domingo, 30 de junho de 2019

Papa Francisco no Angelus deste domingo

Amor a Jesus se traduz em proximidade aos mais necessitados
No Angelus, o Santo Padre disse que o seguir Jesus exclui arrependimentos e olhar para trás, mas requer a virtude de decisão. Comentando o Evangelho deste XIII Domingo do Tempo Comum, Francisco destacou que o ser discípulo de Cristo deve ser uma escolha livre e consciente, feita por amor, para retribuir a graça inestimável de Deus, e não um modo para promover a si próprio.
Cidade do Vaticano“Jesus nos quer apaixonados por Ele e pelo Evangelho. Uma paixão do coração que se traduz em gestos concretos de proximidade, de proximidade aos irmãos mais necessitados de acolhimento e de atenção. Exatamente como Ele mesmo viveu.”
Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus ao meio-dia deste domingo (30/06), em que a Igreja no Brasil celebra a solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e também o Dia do Papa.
Na alocução que precedeu a oração mariana, dirigindo-se aos milhares de fiéis, peregrinos e turistas presentes na Praça São Pedro, o Pontífice explicou a página do Evangelho deste XIII Domingo do Tempo Comum (Lc 9,51-62), em que o Evangelista São Lucas dá início à narração da última viagem de Jesus rumo a Jerusalém, que se concluirá no capítulo 19.
Decisão de seguir Jesus deve ser também ela total e radical
Francisco observou tratar-se de uma longa marcha não somente geográfica e espacial, mas espiritual e teológica rumo ao cumprimento da missão do Messias, acrescentando que “a decisão de Jesus é radical e total, e aqueles que o seguem são chamados a defrontar-se com ela.
O Santo Padre ateve-se aos três personagens que São Lucas apresenta no Evangelho do dia, “três casos de vocação, podemos dizer, que evidenciam o que é exigido a quem quer seguir Jesus até o fim, totalmente”, ressaltou.
O primeiro personagem promete a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que vás”. Generoso! Mas Jesus responde que o Filho do homem, diferentemente das raposas que têm as tocas e as aves do céu, ninhos, “não tem onde reclinar a cabeça. A pobreza absoluta de Jesus”.
O cristão é um itinerante
“Efetivamente, Jesus deixou a casa paterna e renunciou a toda e qualquer segurança para anunciar o Reino de Deus às ovelhas perdidas de seu povo. Desse modo, Jesus indicou a nós, seus discípulos, que a nossa missão no mundo não pode ser estática, mas itinerante, o cristão é um itinerante”, explicou o Papa.
“Por sua natureza, a Igreja está em movimento, não fica sedentária e tranquila em seu recinto. É aberta aos mais vastos horizontes, enviada – a Igreja é enviada – a levar o Evangelho pelas estradas e a alcançar as periferias humanas e existenciais. Este é o primeiro personagem.”
Primado do seguimento e do anúncio do Reino
O segundo personagem que Jesus encontra, continuou Francisco, recebe o chamado diretamente d’Ele, porém responde: “Senhor, permite-me primeiro ir enterrar meu pai”. O Pontífice observou tratar-se de um pedido legítimo, fundado no mandamento de honrar pai e mãe. Todavia, Jesus replicou: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos”.
“Com essas palavras, propositadamente provocatórias, Ele quer afirmar o primado do seguimento e do anúncio do Reino de Deus, mesmo sobre as realidades mais importantes, como a família. A urgência de comunicar o Evangelho, que rompe a cadeia da morte e inaugura a vida eterna, não admite atrasos, mas requer prontidão e total disponibilidade. Ou seja, a Igreja é itinerante, aí a Igreja é decidida, tem pressa, no momento, sem esperar.”
Seguir Jesus exclui indecisões e repensamentos
O terceiro personagem apresentado pelo Evangelista quer também ele seguir Jesus, mas, com a condição de antes despedir-se dos parentes, e ele ouve o Mestre dizer-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus”. Francisco destacou que o seguir Jesus exclui arrependimentos e olhar para trás, mas requer a virtude de decisão.
