sábado, 31 de outubro de 2020

Baixe os roteiros para a Celebração em Família

da Solenidade de Todos os Santos

e da Comemoração dos Fiéis Defuntos

Estão disponíveis para download os roteiros para celebração em família para o início do mês de novembro. A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) preparou os subsídios para a celebração da Palavra da Solenidade de Todos os Santos, referente ao domingo, 1º, e da Comemoração dos Fiéis Defuntos, no dia 2 de novembro.

Na Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus, Jesus nos chama à comunhão com o seu Pai no Espírito através do batismo, assim, Ele nos convida a uma vida de santidade. O roteiro propõe a celebração com a suplica pela intercessão de todos os santos e santas “para que o nosso testemunho familiar seja um reflexo da santidade da Igreja manifestada em todos os batizados que são vocacionados à santidade”.

Na celebração do Dia de Finados, Jesus reforça, no Evangelho (Jo 6,37-40), a promessa de vida eterna como a vontade de  Deus Pai. “Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” .

Roteiro: Solenidade de Todos os Santos - 1º de novembro

Roteiro: Comemoração dos fiéis falecidos - 02 de novembro

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Arquidiocese de Pouso Alegre inaugura neste sábado

busto em homenagem ao seu primeiro bispo

A arquidiocese de Pouso Alegre vai inaugurar no próximo sábado (31) um busto em homenagem ao seu primeiro bispo diocesano, dom João Batista Corrêa Nery. O busto será colocado nos jardins do seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora. As pessoas poderão acompanhar esse momento de homenagem pelo Facebook da arquidiocese (@arquidiocesepousoalegre) a partir das 9h.

A inauguração e homenagem marcam o encerramento do ano jubilar pelos 120 anos de criação da diocese, em 1900.

“A inauguração do busto de Dom Nery é um marco físico do jubileu. A arquidiocese de Pouso Alegre se coloca em pé para homenagear seu primeiro bispo. Por que os jardins do seminário? porque o seminário é a casa onde os futuros padres começam a dar os primeiros passos na formação do sacerdócio”, afirmou o arcebispo metropolitano, Dom José Luiz Majella Delgado.

As conversas com o escultor Mário Pitanguy, do Rio de Janeiro, tiveram início em setembro de 2019. A imagem, feita em bronze e medindo 60 cm, chegou à arquidiocese nesta semana.

“Para a composição desse trabalho, me inspirei fortemente no busto do cardeal Scipione Borghese, do artista italiano Gian Lorenz Bernini. O processo é feito da mesma forma há milhares de ano. É um processo unicamente artesanal. A primeira modelagem é feita em argila. Após o busto aprovado, fazemos um molde de borracha de silicone e daí fazemos um reprodução da peça em cera. É a partir da cera que transformamos em bronze. Um bronze bastante rico em cobre, obedecendo todas as indicações internacionais”, afirmou o artista.

Além do atraso por causa da pandemia, a escassez de material histórico e fotos foi um grande desafio para a composição do busto.

“As dificuldades são sempre muito variadas mediante cada projeto. Neste projeto, em especial, tínhamos pouquíssimas fotos para usar como referências, e referências são essenciais. Tivemos pouquíssimas referências históricas para confeção do trabalho”, disse.

A CRIAÇÃO DA DIOCESE

O primeiro passo para a criação da diocese de Pouso Alegre foi dado no dia 10 de maio de 1899, quando padre José Paulino foi nomeado visitador diocesano da porção sul-mineira do Bispado de São Paulo. No dia 08 de setembro do mesmo ano, padre José Paulino instalou o Seminário Menor e o Ginásio Diocesano São José.

Em 04 de agosto de 1900, a Sagrada Congregação Consistorial expediu o decreto pontifício Regio Latissime patens, por meio do qual nasceu a Diocese de Pouso Alegre, sufragânea do Arcebispado de São Sebastião do Rio de Janeiro. Isto significou que o território sul-mineiro desmembrou das dioceses de São Paulo e Mariana. À época, aproximadamente 200 mil pessoas habitavam as 107 paróquias da nova Igreja episcopal, ocupando uma área de 49,4 mil quilômetros quadrados.

