quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Reflexão para a Festa de

Todos os Santos

Dia primeiro de novembro comemora-se o dia de todos os santos. A santidade fascina e atrai, como o mel atrai a abelha. Todos sabem que santo é quem encontrou o caminho da felicidade verdadeira no meio das contradições da vida.
A Bíblia ensina: só Deus é santo. Ele, porém, comunica a santidade, é um Deus santificador, deseja um povo santo: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 19,2;20,26). A santidade de Jesus é idêntica à de seu Pai Santo (Jo 17,11). Jesus santifica os cristãos pela força do Espírito Santo. Ele recomenda: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Portanto, a santidade é vocação de todo cristão: “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação” (1Tes 4,3).
Ser santo segundo a Bíblia é cumprir a vontade de Deus e assim realizar-se como ser humano. Eles não ocupam o lugar de Deus, nem são inventados pelos homens, são criaturas de Deus, a quem Ele privilegiou com amor especial, e viu este amor ser correspondido. Eles são reconhecidos como santos porque foram amigos íntimos de Deus, que os santificou. Os santos são heróis da fé vivida no amor. É o amor que santifica e salva.
No catolicismo não se adoram santos, mas se respeita e venera, como amigos de Deus. Esta atitude vem da fé na ressurreição, já que os que morrem no Senhor estão com Ele. Reinam com Ele (Ap 4,4) e intercedem por nós (Ap 5,8).
A Bíblia mostra que Deus opera milagres pela intercessão dos santos. Um exemplo é a cura do coxo operada por são Pedro e são João: “Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus Cristo levanta-te e anda” (At 3,1-9).  Apresenta-nos outros exemplos, afirmando que “Deus fazia não poucos prodígios por meio de Paulo” (At. 19,11-12). No entanto, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens: “O Pai dará a vocês tudo o que pedirdes em meu nome” (Jo15,16).
Um santo opera em nome de Jesus porque só Nele está a fonte da graça e da força. Os santos colocam em evidência a glória e santidade de Cristo, cabeça da Igreja. Pois foi Ele mesmo que afirmou: “Eu garanto a vocês: quem crer em mim, fará as obras que eu faço, e fará maiores do que estas” (Jo 14,12). Ninguém pode ser santificado sem entregar sua vida a Jesus presente nos irmãos. Honrar um santo é reconhecer a força transformadora da Palavra de Deus, que santifica quem a aceita e a coloca em prática.
O santo é para o cristão exemplo de quem testemunhou sua fé no seguimento de Jesus. O cristão tem a alegria de abrir o álbum de família – a família na fé – e contemplar uma fileira de heróis: os santos, nossos irmãos e amigos. Conseguiram servir a Deus com fidelidade e junto de Deus pedem por nós.
Os santos formam a multidão dos que souberam permanecer despertos, alertas, livrando-se das ilusões e alienações. Foram capazes de renunciarem a si mesmos, ou seja, o seu ego, seu egoísmo suas máscaras, e fazerem a viagem que importa: a viagem para o “centro da alma”, onde Deus nos espera (Jo14,23) para se revelar a nós e revelar-nos a nós mesmos. Santos e santas, rogai a Deus por nós!
                                                              Dom Pedro Carlos Cipolini - Bispo de Amparo (SP)
                                                                                                                Fonte: Site da CNBB
                                                                     Ilustração: http://catequeseebiblia.blogspot.com.br

A propósito do Ano da Fé


Fé e Vida

O discípulo de Jesus Cristo tem na fé uma virtude fundamental. A fé, a esperança e a caridade são chamadas virtudes teologais, pois “se referem diretamente a Deus” (CIC, n. 1.812). “O discípulo de Cristo não deve apenas guardar a fé e nela viver, mas também professá-la, testemunhá-la com firmeza e difundi-la: (...)” (CIC, n. 1.816).
Ter fé significa seguir Jesus, conhecer e praticar seus ensinamentos, dar plena adesão a sua proposta de amor incondicional a Deus e aos irmãos. Ter fé implica conversão permanente aos princípios cristãos.
Guardar a fé significa alimentá-la pela oração, vida sacramental, pelo estudo e pela ação cristã na paróquia. Viver a fé implica marcar todas as nossas atitudes em coerência com aquilo que professamos. Professar e testemunhar a fé é ser discípulo e missionário de Jesus Cristo.
Não basta, porém, a pessoa dizer que tem fé, que faz parte da Igreja, se não transformar essa fé em atitudes concretas no seu dia a dia. É pelas obras que se manifesta a fé verdadeira, conforme nos ensina São Tiago: "Que aproveitará, irmãos meus, se alguém diz que tem fé, e não tem obras? Porventura poderá salvá-lo tal fé? (...) Assim também a fé, se não tiver boas obras, é morta em si mesma." (Cf. Tg 2, 14 e 17).
Há muitos cristãos que ainda separam a fé da vida, como se isso fosse possível. Ou a fé marca a vida toda do cristão ou verdadeiramente não é fé, apenas algo vazio de sentido e de conseqüências. Talvez por isso é que tantos católicos não se comprometem verdadeiramente com os valores do evangelho e criam uma maneira alienada de professar a sua fé. Atribuem certo valor apenas aos ritos e devoções sem comprometerem de fato com a vivência dos ensinamentos cristãos.
O verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo é consciente de que a fé se professa na vida toda da pessoa: no relacionamento conjugal, na relação pais e filhos, na vivência familiar, nas relações com os vizinhos, no ambiente de trabalho, na atividade política e social, em todas as circunstâncias enfim em que a pessoa vive e atua.
Numa sociedade em que o individualismo, o consumismo, e a injustiça se fazem presentes de forma ostensiva, é necessário e urgente que as pessoas sensatas e os cristãos em particular encarnem sua fé no concreto da vida para que as transformações sociais ocorram e um novo tempo marcado pela justiça social, pela partilha de dons e de bens e pela paz favoreça a vida digna para todos, sem exceção.
             Fonte: Discípulos e missionários na paróquia, de Luiz Gonzaga da Rosa. Paulus, 2010

Aproxima-se a Novena de Natal

 "... pois lhe será dado o esplendor do Líbano, a beleza do Carmelo e do Saron. Todos verão a glória do Senhor, a beleza do nosso Deus" (Is, 35, 2b).

