São Paulo, em nome do Episcopado brasileiro participou em março de 1980 do funeral do Arcebispo Oscar Arnulfo Romero, em El Salvador.
Um Arsenal de Esperança
Em 1988, de uma amizade nasce uma parceria com Ernesto Olivero, fundador do Sermig, uma associação nascida em Turim para promover a justiça e o desenvolvimento do mundo com a participação e protagonismo dos jovens.
E graças a essa amizade, se fez possível o nascimento do Arsenal da Esperança em São Paulo, uma casa na qual os moradores de rua, pessoas com necessidades, dificuldades financeiras encontram abrigo e assistência. E muito além disso, encontram dignidade, afeto e acolhida.
A caminho dos altares
Desde então, começou o seu longo calvário, vivido no silêncio e na simpatia pelos mais pobres. Poucos meses antes da sua partida, o homem da caridade, como o definiu o seu sucessor em Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio da Rocha, foi premiado com um doutorado Honoris Causa pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte(FAJE):
"Para ele, teria sido o título mais apropriado - foi o comentário do grande teólogo João Batista Libânio -, causa magister amoris, isto é, mestre intelectual e espiritual, do amor e serviço. Ele era realmente para nós um professor da Igreja e da vida, especialmente dos pobres".
Em 2014, a Arquidiocese de Mariana-MG abriu oficialmente o processo de beatificação e canonização de seu ex-arcebispo. Em carta, a Congregação para a Causa dos Santos informou que “por parte da Santa Sé, não há nada que impeça para que se inicie a Causa de Beatificação e Canonização de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida”. (Avvenire-VM)
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                                                                                                        Fonte: radiovaticana.va