Como pastor da nova Diocese, a Santa Sé nomeou o então bispo de Vitória, Dom João Batista Corrêa Nery. A nomeação se deu no dia 17 de fevereiro de 1901.

Don Nery chegou à Pouso Alegre no dia 19 de julho do mesmo ano, vindo de Campinas. Sua posse foi dois dias depois.

Transferido para Campinas, deixou o Exmo. Sr. Dom João Nery a Diocese de Pouso Alegre no dia 30 de outubro de 1908, continuando, porém, como seu administrador apostólico.

Durante o episcopado de Dom Nery foram ordenados 24 sacerdotes, alunos do Seminário Diocesano. O último deles foi reconhecido beato pela Igreja: padre Donizetti Tavares de Limas. 

Faleceu em Campinas, no dia primeiro de fevereiro de 1920.

A VIDA DE  DOM NERY EM POUSO ALEGRE

Entre os fatos importantes realizados durante a administração de Dom João Nery, devido às suas iniciativas ou por ele impulsionados, podemos enumerar as seguintes:

- Em  21 de novembro de 1901,   chegaram  a     Pouso  Alegre  os   Reverendíssimos   Missionários  do

Imaculado Coração de Maria, estabelecendo sua residência provisória a 8 de dezembro em um prédio pertencente ao bispado, na rua Afonso Pena;

- A 1º de janeiro de 1902, começou a publicar-se o órgão católico da Diocese, o "Semana Religiosa";

- Em março de 1902, abriu-se a Escola Diocesana para instrução primária dos menores pobres;

- No dia 8 de abril de 1902, chegaram à Pouso Alegre as irmãs da Visitação, que abriram um colégio para meninas no dia 2 de junho em um prédio provisório, lançando-se a primeira pedra do edifício definitivo no dia 24 de maio de 1903;

- Em 15 de janeiro de 1903, começou a ser publicado o "Mensageiro Eclesiástico", revista mensal destinada ao clero;

- No dia 5 de junho de 1904 inaugurou-se solenemente o novo Palácio Episcopal, cuja primeira pedra foi lançada em 20 de janeiro de 1903, tendo sido a construção promovida por uma comissão composta dos senhores padre Antônio Pinto, Comendador Cândido Antônio de Barros e Capitão Inácio de Loyola Pires;

- No dia 5 de dezembro de 1905, a Santa Sé confirmou São Sebastião como principal padroeiro da Diocese;

- No dia 8 de dezembro de 1905 inaugurou-se solenemente em Pouso Alegre, o Santuário do Coração de Maria, cuja primeira pedra fora lançada em primeiro de janeiro de 1903;

- Em 19 de janeiro de 1906 instalou-se o Cabido Diocesano de Pouso Alegre, criado de acordo com o Decreto da Sacrosanctum Concilium, de 7 de agosto de 1905;

- Em 28 de março de 1907 foi recebida em Pouso Alegre a grande notícia da nomeação do Exmo. Sr. Dom Antônio Augusto de Assis para Bispo titular de Sura e auxiliar do Exmo. Sr. Dom João Nery. No dia 17 de novembro de 1907 realizou-se com grandes festas a sagração do Exmo. Sr. Dom Antônio Augusto de Assis, sendo sagrante o Cardeal Arcoverde e assistentes os Exmos. Srs. Dom João Nery e Dom Eduardo Duarte Silva;

- Em 25 de abril de 1908, o Núncio Apostólico, Dom Alexandre Bavona, deu execução ao Decreto da Santa Congregação Consistorial de 8 de setembro de 1907, criando a nova Diocese de Campanha, desmembrada da Diocese de Pouso Alegre;

- No dia 3 de junho de 1908, o Exmo. Sr. Dom João Nery, nomeado administrador apostólico da nova Diocese de Campanha, fez a sua solene instalação nomeando Vigário Geral o Exmo. Monsenhor João de Almeida Ferrão, logo depois Bispo da nova Diocese.

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                                                       Fonte: arquidiocese-pa.org.br       Editor: Pe. Andrey Nicioli

31º Domingo do Tempo Comum - Solenidade de Todos os Santos

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Ap 7,2-4.9-14

Leitura do Livro do Apocalipse de São João:

Eu, João, vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: “Não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”.

Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.

Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”.

Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos e dos quatro Seres vivos, e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: “Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém”. E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: “Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?” Eu respondi: “Tu é que sabes, meu senhor”. E então ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.

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 Salmo: 23
- É assim a geração dos que procuram o Senhor
- É assim a geração dos que procuram o Senhor!

- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,/ o mundo inteiro com os seres que o povoam;/ porque ele a tornou firme sobre os mares,/ e sobre as águas a mantém inabalável.

- “Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação?”/ “Quem tem mãos puras e inocente coração,/ quem não dirige sua mente para o crime.

- Sobre este desce a bênção do Senhor/ e a recompensa de seu Deus e Salvador”./ “É assim a geração dos que o procuram,/ e do Deus de Israel buscam a face”.

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2ª Leitura: 1Jo 3,1-3

Leitura da Primeira Carta de São João:

Caríssimos: Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.

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Evangelho:  Mt 5,1-12a
Leitura do Evangelho de São Mateus:

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.



Reflexão:
Solenidade de Todos os Santos

“Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14)

Celebramos na Liturgia de hoje a Solenidade de Todos os Santos. Numa só festa, recordamos os méritos de Todos os Santos, daqueles que nos precederam na fé ou, até mesmo, contemporâneos que são exemplos “da geração dos que O procuram [Senhor], e do Deus de Israel buscam a face” (cf. Sl 23,6). A qual, esta solenidade, resume-se a uma única palavra: SANTIDADE.

Na Primeira Leitura, extraída do Livro do Apocalipse de São João (cf. Ap 7,2-4.9-14), descreve a visão daqueles que são abençoados e protegidos de Deus. Acentuando a universalidade da salvação, através da busca de Deus perpassado pela “grande tribulação”. Ora, aqueles que buscam a SANTIDADE, não estão isentos de vivenciar a perseguição e as provações. Porém, os que buscam esta SANTIDADE, sabe onde encontrar a força no “sangue do Cordeiro”. Afinal, "a salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro" (cf. Ap 7,10b).

A Segunda Leitura, retirada da Primeira Carta de São João (1Jo 3,1-3), demonstra que através da filiação adotiva que temos com Deus, somos capacitados à glória dos Céus. Afinal, através desta filiação de uma coparticipação da natureza divina, em que, “quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”(cf 1Jo 3,2b-3).

O Evangelho, extraído de Mateus (Mt 5,1-12a), traz o sermão das Bem-aventuranças, em que o Cristo demonstra um código de felicidade profunda, incomparável e interior. E estas, pertencem aos pobres e deserdados, em que se souberem pôr sua confiança no Senhor, “verão a Deus” e “serão chamados filhos de Deus”.

Em sua Exortação GAUDETE ET EXSULTATE, o Papa Francisco nos dá uma grande chave para seguirmos o caminho da Santidade: “Deixemo-nos estimular pelos sinais de santidade que o Senhor nos apresenta através dos membros mais humildes deste povo que «participam também da função profética de Cristo, difundindo o seu testemunho vivo, sobretudo pela vida de fé e de caridade».[5] Como nos sugere Santa Teresa Benedita da Cruz, pensemos que é através de muitos deles que se constrói a verdadeira história: «Na noite mais escura, surgem os maiores profetas e os santos. Todavia a corrente vivificante da vida mística permanece invisível. Certamente, os eventos decisivos da história do mundo foram essencialmente influenciados por almas sobre as quais nada se diz nos livros de história. E saber quais sejam as almas a quem devemos agradecer os acontecimentos decisivos da nossa vida pessoal, é algo que só conheceremos no dia em que tudo o está oculto for revelado».” (GAUDETE ET EXSULTATE – Papa Francisco; http://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html#Os_santos_ao_p%C3%A9_da_porta - acesso em 27 de out de 2020).

Que possamos nos fortificar em vivenciar as Bem-aventuranças em nosso dia-a-dia; na vivência e na busca de uma sociedade melhor a todos; pela busca e sede de justiça; nos atos misericordiosos; na promoção da paz (...), “porque será grande a vossa recompensa nos céus” (cf. Mt 5,12a).

