terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Papa Francisco:

todos devemos fazer política pelo bem comum

"El Pastor", o livro dos jornalistas Francesca Ambrogetti e Sergio Rubin, que está sendo lançado nestes dias na Argentina, é o resultado de várias conversas com o Papa sobre as questões mais importantes e urgentes da Igreja. Da política à economia, das reformas na Cúria Romana às ameaças à “casa comum”. Espaço também para alguns aspectos pessoais, sobre viagem à Argentina Francisco diz que "é injusto dizer que não quero ir"

O livro de Francesca Ambrogetti e Sergio Rubin, fruto de várias conversas com o Papa durante seus dez anos de pontificado

De "El jesuita", escrito em 2010, a "El Pastor", livro a ser lançado na Argentina. Francesca Ambrogetti, ex-responsável da Agência Ansa no país sul-americano, e Sergio Rubin, do jornal El Clarin, voltam à figura de Jorge Mario Bergoglio.

No primeiro livro haviam dado destaque ao pensamento do cardeal arcebispo de Buenos Aires, neste segundo a abordagem diz respeito ao magistério do Papa Francisco: os desafios enfrentados nos dez anos de Pontificado e as perspectivas futuras como "revitalizar o anúncio da Evangelho - afirma o Pontífice - reduzir o centralismo vaticano, banir a pedofilia... e combater a corrupção econômica". Um programa de governo, sublinha, que “é cumprir o que os cardeais declararam nas congregações gerais às vésperas do Conclave”.

Dezenove capítulos em 346 páginas divididos em um prólogo assinado pelo Papa no qual, escreve, “devo reconhecer uma virtude em Francesca e Sergio: sua perseverança”.

Os jornalistas oferecem uma análise do magistério por meio de entrevistas periódicas realizadas ao longo de 10 anos. Muitos temas foram abordados: desde questões relacionadas com os imigrantes, a defesa da vida, o impacto das reformas da Cúria Romana, abuso de menores. A este respeito, Francisco sublinha que o seu Pontificado “será avaliado em grande parte pela forma como enfrentou este flagelo”. Depois o matrimônio e a família, a "casa comum" ameaçada, o "gênino feminino", o "carreirismo" na Igreja. 

O Evangelho para converter uma mentalidade

A política é um dos temas centrais. “Sim, faço política – responde o Papa – porque todos devem fazer política. E o que é política? Um estilo de vida para a polis, para a cidade. O que eu não faço, nem a Igreja deve fazer, é política partidária. Mas o Evangelho tem uma dimensão política, que é a de transformar a mentalidade social, também religiosa, das pessoas”, para que seja orientada para o bem comum.

Outro tema forte diz respeito à economia, quando Francisco reitera que a luz a seguir é a da Doutrina Social da Igreja, que a sua não é uma condenação do capitalismo, mas é necessário, como apontou João Paulo II, seguir uma "economia social de mercado".  Hoje, acrescenta, as finanças prevalecem e a riqueza é cada vez menos participativa. “O que todos podemos concordar é que a concentração de riqueza e a desigualdade aumentaram. E que tem muita gente morrendo de fome."

Transparência nas finanças do Vaticano

Francisco se detém então nos assuntos econômicos do Vaticano, defendendo a boa fé da "grande maioria" dos membros da Igreja, "mas não se pode negar - afirma - que alguns eclesiásticos e muitos, eu diria, falsos 'amigos' leigos da Igreja contribuíram para a apropriação indevida de bens móveis e imóveis, não do Vaticano, mas dos fiéis".

Referindo-se então à história do imóvel londrino, sublinhou que a "compra suspeita" foi detectada precisamente no Vaticano". Eu me alegrei - disse o Papa - porque significa que hoje a administração do Vaticano tem recursos para lançar luz sobre as coisas ruins que acontecem internamente".