O valor destas condições colocadas por Jesus – itinerante, prontidão e decisão – não está numa série de “não” ditos a coisas boas e importantes da vida, explicou o Papa.
Não se segue Jesus por conveniência. Ai dos carreiristas!
“O acento deve ser colocado no objetivo principal: tornar-se discípulo de Cristo! Uma escolha livre e consciente, feita por amor, para retribuir a graça inestimável de Deus, e não feita como um modo para promover a si próprio. Isso é triste! Ai daqueles que pensam seguir Jesus para promover-se, isto é, para fazer carreira para sentir-se importantes ou adquirir um lugar de prestígio.”
“Que a Virgem Maria, ícone da Igreja em caminho, nos ajude a seguir o Senhor com alegria e a anunciar aos irmãos, com renovado amor, a Boa Nova da salvação”, disse Francisco voltando seu pensamento a Nossa Senhora.
Atenção à península coreana
Após a oração mariana, o Pontífice comentou o aperto de mão este domingo, na Coreia, entre o presidente estadunidense Donald Trump e seu homólogo norte-coreano Kim Jong-um:
“Nas últimas horas assistimos na Coreia um bom exemplo de cultura do encontro. Saúdo os protagonistas, com a oração a fim de que tal gesto significativo constitua um passo ulterior no caminho da paz, não somente naquela península, mas em favor do mundo inteiro.”
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Assista:
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sábado, 29 de junho de 2019

Papa na missa deste sábado:

A única medida possível
para quem segue Jesus é amar sem medida
"Os Apóstolos, tendo encontrado Jesus e experimentado o seu perdão, testemunharam uma vida nova: não mais se pouparam, deram-se a si mesmos. Não se contentaram com meias medidas, mas adotaram a única medida possível para quem segue Jesus: a dum amor sem medida", disse o Papa na Missa este 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Cidade do Vaticano - “A santidade não está no elevar-se mas em humilhar-se: não é uma subida na classificação, mas confiar dia a dia a própria pobreza ao Senhor, que realiza grandes coisas com os humildes.” Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na Basílica Vaticana na manhã deste sábado, 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na qual abençoou os pálios destinados aos trinta e um arcebispos metropolitanos nomeados nos últimos doze meses, dos quais três brasileiros.
Na homilia da santa missa concelebrada, entre outros, por estes arcebispos metropolitanos de recente nomeação, o Pontífice ateve-se à figura dos Santos Pedro e Paulo, colunas da Igreja que em Roma sofreram o martírio qual testemunhas do Evangelho.
De fato, Francisco destacou que os dois apóstolos “aparecem aos nossos olhos como testemunhas. Nunca se cansaram de anunciar, viver em missão, a caminho, desde a terra de Jesus até Roma. E aqui levaram o seu testemunho até ao fim, dando a vida como mártires”.
A partir daí, o Papa desenvolveu sua reflexão sobre Pedro e Paulo qual testemunhas de vida,testemunhas de perdão e testemunhas de Jesus.
Testemunhas de vida
Testemunhas de vida… e, todavia, as suas vidas não foram límpidas nem lineares, destacou o Pontífice. “Eram ambos de índole muito religiosa: Pedro, discípulo da primeira hora; Paulo, acérrimo defensor das tradições dos pais. Mas cometeram erros enormes: Pedro chegou a negar o Senhor; Paulo, a perseguir a Igreja de Deus”.
