terça-feira, 31 de agosto de 2021

CNBB abre o Mês da Bíblia nesta quarta-feira, dia 1º,

com Missa, Leitura Orante e mesa redonda na programação

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre, na próxima quarta-feira, 1º de setembro, a 50ª edição do Mês da Bíblia com uma série de eventos para todo o país. A programação terá três momentos: Missa pela manhã, leitura orante no período da parte e uma mesa redonda à noite.

Neste ano em que se celebra os 50 anos (1971-2021) da dedicação de setembro como o Mês da Bíblia na Igreja no Brasil, a CNBB propõe o aprofundamento da Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema “Pois todos vós sois UM só em Cristo Jesus”.

A missa de abertura do Mês da Bíblia será transmitida para todo o Brasil direto do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG). Será presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. À tarde, às 17h, o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, conduz uma edição especial do programa Leitura Orante, na TV Evangelizar.

Às 20h, será promovida uma mesa-redonda sobre o Mês da Bíblia. Os convidados são: dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB; dom José Antonio Peruzzo e padre Reginaldo Manzotti, presidente da Obra Evangelizar é Preciso. A mediação será feita pelo assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, padre Jânison de Sá, e pela professora Patricia Zaganin, mestra e doutora em Bíblia pela PUC-Paraná.

Confira a programação da Abertura do Mês da Bíblia e como acompanhar:

Celebração Eucarística presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Horário: 9h              Local: Santuário Nossa Senhora da Piedade

Exibição

Redes Sociais da CNBB (Facebook Youtube)

TV HORIZONTE       TV EVANGELIZAR       TV PAI ETERNO      TV IMACULADA

Leitura Orante com Dom Josê Antônio Peruzzo

Horário: 17h

Exibição

TV EVANGELIZAR        TV HORIZONTE

Mesa Redonda

Horário: 20h

1. Dom Joel Portella Amado – Aspectos pastorais do Mês da Bíblia
2. Dom José Antônio Peruzzo – O livro do mês da Bíblia deste ano – Carta aos Gálatas
3. Pe. Reginaldo Manzotti – A importância da Bíblia nos meios de comunicação
Mediação: Pe. Jânison e Patricia Zaganin

Exibição

TV EVANGELIZAR      TV PAI ETERNO      TV IMACULADA     TV HORIZONTE

Mês da Bíblia

A Igreja no Brasil instituiu o Mês da Bíblia a partir da urgência de anunciar a Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que renova e impulsiona à missão. À luz do Concílio Vaticano II, o Mês da Bíblia foi criado para mobilizar o aprofundamento e a vivência da palavra, através de um itinerário com a Palavra com um tema específico para cada ano.

Para esse jubileu do “Mês da Bíblia”, em 2021, o tema escolhido é a Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema é “todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d), extraído do “hino batismal”, descrito em Gl 3,26-28, quando Paulo afirma que todos são filhos e filhas de Deus.  Esse tema e o lema do “Mês da Bíblia 2021” estão em sintonia com o evangelho do Domingo da Palavra de Deus, que é extraído de Mc 1,14-20, quando Jesus inicia a sua missão, após a prisão de João Batista.

O Mês da Bíblia surgiu em 1971, na arquidiocese de Belo Horizonte, por ocasião da celebração do seu cinquentenário. As Irmãs Paulinas, através do Serviço de Animação Bíblica (SAB), deram o primeiro impulso e, posteriormente, a CNBB assumiu-o como uma proposta nacional.

Entre seus objetivos estão o de contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação e facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.

As comemorações do Mês da Bíblia são concluídas com o Dia de São Jerônimo, no dia 30. O santo do século IV foi o responsável por traduzir a bíblia do hebraico para o latim, cujo resultado denominou-se “Vulgata”, pois o latim era a língua falada na época universalmente. Com seus estudos, traduções, interpretações, comentários e escritos, São Jerônimo facilitou o acesso aos livros sagrados.

