quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Terço da Esperança e daSolidariedade:

Acompanhe e reze a partir das 15h30 desta quarta-feira

O Terço da Esperança e da Solidariedade desta quarta-feira, 30 de setembro, será conduzido pelo bispo de Paranavaí (PR), dom Mário Spaki. O momento de oração em torno da emergência de saúde pública da Covid-19 é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com as emissoras de TV e rádio de inspiração católica. Será possível acompanhar o terço pela TV e pelas redes sociais da CNBB, a partir das 15h30.

A edição desta semana foi preparada pela Rede Evangelizar e teve a colaboração do padre José Carlos de Carvalho e do Grupo das Mães Intercessoras de Paranavaí. O terço é rezado da Capela do Santíssimo do Santuário de Nossa Senhora do Carmo.

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Papa no dia de São Jerônimo:

Fazer da Bíblia alimento diário do diálogo com o Senhor

Francisco assinou nesta quarta-feira (3) a Carta Apostólica “Sacrae Scripturae affectus”, por ocasião do 16º centenário da morte de São Jerônimo. Durante a Audiência Geral, o exemplo do Padroeiro dos Biblistas foi motivado pelo Papa em diferentes momentos, como na saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “de bom grado, façam da Bíblia o alimento diário do diálogo de vocês com o Senhor, assim irão se tornar colaboradores sempre mais disponíveis para trabalhar pelo Reino que Jesus inaugurou neste mundo.”

Andressa Collet - Vatican NewsNesta quarta-feira (30), Dia da Bíblia, a Igreja celebra o legado de São Jerônimo, de quem é conhecida a célebre frase: “ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”. Estudou latim, grego e hebraico para melhor compreender as Escrituras e fazer traduções de muitos textos bíblicos, como a “Vulgata”, a primeira tradução da Bíblia para o latim; ele também era um enciclopédico, filósofo, teólogo, retórico e dialético. Neste 16º centenário da morte de São Jerônimo – que faleceu no ano de 420 com, praticamente, 80 anos de idade – o Papa Francisco assinou a Carta Apostólica “Sacrae Scripturae affectus”:

“Que o exemplo deste grande doutor e pai da Igreja, que colocou a Bíblia no centro da sua vida, desperte em todos um amor renovado pela Sagrada Escritura e o desejo de viver em diálogo pessoal com a Palavra de Deus.”

A Bíblia como alimento diário

Ainda na Audiência Geral desta quarta-feira (30), o Papa voltou a lembrar do Padroeiro dos Biblistas em diferentes momentos. Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, encorajou a se alimentar diariamente da Palavra de Deus:

“Hoje celebramos a memória de São Jerônimo que nos recorda que a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo. Queridos amigos, de bom grado, façam da Bíblia o alimento diário do diálogo de vocês com o Senhor, assim irão se tornar colaboradores sempre mais disponíveis para trabalhar pelo Reino que Jesus inaugurou neste mundo.”

Aos fiéis de língua espanhola, o Papa Francisco saudou, de modo especial, um grupo de sacerdotes do Pontifício Colégio Mexicano que estava no Pátio São Dâmaso, no Vaticano. Eles estão seguindo o caminho de São Jerônimo, ao buscar a formação integral permanente em Roma “para se conciliar cada dia mais a Cristo, Bom Pastor”:

“Hoje nos lembramos de São Jerônimo, um apaixonado estudante da Sagrada Escritura, que fez dela o motor e o alimento da sua vida. Que seu exemplo também nos ajude a ler e a conhecer a Palavra de Deus, ‘porque ignorar as Escrituras é ignorar Cristo’.”

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Carta Apostólica do Papa dedicada a São Jerônimo:

a “Biblioteca de Cristo”

“Verdadeiramente Jerônimo é a ‘Biblioteca de Cristo’, uma biblioteca perene que, passados dezesseis séculos, continua a ensinar-nos o que significa o amor de Cristo, um amor inseparável do encontro com a sua Palavra. Palavras do Papa Francisco, na Carta Apostólica “Scripturæ Sacræ Affectus”, uma homenagem São Jerônimo no XVI centenário da sua morte.

Jane Nogara – Vatican News - Foi publicada uma Carta Apostólica do Papa Francisco, na memória litúrgica de São Jerônimo “Scripturæ Sacræ Affectus”, uma homenagem ao santo no XVI centenário da sua morte. Francisco inicia a Carta recordando o grande amor do santo pela Sagrada Escritura: “O afeto à Sagrada Escritura, um terno e vivo amor à Palavra de Deus escrita é a herança que São Jerônimo, com a sua vida e as suas obras, deixou à Igreja. Tais expressões, tiradas da memória litúrgica do Santo,  dão-nos uma chave de leitura indispensável para conhecermos, no XVI centenário da morte, a sua figura saliente na história da Igreja e o seu grande amor a Cristo”.

Visão na Quaresma de 375

Na Introdução do documento o Papa recorda a vida do santo, seu percurso, seus estudos que iniciaram a partir da visão, talvez na Quaresma de 375: “Aquele episódio da sua vida concorre para a decisão de se dedicar inteiramente a Cristo e à sua Palavra, consagrando a sua existência a tornar as palavras divinas cada vez mais acessíveis aos outros, com o seu trabalho incansável de tradutor e comentador”. E afirma: “Colocando-se à escuta na Sagrada Escritura, Jerônimo encontra-se a si mesmo, encontra o rosto de Deus e o dos irmãos, e apura a sua predileção pela vida comunitária”.