Sobre as relações Estado-Igreja, ele afirma defender "a laicidade do Estado, não a laicismo que, por exemplo, não permite imagens religiosas em espaços públicos”.

Pronto para ir para a China

Em relação à Argentina, o Papa destaca que “são lugar comum as acusações de peronismo”, convida os sindicatos a defender a dignidade dos trabalhadores e seus direitos. Ele também afirma que sua intenção de viajar para o país "continua de pé". "É injusto dizer que não quero ir."

Sobre o acordo entre a Santa Sé e a China, o Papa afirma que conhece os problemas e sofrimentos, mostrando-se disposto a ir ao país asiático: “Amanhã mesmo, se for possível!”.

A Igreja não é uma mãe "por correspondência"

Por fim, o Papa confessa ter tido crises de fé, superadas com a ajuda de Deus. “Em todo caso – acrescenta – uma fé que não nos põe em crise é uma fé em crise. Assim como uma fé que não nos faz crescer é uma fé que deve crescer”.

Sobre a Igreja do futuro, explica que a proximidade é a chave de tudo. A Igreja é uma mãe, e não conheço nenhuma mãe 'por correspondência'. A mãe dá carinho, toca, beija, ama. Quando a Igreja não está perto de seus filhos porque está ocupada com mil coisas ou se comunica com eles por meio de documentos, é como se uma mãe se comunicasse com seus filhos por carta”.

Benedetta Capelli – Cidade do Vaticano

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Reflita com dom Paulo Peixoto:

Campanha da Fraternidade

“Dai-lhes voz mesmos de comer” (Mt 14,16)

A Igreja Católica no Brasil, mesmo recebendo muitas críticas desleais, é uma entidade religiosa preocupada com a identidade espiritual das pessoas, mas também a vida em sua total dignidade. Justamente por isto que, a partir de 1962, vem realizando, todo ano, a Campanha da Fraternidade. Seu objetivo ultrapassa os limites da instituição para contribuir com o bem espiritual e social das pessoas.

Muitas dessas Campanhas têm uma conotação realmente social, quase como contrapartida em relação a uma cultura que não valoriza os brasileiros como tais. A Igreja procura chegar junto para ajudar na reflexão do povo. É o que acontece neste ano de 2023, com o tema “Fraternidade e Fome”, num momento em que a fome no país tem chegado a patamares muito preocupantes.

A oração da Quaresma precisa se transformar em ação para diminuir o sofrimento de tantas pessoas. Estamos diante de um desafio, quando o lema bíblico diz: “Dai-lhes voz mesmos de comer” (Mt 14,16). E o Brasil tem condição de sarar essa ferida angustiante da fome, usando os próprios recursos. A Campanha da Fraternidade não resolve o problema, mas é espaço de reflexão sobre o tema.

O ser humano é “ser vivente”, que depende da natureza, da fertilidade do “jardim do Édem” (cf. Gn 2,7-8), onde deve existir fartura de alimento e o necessário para a sobrevivência. Ninguém deveria morrer de fome e nem passar fome em terras brasileiras com tantos recursos naturais e capacidade humana para o trabalho. A Campanha quer mostrar que alguma coisa está errada neste cenário.

É interessante uma frase bíblica, que diz: “A transgressão de um só levou a multidão humana à morte” (Rm 5,15). O problema da fome no Brasil não seria fruto de transgressões e de pouca visão social e fraterna de muitos? Não é por falta de alimento, porque o país é privilegiado no setor da agricultura. Talvez a culpa, se assim podemos dizer, não estaria numa política mal gerida?

Diz que Jesus “jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome” (Mt 4,2). Muitos brasileiros jejuam muito mais, chegando até morrer por isso. É uma das realidades que precisa sensibilizar a todos, porque o direito à vida não pode ser privilégio de uns em detrimento de outros. Por isto a Campanha da Fraternidade quer provocar a capacidade da partilha fraterna.