Já se encontra à disposição dos interessados na Secretaria Paroquial o subsídio de celebração da Novena de Natal 2012. Preparado por diversas pessoas de diferentes paróquias, sob a liderança da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, além dos roteiros dos nove encontros, o livreto traz celebrações para o início e encerramento da Novena e uma interessante matéria informativa e formativa sobre o Tempo do Advento.

O Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre João Bosco de Freitas, afirma na apresentação: "Nos roteiros (...) , há um itinerário que nos ajuda a enriquecer a fé, no encontro das famílias e grupos que rezam juntos. Os fatos da vida, os textos bíblicos, a Palavra de Deus e a vida partilhada, as preces e súplicas e o testemunho de nossa fé nos ajudarão a encantar com a presença viva de deus, e sair com renovado espírito missionário, pelos caminhos da vida, levando Cristo aos irmãos e irmãs.

A Novena de Natal é um convite a cada pessoa, a cada família e a cada comunidade eclesial, para que, vigilantes na oração e vivendo a esperança, aguardem a vinda do Cristo Salvador, que prometeu estar conosco e voltar um dia, para dar plenitude à criação, à criatura, ao universo, em cumprimento à vontade do Pai."

Adquira o livrinho, reúna sua família e vizinhos, planeje os encontros  e faça uma santa Novena!      

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ótimas considerações!


A paróquia perfeita

Conta-se que um jovem procurou, um dia, um eremita, isto é, uma dessas pessoas que vivem retiradas do mundo, isoladas, em meio a sacrifícios, orações e jejuns. Os eremitas não fogem do mundo para procurar Deus, mas levam o mundo em seus corações para, na oração, interceder por seus irmãos e irmãs que lutam, sofrem e procuram a vontade do Senhor. O jovem falou-lhe de sua decepção com a paróquia de sua cidade. Afinal, sonhara tanto com uma comunidade ideal, sem defeitos e sem problemas, e lá encontrara somente pessoas com imperfeições.
O experiente eremita levou-o, então, a um lugar não muito distante, onde havia uma capela, e perguntou-lhe: “O que você está vendo?” A resposta foi imediata: “Vejo uma velha capela de madeira, com algumas tábuas um tanto apodrecidas e a pintura toda desbotada!” “É verdade”, respondeu-lhe o eremita. “A capela é isso mesmo que você está falando. Veja, porém: nela habita Deus! O mesmo acontece com sua paróquia. Ela não é tão pura e perfeita como você deseja, porque é formada por seres humanos. Você também é um ser humano e, por isso, continuamente faz experiência das próprias limitações e pecados. Por sinal, mesmo que você encontrasse, um dia, uma paróquia perfeita, ela deixaria de ser perfeita tão logo você nela entrasse!”
Meu artigo poderia terminar por aqui, porque meus leitores já perceberam aonde quero chegar. Mas vou adiante, lembrando uma observação que a Igreja fez de si mesma, cinco décadas atrás. Os bispos do mundo inteiro estavam reunidos em Roma, participando do Concílio Ecumênico Vaticano II (“segundo” porque outro concílio ecumênico havia sido realizado antes no Vaticano, em 1870). A preocupação que dominava seus participantes pode ser sintetizada em uma pergunta: “Igreja, o que dizes de ti mesma?” A belíssima e profunda resposta que surgiu das orações e reflexões dos bispos pode ser lida no documento mais importante desse Concílio: “Lumen Gentium” (Luz das nações). Como desejo voltar à história narrada acima, destaco desse documento a parte que diz: “A Igreja cerca de amor todos os afligidos pela fraqueza humana, reconhece mesmo nos pobres e sofredores a imagem de seu Fundador pobre e sofredor. Faz o possível para mitigar-lhes a pobreza e neles procura servir a Cristo. Mas enquanto Cristo, ‘santo, inocente, imaculado’  (Hb 7,26) não conheceu o pecado (cf. 2Cor 5,21), mas veio para expiar os pecados do povo (cf. Hb 2,17), a Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre na necessidade de se purificar, busca sem cessar a penitência e a renovação” (LG 8).
Não tenhamos, pois, ilusões: a comunidade perfeita existe, sim, mas na eternidade. Enquanto formos peregrinos nesta terra dos homens, viveremos em função de um desafio, de uma certeza e de uma utopia.
O desafio: deve orientar-nos a ordem dada por Cristo – isto é: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito!” (Mt 5,48). Há muito que fazer, pois, para atingirmos a perfeição! A certeza: “Não vos deixarei órfãos!” (Jo 14,18). Se nossa luta em busca da santidade exige muito de nós, alegra-nos a certeza de que não estamos sozinhos nesse esforço. Jesus está muito mais interessado em nossa vitória (e em nossa santidade) do que nós mesmos. E ele vai nos ajudar!  A utopia: “Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: ‘Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição’ ”(Ap 21,1-4). Trabalhemos, portanto, para que nosso mundo (nossa paróquia, nossa família, nosso coração etc.) melhore; mas não nos iludamos: a perfeição só encontraremos quando Cristo for tudo em todos (cf. Cl 3,12).
                                                     Dom Murilo Krieger - Arcebispo de Bahia e Primaz do Brasil
                                                                                                                   Fonte: Site da CNBB