domingo, 28 de agosto de 2016

Papa Francisco:
Quando nos colocamos
na dimensão da humildade Deus nos exalta

Cidade do Vaticano (RV) – “Quando nos colocamos diante de Deus nesta dimensão de humildade, então Deus nos exalta, se inclina para nós, para elevar-nos para Ele”.
O Evangelho proposto pela Liturgia do dia ofereceu ao Pontífice a oportunidade para refletir sobre a humildade e a certeza que devemos ter na recompensa divina, explicando que Jesus “nos faz entender a necessidade de escolher o último lugar”, isto é, de procurar as coisas pequenas.
A pressa dos convidados em escolher os primeiros lugares à mesa, “uma cena que vimos tantas vezes: buscar o melhor lugar, mesmo com os cotovelos”, observa Francisco, ao iniciar sua reflexão diante da multidão reunida na Praça São Pedro.
A cena narrada no Evangelho de Lucas, oferece duas indicações: uma relativa ao lugar e a outra à recompensa.
“Não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar”.
Com esta recomendação, explica o Papa, Jesus não pretende dar regras de comportamento social, mas uma lição sobre o valor da humildade:
Francisco abençoa os fiéis
“A história ensina que o orgulho, o carreirismo, a vaidade, a ostentação são a causa de muitos males. E Jesus nos faz entender a necessidade de escolher o último lugar, isto é, de procurar a pequenez e escondimento: a humildade. Quando nos colocamos diante de Deus nesta dimensão de humildade, então Deus nos exalta, se inclina para nós, para elevar-nos para ele”.
As palavras de Jesus – observou o Papa - enfatizam atitudes completamente diferentes e opostas: a atitude de quem escolhe o próprio lugar e a atitude de quem deixa que Deus o indique e espera dele a recompensa:
“Não esqueçamos disto: Deus paga muito mais do que os homens! Ele nos dá um lugar muito mais bonito do que nos dão os homens! O lugar que nos dá Deus está perto de seu coração e a sua recompensa é a vida eterna. "Você será abençoado – disse Jesus - ... Você receberá a sua recompensa na ressurreição dos justos"”.
A nossa hospitalidade, deve ser caracterizada por uma atitude desinteressada, o que pode ser comprovado ao se convidar “os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos”, “porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos":
“Trata-se de escolher a gratuidade em vez do cálculo oportunista que tenta obter uma recompensa, que busca o interesse e que busca enriquecer-se mais. De fato, os pobres, os simples, os que não contam, eles não poderão nunca retribuir um convite para a refeição”.
Desta forma – explicou o Papa -  Jesus demonstra a sua preferência pelos pobres e excluídos, que são os privilegiados do Reino de Deus, e lança a mensagem fundamental do Evangelho que é servir o próximo por amor de Deus”:
“Hoje Jesus se faz voz dos que não tem voz e dirige a cada um de nós um forte apelo para abrir o coração e fazer nossos os sofrimentos e as ansiedades dos pobres, dos famintos, dos marginalizados, dos refugiados, dos derrotados pela vida, daqueles que são descartados pela sociedade e pela arrogância dos mais fortes. E estes descartados representam na realidade a maior parte da população”.
O Papa, então, agradeceu aos voluntários que trabalham nos refeitórios – verdadeiras academias de caridade que difundem a cultura da gratuidade -  oferecendo seus serviços, dando de comer à pessoas sozinhas, carentes, desempregadas ou sem uma moradia fixa. “Eles são motivados pelo amor de Deus e iluminados pela sabedoria do Evangelho. Assim, o serviço aos irmãos torna-se um testemunho de amor, que torna crível e visível do amor de Cristo”.
Eis a íntegra da reflexão:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O episódio do Evangelho de hoje, nos mostra Jesus na casa de um dos chefes dos fariseus, com o objetivo de observar como os convidados para a refeição se apressam em escolher os primeiros lugares. É uma cena que vimos tantas vezes: buscar o lugar melhor, mesmo com os cotovelos. Vendo esta cena, ele narra duas pequenas parábolas com as quais oferece duas indicações: uma diz respeito ao lugar, o outro  à recompensa.
A primeira semelhança é ambientada em um banquete de casamento. Jesus diz: "Quando alguém o convidar para um banquete de casamento, não ocupe o lugar de honra, pois pode ser que tenha sido convidado alguém mais digno do que você e aquele que convidou os dois virá e lhe dirá: ‘Dê o lugar a este’. Então, humilhado, você precisará ocupar o lugar menos importante."(Lc 14: 8-9). Com esta recomendação, Jesus não pretende dar regras de comportamento social, mas uma lição sobre o valor da humildade. A história ensina que o orgulho, o carreirismo, a vaidade, a ostentação são a causa de muitos males. E Jesus nos faz entender a necessidade de escolher o último lugar, isto é, de procurar a pequenez e escondimento: a humildade. Quando nos colocamos diante de Deus nesta dimensão de humildade, então Deus nos exalta, se inclina para nós, para levantar-nos para si; "Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado" (v.11).
As palavras de Jesus enfatizam atitudes completamente diferentes e opostas: a atitude de quem escolhe o próprio lugar e a atitude de quem deixa que Deus o indique e espera dele a recompensa. Não esqueçamos disto: Deus paga muito mais do que os homens! Ele nos dá um lugar muito mais bonito do que nos dão os homens! O lugar que nos dá Deus está perto de seu coração e a sua recompensa é a vida eterna. "Você será abençoado – disse Jesus - ... Você receberá a sua recompensa na ressurreição dos justos" (v. 14).
É o que está descrito na segunda parábola, na qual Jesus aponta a atitude de desinteresse que deve caracterizar a hospitalidade, e diz assim: "Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos. Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos"(vv. 13-14).  Trata-se de escolher a gratuidade em vez do cálculo oportunista que tenta obter uma recompensa, que busca o interesse e que busca enriquecer-se mais. De fato, os pobres, os simples, os que não contam, eles não poderão nunca retribuir um convite para a refeição. Assim, Jesus demonstra a sua preferência pelos pobres e excluídos, que são os privilegiados do Reino de Deus, e lança a mensagem fundamental do Evangelho que é servir o próximo por amor de Deus. Hoje, Jesus se faz voz aos de quem não tem voz e dirige a cada um de nós um forte apelo para abrir o coração e fazer nossos os sofrimentos e as ansiedades dos pobres, dos famintos, dos marginalizados, dos refugiados, dos derrotados pela vida, daqueles que são descartados pela sociedade e pela arrogância dos mais fortes. E estes descartados representam na realidade a maior parte da população.
Neste momento, penso com gratidão aos refeitórios onde muitos voluntários oferecem seus serviços, dando de comer à pessoas sozinhas, carentes, desempregadas ou sem uma moradia fixa. Estes refeitórios e outras obras de misericórdia – como visitar os doentes, os encarcerados - são academias de caridade que difundem a cultura da gratuidade, porque aqueles que lá trabalham são motivados pelo amor de Deus e iluminados pela sabedoria do Evangelho. Assim, o serviço aos irmãos torna-se um testemunho de amor, que torna credível e visível do amor de Cristo.
Peçamos à Virgem Maria para nos conduzir todos os dias no caminho da humildade; Ela foi humilde toda a vida e de tornar-nos capazes de gestos de gratuidade de acolhida e de solidariedade com os marginalizados, para tornar-nos dignos da recompensa divina”. (JE)
Assista:
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Reflexão para a quarta semana de agosto