Dom Paulo Mendes Peixoto - Arcebispo de Uberaba (MG)

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Cantar a Quaresma:

saiba onde encontrar melodias
e partituras dos cantos para o Tempo Quaresmal

O Tempo da Quaresma teve início na última quarta-feira e está voltado para a escuta mais frequente da Palavra de Deus e a entrega à oração. As celebrações litúrgicas devem favorecer essa dupla índole e há cantos especificamente preparados para esse período. O Setor Música Litúrgica da Comissão para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) preparou indicações sobre as melodias e partituras das músicas para a Quaresma.

“Cantar a Quaresma é, antes de tudo, cantar a dor que se sente pelo pecado do mundo, que, em todos os tempos e de tantas maneiras, crucifica os filhos de Deus e prolonga, assim a Paixão de Cristo”, orienta o Diretório para a Liturgia da Igreja no Brasil.

O canto litúrgico nesse tempo inspira e anima o povo de Deus “a assumir, com mais garra do que nunca, ‘a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo’ (GI 6,14)… ‘a ter os mesmos sentimentos de que Jesus Cristo estava animado’ (FI 2,5), Ele, que ‘esvaziou-se a si mesmo’ (FI 2,7), ‘deu a sua vida por nós!’ (1Jo 3,16), ‘para que, como eu fiz, assim façais, também, vós!’ (Jo 13,15). De tal maneira que, pela participação em seus sofrimentos, isto é, ‘obedientes ao Pai e comprometidos com os irmãos até o fim’ (Jo 13,1), ‘cheguemos à glória da sua ressurreição’ (FI 3,10-11).

Confira as dicas:

Áudios e partituras dos cantos do Hinário Litúrgico contidos no folheto Igreja em Oração da Edições CNBB. Acesse aqui. 

Playlist com cantos para o Tempo da Quaresma para ouvir no Spotify. Acesse aqui. 

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Missa na Matriz de São José

marca o início do ano catequético em nossa paróquia

A missa das 9h do 1º Domingo da Quaresma teve a participação especial de catequistas e marcou o início do ano catequético em nossa paróquia. A Eucaristia, presidida pelo pároco, padre Leandro Carvalho, contou também com a presença de muitas crianças acompanhadas de seus pais.

No final da missa, os catequistas renovaram seu compromisso pastoral, foram abençoados e enviados. Seguiu se a bênção às crianças e à assembleia.

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                                                                                       Fotos: facebook.com/paroquiaparaisopolis

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Papa no Angelus deste domingo:

Jesus nos ensina a defender
a unidade com Deus e entre nós dos ataques do "divisor"

Apego, desconfiança e poder, três poderosos venenos que o diabo usou para tentar Jesus, assim como os usa para tentar também a nós, para separar do Pai e destruir a unidade entre nós. Como ele é mais forte do que nós, nunca devemos dialogar, negociar com ele, mas opor-lhe, com fé "a Palavra Divina que é a resposta de Jesus à tentação do diabo."

De quem e de que maneira o diabo separa, os três poderosos "venenos" que usa para destruir a unidade com Deus e entre nós e o que fazer para vencer suas tentações e insídias. Em síntese, foi o que o Papa propôs em sua reflexão neste I Domingo da Quaresma, antes da oração do Angelus.

O diabo sempre quer criar divisão

O Evangelho de Mateus (Mt 4, 1-11) proposto pela liturgia do dia, apresenta Jesus no deserto sendo tentado pelo diabo. Francisco, dirigindo-se aos cerca de 20 mil fiéis presentes na Praça São Pedro, explica inicialmente que diabo significa "divisor", ele "sempre quer criar divisão". E é o que se propõe a fazer em relação a Jesus.

Mas - pergunta o Papa - de quem o diabo quer separar Jesus, e de que maneira?