História da Paróquia São José


Curiosidade interessante

No final do século XIX, na antiga Matriz de nossa paróquia, havia três altares, de São José, de Nossa Senhora das Dores e de Santo Antônio. No altar central, apenas a imagem do Padroeiro. No de Nossa Senhora das Dores, além da imagem da Mãe de Jesus, duas outras, a de São Carlos e a de Santa Rita de Cássia. No terceiro altar, as imagens de Santo Antônio, Nossa Senhora da Conceição e São Sebastião.

Existiam ainda no principal templo da paróquia as imagens do Senhor Bom Jesus, do Senhor dos Passos e do Senhor Morto. Além dessas, outra imagem mais velha de São José, e uma nova do Senhor dos Passos, usada em procissões, que ficava na Capela da Soledade.           

Fonte: O Paraíso de José, de Luiz Gonzaga da Rosa – Editora Santuário, 2010.

Mais detalhes do antigo templo e de capelas paroquiais podem ser encontrados na obra citada. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Reflexão para seu início de semana


A força do perdão

Toda vez que ouço o trecho do Evangelho no qual Jesus diz que devemos perdoar setenta vezes sete fico pensando no que significa perdoar sempre. É algo muito mais profundo do que simplesmente perdoar. Dizer a um cego de nascença como é o vermelho é muito difícil, ele nunca teve uma experiência de cores. Podemos fazer comparações com coisas que ele já tocou e sentiu, mas nunca poderá ter uma ideia exata da cor vermelha até que a experimente. Penso que assim é com o perdão. Posso ler e ouvir muitas coisas bonitas sobre o perdão, testemunhos comoventes, mas enquanto eu não sentir na minha pele o que é perdoar, e perdoar de todo o coração, não saberei o que ele significa.
Olhando para Jesus, percebemos uma ternura muito grande para com todos que dele se aproximavam. Desde os pobres, doentes, pecadores, até os ricos, fariseus, funcionários romanos, enfim, todos encontravam no Mestre de Nazaré um oceano de ternura e atenção. “De tão humano só podia ser divino”, já disse alguém. Com Santa Teresa de Jesus, que viveu na Espanha no século 16, vemos um despertar para um aprofundamento na humanidade de Cristo. Teresa soube, como ninguém, penetrar nos mistérios da sacratíssima humanidade de Jesus Cristo e, com sua sensibilidade feminina, nos descortinar horizontes novos na interpretação do Novo Testamento. Vejamos apenas um exemplo: “Vede como o Senhor respondeu por Madalena na casa do fariseu e quando a sua própria irmã a culpava (Lc 7,36-40; 10,38). Ele não vos tratará com tanto rigor quanto tratou a si próprio, pois, quando teve um ladrão como Seu defensor, Ele já estava na cruz; assim, Sua Majestade fará que alguém vos defenda e, quando não o fizer, é que não será necessário” (Caminho 15,7).
Ao contemplarmos, com atenta sensibilidade, as palavras e gestos de Jesus, chegamos à conclusão que o perdão era para ele o seu ‘lugar’, o seu ‘habitat’, pois Ele mesmo disse: “a boca fala da abundância do coração” e “pelos frutos se conhece a árvore”. Um homem ‘todo amor’ só podia espalhar perdão ao seu redor. Sem o amor é impossível perdoar. Ao morrer na cruz perdoando seus algozes, Jesus deu a máxima lição de amor e de misericórdia e desvendou-nos o segredo do perdão. “Eles não sabem o que fazem...”. Estas palavras manifestam uma grande compaixão do Mestre por aqueles que lhe queriam tirar a vida. Não, eles não sabem o que fazem, pois se soubessem não o crucificariam. Também quem nos ofende, nos magoa, nos faz algum mal não sabe o que faz. Não percebe toda a extensão e consequência de seu mal. Mas, afinal, o que é perdoar? Por que perdoar?
Perdoar é divino
A palavra ‘perdão’ significa, segundo o Dicionário Aurélio, remissão de pena, desculpa, indulto. Na ética: Renúncia de pessoa ou instituição à adesão às consequências punitivas que seriam justificáveis em face de uma ação que, em níveis diversos, transgride preceitos jurídicos, religiosos, morais ou afetivos vigentes.
Em outras palavras, é não querer punir o culpado, é a libertação do prisioneiro que está preso no próprio erro, através de um gesto não comum. “Errar é humano, perdoar é divino”, diz um ditado popular. Realmente, “perdoar é divino”, entretanto Deus nos capacita a fazê-lo. Não significa negar o erro de alguém, mas deixar de castigá-lo por este erro, ou seja, é um ato da vontade que se faz senhora da situação, perdoando. Quem perdoa não fica diminuído, pelo contrário, cresce porque é capaz de renunciar a si mesmo, àquilo que parece ser seu direito, em favor de alguém. Mas, ao contrário das aparências, o grande favorecido é quem perdoou, porque quem perdoa está conquistando a própria paz interior.
Se fizéssemos uma análise sumária da situação mundial, poderíamos dizer que vivemos numa contínua tensão bélica. Às vezes fico pensando: qual será a próxima vítima das grandes organizações de traficantes e terroristas? Ou até dos que fazem o mal ‘fortuitamente’, porque aparece ocasião para roubar, matar etc., nas pequenas e grandes cidades? Bastaria o perdão para que o mal desaparecesse do mundo e, sem o mal, viveríamos num paraíso terreno, como nos apresenta o Gênesis (Gn 1).
                                                                           Irmã Maria Elizabeth da Trindade, ocd
                                                                                     Fonte: Site do Jornal de Opinião
                                                             Ilustração: www.paróquiadetarouca.blogspot.com