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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Uma jovem mãe de três filhos

entre os novos Veneráveis

O Papa Francisco autorizou a promulgação dos decretos relativos às virtudes heroicas dos Servos de Deus Enrica Beltrame Quattrocchi, filha do casal beatificado em 2001, do frade franciscano Plácido Cortese, morto nas torturas infligidas pela Gestapo, e da jovem mãe de Cinisello Balsamo Maria Cristina Cella Mocellin.

Maria Cristina Cella Mocellin morreu aos 26 anos em Bassano del Grappa

Três figuras marcadas pela entrega ao amor de Deus, confiança na sua misericórdia e esperança no seu perdão. Estas são as características que marcam os novos Veneráveis ​​Servos de Deus. Após a audiência, nesta segunda-feira (30/08), com o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, o Papa Francisco autorizou o Dicastério a promulgar os Decretos relativos às virtudes heróicas de Enrica Beltrame Quattrocchi, Plácido Cortese e Maria Cristina Cella Mocellin.

"Ricardo, um presente para nós"

A história de uma mãe que recorda a história de Gianna Beretta Molla e de Chiara Corbella Petrillo. É a vida breve mas fecunda de Maria Cristina Cella Mocellin, nascida em 18 de agosto de 1969, em Cinisello Balsamo, na província de Milão. Crescida em paróquia, iniciou o seu caminho de discernimento vocacional na comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora de Dom Bosco durante os anos de colégio. O encontro com Carlo aos 16 anos a fez mudar de perspectiva. Sentiu-se chamada ao matrimônio. Dois anos depois a descoberta de um sarcoma na perna esquerda. Tratamentos e terapias não a impediram de concluir os estudos do Ensino Médio e se casar com Carlo em 1991. O casal teve dois filhos, mas assim que Maria Cristina descobre que está grávida de seu terceiro filho, a doença reaparece.

A escolha é dar continuidade à gravidez, submetendo-se a tratamentos que não colocariam em risco a vida do bebê. Numa carta, ela conta aqueles momentos a Riccardo, seu terceiro filho:

Me opus com todas as minhas forças a desistir de você, tanto que o médico entendeu tudo e não disse nada. Riccardo, você é um presente para nós. Foi naquela noite, no carro de retorno do hospital, que você se mexeu pela primeira vez. Parecia que estava me dizendo "Obrigada mãe por me amar!". Como poderíamos não amar você? Você é precioso, e quando olho pra você e o vejo tão bonito, vivaz e simpático, penso que não há sofrimento no mundo que não valha a pena suportar por um filho.

Maria Cristina faleceu aos 26 anos, certa do amor do Pai, fiel a Ele em seus desígnios.

Uma família amada por Deus

Nove anos após sua morte em Roma, a Igreja reconhece as virtudes heroicas de Enrica Beltrame Quattrocchi, última filha do Beato Luigi Beltrame Quattrocchi e Maria Corsini, falecida aos 98 anos. Uma família que viveu um caminho de santidade, demonstrando, disse João Paulo II que os beatificou em 2001, que “é possível, é bonito, é extraordinariamente fecundo e é fundamental para o bem da família, da Igreja e da sociedade".

Enrica estava decidida a seguir os passos de seus irmãos: padre Tarcisio, irmã Cecilia e padre Paolino, mas seu destino era diferente, sua vocação foi acompanhar seus pais idosos. No trabalho voluntário, nas Damas de São Vicente com as quais ia aos bairros mais difíceis da capital, na Ação Católica junto com sua mãe, dedicou-se ao ensino. A partir de 1976, foi Superintendente do Ministério do Patrimônio Cultural e Ambiental. A sua vida foi marcada por várias doenças, por dificuldades econômicas, mas sobretudo pela oração, pela participação cotidiana na missa. Nos últimos anos, passou seu tempo ajudando casais em crise. O amor de Deus foi sua razão de vida.

Enrica Beltrame Quattrocchi, filha dos beatos Luigi e Maria


O homem da caridade e da palavra

A característica marcante do frade menor Plácido Cortese foi a capacidade de se entregar totalmente. Paciente, simples, pronto para enfrentar situações difíceis como as que marcaram os últimos anos de sua vida. Nascido em 7 de março de 1907 em Cherso (hoje Croácia), em 1930 tornou-se sacerdote, prestou serviço na Basílica de Santo Antônio em Pádua e alguns anos depois tornou-se diretor da revista "O Mensageiro de Santo Antônio".