A chave sapiencial do seu retrato

“Para uma plena compreensão da personalidade de São Jerônimo – explica o Papa - é necessário combinar duas dimensões caraterísticas da sua existência de crente: por um lado, a consagração absoluta e rigorosa a Deus, renunciando a qualquer satisfação humana, por amor de Cristo crucificado (cf. 1 Cor 2, 2; Flp 3, 8.10); por outro, o empenho assíduo no estudo, visando exclusivamente uma compreensão cada vez maior do mistério do Senhor. É precisamente este duplo testemunho, admiravelmente oferecido por São Jerônimo, que se propõe como modelo, antes de tudo, para os monges, a fim de encorajar quem vive de ascese e oração a dedicar-se ao labor assíduo da pesquisa e do pensamento; e, depois, para os estudiosos a fim de se recordarem que o conhecimento só é válido religiosamente se estiver fundado no amor exclusivo a Deus, no despojamento de toda a ambição humana e de toda a aspiração mundana”.

“A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo”

Recordando o amor do santo pela Sagrada Escritura o Pontífice destaca que “nos últimos tempos, os exegetas descobriram a genialidade narrativa e poética da Bíblia, exaltada precisamente pela sua qualidade expressiva; Jerônimo, ao contrário, destacava mais, na Escritura, o caráter humilde com que Deus Se revelou expressando-se na natureza áspera e quase primitiva da língua hebraica, quando comparada com o primor do latim ciceroniano. Portanto, não é por um gosto estético que ele se dedica à Sagrada Escritura, mas apenas – como é bem sabido – porque ela o leva a conhecer Cristo, pois a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo”.

Obediência

“O amor apaixonado de São Jerônimo às divinas Escrituras está imbuído de obediência: antes de tudo, obediência a Deus, que Se comunicou em palavras que exigem escuta reverente  e, consequentemente, obediência também a quantos na Igreja representam a tradição interpretativa viva da mensagem revelada”.

A Vulgata

“Mas – lê-se na Carta - para os leitores de língua latina, não existia uma versão completa da Bíblia na sua língua; havia apenas algumas traduções, parciais e incompletas, feitas a partir do grego. Cabe a Jerônimo – e, depois dele, aos seus continuadores – o mérito de ter empreendido uma revisão e uma nova tradução de toda a Escritura. Tendo começado em Roma, com o encorajamento do Papa Dâmaso, a revisão dos Evangelhos e dos Salmos, depois, já no seu retiro em Belém, lançou-se à tradução de todos os livros veterotestamentários diretamente do hebraico; uma obra, que se prolongou por vários anos”.

A tradução como inculturação

“Com esta sua tradução, Jerônimo conseguiu ‘inculturar’ a Bíblia na língua e cultura latinas, tornando-se esta operação um paradigma permanente para a ação missionária da Igreja” . Na verdade, ‘quando uma comunidade acolhe o anúncio da salvação, o Espírito Santo fecunda a sua cultura com a força transformadora do Evangelho’,  estabelecendo-se assim uma espécie de circularidade: se a tradução de Jerônimo é devedora à língua e à cultura dos clássicos latinos, cujos vestígios são bem visíveis, por sua vez ela, com a sua linguagem e o seu conteúdo simbólico e rico de imagens, tornou-se um elemento criador de cultura”.

Biblioteca de Cristo

Por fim, o Papa faz um apelo: “Entre muitos elogios feitos a São Jerônimo pelos seus vindouros, encontra-se este: não foi considerado simplesmente um dos maiores cultores da ‘biblioteca’ de que se nutre o cristianismo ao longo dos tempos, a começar pelo tesouro da Sagrada Escritura, mas aplica-se-lhe aquilo que ele mesmo escreveu sobre Nepociano: ‘Com a leitura assídua e a meditação constante, fizera do seu coração uma biblioteca de Cristo’. Recordando que “Jerônimo não poupou esforços para enriquecer a sua biblioteca, vendo nela um laboratório indispensável para a compreensão da fé e para a vida espiritual; e, nisto, constitui um exemplo admirável também para o presente”.

“Verdadeiramente Jerônimo é a ‘Biblioteca de Cristo’, uma biblioteca perene que, passados dezesseis séculos, continua a ensinar-nos o que significa o amor de Cristo, um amor inseparável do encontro com a sua Palavra”.

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                                                                                                                        Fonte: vaticannews.va

Papa na Audiência Geral desta quarta:

Encontrar a cura

também para os grandes vírus humanos e socioeconômicos

"Um pequeno vírus continua causando feridas profundas e desmascara as nossas vulnerabilidades físicas, sociais e espirituais. Mostrou a grande desigualdade que reina no mundo: desigualdade de oportunidades, de bens, de acesso aos cuidados médicos, de tecnologia, educação, milhões de crianças não podem ir à escola, e assim por diante", disse Francisco na Audiência Geral.

Mariangela Jaguraba - Vatican News - “Curar o mundo. Preparar o futuro junto com Jesus que salva e cura.” Este foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (30/09), realizada no Pátio São Dâmaso, dedicada ao tema da pandemia de coronavírus.

O Pontífice recordou que “nas últimas semanas, à luz do Evangelho, refletimos juntos sobre como curar o mundo que sofre de um mal-estar que a pandemia realçou e acentuou”. “O mal-estar já existia. A pandemia o acentuou e aumentou. Percorremos os caminhos da dignidade, da solidariedade e da subsidiariedade, caminhos indispensáveis para promover a dignidade humana e o bem comum”, sublinhou Francisco.

Na qualidade de discípulos de Jesus, começamos a seguir os seus passos optando pelos pobres, repensando o uso dos bens e cuidando da Casa comum. No meio da pandemia que nos aflige, ancoramo-nos nos princípios da Doutrina Social da Igreja, deixando-nos guiar pela fé, esperança e caridade. Aqui encontramos uma ajuda sólida para ser agentes de transformação que sonham alto, não se detêm nas mesquinharias que dividem e magoam, mas encorajam a gerar um mundo novo e melhor.

Gritos que exigem de nós outro rumo

O Papa frisou que gostaria que este percurso continuasse quando terminar suas catequeses sobre o tema da pandemia, que possamos continuar caminhando juntos, «mantendo o nosso olhar fixo em Jesus», que salva e cura o mundo.