Celebração de encerramento do Sínodo dos Bispos


Papa Bento XVI presidiu, neste domingo, 28 de outubro, na Basílica de São Pedro, a celebração eucarística de encerramento da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Em sua homilia, o Papa se deteve sobre a cura do cego Bartimeu que ocupa uma posição significativa na estrutura do Evangelho de Marcos, itinerário de fé que se desenvolve gradualmente na escola de Jesus.
A condição de cegueira tem um significado denso nos Evangelhos. Representa o homem que tem necessidade da luz de Deus, a luz da fé, para conhecer verdadeiramente a realidade e caminhar pela estrada da vida. "Bartimeu não é cego de nascença, mas perdeu a vista: é o homem que perdeu a luz e está ciente disso, mas não perdeu a esperança. Num de seus escritos, Santo Agostinho interpreta Bartimeu como pessoa decaída duma condição de grande prosperidade e nos convida a refletir sobre o fato de que há riquezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais" – frisou Bento XVI.
"Nesta perspectiva, Bartimeu poderia representar aqueles que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se debilitou, e se afastaram de Deus. São pessoas que deste modo perderam uma grande riqueza, decaíram duma alta dignidade – não econômica ou de poder terreno, mas a dignidade cristã –, perderam a orientação segura e firme da vida e tornaram-se, muitas vezes inconscientemente, mendigos no sentido da existência" - acrescentou o Pontífice.
O Papa destacou que "são muitas as pessoas que precisam de uma nova evangelização, ou seja, de um novo encontro com Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que pode voltar a abrir os seus olhos e ensinar-lhes a estrada. A nova evangelização diz respeito a toda a vida da Igreja. Refere-se, em primeiro lugar, à pastoral ordinária que deve ser mais animada pelo fogo do Espírito a fim de incendiar os corações dos fiéis que frequentam regularmente a comunidade reunindo-se no dia do Senhor para se alimentarem de sua Palavra e do Pão de vida eterna."
Bento XVI então sublinhou três linhas pastorais que emergiram do Sínodo. "A primeira diz respeito aos Sacramentos da iniciação cristã. Foi reafirmada a necessidade de acompanhar, com uma catequese adequada, a preparação para o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia; e reiterou-se também a importância da Penitência, sacramento da misericórdia de Deus. É através deste itinerário sacramental que passa o chamado do Senhor à santidade, dirigido a todos os cristãos."
A segunda é que "a nova evangelização está essencialmente ligada à missão ad gentes. A Igreja tem o dever de evangelizar, de anunciar a mensagem da salvação aos homens que ainda não conhecem Jesus Cristo". O Papa recordou que durante as reflexões sinodais, foi sublinhado que existem lugares na África, Ásia e Oceânia, onde os habitantes esperam com expectativa o primeiro anúncio do Evangelho. "Por isso, é preciso pedir ao Espírito Santo que suscite na Igreja um renovado dinamismo missionário, cujos protagonistas sejam, de modo especial, os agentes pastorais e os fiéis leigos. A globalização provocou um notável deslocamento de populações, pelo que se impõe a necessidade do primeiro anúncio também nos países de antiga evangelização" – frisou o Papa.
O terceiro aspecto diz respeito às pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo. "Durante os trabalhos sinodais, foi posto em evidência que estas pessoas se encontram em todos os continentes, especialmente nos países secularizados. A Igreja dedica-lhes uma atenção especial, para que encontrem de novo Jesus Cristo, redescubram a alegria da fé e voltem à prática religiosa na comunidade dos fiéis. Para além dos métodos tradicionais de pastoral, sempre válidos, a Igreja procura lançar mão de novos métodos, valendo-se também de novas linguagens, apropriadas às diversas culturas do mundo, para implementar um diálogo de simpatia e amizade que se fundamenta em Deus que é Amor."
Voltando à figura do cego Bartimeu, curado por Jesus, Bento XVI concluiu a homilia dizendo: "Assim são os novos evangelizadores: pessoas que fizeram a experiência de ser curadas por Deus, através de Jesus Cristo".
                                                                                                         Fonte: Site da CNBB

domingo, 28 de outubro de 2012

Homenagem aos Jovens

Hoje é o Dia Nacional da Juventude. A Igreja dedica atenção e carinho especial aos jovens por serem filhos amados de Deus e pelo que realizam e podem realizar pela transformação da sociedade. A beleza e a energia juvenil são dons divinos que devem ser partilhados na família e na sociedade. 

Neste domingo  diversas comemorações e eventos foram realizados em paróquias e sedes de dioceses em todo o Brasil no ano que precede a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Rio de Janeiro em 2013. Em Pouso Alegre mais mil de jovens de paróquias da Arquidiocese festejaram com grande entusiasmo e animação este dia.