"Depois de ter recebido o Batismo de João no Jordão - recorda Francisco -, Jesus foi chamado pelo Pai "meu Filho amado" e o Espírito Santo desceu sobre ele na forma de pomba":

O Evangelho apresenta-nos assim as três Pessoas divinas unidas no amor. E não só: o próprio Jesus dirá ter vindo ao mundo para nos tornar participantes da unidade que existe entre Ele e o Pai. O diabo, ao invés disso, faz o contrário: entra em cena para separar Jesus do Pai e distanciá-lo de sua missão de unidade por nós. Divide sempre

Apego, desconfiança, poder

Francisco então explica de que maneira o diabo tenta fazer isso:

O diabo quer se aproveitar da condição humana de Jesus, que está fraco porque jejuou quarenta dias e teve fome. O maligno então tenta incutir nele três poderosos "venenos", para paralisar sua missão de unidade. E esses venenos são o apego, a desconfiança e o poder.

Sobre o veneno do apego às coisas, às necessidades, o Papa diz:

Com um raciocínio persuasivo, o diabo tenta sugestionar Jesus: “Tens fome, porque deves jejuar? Ouça a tua necessidade e satisfaça-a, tens o direito e também tens o poder: transforme as pedras em pão”.

Depois o segundo veneno, a desconfiança:

“Tens certeza – insinua o maligno – de que o Pai quer o teu bem? Coloque-o à prova, chantageie-o! Lança-te do ponto mais alto do templo e faz com que ele faça o que tu queres."

Por fim, o terceiro veneno, o poder:

“Tu não precisas do teu Pai! Por que esperar por seus dons? Siga os critérios do mundo, pegue tudo para si e serás poderoso!”.

Separar-nos de Deus e nos dividir como irmãos

"É terrível!", exclama Francisco, chamando a atenção para o fato de que o diabo usa em relação a nós esses mesmos três poderosos venenos para nos separar de Deus e nos dividir como irmãos:

O apego às coisas, a desconfiança e a sede de poder são três tentações difundidas e perigosas que o demônio usa para nos separar do Pai e não nos fazer sentir mais irmãos e irmãs entre nós, para levar-nos à solidão e ao desespero. Isso quer fazer o diabo, isso quer fazer a nós: levar-nos ao desespero!

Palavra de Deus, antídoto contra as tentações

Mas o Santo Padre também recorda como Jesus vence as tentações: "Evitando discutir com o diabo e respondendo com a Palavra de Deus. Isto é importante: não se discute com o diabo, não se dialoga com o diabo. Jesus o confronta com a Palavra de Deus". E "cita três frases da Escritura que falam de liberdade das coisas, de confiança e de serviço a Deus, três frases opostas às tentações. Nunca dialoga com o diabo, não negocia com ele, mas refuta suas insinuações com as Palavras benéficas da Escritura":

É um convite também para nós: com o diabo não se discute, não se negocia, não se dialoga; ele não é derrotado tratando com ele, é mais forte do que nós. O diabo o derrotamos opondo a ele com fé a Palavra divina. Deste modo Jesus nos ensina a defender a unidade com Deus e entre nós dos ataques do divisor. A Palavra Divina que é a resposta de Jesus à tentação do diabo.

Como costuma fazer ao final de suas reflexões dominicais, Francisco propõe que nos perguntemos:

Que lugar a Palavra de Deus ocupa na minha vida? Recorro à Palavra de Deus em minhas lutas espirituais? Se tenho um vício ou tentação recorrente, por que, buscando ajuda, não procuro um versículo da Palavra de Deus que responda a esse vício? Depois, quando vem a tentação, eu o recito, o rezo confiando na graça de Cristo. Experimentemos fazer isso, nos ajudará nas tentações porque, entre as vozes que se agitam dentro de nós, ressoará aquela benéfica da Palavra de Deus.

Que Maria - foi seu pedido ao concluir - que acolheu a Palavra de Deus e com sua humildade derrotou a soberba do divisor, acompanhe-nos na luta espiritual da Quaresma.