O Evangelho nos mostra que “Jesus curou doentes de todos os tipos, restituiu a visão aos cegos, a palavra aos mudos, a audição aos surdos. Quando curava doenças e enfermidades físicas, curava também o espírito, perdoando os pecados, porque Jesus perdoa sempre, assim como as “dores sociais”, incluindo os marginalizados. Jesus, que renova e reconcilia cada criatura, nos concede os dons necessários para amar e curar como Ele sabia fazer, para cuidar de todos sem distinção de raça, língua ou nação”.

Segundo Francisco, “para que isto aconteça realmente, temos necessidade de contemplar e apreciar a beleza de cada ser humano e de cada criatura. Fomos concebidos no coração de Deus. «Cada um de nós é o fruto de um pensamento de Deus. Cada um de nós é querido, cada um de nós é amado, cada um é necessário». Além disso, toda criatura tem algo a dizer-nos sobre Deus Criador. Reconhecer esta verdade e dar graças pelos laços íntimos da nossa comunhão universal com todas as pessoas e todas as criaturas ativa «um cuidado generoso e cheio de ternura». Ajuda-nos também a reconhecer Cristo presente nos nossos irmãos e irmãs pobres e sofredores, a encontrá-los e a ouvir o seu grito e o grito  da terra que lhe faz eco”. A seguir, acrescentou:

Mobilizados interiormente por estes gritos que exigem de nós outro rumo, exigem mudanças, poderemos contribuir para a cura das relações com os nossos dons e capacidades. Poderemos regenerar a sociedade e não voltar à chamada “normalidade”, que é uma normalidade doente, que estava doente antes da pandemia. A pandemia a acentuou. Agora voltamos à normalidade. Não, isso não é bom. Esta normalidade era doente de injustiça, desigualdade e degradação ambiental.

Um pequeno vírus continua causando feridas profundas

O Papa observou que “a normalidade a que somos chamados é a do Reino de Deus, onde «os cegos veem, os coxos caminham, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres...». Ninguém se faça de bobo olhando para o outro lado! Na normalidade do Reino de Deus o pão chega a todos e sobeja, a organização social baseia-se em contribuir, partilhar e distribuir, não em possuir, excluir e acumular. Estes dois gestos, não? Este é o gesto que faz ir adiante uma sociedade, uma família, um bairro, uma cidade, todos: dar-se, dar, que não é dar esmola, não: é dar do coração. E não o gesto que puxa para trás com egoísmo, a ânsia de possuir e todas essas coisas. A forma cristã de fazer isto não é uma forma mecânica: é uma forma humana. Não poderemos sair da crise, evidenciada pela pandemia, mecanicamente: com novos aparelhos... que são muito importantes! “Eh, Padre, há inteligência artificial...”: é importante, nos faz ir adiante. Não tenha medo dessas coisas, mas sabendo que nem mesmo os meios mais sofisticados podem fazer uma coisa: eles podem fazer muitas coisas, mas não podem fazer uma coisa: a ternura. E a ternura é o sinal da presença de Jesus, o aproximar-se ao próximo para fazer com que vá adiante, para curar, ajudar, sacrificar-se pelo outro. Não se esqueçam disso”.

Um pequeno vírus continua causando feridas profundas e desmascara as nossas vulnerabilidades físicas, sociais e espirituais. Mostrou a grande desigualdade que reina no mundo: desigualdade de oportunidades, de bens, de acesso aos cuidados médicos, de tecnologia, educação, milhões de crianças não podem ir à escola, e assim por diante. Estas injustiças não são naturais nem inevitáveis. São obra do homem, provêm de um modelo de crescimento desligado dos valores mais profundos. O desperdício de alimento. O desperdício do alimento que sobra. Com esse desperdício é possível dar de comer a todos! E isto fez com que muitas pessoas perdessem a esperança e aumentou a incerteza e a angústia.

“É por isso que, para sairmos da pandemia, temos que encontrar a cura não só para o coronavírus, mas também para os grandes vírus humanos e socioeconômicos. E certamente não podemos esperar que o modelo econômico subjacente ao desenvolvimento injusto e insustentável resolva os nossos problemas. Não o fez e não o fará, porque não pode fazê-lo, embora certos falsos profetas continuam prometendo o “efeito dominó” que nunca chega.”

Vocês já ouviram falar do teorema do copo: o importante é que o copo se encha e depois transborda sobre os pobres e outros, e eles recebem as riquezas. Mas existe um fenômeno: o copo começa a encher e quando está quase cheio, o copo cresce e cresce e nunca transborda, nunca. Fiquem atentos!

Trabalhar para gerar boas políticas

Segundo o Pontífice, “temos que trabalhar urgentemente para gerar boas políticas, para conceber sistemas de organização social que recompensem a participação, o cuidado e a generosidade, e não a indiferença, a exploração e os interesses particulares. Temos de ir adiante com ternura. Uma sociedade solidária e equitativa é uma sociedade mais saudável. Uma sociedade participativa, onde os “últimos” são considerados como os “primeiros”, fortalece a comunhão. Uma sociedade onde a diversidade é respeitada é muito mais resistente a qualquer tipo de vírus”.

O Papa concluiu sua catequese, convidando a colocar “este caminho de cura sob a proteção da Virgem Maria, Nossa Senhora da Saúde. Ela, que carregou Jesus no seu ventre, nos ajude a ser confiantes. Animados pelo Espírito Santo, podemos trabalhar juntos para o Reino de Deus que Cristo inaugurou neste mundo, vindo entre nós. Um reino de luz no meio das trevas, de justiça no meio de tantos ultrajes, de alegria no meio de tanta dor, de cura e salvação no meio da doença e da morte. Deus nos conceda “viralizar” o amor e globalizar a esperança à luz da fé”.