Jesus chamou-os pelo seu nome e mudou a sua vida. E, depois de todas estas aventuras, fiou-Se deles, dois pecadores arrependidos. Poderíamos perguntar-nos: Por que é que o Senhor não nos deu duas testemunhas integérrimas, com a ficha limpa, com a vida ilibada? Por que Pedro, quando havia João? Por que Paulo e não Barnabé? – frisou Francisco, acrescentando que nisto encerra-se uma grande lição:
“O ponto de partida da vida cristã não está no fato de ser dignos; com aqueles que se julgavam bons, bem pouco pôde fazer o Senhor. Quando nos consideramos melhores que os outros, é o princípio do fim. O Senhor não realiza prodígios com quem se crê justo, mas com quem sabe que é necessitado. Não é atraído pela nossa habilidade, não é por isso que nos ama. Ele ama-nos como somos, e procura pessoas que não se bastam a si mesmas, mas estão prontas a abrir-Lhe o coração. Pedro e Paulo apresentaram-se assim transparentes diante de Deus.”
Pedro disse-o imediatamente a Jesus: «Sou um homem pecador». Paulo escreve que era «o menor dos apóstolos, nem [era] digno de ser chamado Apóstolo». E, na vida, mantiveram-se nesta humildade até ao fim, prosseguiu o Papa.
Testemunhas de perdão
Qual foi o segredo que, no meio das fraquezas, os fez continuar para diante? O perdão do Senhor, disse Francisco. “Descubramo-los, pois, como testemunhas de perdão.
“Nas suas quedas, descobriram a força da misericórdia do Senhor, que os regenerou. No seu perdão, encontraram uma paz e alegria irreprimíveis. Com o mal que fizeram, poderiam viver com sentimentos de culpa: quantas vezes terá Pedro pensado na sua negação! Quantos escrúpulos para Paulo, que fizera mal a tantas pessoas inocentes! Humanamente, faliram; mas encontraram um amor maior do que os seus fracassos, um perdão tão forte que curava até os seus sentimentos de culpa. Só quando experimentamos o perdão de Deus é que renascemos verdadeiramente. Recomeça-se daqui: do perdão.”
Testemunhas de Jesus
Testemunhas de vida, testemunhas de perdão, Pedro e Paulo são sobretudo testemunhas de Jesus, continuou o Pontífice. “Para a testemunha, mais do que um personagem da história, Jesus é a pessoa da vida: é o novo, não o já visto; a novidade do futuro, não uma lembrança do passado. Por isso, não é testemunha quem conhece a história de Jesus, mas quem vive uma história de amor com Jesus. Porque, no fundo, o que a testemunha anuncia é apenas isto: Jesus está vivo e é o segredo da vida”, disse ainda.
Diante destas testemunhas, interroguemo-nos: Renovo eu cada dia o encontro com Jesus? Talvez sejamos curiosos sobre Jesus, talvez nos interessemos por coisas de Igreja ou notícias religiosas. Abrimos sites e jornais, e conversamos sobre coisas sagradas. Mas, assim, ficamos no que dizem os homens, nas sondagens, no passado. Mas isto, a Jesus, interessa-Lhe pouco. Não quer repórteres do espírito, e muito menos cristãos de capa de revista. Ele procura testemunhas, que Lhe digam dia a dia: «Senhor, Tu és a minha vida», ressaltou o Papa.
“Os Apóstolos, tendo encontrado Jesus e experimentado o seu perdão, testemunharam uma vida nova: não mais se pouparam, deram-se a si mesmos. Não se contentaram com meias medidas, mas adotaram a única medida possível para quem segue Jesus: a dum amor sem medida.”
Francisco exortou-nos a pedir “a graça de não ser cristãos tíbios, que vivem de meias medidas, que deixam resfriar o amor. Encontremos as nossas raízes na relação diária com Jesus e na força do seu perdão. Como a Pedro, Jesus pergunta também a ti: Quem sou Eu, para ti? Amas-me tu? Deixemos que estas palavras penetrem dentro de nós e acendam o desejo de não nos contentarmos com o mínimo, mas de apontar para o máximo: sermos, também nós,testemunhas vivas de Jesus”.
Os pastores não vivem para si mesmos, mas para as ovelhas
O Papa concluiu referindo-se aos pálios precedentemente por ele abençoados no início da celebração eucarística. Destacou que o pálio recorda a ovelha que o Pastor é chamado a carregar aos ombros: “é sinal de que os Pastores não vivem para si mesmos, mas para as ovelhas; é sinal de que, para possuir a vida, é preciso perdê-la, dá-la”.