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

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Assista:

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                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

Vale a pena refletir:

As tentações da Igreja de hoje

José Antonio Pagola

A primeira tentação acontece no “deserto”. Depois de um longo jejum, dedicado ao encontro com Deus, Jesus sente fome. É então que o tentador lhe sugere atuar pensando em si mesmo, esquecendo o projeto do Pai: “Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pão”. Jesus, desfalecido, mas cheio do Espírito de Deus, reage: “Nem só de pão vive o ser humano, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Ele não viverá buscando seu próprio interesse. Não será um Messias egoísta. Multiplicará os pães quando os pobres estiverem passando fome. Ele se alimentará da Palavra viva de Deus.

Sempre que a Igreja busca seu próprio interesse, esquecendo-se do projeto do Reino de Deus, ela se desvia de Jesus. Sempre que nós, cristãos, antepomos nosso bem-estar às necessidades dos últimos nos afastamos de Jesus.

A segunda tentação ocorreu no “templo”. O tentador propõe a Jesus fazer sua entrada triunfal na cidade santa, descendo do alto como Messias glorioso. A proteção de Deus estará assegurada. Seus anjos “cuidarão” dele. Jesus reage rapidamente: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Ele não será um Messias triunfador. Não colocará Deus a serviço de sua glória. Não fará “sinais do céu”. Só sinais para curar enfermos.

Sempre que a Igreja coloca Deus a serviço de sua própria glória e “desce do alto” para mostrar sua própria dignidade, ela se desvia de Jesus. Quando nós seguidores de Jesus buscamos mais “nos dar bem” do que “fazer o bem”, também nos afastamos dele.

A terceira tentação sucede numa “montanha altíssima”. Dela se divisam todos os reinos do mundo. Todos estão controlados pelo diabo que faz a Jesus uma oferta assombrosa: ele lhe dará todo o poder do mundo, mas com uma condição: “se te prostras e me adoras”. Jesus reage violentamente: “Vai-te, satanás”. “Só ao Senhor, teu Deus, adorarás”. Deus não o chama para dominar o mundo como o imperador de Roma, mas para servir aos que vivem oprimidos por seu império. Jesus não será um Messias dominador, mas servidor. O Reino de Deus não se impõe com poder, mas se oferece com amor.

A Igreja tem que afugentar hoje todas as tentações de poder, de glória ou dominação, gritando com Jesus: “Vai-te, satanás” O poder mundano é uma oferta diabólica. Quando nós cristãos o buscamos, nos afastamos de Jesus.

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JOSÉ ANTONIO PAGOLA cursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.

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                                               Fonte: franciscanos.org.br             Ilustração: vaticannews.va

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Reflexão para

o I Domingo da Quaresma

No Evangelho, Jesus, o Homem Perfeito, a verdadeira imagem do Pai, vence o Mal ao manter-se submisso ao Pai e mostrar-se um homem livre.

Começamos a Quaresma com um texto que nos possibilita refletir sobre o projeto de Deus a respeito do ser humano. O livro do Gênesis nos apresenta o homem sendo criado como o ponto alto de toda a criação, como imagem e semelhança de Deus. Exatamente por isso ele deverá proceder como superior a tudo e não se deixar influenciar por nenhuma qualidade de qualquer coisa criada, deverá permanecer sempre livre!

É nesse exato momento que entra o a perversão do Mal ao provocar no homem o forte e imperioso desejo de experimentar a fruta proibida, ao ponto de apequenar-se cedendo às qualidades olfativas e visuais da fruta em detrimento da orientação do Criador.

Foi o primeiro ato em que o ser humano demonstrou que abria mão de sua liberdade para satisfazer seus instintos, sua curiosidade e, tragicamente, querer ser igual a Deus. Deixou de se reconhecer criatura, homem, vindo da terra, do humus e querendo, com seu próprio poder chegar a ser onipotente. O ser humano trocou a humildade pela soberba, eis o primeiro pecado.