Nas pegadas de São Jerônimo

Após a catequese, o Pontífice lembrou que hoje assinou a Carta Apostólica «Sacrae Scripturae affectus», no 16º centenário da morte de São Jerônimo. “Que o exemplo deste grande doutor e Padre da Igreja, que colocou a Bíblia no centro de sua vida, desperte em todos um amor renovado pela Sagrada Escritura e o desejo de viver em diálogo pessoal com a Palavra de Deus”.

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Veja:


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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Festa de São Miguel Arcanjo é celebrada

nesta terça-feira, com restrições devido à Pandemia

O dia 29 de setembro foi escolhido pela Igreja para unificar a celebração da festa solene dos três arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. De acordo com a teologia católica, esses três arcanjos estão ao redor de Deus servindo como mensageiros.

Entre ele, São Miguel se destaca como o Príncipe da Milícia Celeste, por sua missão de proteger os fiéis nas lutas contra satanás e seus anjos do mal. Segundo a tradição judaico-cristã, o nome do Arcanjo Miguel tem como significado em hebraico: “Quem como Deus”. Essa foi a frase que ele gritou no combate primitivo dos anjos de Lúcifer contra os anjos de Deus.

Dom Edmar Peron
O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da CNBB, dom Edmar Peron, disse em uma de suas homilias que a Igreja tem como tradição a compreensão de que anjo é mensageiro e São Miguel é um deles.

“Hoje nós celebramos conjuntamente São Miguel, São Rafael e o anunciador São Gabriel. Eles nos ajudam a entender que Deus vem ao nosso encontro, comunica-nos a sua palavra, revela-nos o seu projeto e nós, à medida em que caminhamos, vamos acolhendo para nossa vida a palavra do Senhor. Quando nós acolhemos em nossas vidas a Palavra do Senhor, nos tornamos mensageiros de Deus, missionários, anjos de Deus para os irmãos e irmãs”, destacou.

No Brasil, a devoção a São Miguel e a quaresma (quarenta dias) dedicada a ele tem ganhado cada vez mais força por causa da súplica de sua intercessão e proteção. Dom Edmar apontou ainda na homilia que falar da fé é uma parte da missão do cristão que é também mensageiro, aquele que socorre o irmão.

“Quem como Deus para nos socorrer? Mas, também como Ele, quem vai fazer com o irmão, a irmã caída? Algumas vezes nós nos aproximamos dessas pessoas, outras vezes somos nós que precisamos de que alguém se aproxime de nós e seja mensageiro de Deus naquele momento da nossa vida. Nós mesmos temos necessidades de que alguém seja anjo para nós, mensageiro de Deus para nós”, ressaltou.

Em Itapetininga (SP), onde fica a Basílica de São Miguel Arcanjo – única no Brasil dedicada ao Arcanjo – este ano vai celebrar a festa solene com várias restrições por causa da pandemia do coronavírus. Atendendo todas as normas sanitárias, a paróquia aumentou o número de missas, mas para participar é necessário agendar antes. Nesta terça-feira, uma carreata levando a imagem de São Miguel Arcanjo, sairá pelas ruas da cidade. A concentração será às 18h em frente a Basílica.

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“Vinde ver”.

Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão

Este é o tema da mensagem do Papa Francisco para o próximo dia Mundial das Comunicações Sociais. O Santo Padre escolheu as palavras de Filipe para lembrar que a comunicação pode tornar possível a proximidade necessária para reconhecer o que é essencial e compreender realmente o significado das coisas.

Vatican News - Foi divulgado, nesta terça-feira (29/09), o tema da mensagem do Papa Francisco para o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado em maio de 2021.

“'Vinde ver' (Jo 1, 46). Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão” é o tema escolhido pelo Santo Padre.  

“Vinde ver”. Essas palavras do apóstolo Filipe são centrais no Evangelho: o anúncio cristão, ao invés de palavras, é feito de olhares, testemunhos, experiências, encontros e proximidade. Em uma palavra, vida. Essas palavras, citadas no Evangelho de João (1, 43-46), foram escolhidas pelo Papa Francisco como tema da 55ª Mensagem para o Dia das Comunicações Sociais. “Comunicar encontrando as pessoas como e onde estão” é o subtítulo.

Eis a citação evangélica: “No dia seguinte, Jesus resolveu partir para a Galileia e encontrou Filipe. Jesus lhe disse: 'Segue-me'. Filipe era de Betsaida, a cidade de André e Pedro. Filipe encontrou Natanael e lhe disse: 'Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José, de Nazaré'. Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair algo de bom? Filipe lhe disse: 'Vem e vê'”.

Na mudança de época que estamos vivendo, num tempo que nos obriga à distância social por causa da pandemia, a comunicação pode tornar possível a proximidade necessária para reconhecer o que é essencial e compreender realmente o significado das coisas.

Não conhecemos a verdade se não fazemos experiência, se não encontramos as pessoas, se não participamos de suas alegrias e tristezas. O velho ditado “Deus encontra você onde você está” pode ser um guia para aqueles que trabalham na mídia ou na comunicação na Igreja. No chamado dos primeiros discípulos, com Jesus que vai ao seu encontro e os convida a segui-lo, vemos também o convite para usar todos os meios de comunicação, em todas as suas formas, para alcançar as pessoas como são e onde vivem.

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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Exortação Apostólica "Verbum Domini:

a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja

Introdução

Caminhando para a conclusão do mês da Bíblia, quero propor-lhe, uma leitura ou releitura da Exortação Apostólica “Verbum Domini”, do Papa Bento XVI sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja (setembro de 2010). A partir do Concílio Vaticano II intensificou-se na Igreja os estímulos para que os católicos conheçam a Palavra de Deus e dela se alimentem cotidianamente. A XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que aconteceu no Vaticano de 5 a 26 de Outubro de 2008, teve como tema A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.

No ano 2010, o Papa Bento XVI presenteou a Igreja com uma linda Exortação Apostólica. Nela manifestou seu desejo de indicar “linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial” (N.1).