Durante a II Guerra Mundial, em nome do Núncio Apostólico na Itália, dom Francesco Borgongini Duca, ajudou os croatas e eslovenos nos campos de concentração italianos, especialmente em Chiesanuova, perto de Pádua. Seu compromisso foi incansável, após o armistício de 1943, para facilitar a fuga de ex-prisioneiros aliados, mas também de pessoas perseguidas pelos nazistas, incluindo judeus. Uma disponibilidade que foi interpretada pelos alemães como atividade política e que o levou à morte. Em 8 de outubro de 1944, por meio de um estratagema, foi atraído para fora da Basílica de Santo Antônio, que ficava numa área extraterritorial. Foi levado para o quartel das SS em Trieste, onde morreu após as duras torturas que sofreu.

Padre Plácido Cortese morto em 1944
por seu compromisso de salvar pessoas da perseguição nazifascista

                                                                                    Benedetta Capelli/Mariangela Jaguraba

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domingo, 29 de agosto de 2021

Papa no Angelus deste domingo:

culpar tudo e todos é perder tempo.

Purificar é derrotar o mal dentro de nós.

É tempo de purificar: este é o convite do Papa Francisco. "Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora." Que Maria, então, purifique nosso coração, superando o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.

"Há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós." Assim o Papa Francisco comenta o Evangelho deste domingo, 22º do Tempo Comum.

A Liturgia mostra alguns escribas e fariseus escandalizados com a atitude dos discípulos de Jesus de não lavar as mãos antes de tocar os alimentos.

“Por que Jesus e os seus discípulos ignoram essas tradições?”, questiona o Papa, explicando que para o Mestre é importante restabelecer a fé ao seu centro. É um risco observar formalidades externas colocando em segundo lugar o coração da fé. "Também nós muitas vezes 'maquiamos' a alma." Para Francisco, trata-se do risco de uma religiosidade da aparência: aparecer bem por fora, esquecendo de purificar o coração.

“Há sempre a tentação de ‘sistematizar Deus’ com alguma devoção exterior, mas Jesus não se contenta com este culto. Não quer exterioridade, quer uma fé que chegue ao coração.

Palavras revolucionárias

A este espanto dos escribas e fariseus, Jesus responde: "O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora. Mas é de dentro do coração humano que saem as más intenções".

O Papa define essas palavras como “revolucionárias”, porque Jesus inverte a perspectiva: não faz mal o que vem de fora, mas o que nasce de dentro.

Isto diz respeito também a nós, observa o Pontífice.  Com frequência, pensamos que o mal provenha sobretudo de fora: dos comportamentos dos outros, de quem pensa mal de nós, da sociedade.

“É sempre culpa dos ‘outros’: das pessoas, de quem governa, do azar. Parece que os problemas chegam sempre de fora. E passamos o tempo a distribuir as culpas; mas passar o tempo a culpar os outros é perder tempo.”

Culpar os outros é perda de tempo

Nervosismo, ressentimento, tristeza e acidez afastam Deus do coração: “Não se pode ser realmente religioso na lamentação”, recorda ainda Francisco.

“Peçamos hoje ao Senhor que nos liberte de culpar os outros. Peçamos na oração a graça de não desperdiçar o tempo poluindo o mundo com reclamações, porque isto não é cristão.”

O convite de Jesus é a olhar a vida e o mundo a partir do nosso coração, pedindo que Ele o purifique para tornar o mundo mais limpo. “Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora”, afirma o Papa.

Portanto, indica Francisco, há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós. Os primeiros Pais da Igreja e também muitos monges, acrescentou o o Pontífice, afirmam que o primeiro passo no caminho da santidade é acusar a si mesmo. "Quantos de nós, num momento do dia ou da semana são capazes de acusar a si próprios? 'Sim, mas esta pessoa me fez isto, fez aquilo, o outro fez uma barbaridade... Mas eu faço o mesmo. É uma sabedoria: aprender a acusar a si mesmo. Tentem fazer isto, lhes fará bem. A mim faz bem, quando consigo."