“A Santidade não é o fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus com suas forças, e até com heroísmo; ela é dom do amor de Deus e resposta do homem à iniciativa divina” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã)

Saudações em Cristo!

                                           Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG

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                            Fontecnbb.leste2.org.br   Banner: cnbb.org.br    Ilustração: franciscanos.org.br

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

CNBB emite

Nota sobre a Ação Direta
de Inconstitucionalidade nº 5668 a ser votada pelo STF

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu, após reunião de seu Conselho Permanente, nesta quarta-feira, 28 de outubro, uma nota sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 5668, a ser votada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 11 de novembro.

A ADI nº 5668 pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) interprete o Plano Nacional de Educação (aprovado pela Lei 13.005/2014) conforme a Constituição, alegando que não estão contempladas a prevenção e proibição do bullying homofóbico que discrimina crianças e adolescentes por gênero, identidade de gênero e orientação sexual.

Para a CNBB, é necessário que os ministros do Supremo façam um discernimento coerente com a Constituição, para que a votação da ADI 5668/2017 não gere um instrumento ainda mais discriminatório, que privilegie a proteção de alguns segmentos em detrimento de outros. Conheça, abaixo, a íntegra da Nota da CNBB sobre a ADI nº 5668 e aqui a versão em pdf.

RESPEITO À VIDA É CUIDAR DE TODOS

“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10)

O Conselho Permanente da CNBB, reunido no dia 28 de outubro de 2020, refletiu sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5668, na qual se pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) interprete o Plano Nacional de Educação (aprovado pela Lei 13.005/2014) conforme a Constituição, alegando que não estão contempladas a prevenção e proibição do bullying homofóbico que discrimina crianças e adolescentes por gênero, identidade de gênero e orientação sexual. A votação será realizada pelos Ministros do STF no próximo dia 11 de novembro.

Diante, portanto, da ADI 5668 a CNBB:
1º) Afirma seu total repúdio a qualquer tipo de bullying, seja na escola ou em qualquer outro lugar, em nível físico, moral, psicológico, material, verbal, sexual, social, religioso, familiar ou cibernético. Todos os tipos de bullying vão contra a perspectiva do Evangelho: “o que fizerdes ao menor de meus irmãos é a mim que o fazeis” (Mt 25,40).

2º) Entende que o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) está de pleno acordo com a Constituição, pois no inciso II do artigo 2º da Lei prevê, entre as diretrizes do plano, a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação. A referência não privilegia e nem se limita a uma forma de bullying, mas contempla todas as possíveis existentes e as que poderiam vir a existir, dimensionando a Lei, de tal forma, que também não discrimine e nem exclua outros grupos.

3º) Conclui que é necessário um discernimento coerente com a Constituição, para que a votação da ADI 5668/2017 não gere um instrumento ainda mais discriminatório, que privilegie a proteção de alguns segmentos em detrimento de outros. Manter o Plano Nacional de Educação, já aprovado democraticamente nas suas instâncias e com o texto adequado para o respeito a TODOS é sinal da nossa capacidade de viver em plena harmonia, em meio à diversidade.

O Papa Francisco na Encíclica Fratelli Tutti afirma: “O culto sincero e humilde a Deus leva não à discriminação, ao ódio e à violência, mas ao respeito pela sacralidade da vida, ao respeito pela dignidade e a liberdade dos outros e a um solícito compromisso em prol do bem-estar de todos» (Fratelli Tutti nº 283).

Brasília-DF, 28 de outubro de 2020

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

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Papa reconhece martírio

de Isabel Campos e virtudes heroicas do Ir. Roberto Giovanni

Isabel Cristina Campos foi assassinada em Juiz de Fora, em 1982. Já o Irmão Roberto Giovanni, da Congregação dos Estigmatinos, faleceu aos 90 anos, após uma vida dedicada à assistência espiritual da população, especialmente aos pobres e doentes.