Dos trinta e um arcebispos metropolitanos precedentemente mencionados, os três são brasileiros são o de Vitória (ES), Dom Dario Campos; o de Montes Claros (MG), Dom João Justino de Medeiros Silva; e o de Campinas (SP), Dom João Inácio Mϋller.
Por fim, Francisco saudou a Delegação do Patriarcado Ecumênico, presente na celebração, “segundo uma bela tradição”, frisou. “A vossa presença lembra-nos que não podemos poupar-nos sequer no caminho rumo à plena unidade entre os crentes, na comunhão em todos os níveis.”
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No Angelus, o agradecimento do Papa
aos arcebispos que receberam o Pálio
Neste sábado (29/06), solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Francisco recordou e agradeceu com afeto os Arcebispos Metropolitanos, que receberam os Pálios abençoados, entre os quais três provenientes do Brasil: Dom Dario Campos, arcebispo de Vitória (ES), Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Claros (MG) e Dom João Inácio Müller, arcebispo de Campinas (SP).
Cidade do Vaticano - Após a celebração Eucarística da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica Vaticana, o Santo Padre assomou à janela da Residência apostólica, para rezar a oração do Angelus com os numerosos peregrinos e fiéis presentes na Praça São Pedro.
Em sua alocução mariana, o Papa voltou a falar sobre a figura dos Santos Pedro e Paulo, representados nos ícones sagrados como aqueles que sustentam o edifício da Igreja, que recordam as palavras do Evangelho de hoje, no qual Jesus diz a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. E Francisco explicou:
“É a primeira vez que Jesus pronuncia a palavra Igreja. Porém, gostaria de convidar-lhes a meditar, de modo particular, não tanto no substantivo, mas no adjetivo da palavra “minha Igreja”. Jesus não fala da Igreja como uma realidade exterior, mas expressa seu grande amor por ela. Ele é apaixonado pela Igreja, por nós; ele ama a sua Igreja como sua esposa”.
Para Jesus, disse o Papa, nós não somos um grupo de fiéis ou uma organização religiosa, somos a sua esposa. Ele olha com ternura a sua Igreja, a ama com fidelidade absoluta, apesar das nossas faltas e traições. Como outrora disse a Pedro, hoje também diz a nós a “minha Igreja”. E acrescentou:
“Também nós podemos repetir “minha Igreja”. Não o devemos dizer, porém, com um sentido de pertença exclusiva, mas com amor inclusivo. Não para sermos diferentes dos outros, mas para sentirmos a beleza de estar com os outros, porque o Senhor quer que estejamos unidos e abertos aos outros. A Igreja é minha. Por isso, devemos cuidar dela, sustentá-la com amor fraterno como os dois Apóstolos no ícone”.
Em outro ícone, recordou ainda Francisco, os Santos Pedro e Paulo são representados como abraçados, apesar da sua diversidade: um era pescador e o outro fariseu, com muitas experiências de vida, carácter, modo de ser e sensibilidade diferentes. Por isso, entre eles não faltaram opiniões contrastantes e debates sinceros. Mas, o que mais os unia era infinitamente maior: Jesus, Senhor de ambos. E o Papa ponderou:
“Irmãos na fé, eles nos convidam a redescobrir a alegria de sermos irmãos e irmãs na Igreja. Nesta festa, que une dois Apóstolos tão diferentes, devemos aprender a apreciar a diversidade, as qualidades dos outros; reconhecer seus dons, sem maldade ou inveja. Quanto é belo saber que compartilhamos da mesma fé, do mesmo amor, da mesma esperança e do mesmo Senhor”.
O Santo Padre concluiu a sua alocução mariana, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, recordando as palavras conclusivas do Evangelho de hoje, no qual Jesus diz a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”. Ele nos chama “minhas ovelhas” com a mesma ternura com a qual dizia a “minha Igreja”. Eis o carinho que edifica a Igreja.