“Que a Virgem Maria, que transformou a história através da pureza do seu coração, nos ajude a purificar o nosso, superando antes de tudo o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.                                                                                                                                                                           Bianca Fraccalvieri

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Assista:

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sábado, 28 de agosto de 2021

Comissão envia mensagem por ocasião

do Dia do Catequista

No último domingo de agosto de cada ano a Igreja lembra, com gratidão e apreço, a pessoa do catequista. Para a Igreja no Brasil, celebrar o Dia do Catequista é uma forma de reconhecimento sobre a importância e grandeza deste ministério a serviço da evangelização.

Em um vídeo, em nome do episcopado brasileiro, o arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, demonstrou gratidão pelo ministério catequético, pela vocação de catequista e pela liberdade e disposição de dar uma resposta a Jesus. “Sua relação de discípulo e discípula com ele moveram-no a fazer da fé recebida e professada também um dom”, diz dom Peruzzo.

“Talvez você também não consiga imaginar o quanto está ou estará presente na vida de seus catequizandos. Eles giram o mundo hoje, mas vão recordar de sua pessoa e seu testemunho de catequista. Se no exercício da catequese além da paixão pelos catequizandos há também a alegria de seguir o Senhor, eles nunca vão esquecer o testemunho dado, deixado, irradiado”, comenta dom Peruzzo.

No vídeo, o arcebispo também deixou uma recomendação aos catequistas. “A catequese e os catequistas são uma potência evangelizadora da Igreja no Brasil, mas aqui não se trata de grandezas ou de envaidecimentos, mas de que somos escolhidos e somos chamados e enviados”, chamou a atenção.

Catequista, com muita gratidão, com muito afeto quero dizer que o Senhor Jesus lhe dará um grande abraço um dia, um grande abraço de gratidão por ter aceito e dedicado tempo e inteligência, afeições, criatividades, tudo para que o nome do Senhor Jesus fosse compreendido e amado. Que o Senhor multiplique em bênçãos queridos catequistas, pela bênção que é você para a Igreja. Muito obrigado”, finaliza dom Peruzzo.

Além do vídeo, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética também enviou uma carta aos catequistas de todo o Brasil. O texto também é assinado por dom Peruzzo. Confira-o (aqui).

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Assista:

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                                                                                                                              Fonte: cnbb.org.br

Reflexão para

o 22º Domingo do Tempo Comum

Nenhuma lei é superior ao ser humano, principalmente depois que o Verbo se encarnou e se fez um deles, primogênito de toda criatura, como diz Paulo em Colossenses 1,15.

A primeira leitura, tirada de Deuteronômio 4, 1-2.6-8 nos fala do povo judeu como uma nação plena de leis sábias e inteligentes. Para que esse povo, vivendo no exílio, seja fiel ao Senhor e não caia na idolatria, ele deverá se manter fiel às leis e decretos. Aí está a resposta à aliança, não demonstrada em cultos, mas na prática da justiça, que provocará a admiração e os elogios das demais nações, como está escrito nos versículos 6 a 8.

O Evangelho Marcos 7,1-8.14-15.21-23 apresenta uma discussão entre os judeus e Jesus porque os discípulos deste não observam as regras determinadas por eles antes das refeições. O Senhor aproveita o ensejo para corrigi-los por seguirem preceitos humanos e abandonarem os mandamentos divinos. A questão se desenvolve sobre o que é puro e impuro. Segundo os versículos 15, 21,22 e 23, o conceito de Jesus para o que seja puro ou impuro está marcado pela intenção do ser humano, por sua opção, em não seguir os preceitos divinos, mas os humanos. Por isso o impuro é o que sai do homem, o que fere o decálogo. O acento está colocado, não tanto nos códigos das leis, mas no homem, imagem de Deus. Vê-se a importância, dada por Jesus, ao ser humano que, por nada e para nada deverá ser sacrificado. Nenhuma lei é superior ao ser humano, principalmente depois que o Verbo se encarnou e se fez um deles, primogênito de toda criatura, como diz Paulo em Colossenses 1,15.