O documento é composto por uma introdução, três partes e uma conclusão. Neste artigo pretendo ressaltar alguns aspectos significativos desse bonito documento, estimulando, sobretudo os leigos católicos, a tomarem conhecimento do mesmo, usufruindo da sua riqueza e de seu estimulante conteúdo.

Encontro pessoal com a Palavra

Na introdução (N. 1-5), o Papa deseja que a Exortação estimule a redescoberta da Palavra divina como fonte de constante renovação da vida da Igreja e espera que, cada vez mais, a Palavra de Deus se torne o coração de toda a atividade eclesial. A Palavra do Senhor permanece eternamente. A Palavra que a Igreja anuncia é o próprio Filho de Deus, que desde o princípio está junto de Deus, fez-Se carne e veio habitar entre nós (cf. Jo 1,14; 1Jo 1,2-3).

Além disso, o papa desejou estimular os fiéis católicos a serem anunciadores da Palavra para que o dom da vida divina seja conhecido em todo o mundo. É preciso renovar o sentimento de alegria que deriva do encontro com a Pessoa de Cristo, Palavra de Deus presente no meio de nós e confessarmos como Pedro que só Ele tem «palavras de vida eterna» (Jo 6,68).

A Palavra de Deus se comunica

Na I Parte do referido documento (cf. N. 6-49) o papa Bento insiste no dinamismo da Palavra de Deus; Deus se Comunica entrando em diálogo conosco. A novidade da revelação bíblica consiste no fato de que Deus se dá a conhecer no diálogo que deseja ter conosco. Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como a amigos, convive com eles e os convidar à comunhão com Ele. O Filho unigênito, gerado pelo Pai antes de todos os séculos tem a mesma natureza do Pai (é consubstancial a Ele). Por isso, Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria, é realmente o Verbo de Deus que se fez consubstancial (igual em natureza) a nós.

Veneramos extremamente as Sagradas Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma «religião do Livro»: o cristianismo é a «religião da Palavra de Deus». A Sagrada Escritura deve ser proclamada, escutada, lida, acolhida e vivida como Palavra de Deus, no sulco da Tradição Apostólica de que é inseparável.

A Palavra de Deus tem múltiplas dimensões: cósmica, porque tudo começou a existir por meio d’Ela, e, sem Ela, nada foi criado (cf. Gn 1; Jo 1,3) por isso, ela nos convida a conhecer o Criador; tem uma dimensão ecológica pois nos revela plenamente o significado de cada criatura; tem uma dimensão cristológica, pois nela podemos contemplar o rosto de Jesus de Nazaré; a Palavra de Deus também tem uma dimensão escatológica pois Jesus Cristo nos deu a conhecer o sentido definitivo da criação e da história. Todo esse dinamismo da Palavra e seu sentido só podem ser entendidos através do Espírito Santo (cf. N.15-20). A Palavra de Deus está em íntima relação com o Espírito. Não é possível uma compreensão autêntica da revelação cristã fora da ação do Espírito Santo.

A Palavra de Deus também tem uma profunda relação com a Tradição (cf. N. 117-18). Ela foi pronunciada no tempo, deu-Se e «entregou-Se» à Igreja definitivamente para que o anúncio da Salvação possa ser eficazmente comunicado em todos os tempos e lugares. O próprio Jesus Cristo mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes.

A Palavra de Deus e a Igreja

Na segunda parte dessa Carta do papa Bento XVI, a Palavra de Deus é apresentada como o alimento que nutre a Igreja desde os seus primórdios (cf. N. 50). Dela a Igreja se alimentou no passado e se nutre no presente; a relação entre Cristo e a Igreja não pode ser compreendida como acontecimento do passado, mas trata-se de uma relação vital no presente. Assim prometeu Jesus, a Palavra de Deus: «Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20).

A Palavra de Deus permeia a vida da Igreja: na liturgia (cf. N. 52-57), nas homilias (cf. N. 58-60) e nos mais variados momentos da vida da Igreja como nas peregrinações, festas particulares, missões populares, retiros espirituais e dias especiais de penitência, reparação e perdão (cf. N. 64-73). Mas é necessário educar o Povo de Deus para redescobrir a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja que significa também redescobrir o sentido do recolhimento e da tranquilidade interior.

A palavra de Deus anima e sustenta a pastoral. Com particular sensibilidade pastoral o papa estimula a darmos atenção aos cegos e aos surdos que, por causa da própria condição, sentem dificuldade em participar ativamente na liturgia (cf. N.71-76).

A Palavra de Deus no Mundo

Na terceira parte o papa Bento XVI fala da necessidade do anúncio da Palavra de Deus ao mundo. A Igreja anuncia ao mundo a Palavra da Esperança (cf. 1Pd 3,15); o homem precisa da «grande Esperança» para poder viver o seu próprio presente (cf. N. 91-94). A primeira comunidade cristã difundia a Palavra por meio da pregação e do testemunho (cf. At 6,7). Paulo testemunhava: «já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gl 220); «Ai de mim se não evangelizar!» (1 Cor 9,16).

A Palavra de Deus gera o compromisso de promoção da justiça na sociedade (cf. N. 100-101), por isso deve ser anunciada aos jovens (cf. N. 104), migrantes (cf. N. 105), doentes (cf. N. 106), pobres (cf. N. 107); a Palavra de Deus nos estimula a cuidar do meio ambiente (cf. N. 108), ilumina as culturas (cf. N. 109), escolas e universidades (cf. N. 111); a Palavra de Deus também deve ser anunciada ao mundo das Artes (cf. N. 112), da comunicação social (cf. N. 113-114) e estimular o diálogo entre as Religiões (cf. N. 117-119).

Concluindo o documento o Papa Bento XVI adverte os fieis a não esquecerem que, na base de toda a espiritualidade cristã autêntica e viva, está a Palavra de Deus anunciada, acolhida, celebrada e meditada na Igreja. A Igreja animada pelo Espírito vive a tensão missionária do anúncio da Palavra de Deus que cura e liberta todo o homem; por isso, é nosso dever cada vez mais, viver o tempo de uma nova escuta da Palavra de Deus e de uma nova evangelização (cf. N.121-124).