Em junho mais de 80 músicos católicos se reuniram nos estúdios de Paulinas-Comep para um momento de formação sobre a evangelização da juventude e ofereceram sua contribuição para o projeto "Bote Fé". Os cantores se uniram para a gravação da música Nova Geração do Padre Zezinho, uma mensagem em forma de canção para os jovens. Nossa homenagem à Juventude com este belo clipe.

                                        Enviado por Paulinas Brasil em 22/08/2011 - www.youtube.com

Reflexão de Domingo

Jesus te chama

O grito de alguém necessitado de cura é importante. Mostra confiança, necessidade de ajuda e vontade de superar os próprios males. Deus sabe de tudo o que precisamos. Ele não precisaria de nossa oração. Muitos até questionam: “Se Ele é Deus, devia fazer todo mundo são e sem problemas”! Muitos se esquecem de que a vida é um dom. Não fomos nós que a pedimos. Com ela Deus nos valoriza, chama a realizarmos um projeto de vida, mesmo não nos criando como deuses.
Somos humanos e frágeis, mas nossa grandeza e realização progressivamente conquistada se dão em nossa condição diversificada, mesmo tendo limites e sofrimentos. Há quem tem saúde, bens e projeção social mas faz menos bem do que outros, até sem esses atributos. Saber usar as fragilidades e os sofrimentos nos leva à consecução do objetivo da vida. É o que o próprio Jesus ensina e faz exemplarmente. Ele não precisava sofrer o que sofreu. A dor humana tem ensinamento e base para atingirmos o escopo de nossa caminhada terrena se a soubermos canalizar para isso. Não buscamos o sofrimento por ele mesmo. Mas, existindo, fazemos  dele meio para tirarmos fruto de vida. O mais importante é nossa doação da vida para realizarmos o bem, mesmo custando-nos sacrifícios. A vitória vem depois. Até para um jogo de futebol os esportistas sofrem para tentar conseguir o resultado positivo.
Deus, porque nos ama, valoriza-nos. Nosso grito é a expressão de que aderimos a seu amor e confiamos em sua ajuda. O próprio Filho nos ensina a prática da oração. O “Pai nosso” contém os ingredientes mais importantes da nossa relação com Deus. No Evangelho, o grito de Bartimeu foi ouvido por Jesus, apesar de que muitos queriam que ele não amolasse o Mestre. O Senhor mandou chamá-lo e os discípulos obedeceram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” (Marcos 10,49). O cego, também mendigo, exultou de alegria! Como é bom termos tantas pessoas com deficiências serem tratadas por pessoas que agem como Jesus. Estas ouvem os gritos dos fragilizados na vida. Por causa do Mestre se dedicam com amor à  promoção do ser humano em dificuldades de toda ordem! Precisamos de mais pessoas assim, inclusive e, de modo especial, no exercício do serviço à coisa pública. Se tivéssemos muitas pessoas com a formação para o serviço com amor, imitando Jesus, aí resolveríamos mais e melhor a boa educação, a assistência à saúde, à promoção da família e de todos os empobrecidos. Teríamos mais segurança, mais estradas boas, mais ações de proteção às crianças, aos negros, aos índios, às mulheres...
O Filho de Deus vem mediar a relação do divino com o humano, qual verdadeiro sacerdote ou pontífice. Ele sabe dos nossos limites. Por isso: “Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque Ele mesmo está cercado de fraqueza” (Hebreus, 5,2). Quem O segue e tenta colocar em prática seu ensinamento, também se torna cheio de compaixão em relação aos mais fragilizados, como é o caso de Bartimeu. Coloca-se aberto a ajudar os mais carentes a terem uma vida mais decente e esperançosa.
                                                Dom José Alberto Moura -  Arcebispo de Montes Claros
                                                                                                     Fonte: Site da CNBB
                                                                               Ilustração: www.franciscanos.org.br

sábado, 27 de outubro de 2012

Dois bispos do Brasil nomeados para serviços na Cúria Romana


O Papa Bento XVI nomeou, neste sábado, 27 de outubro dois bispos brasileiros para  trabalhar em organismos da Santa Sé: dom Alberto Taveira Correia, arcebispo de Belém (PA), como membro do Pontifício Cor Unum, também conhecido como "Conselho da caridade do Papa", e dom Francesco Biasin, bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ) como membro do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.
Nomeado Bispo Auxiliar de Brasília, Dom Alberto foi ordenado no dia 6 de julho de 1991, em Nova Lima – MG. No dia 27 de março de 1996, o Papa João Paulo II criou a Província Eclesiástica e a Arquidiocese de Palmas e nomeou Dom Alberto como seu primeiro Arcebispo. Em Palmas permaneceu até março de 2010, tendo implantado as principais estruturas da vida eclesial, como a Cúria Metropolitana, Fundação do Seminário e implantação de trinta e cinco das atuais trinta e seis paróquias da Arquidiocese. Foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará no dia 30 de dezembro de 2009, tendo tomado posse em 25 de março de 2010. É o décimo Arcebispo de Belém e o vigésimo Bispo desde a criação da circunscrição eclesiástica.

Já foi membro da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-Americano – CELAM - e presidente do Conselho Episcopal Centro-Oeste da CNBB. É membro da Comissão Episcopal para Textos Litúrgicos da CNBB. Por mandato da CNBB, foi indicado Bispo Assistente Nacional da Renovação Carismática Católica, função que continua a exercer. É membro do Conselho Administrativo da Fundação “Populorum Progressio”, criada por João Paulo II para ajuda às populações camponesas, indígenas e afro-americanas da América Latina, tendo sido seu Vice-presidente por dois mandatos.