A vocação do leigo e da leiga na Igreja e no mundo

Estimados Diocesanos! É com grande alegria que a Igreja, dentro do mês vocacional, hoje celebra a “vocação do leigo e da leiga na Igreja e no mundo”. O Concílio Vaticano II, concluído em 1965, iniciou uma caminhada histórica de resgate do papel e da identidade dos leigos e leigas na vida da Igreja. Neste período, muitos desafios foram superados para que eles se tornassem cada vez mais “sal da terra e luz do mundo”, verdadeiros protagonistas na Igreja povo de Deus.
Nas visitas pastorais, vou conhecendo o rosto do povo de Deus das nossas comunidades. Mas hoje quero expressar particular gratidão aos milhares de leigos e leigas, que, na vivência da fé e por amor ao Senhor Jesus, se colocam a serviço da Igreja nas nossas comunidades. “O ministério de coordenação e de liderança é um verdadeiro lava-pés, cuja função é animar, organizar e coordenar a vida das comunidades, seguindo o Cristo Bom Pastor e agindo em nome da Igreja e em favor do povo”. (Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, Sal da Terra e Luz do Mundo, CNBB, Doc.105, n. 59).
O Documento 105 da CNBB, Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, entre outros temas, aborda o serviço cristão ao mundo. “É missão do povo de Deus assumir o compromisso sociopolítico transformador, que nasce do amor apaixonado por Cristo... Os cristãos são cidadãos e, como tais, junto com as pessoas de boa vontade, são interpelados a assumir ativamente esta cidadania em toda a sua amplitude... Ser cristão, sujeito eclesial, e ser cidadão não podem ser vistos de maneira separada... O cristão leigo expressa o seu ser Igreja e o seu ser cidadão na comunidade eclesial e na família, nas opções éticas e morais, no testemunho de vida profissional e social, na sociedade política e civil e em outros âmbitos. Busca sempre a coerência entre ser membro da Igreja e ser cidadão...”
“Os cristãos leigos e leigas são Igreja e como tal vivem sua cidadania no mundo, ou seja, assumem sua missão sem limites e fronteiras, através de sua presença nas macro e microestruturas que compõem o conjunto da sociedade. Eles sabem que a Igreja existe unicamente para servir. É a pessoa humana que deve ser salva. É a sociedade humana que deve ser renovada” (Documento citado, 167).
                                                                               Dom José Gislon - Bispo de Erexim (RS)
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                                                    Fonte: cnbb.org.br    Ilustração: paroquiavilafatima.com.br

sábado, 27 de agosto de 2016

Mais um sacerdote para nossa Arquidiocese:

Pe. Marcos Vinícius da Silva

Na manhã deste sábado, na Matriz de Nossa Senhora de Lourdes, em Maria da Fé, o arcebispo de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR, ordenou Presbítero Marcos Vinícius da Silva.
Pe. Marcos e Dom Majella
A Missa Solene de ordenação iniciou-se às 9h30min, com a participação de grande número de sacerdotes e de centenas de fiéis, entre os quais, os pais, familiares e parentes do novo sacerdote, que escolheu como lema de seu sacerdócio “Ele me ungiu para anunciar a Boa Nova” (Lc 4,18).
Pe. Marcos Vinícius presidirá sua primeira Missa às 19h deste domingo, dia 28, no mesmo templo de sua ordenação. No próximo domingo, dia 4 de setembro, às 19h30, será a vez da Matriz Santo Antônio, de Jacutinga, receber o novo sacerdote, em sua primeira missa na cidade.
Nossos cumprimentos ao Pe. Marcos Vinícius!
Que Deus o faça um santo sacerdote no testemunho e no anúncio do Evangelho!
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Momentos



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                                                                  Fotos: arquidiocese-pa.org.br

Congresso Eucarístico de Belém:

Celebração da Igreja

No domingo, 21 de agosto, após a Missa na praça da basílica de nossa Senhora de Nazaré, foi encerrado o 17º Congresso Eucarístico Nacional de Belém; ato final foi uma majestosa procissão pelas ruas da cidade, até à frente da Catedral “Nossa Senhora da Graça”, junto do Forte do Presépio, onde nasceu Belém. “Aqui esta cidade volta hoje às suas origens, onde há 400 anos ela foi fundada, para renovar o seu pacto com Cristo”, proclamou Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém.
A celebração do Congresso encheu uma semana inteira, tendo no seu centro a Eucaristia. A partir do tema – “Eucaristia e partilha na Amazônia missionária” – foi realizada uma extensa programação, com celebrações diárias, na Catedral de Belém envolvendo os diversos componentes do povo de Deus: leigos e suas organizações, religiosos e demais consagrados, os sacerdotes, os diáconos e bispos. Mas também foram destacados os próprios “bens da Igreja”, que são a Palavra de Deus, a Eucaristia, a Confissão e os demais sacramentos e a missão da Igreja; houve até primeira comunhão de crianças, numa envolvente celebração no estádio.
O Congresso Eucarístico, de fato, transcorreu como um verdadeiro Congresso eclesial, confirmando que “a Eucaristia faz a Igreja”. Enquanto “Congresso eclesial”, em torno da Eucaristia, não podia faltar a dimensão da caridade e da misericórdia. Após uma missa na Sé de Belém presidida pelo Legado Pontifício para o Congresso, o Cardeal Dom Cláudio Hummes, com a participação do pobres e moradores de rua, houve um almoço comunitário com eles. A partilha fraterna e a misericórdia foram sempre lembradas, como dimensões imprescindíveis da vida cristã e eclesial; houve um dia dedicado às confissões em todas as paróquias de Belém. Bispos e padres participantes do Congresso atenderam às confissões e também se confessaram. 
A dimensão missionária do Igreja esteve no centro do Congresso. Enquanto eram recordados os 400 anos do início da evangelização da Amazônia, foi também evidenciada a urgência da ação missionária no imenso território amazônico; a partilha eclesial e missionária de pessoas e de recursos materiais é inseparável da Eucaristia. As dioceses e prelazias da Amazônia dependem muito dessa partilha na realização de sua missão. 
Nos simpósios teológicos, bem frequentados, foi feita a reflexão sobre diversos aspectos da Liturgia e da vida eucarística da Igreja. Jornadas pastorais, que envolveram os participantes do Congresso nas 6 Regiões Episcopais da Arquidiocese, trataram de temas como a catequese e a evangelização, a caridade, o serviço aos doentes, a família, os jovens. Houve uma vigília eucarística em todas as paróquias.
Mas na Igreja nunca falta Maria, a Mãe de Jesus e de seus discípulos. Em Belém, é muito grande a devoção a Nossa Senhora de Nazaré e a procissão do “Círio de Nazaré”, que se faz todos os anos em sua homenagem, em outubro, é um dos maiores eventos religiosos do Brasil. Maria foi recordada com “mulher eucarística”, que viveu a “comunhão” com Jesus de maneira única; ela ensina toda a Igreja a viver conforme a vontade de Deus. É também ela a primeira missionária, que mostrou e continua mostrando ao mundo o seu filho, Jesus, convidando-nos a fazer tudo o que ele ordenou.
E não podiam faltar a partilha fraterna e a hospitalidade. São Paulo já recomendava a hospitalidade aos cristãos da Igreja primitiva e o povo das paróquias de Belém foi acolhedor e hospitaleiro para com os peregrinos. Belém também tem muito a mostrar para os hóspedes; além do mercado do “Ver-o-Peso”, com os produtos típicos da Amazônia, há muita história, belas igrejas e museus, com arte apreciável. 
O Congresso Eucarístico de Belém foi um verdadeiro Congresso eclesial, mostrando a riqueza e a diversidade da vida da Igreja e o envolvimento dos seus membros na vida das comunidades locais. Foi uma grande “semeadura”, assim como é toda obra evangelizadora da Igreja. Os frutos virão a seu tempo.
                                             Cardeal Odilo Pedro Scherer - Arcebispo de São Paulo (SP) 
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   Fonte: cnbb.org.br   Publicado em O SÃO PAULO, de 24 08 2016   Fotos: cen2016.com.br