PARA REFLEXÃO PESSOAL:

1. Você já leu esse documento?

2. O que significa para você “encontro com a Palavra de Deus”?

3. Por que São Paulo afirmava: «Ai de mim se não evangelizar!» (1 Cor 9,16)?

                                            Dom Antonio de Assis Ribeiro - Bispo Auxiliar de Belém do Pará

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domingo, 27 de setembro de 2020

Hojé a Igreja celebra

 São Vicente de Paulo

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).

Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

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Papa no Angelus:

Jesus nos pede uma fé que muda a vida, não "de fachada".

Na alocução que precedeu a Oração Mariana do Angelus, Francisco usou da parábola "dos dois irmãos" do Evangelho deste domingo (27), do exemplo que brota dentro das famílias, para nos mostrar o caminho da conversão, que "às vezes é doloroso", exige renúncia e combate espiritual "para não cair na tentação". A vida cristã "não é feita de sonhos e de belas aspirações, mas de compromissos concretos para nos abrir cada vez mais à vontade de Deus e ao amor pelos irmãos". Mas isso, advertiu o Pontífice, "não pode ser feito sem a graça" de ser um bom cristão.

Andressa Collet – Vatican News - Um domingo chuvoso, típico de início de outono no hemisfério norte, não espantou os peregrinos que foram à Praça São Pedro rezar com o Papa Francisco a Oração Mariana do Angelus. "Na minha terra se diz: 'com mau tempo, cara boa'. Com essa 'cara boa' eu digo a vocês: bom dia!", disse o Pontífice ao saudar os fiéis que enfrentavam a forte chuva, entre uma colorida seleção de guarda-chuvas e bandeiras. 

Ao comentar o Evangelho do dia (cf. 21:28-32), o Papa usou a parábola dos dois filhos para nos ensinar sobre a conversão, para aprendermos a passar da palavra à ação. Enquanto um deles negou o trabalho na vinha e depois se arrependeu; o outro filho disse imediatamente sim, mas, na realidade, não correspondeu ao pedido do pai.

“A obediência não consiste em dizer ‘sim’ ou ‘não’, mas sempre em agir, em cultivar a vinha, em realizar o Reino de Deus, em fazer o bem. Com esse simples exemplo, Jesus quer superar uma religião entendida apenas como prática externa e habitual, que não afeta a vida e as atitudes das pessoas, uma religiosidade superficial, somente 'ritual', no sentido feio da palavra.”

Os privilegiados da Graça

O Pontífice, então, ao comentar a parábola, disse que os publicanos e as prostitutas, "isto é, os pecadores" a preceder “os expoentes dessa religiosidade ‘de fachada’, que Jesus desaprova, que , naquela época, eram ‘os sumos sacerdotes e os anciãos do povo’ (Mt 21,23). 

“Essa afirmação não deve nos levar a pensar que aqueles que se dão bem são aqueles que não seguem os mandamentos de Deus, aqueles que não seguem a moral, e dizem: ‘em todo caso, aqueles que vão à Igreja são piores do que nós’. Não, não é esse o ensinamento de Jesus. Jesus não aponta os publicanos e as prostitutas como modelos de vida, mas como ‘privilegiados da Graça’. E gostaria de enfatizar essa palavra 'graça', a graça, porque a conversão sempre é uma graça. Uma garça que Deus oferece a qualquer um que se abre e se converte a Ele. De fato, essas pessoas, ouvindo a sua pregação, se arrependeram e mudaram a vida.”

A  misericórdia sem limites de Deus

O Papa encoraja, assim, à conversão, porque “Deus é paciente conosco: não se cansa, não desiste depois do nosso ‘não’” e nem de quando nos afastamos ou cometemos erros. O Senhor sempre no acolhe para “nos encher da sua misericórdia sem limites”.

“A fé em Deus pede para renovar todos os dias a escolha do bem em detrimento do mal, a escolha da verdade em detrimento da mentira, a escolha do amor ao próximo em detrimento do egoísmo. Quem se converte a essa escolha, após ter experimentado o pecado, encontrará os primeiros lugares no Reino dos Céus, onde há mais alegria para um único pecador que se converte do que para 99 justos (cf. Lc 15,7).”

O processo de purificação da conversão

Francisco, então, ao concluir a mensagem ao povo de Deus neste domingo (27), pediu a intercessão da Virgem Maria para nos ajudar nesse processo de conversão, através da ação do Espírito Santo, que “derrete a dureza dos corações e os dispõe ao arrependimento”.

“A conversão, mudar o coração, é um processo que purifica das incrustações morais. E, às vezes, é um processo doloroso, porque não caminho da santidade sem alguma renúncia e sem o combate espiritual. […] O Evangelho de hoje põe em questão a maneira de viver a vida cristã, que não é feita de sonhos e de belas aspirações, mas de compromissos concretos para nos abrir cada vez mais à vontade de Deus e ao amor pelos irmãos. Mas isso, inclusive o menor empenho concreto, não pode ser feito sem a graça. A conversão é uma graça que devemos pedir sempre: 'Senhor, me dê a graça de melhorar, a graça de ser um bom cristão.”

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Assista:
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                                                                                                                        Fonte: vaticannews.va

sábado, 26 de setembro de 2020

Reflexão para o

26º Domingo do Tempo Comum

Jesus se humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, tudo isso para nos salvar. Essa foi a grande missão do Senhor, nos reconciliar com o Pai e entre nós mesmos e com toda a Criação.

Se cumpro os mandamentos, se pratico o bem e evito o mal, porque sofro?

Quem está certo? Deus ou o homem? EZEQUIEL 18, 25-28, a primeira leitura proposta pela liturgia de hoje, nos esclarece essa questão.