Dom Francesco Biasin nasceu em Arzercavalli Pádua na Itália, no dia 6 de setembro de  1943. É filho de Attilio Biasin e Vitória Biasin. Foi ordenado sacerdote em 20 de abril de 1968 e veio para o Brasil em 1972, colaborar como sacerdote na Diocese de Petrópolis (RJ). Foi pároco da Catedral de Duque de Caxias e compôs a equipe de formação do Seminário Paulo VI, Nova Iguaçu, e responsável pelo Centro de Formação de Pádua. Recebeu a ordenação episcopal em 12 de outubro de 2003. Seu lema é Dar a vida pelos irmãos. Foi nomeado para a Diocese de Barra do Piraí Volta Redonda, em 8 de junho de 2011, transferido da Diocese de Pesqueira (PE). É presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o diálogo inter-religioso.
                                                                                                                         Fonte: Site da CNBB

Concessão de título de Monsenhor


Na noite de quinta-feira, 25, em celebração solene realizada na Catedral Metropolitana, foi concedido ao padre José Catarino Umbelino, vigário da Paróquia Bom Jesus (Catedral), o título de monsenhor.

A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, e concelebrada por sacerdotes de diversas paróquias. Participaram também da Eucaristia centenas de fiéis e familiares do Monsenhor. 

O documento de concessão do monsenhorato ao sacerdote foi lido pelo Monsenhor José Dimas de Lima, chanceler do Arcebispado. O título foi concedido pelo papa Bento XVI por solicitação de Dom Ricardo Pedro.

Além de vigário da Paróquia Bom Jesus. Monsenhor Catarino exerce a função de capelão do Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre. 

Nossos cumprimentos ao querido sacerdote! Que Deus continue abençoando sua vida e seu ministério!
                                                                                                             Fonte: Site da Arquidiocese

Apresentada a Mensagem final do Sínodo


Momentos finais do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, que se encerra neste sábado, 27/10, no Vaticano. O penúltimo dia foi de intenso trabalho para os padres sinodais, na presença do Santo Padre. Pela manhã, os participantes aprovaram a Mensagem do Sínodo dos Bispos para o Povo de Deus, na conclusão da 13ª Assembleia Geral. O texto foi apresentado ao público na Sala de Imprensa da Santa Sé, em coletiva de imprensa.
Participaram da coletiva o Presidente da Comissão para a Mensagem, Card. Giuseppe Betori, o Secretário Especial, Dom Pierre Marie Carré, o Diretor da Sala de Imprensa, Pe. Federico Lombardi, e mais dois membros da Comissão.
No texto, divido em 14 pontos, os padres sinodais afirmam que conduzir os homens e as mulheres do nosso tempo a Jesus é uma urgência que diz respeito a todas as regiões do mundo, de antiga e recente evangelização. Não se trata de recomeçar do zero, mas de inserir-se num longo caminho de proclamação do Evangelho que, desde os primeiros séculos da era cristã até hoje, percorreu a História e edificou comunidades de fiéis em todas as partes do mundo, fruto da dedicação de missionários e de mártires.
Caminho que começa com o encontro pessoal com Jesus Cristo e com a escuta das Escrituras. “Para evangelizar o mundo, a Igreja deve, antes de tudo, colocar-se à escuta da Palavra”, escrevem os Padres sinodais, ou seja, o convite a evangelizar se traduz num apelo à conversão, a começar por nós mesmos.
Os Bispos apontam como lugar natural da primeira evangelização a família, que desempenha um papel fundamental para a transmissão da fé. Diante das crises pelas quais passa essa célula fundamental da sociedade, com inúmeros laços matrimoniais que se desfazem, os Padres Sinodais se dirigem diretamente às famílias de todo o mundo, para dizer que o amor do Senhor não abandona ninguém, que também a Igreja as ama e é casa acolhedora para todos.
Os jovens também são destinatários da Mensagem do Sínodo, definidos “presente e futuro da humanidade e da Igreja”. A nova evangelização encontra nos jovens um campo difícil, mas promissor, como demonstram as Jornadas Mundiais da Juventude.
Os horizontes da nova evangelização são vastos tanto quanto o mundo, afirma o Sínodo, portanto é fundamental o diálogo em vários setores: com a cultura, a educação, as comunicações sociais, a ciência e a economia. Fundamental é o diálogo inter-religioso que contribua para a paz, rejeita o fundamentalismo e denuncia a violência contra os fiéis, grave violação dos Direitos Humanos.
Na última parte, a Mensagem se dirige à Igreja em cada região do mundo: às Igrejas no Oriente, faz votos de que possa praticar a fé em condições de paz e de liberdade religiosa; à Igreja na África pede que desenvolva a evangelização no encontro com as antigas e novas culturas, pedindo aos governos que acabem com conflitos e violências.
Os cristãos na América do Norte, que vivem numa cultura com muitas expressões distantes do Evangelho, devem priorizar a conversão e estarem abertos ao acolhimento de imigrantes e refugiados.
Os Padres Sinodais se dirigem à América Latina com sentimento de gratidão. “Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos tenha se desenvolvido formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e de diálogo com as culturas. Agora, diante de muitos desafios do presente, em primeiro lugar a pobreza e a violência, a Igreja na América Latina e no Caribe é exortada a viver num estado permanente de missão, anunciando o Evangelho com esperança e alegria, formando comunidades de verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, mostrando no empenho de seus filhos como o Evangelho pode ser fonte de uma nova sociedade justa e fraterna. Também o pluralismo religioso interroga as Igrejas da região e exige um renovado anúncio do Evangelho.”
Já a Igreja na Ásia, mesmo constituindo uma minoria, muitas vezes às margens da sociedade e perseguida, é encorajada e exortada à firmeza da fé. A Europa, marcada por uma secularização agressiva, é chamada a enfrentar dificuldades no presente e, diante delas, os fieis não devem se abater, mas enfrentá-las como um desafio. À Oceania, por fim, se pede que continue pregando o Evangelho.
A Mensagem se conclui fazendo votos de que Maria, Estrela da nova evangelização, ilumine o caminho e faça florescer o deserto.
                                                                                                                       Fonte: Site da CNBB