A segunda leitura extraída de Tiago 1,17-18.21-22.27 começa com uma afirmação  que nos deixa muito felizes: “todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto;” Tiago está falando da religião que temos, que recebemos de Deus que nos impele aos compromissos de solidariedade e misericórdia. Por isso nossa perícope termina assim: “ com efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.” A doutrina ensinada por Tiago é muito simples e fácil de ser praticada. Não exige ritualismo e nem práticas devocionais. Ao contrário, ela nos conduz à prática de uma religião que favorece os compromissos do dia a dia, nos levando a uma vida de fraternidade, sem olhar o mérito do outro, mas simplesmente vendo a necessidade do irmão. Ela nos incentiva ao serviço generoso para com os necessitados, como nos ensinou o Evangelho. O versículo 18, nos inspira a lembrança de que somos batizados e, por isso mesmo, somos como Jesus Cristo, “as primícias de suas criaturas.”

Deus nos pede ir ao outro, especialmente ao marginalizado. Será nessas sendas da fraternidade e da justiça que chegarei ao Senhor e lhe prestarei o devido culto, sem a corrupção do mundo. Poderemos dizer, quanto maior a fraternidade, maior será o culto, maior será a glória de Deus!

                                                                                                         Padre Cesar Augusto, SJ

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Baixe os roteiros para Celebrar em Família

o 22º e 23º Domingos do Tempo Comum

No próximo domingo, 29 de agosto, a Igreja no Brasil conclui o Mês Vocacional recordando a vocação dos Catequistas. Para celebrar em família o Dia do Senhor, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibiliza gratuitamente o roteiro da celebração da Palavra.

“Nesta celebração familiar em que participamos do “Dia do Senhor”, rendemos graças a Jesus, Palavra viva de Deus, renovamos nosso espírito filial e, coloquemo-nos a serviço da missão. Estejamos abertos à fraternidade, sejamos solidários, pratiquemos a misericórdia, superemos os legalismos que matam a verdadeira experiência nossa com Deus. Neste Dia Nacional dos Catequistas rezemos por tão preciosos educadores na fé”, propõe a Comissão da CNBB.

“Vivendo a dignidade de povo sacerdotal que nosso batismo nos conferiu, podemos não só acompanhar, mas celebrar com nossas famílias o Dia do Senhor”, ressalta a Comissão no roteiro.

Também já está disponível o material para o 23º Domingo do Tempo Comum, no primeiro domingo do Mês da Bíblia.

Confira abaixo o roteiro do 22º Domingo do Tempo Comum ou faça download dos dois materiais nos links ao final desta publicação.

BAIXE O ROTEIRO 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

BAIXE O ROTEIRO PARA O 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM

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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

22º Domingo do Tempo Comum:

Leituras e reflexão
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1ª Leitura: Dt 4,1-2.6-8

Leitura do Livro do Deuteronômio:

Moisés falou ao povo, dizendo: “Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida pelo Senhor Deus de vossos pais.

Nada acrescenteis, nada tireis à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo.

Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos, como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?”

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Salmo Responsorial:14
Senhor, quem morará em vossa casa/ e no vosso monte santo habitará?

- Senhor, quem morará em vossa casa/ e no vosso monte santo habitará?

- É aquele que caminha sem pecado/ e pratica a justiça fielmente;/ que pensa a verdade no seu íntimo/ e não solta em calúnias sua língua.

- Que em nada prejudica o seu irmão,/ nem cobre de insultos seu vizinho;/ que não dá valor algum ao homem ímpio,/ mas honra os que respeitam o Senhor.

- Não empresta o seu dinheiro com usura,/ nem se deixa subornar contra o inocente./ Jamais vacilará quem vive assim!

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2ª Leitura: Tg 1,17-18.21b-22.27

Leitura da Carta de São Tiago:

Irmãos bem-amados: Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança nem sombra de variação.