Lendo o versículo 26 – “Com efeito, ao renunciar o justo à sua justiça e ao fazer o mal, é em virtude do mal que praticou que ele morre. E se o ímpio renunciar à sua impiedade, passando a praticar o direito e a justiça, salva a própria vida” – entendo que somos responsáveis por nossas opções, conforme lemos em Deuteronômio 30, 15-20.

Se minha vida for um constante SIM a Deus, certamente a consolação, a felicidade farão parte de meu modo de ser e, mesmo que eu pratique algum erro, o incômodo desse mal me perturbará e a volta à pratica do bem será conatural; o bem faz parte de meu modo de ser, de existir. Mesmo que, circunstancialmente, eu tenha optado pelo mal, ao sofrer as consequências dessa opção e até bem antes, o mal estar ocasionado por ela, tudo me levará ao retorno ao bem, à minha casa e aí experienciarei, mais uma vez, ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, o Bem Absoluto. Só em Deus descansarei minha alma, minha psique, todo meu ser!

“Tende e vós o mesmo sentimento, que existe em Cristo Jesus”, nos sugere Paulo na segunda leitura, tirada de Filipenses 2, 1-11.

Jesus se humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, tudo isso para nos salvar. Essa foi a grande missão do Senhor, nos reconciliar com o Pai e entre nós mesmos e com toda a Criação.  Portanto, se somos cristãos, se aceitamos o batismo no sangue do Senhor, deveremos, como ele, procurar servir a Deus e ao irmão. Do mesmo modo que Jesus se despojou de seu manto para lavar os pés de seus discípulos e se envolveu com uma toalha, deveremos nos despir de nossos sentimentos de superioridade e nos vestirmos com o espírito de serviço. Olhemos para a Virgem Maria que, ao saber-se Mãe de Deus, subiu a montanha para servir sua prima, a mãe do precursor de seu filho. No Cristianismo, aquele que objetivamente é mais, deverá servir, de coração, o irmão que socialmente ocupa um nível inferior ao seu. Mais, se somos batizados, somos irmãos e deveremos colaborar para o bem comum, mesmo que o líder seja de outro partido ou grupo ideológico; o que deve imperar em minha mente e coração é ser o outro batizado e a finalidade da ação do rival é o bem comum. Se sou de Cristo, devo colaborar para o bem de todos, não importando quem vai levar a glória. Mas sabendo que tudo colabora para o bem dos filhos de Deus e que Jesus Cristo é o Senhor!

Finalmente o Evangelho, extraído de Mateus 21, 28 – 32 nos apresenta a parábola em que Jesus, se dirigindo aos “sábios e perfeitos” de Israel, sentado no centro religioso, político, econômico e ideológico – Jerusalém - inicia dizendo que “Um homem tinha dois filhos e conclui sua fala ao dizer que “os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus”.

A parábola nos leva a identificar o filho mais velho com os pecadores, que disseram não à Lei do Amor, colocada pelo Pai no coração e na mente de todos os homens, por Ele criados. Aí se incluem os cobradores de impostos, as prostitutas, os pobres por serem analfabetos e, exatamente por isso, não poderem estudar a Lei, enfim, todos os marginalizados. Mas, ao acolherem o socorro de Deus, ouvindo Jesus de Nazaré, dizem sim como disseram Zaqueu, Madalena, o cego Bartimeu e tantos e tantos outros. Eles não apenas mudaram de vida, deixando de serem do grupo do “não”, mas se tornaram discípulos e apóstolos.

No grupo segundo, o do filho mais novo, que diz sim, mas não vai, temos a elite: os fariseus e seus grupos equivalentes, os escribas e os doutores da Lei, os anciãos, o Sinédrio e todos aqueles que se sentiam perfeitos e membros da “meritocracia”.

Concluindo, fazendo nossa opção pela Lei de Deus, seguindo o exemplo de Jesus ao se humilhar para nos servir e ingressando no grupo do filho mais velho, já convertido, nos perfilaremos junto a todos aqueles que dizem sim ao projeto do Pai, sejam conscientes da vontade do Altíssimo, ou apenas seguindo a voz do coração e da inteligência; sigamos a voz interior que nos impulsiona a lutarmos pela justiça do Reino, onde os seres criados vivem a fraternidade querida pelo Pai.

                                                                                                              Pe. César Augusto, SJ

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Baixe o roteiro para

Celebrar em Família o 26º Domingo do Tempo Comum

A Igreja celebra, no dia 27 de setembro, o 26º Domingo do Tempo Comum. Para favorecer a participação na liturgia daqueles que não podem participar das missas presencialmente, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece o roteiro Celebrar em Família, com o rito da Celebração da Palavra.

O material contém a leitura, o salmo e o Evangelho do 26º Domingo do Tempo Comum, dentro da estrutura do rito de celebração da Palavra.

“Vivendo a dignidade de povo sacerdotal que nosso batismo nos conferiu, podemos não só acompanhar, mas CELEBRAR com nossas famílias o Dia do Senhor“, afirma a Comissão.

BAIXE AQUI O ROTEIRO PARA A CELEBRAÇÃO EM FAMÍLIA

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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Papa Francisco em discurso para a Assembleia Geral da ONU:

Cultura do descarte

é um atentado contra a humanidade. ONU seja oficina de paz.

Em seu discurso na 75ª Assembleia Geral da ONU, Francisco denunciou as mazelas de uma "humanidade violada" por guerras e pelo desrespeito à vida humana e ao meio ambiente. Neste mundo em conflito, afirmou, é preciso que a ONU "se transforme numa oficina de paz cada vez mais eficaz, em que os membros do Conselho de Segurança, sobretudo os Permanentes, atuem com maior unidade e determinação".

Bianca Fraccalvieri – Vatican News - Coronavírus, desigualdade, perseguição religiosa, armas, Amazônia e família: estes são alguns dos temas tratados pelo Papa Francisco no seu pronunciamento na 75° Assembleia Geral das Nações Unidas.