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Leituras do Domingo

28 de outubro - 30º Domingo do Tempo Comum - Ano B

1ª Leitura: Jr 31,7-9             Salmo125             2ª LeituraHebreus 5,1-6

EvangelhoMarcos 10,46-52


Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”  Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus.Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

Comentário

Bartimeu é pobre, cego e marginalizado pelo povo. Está à beira da estrada. O seu grito é mais um entre tantos que incomodam os que passam, mas, ouvindo falar de Jesus, ele invoca o seu nome. E Jesus escuta o seu grito. Bartimeu deixa tudo o que tem (mesmo que seja só o manto) e vai ao encontro de Jesus, que lhe dá o dom da visão redobrada. E ele segue a Jesus pelo caminho, dando testemunho de um itinerário exemplar de fé e de iluminação, de chamado e seguimento.

Bartimeu é o símbolo de toda pessoa que deseja ser discípula de Jesus. O seu grito é uma confissão messiânica: “Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Finalmente, em Jerusalém, será revelada a identidade de Jesus como Messias, mas o cego já antecipa esta revelação. Sendo cego, vê quem é Jesus com mais clareza do que a multidão e os discípulos que estiveram com Jesus o tempo todo. É a única vez em todo evangelho de Marcos que alguém chama Jesus de Rabúni (“mestre”). Jesus é seu mestre, em quem ele deposita uma confiança incondicional. É essa a confiança que Jesus quer sentir nos discípulos que o seguem pelo caminho.

A celebração litúrgica é uma confissão de fé em Jesus. Por diversas vezes dirigimo-nos ao Cristo, como no glória, nas invocações do ato penitencial, na aclamação eucarística, na invocação “Cordeiro de Deus” que acompanha a fração do pão... Em Cristo e pela força amorosa do seu Espírito, dirigimo-nos ao Pai. Que a celebração deste domingo, reacenda a luz batismal, de quem, como o cego, busca a iluminação e um seguimento mais radical.
                                                                              Fonte do Comentário: Site da Revista de Liturgia
                                                                                       Ilustração: http://ideeanunciai.wordpress.com

Paróquia São José - Missas e outros eventos

28 de outubro a 3 de novembro


Vitral da Matriz de São José - Foto: Luiz Rosa
 Dia 28 - Domingo

7h - Matriz - Pe. João Batista
9h - Matriz - 1ª Eucaristia - Pe. Vanir
16h - Consolação - Pe. João Batista
17h - Bela Vista - Côn. Braz
19h 30min - Matriz - Pe. Vanir
19h 30min- Santo Antônio - Côn Braz

Dia 30 - Terça

15h - Matriz - Pe. Vanir         19h 30min - Uruguaia - Pe. João
        19h 30min - Santa Vitória - Côn. Braz
                                     
                                            
                                        
  Dia 31- Quarta

19h 30min - Região São Benedito - Pe. João Batista                      19h 30min - Jacintos - Côn. Braz                                                              19h 30min - Áreas - Pe. Vanir

Dia 1º - Quinta

15h - Capela do Hospital - Côn. Braz    19h 30min - Região Nossa Senhora Aparecida - Pe. Vanir
                               19h 30min - Casa de Formação Mãe da Obediência - Pe. João Batista

Dia 2 - 1ª Sexta - Finados

7h - Matriz - Côn. Braz            9h - Matriz - Pe. João Batista                  15h - Matriz - Pe. Vanir      16h - Consolação - Pe. João    19h 30min - Casa de Formação Mãe da Obediência - Pe. Vanir
                                                 19h 30min- Santo Antônio - Côn Braz

Dia 3 - Sábado

19h 30min - Matriz - Pe. João Batista      19h 30min Centro Pastoral São Geraldo - Pe. Vanir
                                   19h 30min Centro Pastoral São Francisco - Côn. Braz

Pistas para a ação pastoral

Recuperar os fiéis perdidos e conquistar os indiferentes?

Como a Igreja Católica pode responder à indiferença daquela parcela da população que não crê, que se afastou na religião ou que nunca a conheceu? Quem responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis.
“Eu acho que é importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas periferias de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América Latina de modo geral, passam por um processo cada vez mais forte de urbanização. As populações estão se concentrando nas grandes e médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80% da população está vivendo nas cidades. Então, é claro que as cidades aumentam, crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de ministros ordenados e muitas vezes também não temos o número suficiente de leigos preparados para atender as necessidades religiosas, espirituais desta população que cresce cada vez mais em nossas cidades”.
“De que maneira ir ao encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem nestas áreas, criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de Aparecida: fazer da Igreja uma rede de pequenas comunidades eclesiais, vinculadas à paróquia, à diocese, porque nós devemos sempre promover e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto. Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser independente, como ocorre muitas vezes com nossos irmãos evangélicos”.
“Para isso, é necessário que se abra espaço à atuação do laicato; é claro também dos religiosos e religiosas, porque o padre sozinho não consegue atender a esta demanda da população mais distante da matriz, da sede paroquial propriamente dita”.
                                                                                                                             Fonte: Site da CNBB

Com a Senhora Aparecida, partilhamos a fé com o mundo,

rezando o Terço Missionário.