Vatican NewsO Papa Francisco recebeu em audiência em 27 de outubro o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Dom Marcello Semeraro, oportunidade em que autorizou a mesma Congregação a promulgar os decretos que reconhecem alguns milagres, martírios e virtudes heroicas. Entre estes, o martírio da Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos, morta por ódio à fé em Juiz de Fora em 1º de setembro de 1982 e as virtudes heroicas do Servo de Deus Roberto Giovanni, nascido em Rio Claro, em 1903.

Isabel Cristina

Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. Com o desejo de fazer Medicina, foi para Juiz de Fora em 1982 se preparar em um curso pré-vestibular. Estudava, namorava, participava de festas, mas tinha uma vida de oração e sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes. Era sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina. Na época, seu pai era presidente do Conselho Central de Barbacena.

No dia 1º de setembro do mesmo ano, um homem que foi montar um guarda-roupa no pequeno apartamento para onde se mudara com seu irmão, tentou violentá-la. Ao oferecer resistência, recebeu uma cadeirada na cabeça, foi amarrada, amordaçada e teve suas roupas rasgadas. Como continuou a resistir, foi morta sem piedade com 15 facadas. Um crime cruel que abalou a família e todos que tomaram conhecimento do caso.

A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para sua beatificação. A solicitação foi aceita por Roma e, no dia 26 de janeiro de 2001, em Barbacena, foi instalado o processo, quando Isabel Cristina recebeu do Vaticano o título de Serva de Deus. A causa foi conduzida por um Tribunal Eclesiástico instituído por Dom Luciano, que durante oito anos colheu depoimentos de quase sessenta pessoas, reunindo documentos, ouvindo testemunhos, permitindo assim formalizar o processo. 

O fato de Isabel Cristina ter sido batizada e feito a Primeira Comunhão na Matriz da Piedade, pela ligação afetiva de seus pais com a paróquia, e sobretudo para facilitar a visitação, decidiu-se que seus restos mortais ficariam no Santuário da Piedade. O caixão de madeira com os restos mortais foi lacrado pelo Arcebispo Dom Geraldo, na presença do Postulador, e depois colocado num sarcófago de granito na Capela dos Passos. Também a caixa com toda a documentação foi lacrada e entregue ao sr. Agostini, portador delegado, que a entregou na Congregação para os Santos. (Com informações da Arquidiocese de Mariana)

Servo de Deus Roberto Giovanni

Ir. Roberto Giovanni nasceu em Rio Claro, SP no dia 16 de março de 1903. Como irmão coadjutor, viveu a maior parte de sua vida na cidade de Casa Branca. Rigoroso consigo próprio, transbordante de amor para com os outros, dedicou-se aos trabalhos domésticos, ao serviço paroquial e ao Santuário Nossa Senhora do Desterro, à assistência espiritual ao povo, principalmente aos pobres e doentes. Sua amabilidade e simplicidade atraíam a todos, simples ou doutos.

Em novembro de 1993 Irmão Roberto, já enfermo, foi morar em Campinas na casa de repouso dos Padres e Irmãos Estigmatinos. Com o passar dos dias foi acometido de uma pneumonia, deixando seu pobre físico muito debilitado. A sua páscoa definitiva aconteceu às 15 horas do dia 11 de janeiro de 1994, aos 90 anos de idade. O povo de Casa Branca quis que seu corpo fosse sepultado no mesmo Santuário onde ele serviu pela maior parte de sua vida. Foi sepultado ao lado do altar-mor, no lugar exato onde, em vida, costumava rezar.

Após sua morte, o fato de as pessoas o terem como santo e, pelas graças alcançadas por sua intercessão, foi aberto o Processo Canônico para a sua Beatificação e Canonização. (Dados do site dos estigmatinos).

Martírio de dois missionários capuchinhos libaneses

O Santo Padre também autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto sobre o martírio dos Servos de Deus Leonardo Melki e Thomas Saleh, sacerdotes professos da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, mortos por ódio à fé na Turquia, em 1915 e 1917.

Os dois missionários capuchinhos de Baabdat, uma cidade libanesa no Distrito de al-Matn no Monte Líbano, a 22 quilômetros de Beirute, foram presos, torturados e mortos na Turquia durante o genocídio de 1915.

