A família paroquial de São José celebrou nesta noite o 9º dia da novena em louvor ao seu querido padroeiro.
Presidiu a Eucaristia o vigário da paróquia São Francisco de Paula da cidade de Poço Fundo, padre Naílton José Gonçalves. Além do cônego Braz Tenório Rocha, concelebraram os padres Leandro Carvalho, Inácio Pires, José Raimundo e Cristian Diego. Assistiu o altar o diácono da paróquia Nossa Senhora Aparecida de Cambuí, José Donizete.
O presidente da celebração, em sua homilia, enalteceu as virtudes de São José e falou sobre a necessidade de seguirmos seus exemplos para também nós vivermos a santidade.
Após as homenagens ao padre Nailton, foi rezada a oração a São José e cantado o hino em seu louvor.
No dia 19 de março, a Igreja Católica
celebra São José, o humilde carpinteiro que desempenhou um papel crucial na
história da salvação. São José é um exemplo inspirador de fidelidade, humildade
e confiança na vontade de Deus. Sua relevância para a vida da Igreja Católica
vai além de sua função como o pai adotivo de Jesus; ele é venerado como um
poderoso intercessor e protetor da Igreja.
Os relatos bíblicos sobre São José são
limitados, mas suas ações falam volumes sobre sua grandeza espiritual. Ele é
apresentado nos Evangelhos de Mateus e Lucas como um homem justo e temente a
Deus, escolhido por Ele para ser o guardião e protetor da Sagrada Família.
Apesar das circunstâncias desafiadoras em que se encontrava, José aceitou com
humildade e confiança o plano divino para sua vida.
São José desempenhou um papel essencial na
vida de Jesus e Maria. Ele foi o protetor da Sagrada Família, cuidando e
provendo para eles em todas as situações. Como tal, São José é visto como um
modelo de paternidade, esposo dedicado e exemplo de virtude familiar.
É também reconhecido como o padroeiro da
Igreja Universal. Sua intercessão é invocada por fiéis em todo o mundo,
buscando sua proteção e orientação em tempos de dificuldade. Sua humildade e
disposição para servir inspiram os cristãos a seguirem o exemplo de vida
simples e virtuosa.
Em várias passagens bíblicas, São José é
retratado como alguém que confiou plenamente na vontade de Deus, mesmo diante
de circunstâncias desconcertantes. Sua obediência aos planos divinos, como
visto em sua aceitação do casamento com Maria e sua fuga para o Egito, é um
exemplo de fé inabalável e submissão à vontade de Deus.
Além de ser o protetor da Sagrada Família e
da Igreja, São José também é venerado como o padroeiro dos trabalhadores e dos
moribundos. Sua vida como um carpinteiro representa a dignidade do trabalho
humano, enquanto sua morte tranquila com Jesus e Maria ao seu lado o torna um
modelo de uma boa morte.
São José é uma figura central na fé
católica, cuja vida e virtudes continuam a inspirar milhões de fiéis em todo o
mundo. Sua humildade, obediência e confiança em Deus o tornam um exemplo
atemporal de santidade e fidelidade. No dia de sua festa, os católicos são
convidados a honrar São José e a pedir sua intercessão, confiantes de que ele é
um poderoso protetor e amigo nos caminhos da vida e da fé. Neste dia do homem
justo rezemos por nossos pais e avós para que a exemplo de São José deem
testemunho da justiça e da honorabilidade do trabalho que dignifica e sustenta
o homem e a família. Que São José, o justo, continue a interceder por nós e a
guiar-nos no caminho da santidade e da salvação. Suplicamos a sua proteção para
as nossas famílias! São José, rogai por nós! Amém.
Dom Anuar Battisti - Arcebispo Emérito de
Maringá (PR)
Centenas de devotos do Pai adotivo de Jesus participaram da missa da novena neste domingo, que foi presidida pelo sacerdote filho de nossa cidade, padre Cristian Diego Rosa. Concelebraram os padres Leandro Carvalho e José Raimundo.
Na homilia, o sacerdote destacou o grande amor de Deus, que fez uma aliança conosco, aliança para sempre. Para que vivamos essa aliança, para que seja selada em nossos corações, é preciso pedir com o salmista que o Senhor nos dê um coração novo, também cheio de amor.
No final da Eucaristia, após as homenagens ao padre Cristian, foi rezada a oração da novena e cantado o hino a São José.
"A glória, para Deus, não corresponde
ao sucesso humano, à fama ou à popularidade: não tem nada de autorreferencial,
não é uma manifestação grandiosa de poder seguida de aplausos do público. Para
Deus, a glória é amar até dar a vida (...). E isto aconteceu de forma
culminante na Cruz, onde Jesus manifestou ao máximo o amor de Deus, revelando
plenamente o seu rosto de misericórdia, dando-nos vida e perdoando".
"Para Deus, a glória é amar até dar a
vida. Glorificar-se, para Ele, significa doar-se, tornar-se acessível, oferecer
o seu amor (...). Dom e perdão são a essência da glória de Deus."
Chegamos ao V Domingo da Quaresma. E ao nos
aproximarmos da Semana Santa, o Papa nos recorda que Jesus diz-nos algo importante
no Evangelho: que na Cruz veremos a sua glória e a do Pai.
Para Deus, a glória é amar até dar a vida
Dirigindo-se aos milhares de fiéis reunidos
na Praça São Pedro para o Angelus dominical, Francisco pergunta
"como é possível que a glória de Deus se manifeste precisamente ali, na
Cruz?". "Poder-se-ia pensar que isto acontece na Ressurreição, não na
Cruz, o que é uma derrota, um fracasso", observa, mas ao invés disso, hoje
Jesus, falando da sua Paixão, diz que "chegou a hora em que o Filho do Homem
vai ser glorificado". Mas, que exatamente Ele quer nos dizer ao afirmar
isso?