Ser cristão é ser missionário, pois formamos o Povo de Deus, a Igreja, instituída por Jesus para anunciar a "boa notícia da salvação" a todos os homens e mulheres de todos os tempos.

Desde o último domingo, dia 21, nossa paróquia está realizando a Semana Missionária com celebrações todas as noites na Matriz de São José. Nesta quinta-feira, muitas pessoas participaram do Terço Missionário. No início, a imagem da Padroeira do Brasil foi conduzida até o presbitério e colocada junto às bandeiras representativas de cada continente, lembrando as terras de missão.

Durante a oração dos mistérios, recitados por diferentes casais, foram levados à frente cinco corações, nas cores verde, azul, amarelo, branco e vermelho, representando respectivamente a África, Oceania, Ásia, Europa e América. O Terço foi encerrado com o canto de Consagração à Nossa Senhora e a recitação da Salve Rainha.

A programação continua hoje com a Via Sacra Missionária. Amanhã ocorrerá o encerramento da Semana Missionária com a Celebração Eucarística das 19h na Matriz. Venha participar!

Fotos








quinta-feira, 25 de outubro de 2012

De Roma, Dom Odilo fala dos rumos do caminho da Igreja


Sínodo: o que o Espírito diz à Igreja?


Terminada a 2ª semana de trabalhos da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre a “nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, já é possível perceber os rumos do caminho da Igreja nos próximos anos. O fruto do trabalho realizado pela Assembleia sinodal será agora traduzido numa mensagem e nas propostas finais, que serão entregues ao Papa; foi ele que convocou o Sínodo para ouvir os bispos e demais participantes sobre o tema em pauta, sobre o qual ele fará, depois, a Exortação pós-sinodal. 

Uma primeira constatação é que há uma urgente necessidade de uma nova evangelização, não apenas porque há tantos fatores novos e desafiadores postos à missão da Igreja, mas porque, exatamente, a missão primeira da Igreja é evangelizar e ela deve fazê-lo, proclamando o Evangelho de forma renovada para o mundo mudado. Não podemos pressupor que todos já estejam evangelizados, nem que o mundo inteiro já foi iluminado pela Boa Nova de Cristo. Vamos evangelizar de novo, pois essa é nossa missão; e temos algo de muito precioso para anunciar e compartilhar com os homens do nosso tempo! 

A nova evangelização deve levar em conta a diversidade das situações em que se encontram as pessoas em relação à fé cristã: há quem crê e pratica a fé, mas precisa ser estimulado a crescer, a perseverar e a realizar as obras da fé; há quem foi batizado mas nunca foi evangelizado, ou apenas superficialmente, necessitando de um forte anúncio querigmático e de um itinerário de formação e amadurecimento na fé; e há os que estão distantes da fé cristã e da Igreja de Cristo, necessitando do primeiro anúncio e do consequente itinerário de crescimento e amadurecimento na fé cristã. Isso requer uma revisão nos métodos de evangelização e pastoral – uma verdadeira “conversão pastoral”. 

Na evangelização, temos que contar sempre com a graça de Deus, que tem a primeira iniciativa e vem ao encontro do homem; por isso, a evangelização não depende tanto de métodos e recursos técnicos em profusão quanto de evangelizadores santos, que tenham uma profunda experiência de Deus e vivam em comunhão com ele. Muitas foram as observações dos padres sinodais sobre a necessidade da boa formação, amor à Igreja e ardor missionário da parte dos evangelizadores. Diversas vezes também foi observado que o exemplo dos santos pode ser de grande ajuda para a nova evangelização: eles foram sempre os evangelizadores mais eficazes ao longo da história, sobretudo em períodos de crise na Igreja. No domingo das missões, dia 21 de outubro, o papa Bento 16 proclamou mais sete santos da Igreja e lembrou a vida e a obra dos santos, como fatos de evangelização. 

Lugar de destaque na nova evangelização devem ter a Liturgia, fonte e cume de toda ação da Igreja, especialmente a Eucaristia dominical; o anúncio abundante da Palavra de Deus, com destaque para a homilia e a Catequese; o Sacramento da Penitência deverá ser valorizado mais, assim como as devoções e a religiosidade popular, mediante as quais a fé é cultivada e transmitida. Destacada foi a referência à paróquia, como expressão concreta e indispensável da comunidade de fé, espaço para a evangelização, as manifestações da vida eclesial e da comunhão na mesma fé, esperança e caridade. As pequenas comunidades, nas suas múltiplas formas, foram apontadas como importantes expressões de vida eclesial e lugares para o cultivo e a transmissão eficaz da fé cristã. 

O Sínodo trata com sereno realismo da atual situação da transmissão da fé, mas também com esperança; o primeiro interessado no anúncio da Boa Nova é sempre o Espírito Santo, que também vai indicando à Igreja os modos como ela o deve fazer sempre de novo. Mais do que nunca, devemos ouvir hoje o que o Espírito diz à Igreja (cf Ap 2,29).
                                                                                                    Cardeal Odilo Pedro Scherer
                                                                                                       Arcebispo de São Paulo (SP)
                                                                                                                   Fonte: Site da CNBB
                                                          Foto: http://paroquiadossantosanjosleblon.blogspot.com.br/