No Evangelho, Jesus, o Homem Perfeito, a verdadeira imagem do Pai, vence o Mal ao manter-se submisso ao Pai e mostrar-se um homem livre. Não será a comida, a satisfação de suas necessidades biológicas que irá submetê-lo às propostas do Mal; nem a tentação do orgulho, da vaidade, do ser renomado, do ser famoso, do prestígio irá fazê-lo aceitar a imposição de Satanás e nem a sedução do poder o derrotará em sua fidelidade ao Pai.

Para nós, a ação de Jesus, sua postura, nos interpela quando em nossa vida somos tentados a satisfazer nossas necessidades naturais, nossos desejos de prestígio e nossa sede de poder. Olhemos para o Homem Perfeito, a Imagem Visível do Deus Invisível, e suas respostas serenas às perturbadoras tentações.

No trecho da Carta aos Romanos, São Paulo nos fala sobre os modos de vida de Adão e de Cristo. O primeiro, como vimos no início de nossa reflexão, mostrou-se fraco. Contudo, essa debilidade foi herdada por todos nós, seus descendentes. Somos conscientes de que titubeamos e fracassamos diante das tentações.

Em Cristo temos exatamente a realização da vocação da natureza humana, ser superior a tudo sendo imagem de Deus, sendo livre!

Mais ainda, não podemos comparar a graça de Deus ao pecado de Adão, nos fala o Apóstolo. Se “pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi estabelecida em uma situação de pecado, assim também, pela desobediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça”, que é ser plenamente livre e plenamente unida a  Deus.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

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Papa Francisco manifesta

sua proximidade às vítimas das chuvas em São Paulo

57 pessoas morreram e dezenas ainda estão desaparecidas. Francisco garante sua oração e dirige palavras de afeto às vítimas.

“Faço chegar minha proximidade, faço chegar a certeza da minha oração. Que Deus os abençoe muito e que Jesus os acompanhe e os console. E que a Virgem os proteja.”

Com estas palavras e sua bênção, o Papa manifestou sua proximidade às vítimas das chuvas no litoral norte de São Paulo. 57 pessoas morreram e dezenas ainda estão desaparecidas.

A mensagem foi gravada na manhã desta sexta-feira (24/02) na audiência aos moderadores de Movimentos e novas Comunidades. Estavam representados o movimento dos Focolares, Shalom, Novos Horizontes, Emanuel e Fazenda da Esperança.

Foi justamente frei Hans Stapel quem pediu a mensagem a Francisco em vista de um evento que ocorrerá amanhã (25/02) em Aparecida.

Trata-se do show beneficente no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, com o Padre Alessandro Campos.

O objetivo é arrecadar fundos para o Hospital Maternidade Frei Galvão - uma iniciativa do projeto + Visão + Esperança e a Fazenda da Esperança.

Eis os dados para quem puder ajudar:

Hospital Maternidade Frei Galvão Frei Galvão        CNPJ 51.612.828/0001-31

Banco Bradesco       Ag 0415       Cc 068069-9       Chave pix celular: 12981701302

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                                                                                                                     Fonte: vaticannews.va

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

1º Domingo da Quaresma:

Leituras e Reflexão
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1ª Leitura: Gn 2,7-9;3,1-7

Leitura do Livro do Gênesis:

O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente. Depois, o Senhor Deus plantou um jardim em Éden, ao oriente, e ali pôs o homem que havia formado. E o Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores de aspecto atraente e de fruto saboroso ao paladar, a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse: ‘Não comereis de nenhuma das árvores do jardim?’”

E a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim nós podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: ‘Não comais dele, nem sequer o toqueis, do contrário, morrereis’”.

A serpente disse à mulher: “Não, vós não morrereis. Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”.

A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para se alcançar o conhecimento. E colheu um fruto, comeu e deu também ao marido, que estava com ela, e ele comeu. Então, os olhos dos dois se abriram; e, vendo que estavam nus, teceram tangas para si com folhas de figueira.