Fr. Léonard Melki (1881-1915) recusou a apostasia, depois de ter escondido o Santíssimo Sacramento na chegada da polícia. Ele foi levado para o deserto, onde foi executado em 11 de junho de 1915 juntamente com o bispo armênio, o Beato Ignace Maloyan, e 415 homens de Mardin.

Depois de ter dado hospitalidade a um sacerdote armênio durante o genocídio, fr. Thomas Saleh (1879-1917) foi preso e condenado à morte e deportado em pleno inverno sob a escolta de um pelotão de soldados. Foi morto na estrada em 18 de janeiro de 1917 repetindo com coragem: "Tenho plena confiança em Deus, não tenho medo da morte". 

Os decretos também reconhecem:

- o milagre, atribuído à intercessão do Beato Giustino Maria Russolillo, Sacerdote, Fundador da Sociedade das Divinas Vocações e da Congregação das Irmãs das Divinas Vocações; nasceu em 18 de janeiro de 1891 em Pianura di Napoli (Itália) e ali morreu em 2 de agosto de 1955;

- o milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Maria Lorenza Requenses em Longo, Fundadora do Hospital dos Incuráveis ​​de Nápoles e das Monjas Capuchinhas; nasceu por volta de 1463 em Lleida (Espanha) e morreu em Nápoles (Itália) em 21 de dezembro de 1539;

- o milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Isabel Czacka (no século, Rosa), Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Servas da Cruz; nascida em 22 de outubro de 1876 em Bila Tserkva (Ucrânia) veio a falecer em Laski (Polônia) em 15 de maio de 1961;

- o martírio do Servo de Deus Luigi Lenzini, sacerdote diocesano; morto, por ódio à Fé, em Crocette di Pavullo (Itália) na noite entre 20 e 21 de julho de 1945;

- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Teresa do Coração de Jesus (nascida Célia Méndez y Delgado), Co-fundadora da Congregação das Servas do Divino Coração de Jesus; nasceu em 11 de fevereiro de 1844 em Fuentes de Andalucía (Espanha) e morreu em Sevilha (Espanha) em 2 de junho de 1908.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Reze o Terço da Esperança e da Solidariedade

pelo Mês Missionário nesta quarta, às 15h30

Nesta quarta-feira, 28 de outubro, às 15h30, reze com a Igreja no Brasil o Terço da Esperança e da Solidariedade em prol do mês missionário, exibido diretamente do altar central do Santuário Nacional de Aparecida. O Terço foi produzido e gravado nos estúdios da TV Aparecida (SP) e será transmitido, às 15h30, pelas emissoras de TV e rádio de inspiração católica do país e retransmitido simultaneamente pelas redes sociais da CNBB, Facebook, YouTube e Twitter.

A oração do Terço desta quarta-feira será conduzida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, além da participação do Missionário Redentorista, Irmão Alan Patrick Zuccherato, diretor de programação da TV Aparecida. O Terço será rezado no contexto do Mês Missionário celebrado pela Igreja Católica, que dedica o mês de outubro às reflexões e orações às Missões promovidas em todo o mundo.

Para o momento de oração no altar central do Santuário foram convidados os leigos, sacerdotes e religiosos: Geanderson Silva (Missionário da Fazenda da Esperança); Ana Claudia Martins dos Reis (membro da Pastoral da Saúde); Padre Tiago Henrique (sacerdote da Arquidiocese de Aparecida; esteve por seis meses em missão no Estado do Pará); Irmã Patrícia Bongo (da Congregação Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo) e Padre Luiz Carlos Treider (Missionário Redentorista e que já trabalhou nas Santas Missões Redentoristas).

O Terço da Esperança e da Solidariedade é uma iniciativa da CNBB que vem sendo transmitida, semanalmente, pelas emissoras de TV e rádio de inspiração católica desde o mês de março com a intenção de integrar toda a Igreja no Brasil na oração pela intenção de todos os infectados e falecidos em razão da pandemia do novo Coronavírus.

A ação religiosa vem sendo promovida desde o dia 18 de março. Esta é a sexta vez que a TV Aparecida é cabeça de rede da transmissão.

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