Ele quer dizer-nos que a glória, para Deus,
não corresponde ao sucesso humano, à fama ou à popularidade: não tem nada de
autorreferencial, não é uma manifestação grandiosa de poder seguida de aplausos
do público. Para Deus, a glória é amar até dar a vida. Glorificar-se, para Ele,
significa doar-se, tornar-se acessível, oferecer o seu amor. E isto aconteceu
de forma culminante na Cruz, onde Jesus manifestou ao máximo o amor de Deus,
revelando plenamente o seu rosto de misericórdia, dando-nos vida e perdoando os
seus crucificadores.
Verdadeira glória de Deus feita de dom e
perdão
Da Cruz, “cátedra de Deus” - disse o Santo
Padre - "o Senhor ensina-nos que a verdadeira glória, aquela que nunca se
apaga e nos faz felizes, é feita de dom e perdão":
Dom e perdão são a essência da glória de
Deus. E são para nós o caminho da vida. Dom e perdão: critérios muito
diferentes do que vemos ao nosso redor, e também em nós, quando pensamos na glória
como algo a ser recebido mais do que dado; como algo a ser possuído em vez de
oferecido. Mas a glória mundana passa e não deixa alegria no coração; nem mesmo
leva ao bem de todos, mas à divisão, à discórdia, à inveja.
Quando damos e perdoamos, resplandece em
nós a glória de Deus
E então, o Papa propõe que nos perguntemos:
Qual é a glória que desejo para mim, para a
minha vida, que sonho para o meu futuro? A de impressionar os outros pelo meu
valor, pelas minhas capacidades ou pelas coisas que possuo? Ou o caminho do dom
e do perdão, o de Jesus Crucificado, o caminho de quem não se cansa de amar,
confiante de que isto testemunha Deus no mundo e faz brilhar a beleza da vida?
Recordemo-nos, de fato, que quando damos e perdoamos, resplandece em nós a glória
de Deus.
Que a Virgem Maria, que seguiu com fé Jesus
na hora da Paixão - disse ao concluir - nos ajude a ser reflexos vivos do amor
de Jesus.
O pároco da paróquia Santo Antônio de Pouso Alegre, cônego Vonilton Augusto Ferreira, presidiu nesta noite a missa do 7º dia da novena. Teve como concelebrantes o cônego Braz tenório Rocha e os padres Leandro Carvalho e Inácio Pires.
Na homilia o sacerdote deu ênfase especial à necessidade de nos focarmos na cruz de Cristo para alcançar a ressurreição. Lembrou ainda que devemos construir a comunhão entre nós para sermos verdadeiros missionários de Jesus Cristo.
No final da Eucaristia, após os agradecimentos da comunidade ao celebrante, foi rezada a oração da novena e entoado o hino em louvor a São José. Foram em seguida abençoados os convidados, grupos pastorais e representantes das comunidades paroquiais.
Encontramos no Evangelho poucas frases tão desafiantes como estas palavras que resumem uma convicção bem própria de Jesus: “Na verdade eu vos digo: se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, permanecerá infecundo; mas se morrer, produzirá muito fruto”.
A ideia de Jesus é clara. Com a vida acontece o mesmo que acontece com o grão de trigo, que deve morrer para libertar toda sua energia e produzir fruto. Se “não morrer” permanecerá estéril. Ao contrário, se “morrer” torna a germinar trazendo consigo novos grãos e nova vida.
Com esta linguagem tão clara e cheia de força, Jesus deixa entrever que sua morte, longe de ser um fracasso, será precisamente o que dará fecundidade à sua vida. Mas, ao mesmo tempo, convida seus seguidores a viver segundo esta mesma lei paradoxal: para dar vida é necessário “morrer”.
Não se pode gerar vida sem dar a própria vida. Não é possível ajudar a viver, se a pessoa não está disposta a “desviver” pelos outros. Ninguém contribui para um mundo mais justo e humano vivendo apegado a seu próprio bem-estar. Ninguém trabalha seriamente pelo reino de Deus e sua justiça, se não está disposto a assumir os riscos e rejeições, a conflitividade e a perseguição que Jesus sofreu.
Passamos a vida tentando evitar sofrimentos e problemas. A cultura do bem-estar nos empurra para organizar-nos da maneira mais cômoda e prazerosa possível. É este o ideal supremo. Mas há sofrimentos e renúncias que precisamos assumir, se quisermos que nossa vida seja fecunda e criativa. O hedonismo não é uma força mobilizadora; a obsessão pelo próprio bem-estar empequenece as pessoas.
Estamos nos acostumando a viver fechando os olhos ao sofrimento dos outros. Parece que isto é o mais inteligente e sensato para sermos felizes. É um erro. Conseguiremos certamente evitar alguns problemas e dissabores, mas nosso bem-estar será cada vez mais vazio e estéril, nossa religião cada vez mais triste e egoísta. Neste ínterim, os oprimidos e aflitos querem saber se sua dor importa a alguém.
JOSÉ ANTONIO PAGOLAcursou Teologia e Ciências Bíblicas na Pontifícia Universidade Gregoriana, no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e na Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém. É autor de diversas obras de teologia, pastoral e cristologia. Atualmente é diretor do Instituto de Teologia e Pastoral de São Sebastião. Este comentário é do livro “O Caminho Aberto por Jesus”, da Editora Vozes.