Por isso, o Papa exortou os fiéis a pedir, hoje, “a graça de amar a nossa Igreja, de ser irmãos e irmãs e de ter um coração que saiba acolher a todos, com o mesmo amor de Jesus por nós”.
Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos, presentes na Praça São Pedro, Francisco fez uma saudação, de modo particular, aos romanos para que reajam com senso cívico aos sinais de degradação moral e material que, infelizmente, existem na Cidade Eterna.
A seguir, expressou sua gratidão à Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, que todos os anos participa da solenidade de São Pedro, em Roma, por meio da qual envia sua saudação cordial e fraterna à Sua Santidade Bartolomeu I.
Por fim, Francisco recordou e agradeceu com afeto os Arcebispos Metropolitanos, que receberam hoje os Pálios abençoados, entre os quais três provenientes do Brasil: Dom Dario Campos, arcebispo de Vitória (ES), Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Claros (MG) e Dom João Inácio Müller, arcebispo de Campinas (SP).
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Leituras da

Solenidade de São Pedro e São Paulo
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1ª Leitura: At 12,1-11
Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos.
“Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa.
Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.
Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão.
Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos.
O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!”
Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão.
Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”
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Salmo: 33
-  De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
-  De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,/ seu louvor estará sempre em minha boca./ Minha alma se gloria no Senhor;/ que ouçam os humildes e se alegrem!
- Comigo engrandecei ao Senhor Deus,  / exaltemos todos juntos o seu nome!  /  Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,/ e de todos os temores me livrou.
- Contemplai a sua face e alegrai-vos, /  e vosso rosto não se cubra de vergonha! /  Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,/ e o Senhor o libertou de toda angústia.
- O anjo do Senhor vem acampar/ ao redor dos que o temem, e os salva./ Provai e vede quão suave é o Senhor!/ Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
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2ª Leitura: 2Tm 4,6-8.17-18
Segunda Carta de São Paulo a Timóteo:
Caríssimo, quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.
Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
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Evangelho: Mt 16,13-19
Evangelho de São Mateus:
Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
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Reflexão:
Colunas da Igreja e sinais da Unidade e da Evangelização!
A partir daí, a sua vivacidade e brilhantismo são postos ao serviço do Evangelho
Remonta ao século III a tradição de que a Liturgia une na mesma celebração as duas colunas da Igreja, São Pedro e São Paulo. Mestres inseparáveis de fé e de inspiração cristã pela sua autoridade, simbolizam todo o Colégio Apostólico.
Pedro era natural de Betsaida, onde exercia a profissão de pescador. Jesus chamou-o e confiou-lhe a missão de guiar e confirmar os irmãos na fé. É uma das primeiras testemunhas de Jesus ressuscitado e, como arauto do Evangelho, toma consciência da necessidade de abrir a Igreja aos gentios (At 10-11). Pedro, junto com o seu irmão André(Mt 4,18) está entre os primeiros discípulos de Jesus. Escolhido por Cristo para ser o fundamento da Igreja(Mt 16,13-19) e testemunha privilegiada dos milagres e da vida de Jesus, na sua pessoa e na de seus sucessores, é o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Paulo de Tarso, perseguidor acérrimo da Igreja, converte-se no caminho de Damasco. A partir daí, a sua vivacidade e brilhantismo são postos ao serviço do Evangelho. Fortemente apaixonado por Cristo, percorre o Mediterrâneo para anunciar o Evangelho da salvação, especialmente aos pagãos. São Paulo foi o instrumento escolhido para a evangelização dos pagãos. Sua atividade missionária foi muito mais extensa que a dos demais apóstolos, estendendo-se por grande parte da Europa e Ásia mediterrâneas.
Depois de terem sofrido toda a espécie de perseguições, ambos são martirizados em Roma. Regando com o seu sangue o mesmo terreno, \"plantaram\" a Igreja de Deus.
