Silêncio ensurdecedor de uma multidão incrédula
Cidade do
Vaticano (RV) - A noite daquela quarta-feira, 13 de março de 2013, que já era
especial por ser um período de Sé Vacante, tornou-se histórica: marcou a
eleição do primeiro Papa latino-americano em 2 mil anos.
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| "Rezem por mim!" |
A garoa fina e
fria - de um inverno que terminava ali mesmo - deu lugar ao abraço caloroso da
multidão que acolhia o novo pontífice “vindo do fim do mundo”.
Quem estava na
“geral” ouviu somente as primeiras palavras no anúncio feito pelo Cardeal
Tauran: “Georgium Marium, Cardinalem Bergoglio. Bergoglio!”
- Não pode ser,
disse alguém ao lado ao mesmo tempo em que uma bandeira argentina alçava-se
soberana, indicando novos tempos no Vaticano.
- “Francesco”,
gritou outro com o ouvido mais aguçado. Lá embaixo, só assim pode-se confirmar
que o nome escolhido também já trazia sinais de uma nova era que se abria.
Quisera comparar
o silêncio que se seguiria ao de uma multidão que se cala em um campo de
futebol, porém não seria justa. Isso porque as mais de 100 mil pessoas na Praça
São Pedro viram o Papa curvar-se diante de uma única torcida - e pedir que
rezasse a Deus para que abençoasse o seu Bispo. Em silêncio. (RB)
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Cardeal Hummes:
“Católicos caminham hoje com a cabeça erguida”
Quem de nós não se sentiu um pouco orgulhoso ao ver que no
balcão, ao lado do novo Papa eleito, naquele 13 de março de 2013, estava o
cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes? Dois anos depois, o Programa Brasileiro
repassa aqueles momentos com o franciscano que, aos 80 anos, é o Presidente da
Comissão Episcopal para a Amazônia. Dom Cláudio relembra conosco aqueles
momentos.
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| Cardeal Bergoglio e Cardeal Hummes |
Dois desafios
difíceis ainda se mantêm no horizonte do Papa, após dois anos de Pontificado: a
reforma da Cúria Romana e a resposta da Igreja aos desafios da família católica
num mundo moderno e em plena mutação. O princípio da reforma da Cúria -
modernização, fusão dos serviços, transparência - é grandemente aceito, mas é
longo e dificultoso.
Já o segundo
desafio, a Família, apresenta claras divisões: Francisco, 78 anos, convocou
dois sínodos, um realizado em outubro de 2014 e outro para outubro deste ano,
para debater temas delicados como o lugar dos divorciados que voltaram a casar
ou dos homossexuais na Igreja Católica.
Em entrevista ao
jornal argentino ‘La Nacion’, em dezembro passado, Francisco admitiu que “há resistências,
e são evidentes”. “Mas para mim é bom sinal que sejam evidentes, que não
falem às escondidas quando não se está de acordo. É saudável falar das coisas,
é muito saudável”, disse.
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Cardeal Aviz:
Francisco é autenticidade e amor aos pobres
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| "Foi obra do Espírito Santo" |
Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e
as Sociedades de Vida Apostólica desde 2011, o Cardeal brasileiro Dom João Braz
de Aviz participou do conclave que elegeu Francisco e hoje, dois anos depois,
afirma que os homens, por si sós, não teriam sido capazes de escolher esta
pessoa. “Foi obra do Espírito Santo”, diz. Questionado sobre a principal marca
deste Pontificado, Dom João aponta: a autenticidade da pessoa do Papa e sua
prioridade aos pobres.
“Nossa escolha,
embora tenha sido muito consciente, foi, sobretudo, uma escolha guiada pelo
Espírito Santo, penso eu, porque não poderíamos nós ter pensado nesta surpresa
tão profunda e tão grande para a Igreja como foi, de fato, a eleição do Papa
Francisco. Foi uma fortíssima surpresa no sentido de que a Igreja precisava,
que nós todos precisávamos e que não acabou de se manifestar até hoje, depois
de dois anos”.
Questionado
sobre a principal marca deste Pontificado, Dom João aponta: a autenticidade da
pessoa do Papa e sua prioridade aos pobres. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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Rezemos pelo nosso querido Papa Francisco!
Que Deus continue abençoando seu Pontificado!
Parabéns, Santo Padre!
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