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Responsório: Sl 50(51)
- Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
- Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.

- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão do vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

- Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

- Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

- Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

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2ª Leitura: Rm 5,12.17-19

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: Consideremos o seguinte: O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram...

Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça. Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida.

Com efeito, como pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça.

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Evangelho: Mt 4,1-11

Proclamação do Evangelho de São Mateus:

Naquele tempo, o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome. Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” Mas Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’”.

Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, e lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!’”

Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar”. Jesus lhe disse: “Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto’”. Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus.

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Reflexão do padre Johan Konings:

A  libertação do pecado

Se a Quaresma é um tempo de conversão, deve haver de que se converter: o pecado. Mas para muitos, hoje, já não existe pecado. Sobretudo para os que se iludem com seu aparente sucesso e não sentem na pele quanto seu pecado faz sofrer os outros.

A história humana se move entre o projeto de Deus e o poder do mal.

O mal tenta seduzir o homem para que o adore no lugar de Deus. A 1ª leitura e o evangelho de hoje mostram como Satanás disfarça sua tentação por trás de bens aparentes: conhecimento que nos faz capazes de brincar de deus, satisfação material, poder, sucesso… desde que adoremos o diabo no lugar de Deus!

Todos, desde Adão até nós, caímos muitas vezes, ensina o apóstolo Paulo (2ª leitura). O pecado parece estar inscrito na nossa vida. Chama-se isso o “pecado original” – o mal que nos espreita desde a origem, com as suas conseqüências. Será que se pode atribuir um defeito à nossa origem? Deus não fez bem sua obra? Fez bem, sim, mas deixou o acabamento para nós. Deixou um espaço para a nossa liberdade, para que pudéssemos ser semelhantes a Ele de verdade! E é no mau uso dessa liberdade que se manifesta a força do mal que nos espreita.

Somos esboços inacabados daquilo que o ser humano, em sua liberdade, é chamado a ser. Mas em uma única pessoa o esboço foi levado à perfeição, e essa pessoa nos serve de modelo. Jesus foi tentado, à maneira de nós, mas não caiu, não se dobrou à tentação do “Satanás”, do Sedutor. Ele obedeceu somente a Deus, não apenas quando das tentações no deserto, mas em toda a sua vida, especialmente na “última tentação”, a hora de sua morte. Por isso, tornou-se para nós fundamento de uma vida nova. Reparou o pecado de Adão.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella:


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                                            Reflexão e banner: franciscanos.org.br   Imagem: Frei Fábio Melo Vasconcelos

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Monumento Cristo Redentor recebe projeção especial

do cartaz da Campanha da Fraternidade 2023

O monumento ao Cristo Redentor, localizado no alto do morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, recebeu uma projeção especial do cartaz da Campanha da Fraternidade (CF) 2023. A iniciativa está em sintonia com o lançamento da Campanha ocorrido na quarta-feira de cinzas, 22 de fevereiro, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). 

A ação é uma parceria do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor e da Assessoria de Comunicação da CNBB e foi divulgada, nas mídias sociais (@cnbbnacional e @cristoredentoroficial) , na quarta-feira, em formato de um vídeo, onde é possível observar a projeção, acolhendo esta ação da Igreja no Brasil que tem como tema “Fraternidade e Fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16). 

A Campanha da Fraternidade 2023 

CF 2023 foi lançada oficialmente na quarta-feira de cinzas, 22 de fevereiro, na sede da Conferência, em Brasília (DF). Convocando todos a considerar a fome como referência para reflexão e propósito de conversão, a Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema “Fraternidade e Fome” e o lema bíblico, extraído de Mateus 14, 16: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”

No Brasil, a Campanha da Fraternidade é um modo de a igreja celebrar o tempo da Quaresma, com oração, jejum e caridade associado à reflexão e ação sobre um tema específico. Expressão de comunhão, conversão e partilha, a Campanha desperta o espírito cristão e comunitário na busca do bem comum; educa para a vida em fraternidade e renova a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade de irmãos. 