Cardeal Hummes pede empenho da Igreja 
ao avaliar Congresso Eucarístico

Com o tema “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária”, ocorreu em Belém, no Pará, entre os dias 15 e 21 de agosto, o 17º CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL. Este evento que ocorre a cada cinco anos, reuniu aproximadamente 600 mil participantes e centenas de bispos.
Dom Cláudio Hummes
O cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, foi indicado pelo Papa como seu representante. Em entrevista exclusiva ao A12.com o cardeal avaliou positivamente as reflexões e debates deste evento e apresentou alguns dos desafios da missão na Amazônia. Dom Claudio pediu ainda que os bispos e toda a Igreja do Brasil possam dar continuidade às discussões levantadas neste Congresso.
"Ao meu ver foi um congresso muito bem realizado com grande êxito, muita gente com uma fé realmente emocionante. Como você dizia, ao redor de 600 mil pessoas. Foi um momento muito especial", celebrou Dom Cláudio ao destacar a grandiosidade deste evento. 
"Os grandes temas que marcaram este congresso foram a missão e a Amazônia, ou seja, a missão nesta região mas também a missão em todo país e a responsabilidade da Igreja de todo o Brasil em relaçao à missão na Amazônia". Segundo o cardeal, os debates foram orientados em grande parte pelo magistério do Papa Francisco.
"Quem nos orientou muito profundamente foram os grandes documentos do Papa Francisco sobretudo a 'Laudato si' mas também a reforma no sentido de uma Igreja totalmente missionária e isso para nós foi uma convocação muito forte e que foi constantemente lembrada nesse Congresso", afirmou Dom Cláudio.  
Desafios à ação evangelizadora da Igreja 
Pobreza, inculturação, espírito missionário, assistência das comunidades das grandes periferias e do interior e ainda a necessidade de uma presença profética que abra novos caminhos para essa região, foram os desafios destacados pelo cardeal.
Dom Cláudio explicou que a crescente urbanização tem lançado novos desafios até então não tão debatidos pela Igreja. Nessa realidade, ele lembra a escassez de vocações ordenadas e missionárias. 
"São grandes desafios, a Igreja tem muito pouca gente, esse é o desafio maior! Nós não temos suficiente missionários e missionárias e sobretudo não temos suficiente ministros ordenados, quer dizer, padres e diáconos que possam estar presentes em tantas comunidades sobretudo do interior mas também das periferias das cidades". 
Por outro lado, o cardeal exaltou a força da Igreja presente nessa região. "São realmente muitos desafios mas ao mesmo tempo o que se encontra ali é uma Igreja muito valente, viva, ativa, com uma fé muito grande e isso se manifestou ali em Belém. Nós vimos como esse povo tem uma fé realmente comovedora", frisou. 
Não cair no esquecimento
Para Dom Cláudio é fundamental dar prosseguimento e repercussão às discussões deste encontro para que elas não caiam no esquecimento. 
"É necessário que a Igreja no Brasil faça assembleias e faça encontros para tudo isso ser retomado para que o fruto possa realmente ocorrer, para que coisas não fiquem assim 'foi bom', 'foi uma bela festa religiosa' e, depois tudo continua do mesmo jeito. O Papa sempre pede que não deixemos as coisas como estão. Vamos caminhar, vamos ser corajosos e vamos assumir novas atitudes missionárias e misericordiosas!", finalizou. 
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Mensagem do Papa ao Congresso da Misericórdia em Bogotá:

"Se na nossa pastoral falta a misericórdia, tudo é vão"