De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.

bRecebei com humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de salvar as vossas almas. Todavia, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.

Com efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.

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Evangelho: Mc 7,1-8.14-15.21-23

Leitura do Evangelho de São Marcos:

Naquele tempo, os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre.

Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?”

Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”.

Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai, todos, e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.

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Reflexão do Pe. Johan Konings:
A verdadeira religião

O evangelho nos regala com um dos trechos mais significativos de Marcos: a discussão sobre o que é puro e o que impuro (Mc 7,1-23). Os discípulos se puseram a comer sem lavar as mãos. Mas lá estavam alguns vizinhos piedosos, da irmandade dos fariseus, acompanhados de professores de teologia (escribas), vindos da capital, de Jerusalém. Logo se intrometeram, dizendo que é proibido comer sem lavar as mãos. (Como também se deviam lavar as coisas que se compravam no mercado, os pratos e tigelas e tudo o mais). Mas Jesus acha tudo isso exagerado, sobretudo porque dão a isso um valor sagrado.

Na realidade, a piedade de Israel era relativamente simples. Religião complicada era a dos pagãos, que viviam oferecendo sacrifícios e queimando perfumes para seus deuses, cada vez que desejavam alguma ajuda ou queriam evitar um castigo. Mas a religião de Israel era sóbria, pois só conhecia um único Deus e Senhor. Consistia em observar o sábado, oferecer uns poucos sacrifícios, pagar o dízimo e, sobretudo, praticar a lealdade (amor e justiça) para com o próximo. Moisés já tinha dito que não deviam acrescentar nada a essas regras simples, admiradas até pelos outros povos (1ª leitura). E Tiago – o mais judeu dos autores do Novo Testamento – diz claramente: “Religião pura e sem mancha diante do Deus e Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas dificuldades e guardar-se livre da corrupção do mundo” (Tg 1,27; 2ª leitura).

Mas, no tempo de Jesus, os “mestres da Lei” tinham perdido esse sentido de simplicidade. Complicaram a religião com observância que originalmente se destinavam aos sacerdotes. Clericalizavam a vida dos leigos. Queriam ser mais santos que o Papa! Chegavam a dizer que era mais importante fazer uma doação ao templo do que ajudar com esse dinheiro os velhos pais necessitados. Inversão total das coisas. Ajudar pai e mãe é um dos Dez Mandamentos, enquanto de doações ao templo os Dez Mandamentos nem falam. Declaravam também impuras montão de coisas. No templo, tudo bem, o bezerro ou o cordeirinho a ser oferecido tem de ser bonito, puro, sem defeito. Mas no dia-a-dia, a gente come o que tem e do jeito como pode. Sobretudo a gente pobre, os migrantes, como eram os amigos de Jesus. Contra todas essas invenções piedosas, Jesus se inflama. Não é aquilo que entra na gente _ e que é evacuado no devido lugar – que torna impuro, mas a malícia que sai de sua boca e de seu coração (Mc 7,18-23).

Jesus quis sempre ensinar o que Deus quer. A Lei era uma maneira para “sintonizar” com a vontade de Deus. E Jesus respeita a Lei, melhorando-a para torná-la mais de acordo com a vontade de Deus, que é o verdadeiro bem do ser humano. Isso é o essencial. O demais deve estar a serviço do verdadeiro bem da gente e não o impedir. A verdadeira sintonia com Deus, a verdadeira piedade é o amor a Deus e a seus filhos e filhas. Práticas piedosas que atravancam isso são doentias e/ou hipócritas.

Mais ainda que a Lei de Moisés em sua simplicidade original, a “religião de Jesus” deve brilhar por sua profunda sabedoria e bondade. Deve mostrar com toda a clareza o quanto Deus ama seus filhos e filhas ensinando-lhes a amarem-se mutuamente. Daí nossa pergunta: nossas práticas religiosas ajudam a amar mais a Deus e ao próximo, ou apenas escondem nossa falta de compromisso com a humanidade pela qual Jesus deu a sua vida?

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atua como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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                                                       Fonte e ilustração: franciscanos.org.br       Banner: cnbb.org.br