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                                                                                                                                 Fonte: cnbb.org.br

Mensagem do Papa Francisco

 para a Campanha da Fraternidade 2023

Realizada pela CNBB todos os anos no tempo da Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, a Campanha da Fraternidade de 2023 deste ano tem com o tema: “Fraternidade e fome”. A Mensagem de Francisco para a Igreja no Brasil e todos os fiéis brasileiros.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança, nesta Quarta-feira de Cinzas, 22 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade de 2023, com o tema: “Fraternidade e fome”, juntamente com o lema “Dai-lhes vós mesmo de comer” (Mt 14,16), incentivando assim nossas comunidades a assumirem suas responsabilidades ante a situação da fome que persiste no Brasil, a exemplo do Mestre Jesus.

Para a ocasião o Papa Francisco enviou aos fiéis brasileiros uma mensagem para o início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade 2023. 

Eis a íntegra da sua mensagem:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Todos os anos, no tempo da Quaresma, somos chamados por Deus a trilhar um caminho de verdadeira e sincera conversão, redirecionando toda a nossa vida para Ele, que “amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Ao preparar-nos para a celebração dessa entrega amorosa na Páscoa, encontramos na oração, na esmola e no jejum, vividos de modo mais intenso durante este tempo, práticas penitenciais que nos ajudam a colaborar com a ação do Espírito Santo, autor da nossa santificação.

Com o intuito de animar o povo fiel nesse itinerário ao encontro do Senhor, a Campanha da Fraternidade deste ano propõe que voltemos o nosso olhar para os nossos irmãos mais necessitados, afetados pelo flagelo da fome. Ainda hoje, “milhões de pessoas sofrem e morrem de fome. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos. Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável” (Discurso no encontro com os Movimentos Populares, 28/X/2014).

A indicação dada por Jesus aos seus apóstolos “Dai-lhes vós mesmos de comer” ‹Mt 14, 16) é dirigida hoje a todos nós, seus discípulos, para que partilhemos — do muito ou do pouco que temos — com os nossos irmãos que nem sequer tem com que saciar a própria fome. Sabemos que indo ao encontro das necessidades daqueles que passam fome, estaremos saciando o próprio Senhor Jesus, que se identifica com os mais pobres e famintos: “eu estava com fome, e me destes de comer... todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” ‹Mt 25, 35.40).

É meu grande desejo que a reflexão sobre o tema da fome, proposta aos católicos brasileiros durante o tempo quaresmal que se aproxima. leve não somente a ações concretas — sem dúvida, necessárias — que venham de modo emergencial em auxílio dos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome.

Desejo igualmente que esta conscientização pessoal ressoe em nossas estruturas paroquiais e diocesanas, mas também encontre eco nos órgãos de governo a nível federal, estadual e municipal, bem como nas demais entidades da sociedade civil, a fim de que, trabalhando todos em conjunto, possam definitivamente extirpar das terras brasileiras o flagelo da fome. Lembremo-nos de que “aqueles que sofrem a miséria não são diferentes de nós. Têm a mesma carne e sangue que nós. Por isso, merecem que nina mão amiga os socorra e ajude, de modo que ninguém seja deixado para trás e, no nosso mundo, a fraternidade tenha direito de cidadania” (Mensagem para o Dia Mundial da Alimentação, 16/X/2018, n. 7)

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida e como penhor de abundantes graças celestes que auxiliem as iniciativas nascidas a partir da Campanha da Fraternidade, concedo de bom grado a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham incansável- mente para que ninguém passe fome, a Bênção Apostólica, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 21 de dezembro de 2022.

Franciscus

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Assista:

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                                                                                                                       Fonte: vaticannews.va