Assim como fizeram outros líderes de Estado e de governo, a participação do Pontífice foi virtual, através de uma videomensagem gravada no Vaticano.

O discurso durou pouco mais de 26 minutos, durante os quais Francisco tocou os principais temas da atualidade, começando com o mais urgente e abrangente: a pandemia da Covid-19.

A crise sanitária nos levou a uma encruzilhada: ou enveredamos pelo caminho de uma renovada corresponsabilidade e solidariedade mundial ou percorremos a estrada do isolamento e deixamos de lado os mais vulneráveis. “Esta segunda opção não deve prevalecer”, advertiu Francisco.

O Pontífice então renovou seu apelo aos responsáveis políticos e ao setor privado para que tomem as medidas adequadas para garantir o acesso às vacinas contra a COVID-19. “Se tiver que privilegiar alguém, que seja o mais pobre”, afirmou. 

Humanidade violada

Ao falar sobre as consequências da pandemia, o Papa se mostrou particularmente preocupado com os trabalhadores, que perdem sempre mais espaço para a “robotização”. “A solidariedade não pode ser uma palavra ou uma promessa vazia”, disse, acrescentando ser necessário encontrar novas formas de trabalho capazes de satisfazer o potencial humano, no respeito da sua dignidade. Em outras palavras, é necessário um “marco ético” mais forte.

A este ponto, Francisco usou uma das expressões mais enfáticas do seu discurso ao afirmar que a cultura do descarte hoje em vigor é um “atentado contra a humanidade”.

“De fato, é doloroso ver quantos direitos fundamentais continuam sendo violados com impunidade. A lista dessas violações é muito extensa e nos mostra a terrível imagem de uma humanidade violada, ferida, sem dignidade, liberdade e possibilidade de desenvolvimento.”

Nesta lista de violações, Francisco incluiu a perseguição religiosa, que pode resultar em genocídio. Entre as vítimas, estão também cristãos: “quantos sofrem ao redor do mundo, às vezes obrigados a deixar suas terras ancestrais, isolados de sua rica história e cultura”.

Este atentado contra a humanidade produz conflitos por toda a parte, “crises humanitárias se transformaram no statu quo, onde os direitos à vida, à liberdade e à segurança pessoal não estão garantidos”.

Muitos desses conflitos provocam migração forçada, em que os deslocados sofrem violações nos países de origem, trânsito e destino. “Isso é intolerável, todavia, hoje é uma realidade que muitos ignoram intencionalmente!”, denunciou o Papa, pedindo o respeito dos tratados internacionais.

A Amazônia e a crise ambiental

Outros temas mencionados pelo Pontífice foram o da desigualdade social - e o crescente abismo entre ricos e pobres – e a injustiça econômica. Mais uma vez, pediu a redução ou abolição da dívida externa dos países mais pobres. “Este é o tempo propício para renovar a arquitetura financeira internacional”, afirmou.

Para falar de outra crise – a ambiental – o Papa citou a Amazônia e suas populações indígenas. E recordou que a crise ambiental está indissoluvelmente ligada a uma crise social, reiterando que a Santa Sé seguirá desempenhando seu papel no cuidado da casa comum.

Francisco foi contundente ao denunciar a situação de milhões de crianças no mundo, agravada com a pandemia. Citou os menores migrantes não acompanhados, as crianças vítimas de violência, maus-tratos, pedofilia, trabalho escravo, crianças sem direito à saúde e educação e, pior, sem direito à vida.

“Imploro, pois, às autoridades civis que prestem especial atenção às crianças a quem lhes são negados seus direitos e dignidade fundamentais, em especial seu direito à vida e à educação. Não posso evitar de recordar o apelo da jovem valente Malala Yousafzai, que há cinco anos, na Assembleia Geral, nos recordou que “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo".”

Defender as crianças, prosseguiu o Papa, é também defender a família, hoje vítima de “colonialismos ideológicos”. A desintegração da família acarreta a fragmentação social, recordou.

Francisco dirigiu um pensamento especial às mulheres, nos 25 anos da Conferência de Beijing. Não obstante os progressos, muitas mulheres ainda ficam para trás, vítimas de exploração e violência, “A elas e as que vivem separadas de suas famílias, expresso minha proximidade fraterna”, pedindo ao mesmo tempo uma luta mais incisiva contra “práticas perversas que denigram não somente as mulheres, mas toda a humanidade”.

Desmantelar cultura bélica

O último tema tratado pelo Papa foi o das armas, afirmando que não haverá progresso no campo da paz e do desenvolvimento se “recursos preciosos” forem destinados à corrida armamentista, inclusive nuclear.

Diante de uma tecnologia sempre mais refinada e letal, a mensagem de Francisco é clara: “É preciso desmantelar as lógicas perversas que atribuem à posse de armas a segurança pessoal e social. Tais lógicas só servem para incrementar as ganâncias da indústria bélica, alimentando um clima de desconfiança e de temor entre as personas os povos”.

Ao encerrar, Francisco afirmou que o mundo em conflito necessita que a ONU se transforme numa oficina de paz cada vez mais eficaz, em que os membros do Conselho de Segurança, sobretudo os Permanentes, atuem com maior unidade e determinação. E citou como exemplo “nobre” a recente adoção de um cessar-fogo global durante a pandemia.

E por falar em crise, o Papa concluiu recordando que dela saímos ou melhores ou piores e que nesta conjuntura crítica, é “nosso dever repensar o futuro da nossa comum”.

“A pandemia nos mostrou que não podemos viver sem o outro, ou pior ainda, um contra o outro. As Nações Unidas foram criadas para unir as nações, aproximá-las, como uma ponte entre os povos; usemo-lo para transformar o desafio que enfrentamos em uma oportunidade para construir juntos, uma vez mais, o futuro que queremos.”

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Assista:


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