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma longa vídeo-mensagem aos Bispos da Igreja no Continente Americano, que celebra, de 27 a 30 do corrente, em Bogotá, Colômbia, seu Jubileu da Misericórdia. 
As 22 Conferências Episcopais dos Países da América Latina, além dos Estados Unidos e Canadá, estão reunidas no Congresso da Misericórdia, intitulado "Que um vento impetuoso de santidade acompanhe o Jubileu Extraordinário da Misericórdia em toda a América". O evento é promovido pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Conselho Episcopal das Igrejas Latino-americanas (CELAM).
O Papa recorda que “o mundo precisa de pastores que saibam tratar os outros com misericórdia, porque esta atitude pode mudar o coração das pessoas e deve ser o centro propulsor de toda ação pastoral e missionária.
Abramos nosso coração à misericórdia
E Francisco se pergunta: “Qual a doutrina segura para os cristãos”? E responde: “É simples: ser tratados com misericórdia”. Citando o apóstolo Paulo, quando diz “Ele usou de misericórdia para comigo”, o Pontífice referiu-se à confiança que Deus tem no homem. Longe de ser uma ideia, um desejo, uma teoria, uma ideologia, a misericórdia é um modo concreto de tocar a fragilidade, de interagir com os outros, de aproximar-se uns dos outros. E acrescentou:
“É uma maneira concreta de aproximar as pessoas, quando se encontram em dificuldade. Trata-se de uma ação que nos leva a tratar bem as pessoas, a entender suas vidas, dar alívio nas suas vidas; uma ação baseada na esperança de mudança, confiança no aprendizado e no progresso, sempre à busca de novas oportunidades. Por isso, o trato com misericórdia desperta sempre a criatividade”.
Citando a parábola do “Filho pródigo”, quando o filho mais velho se escandaliza pela ternura e o abraço do pai ao filho mais novo, o Papa observa que isto acontece porque somos invadidos por uma lógica separatista, que leva a dividir a sociedade em bons e maus, santos e pecadores. E o Papa explicou:
“A misericórdia não é uma teoria que pode ser manuseada: ‘Agora é moda falar de misericórdia no Jubileu; então vamos seguir a moda’. Não. A misericórdia é uma história composta de pecados, que deve ser recordada. Por isso, ‘Deus nos trata com misericórdia”.
Logo, toda a ação da Igreja, em todos os níveis, afirma Francisco,  se baseia no saber testemunhar a misericórdia divina. Se na nossa pastoral falta a misericórdia tudo é vão. Na realidade, “somos missionários da misericórdia”. Em um mundo ferido, devemos promover, estimular e empregar a pedagogia da misericórdia. E o Papa concluiu:
“Devemos aprender, com o Mestre, a tratar os outros com misericórdia; ser próximos dos descartados pela sociedade; aprender a dar a mão a quem cai, sem medo dos comentários dos outros; melhorar os caminhos da esperança, que fazem brilhar a misericórdia”. (MT)
Assista:
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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Imagem de Nossa Senhora

é encontrada intacta após terremoto

Rádio Vaticano (RV) - O pequeno vilarejo de Pescara del Tronto, com 135 habitantes, ficou completamente arrasado após o terremoto de 24 de agosto.
A Igreja de Nossa Senhora do Socorro ficou destruída após o tremor, mas uma imagem da Virgem foi encontrada praticamente intacta entre os escombros.
Devoção
Contam que a Virgem Maria quando invocada pelos habitantes da cidade após uma forte tempestade, parou uma montanha que estava para desmoronar.
O vilarejo pertence à cidade de Arquata del Tronto, na região das Marcas, onde ao menos 49 pessoas perderam a vida após o terremoto. (VM)
...............................................................................................................................................................Tema do Dia Mundial da Paz 2017:
"A não violência, uma política pela paz"

Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicado, nesta sexta-feira (26/8), o tema da Mensagem do Papa para o 50° Dia Mundial da Paz, que se celebrará no dia 1° de janeiro de 2017.
Deus é a fonte da Paz
“A não-violência: estilo de uma política para a Paz”: eis o tema escolhido por Francisco para o próximo Dia Mundial da Paz, o quarto do seu Pontificado.
A violência e a paz estão na origem de dois modos opostos de construir a sociedade. A difusão dos focos de violência gera experiências sociais gravíssimas e negativas. O Papa resume esta situação na expressão “Terceira guerra mundial em capítulos”.
Ao invés, a paz tem consequências sociais positivas e permite um verdadeiro progresso. Devemos, portanto, agir nos espaços possíveis, negociando caminhos de paz, até mesmo onde tais caminhos parecem tortuosos ou impraticáveis.
Deste modo, a “não violência” pode assumir um significado mais amplo e novo: não apenas aspiração, inspiração, rejeição moral à violência, às barreiras, aos impulsos destruidores, mas também método político realista, aberto à esperança.
Trata-se de um método político fundado na primazia do direito. Se o direito e a igual dignidade de cada ser humano são salvaguardados sem discriminações e distinções. Consequentemente, a “não violência”, entendida como método político, pode constituir um meio realista para superar os conflitos armados. Nesta perspectiva, é importante reconhecer, sempre mais, não o direito da força, mas a força do direito.
Com esta Mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Santo Padre deseja indicar um passo ulterior, um caminho de esperança apropriado às circunstâncias históricas presentes: chegar à solução das controvérsias através das negociações, evitando que elas se degenerem em conflito armado.
Atrás desta perspectiva, há também o respeito pela cultura e a identidade dos povos, portanto, a superação da ideia segundo a qual uma parte é moralmente superior à outra. Mas, ao mesmo tempo, isto não significa que uma nação possa ser indiferente diante das tragédias de outras. Pelo contrário, significa reconhecer a primazia da diplomacia diante dos estrondos das armas.
O tráfico mundial das armas é tão vasto a ponto de ser subestimado. O tráfico ilegal das armas sustenta muitos conflitos no mundo. A “não violência”, como estilo político, pode e deve fazer muito mais para superar este flagelo.
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O Dia Mundial da Paz teve início por desejo do Beato Paulo VI e é celebrado todos os anos no dia 1° de janeiro. A Mensagem do Papa é enviada a todas as Chancelarias do mundo e assinala as diretrizes diplomáticas da Santa Sé. (MT)
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Museu dedicado a João Paulo I será inaugurado na Itália

Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, preside a Eucaristia na tarde desta sexta-feira (26/8), em Canale D’Agordo, diocese de Belluno, no Vêneto, por ocasião da inauguração do Museu dedicado ao Papa João Paulo I.
João Paulo I - O "Papa do Sorriso"
Não se trata somente de uma exposição de documentos e objetos do Papa Luciani, que governou a Igreja por apenas 33 dias, mas a tentativa de manter um encontro mais próximo com a pessoa e o mundo da cultura do “Papa do Sorriso”, como era carinhosamente chamado.
Filmes, áudios e fotografias farão parte de um percurso instalado em um prédio do século XV, situado ao lado da igreja paroquial de São João Batista. O objetivo é levar o visitante a mergulhar na trajetória humana e espiritual do Papa Albino Luciani, desde o seu nascimento até à sua eleição como Sucessor de Pedro.
São dados destaques à formação e o ensinamento do Papa Luciani, sua profunda preparação cultural e pastoral, sua atenção com os necessitados, a simplicidade, a humildade, a transparência e a sua grande sensibilidade como Pastor”.
Vida e obra
O visitante poderá saber detalhes sobre os 20 anos de vida pastoral do Papa João Paulo I, os 11 anos de episcopado na Diocese de Vittorio Veneto, sua experiência no Concílio Vaticano II e os 9 anos transcorridos como Patriarca de Veneza.
Ao visitar o Museu, o Cardeal Pietro Parolin declarou: “As virtudes de João Paulo I podem servir de modelo para todos os cristãos. O reconhecimento da sua santidade será um benefício para toda a Igreja. Não podemos fazer previsões sobre uma sua Beatificação. Um homem humilde e simples como Albino Luciani não tem pressa de ser declarado santo”.
Nova publicação
Ainda em Canale D’Agordo, terra natal do Papa Luciani, o cardeal Pietro Parolin participou da apresentação do número especial da Revista “Le TreVenezie” (As Três Venezas), intitulado “João Paulo I: Albino Luciani. Um Papa atual”.
O Prefácio do número especial foi escrito pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, d pelo Cardeal Beniamino Stella, Prefeito da Congregação para o Clero e Postulador da Causa de Beatificação do Papa Luciani.
Albino Luciani
Albino Luciani nasceu em Canale d'Agordo, diocese de Belluno, no Vêneto, em 17 de outubro de 1912. Era Patriarca de Veneza quando foi eleito Papa em 26 de agosto de 1978, governando a Igreja por apenas 33 dias. Recebeu o apelido de "Papa do Sorriso", por sua afabilidade, alegria e simplicidade.
Foi o primeiro Papa, desde Clemente V, a recusar uma coroação formal, cerimônia não abolida oficialmente. Não quis ser carregado na Cadeira gestatória, como acontecia com outros Papas, devido à sua humildade. Papa Luciani foi o pioneiro a adotar um nome duplo, João Paulo I, em homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII. (JE/MT)
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                                                                                         Fonte: radiovaticana.va     news.va