A Segunda leitura da missa desta solenidade(cf. 2Tm 4,6-8.17-18) São Paulo a Timóteo diz que agora esta reservada para mim a coroa da justiça. São Paulo, ciente de que a hora de seu martírio se aproxima, faz o balanço de seu ministério: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”(Cf. 2Tm 4,7). Ele não fala com soberba, nem se ilude. Nunca houve ministro de Cristo mais consciente das próprias deficiências. Como ele diz de si mesmo em sua primeira carta a Timoteo: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou o primeiro”(Cf. 1Tm 1,15).Ele se reconhece objeto da divina misericórdia, e sabe que a graça que Deus lhe havia reservado não foi estéril, mas fez com que trabalhasse mais do que todos os outros – “Não propriamente eu, mas a graça de Deus comigo”(Cf. 1Cor 15,10). Desde a sua conversão, Paulo permaneceu fiel a esta graça. Portanto, olhando para trás, pode afirmar com uma consciência clara: “Combati o bom combate(...), guardei a fé”; e, olhando para o futuro, pode declarar: “Desde agora está reservada para mim a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia”(Cf. 2 Tm 4,8). Que alegria e que privilégio poder possuir tal certeza e uma tal confiança!
O ministério de São Paulo começou da mesma maneira que o ministério de São Pedro, tal como descrito no Evangelho de hoje(Cf. Mt 16,13,19) por Jesus: “E vós? Quem dizeis que eu sou?”, Pedro, inspirado pelo Pai, responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”(Cf. Mt 16,15-16). Esta confissão da fé marca o início de uma nova vida. Quando ao Pai agrada revelar-nos seu Filho(Cf. Gl 1,16) a nossa existência muda radicalmente. Dali em diante a nossa vida se transforma em anúncio de Cristo, serviço de Cristo, amor ativo por causa de Cristo, prontidão par levar a Cruz de Cristo, mesmo até o martírio, se assim fosse a vontade de Deus. Crer com o coração, confessar com os lábios, trabalhar com as mãos, morrer como o Mestre – tal é a vida apostólica.
No dia de São Pedro e de São Paulo nós queremos rezar pelo seu atual Sucessor: o amado Papa Francisco. Que ele continue sendo a graça da misericórdia de Deus em favor do anúncio do Evangelho. São palavras tocantes do Papa Francisco, na Festa de Corpus Christi deste ano, que alentam nossa vida em abençoar a todos, particularmente, abençoar o ministério do Papa Francisco, muitas vezes incompreendido: “Por que faz bem abençoar? Porque é transformar a palavra em dom. Quando se abençoa, não se está a fazer uma coisa para si mesmo, mas para os outros. Abençoar não é dizer palavras bonitas, nem usar palavras de circunstância; mas é dizer bem, dizer com amor. Assim fez Melquisedec: espontaneamente diz bem de Abrão, sem que este tenha dito ou feito algo por ele. Assim fez Jesus, mostrando o significado da bênção com a distribuição gratuita dos pães. Quantas vezes fomos abençoados, também nós, na igreja ou nas nossas casas! Quantas vezes recebemos palavras que nos fizeram bem, ou um sinal da cruz na fronte! Fomos abençoados no dia do Batismo e, no final de cada Missa, somos abençoados. A Eucaristia é uma escola de bênção. Deus diz bem de nós, seus filhos amados, encorajando-nos assim a continuar. E nós bendizemos a Deus nas nossas assembleias (cf. Sal 68, 27), reencontrando o gosto do louvor, que liberta e cura o coração. Vimos à Missa com a certeza de ser abençoados pelo Senhor, e saímos para, por nossa vez, abençoarmos, para sermos canais de bem no mundo. É importante que nós, Pastores, nos lembremos de abençoar o povo de Deus. Queridos sacerdotes, não tenhais medo de abençoar! O Senhor quer dizer bem do seu povo; fica feliz em fazer-nos sentir o seu carinho por nós. E só depois de abençoados é que podemos abençoar os outros com a mesma unção de amor. Entretanto, é triste ver hoje quão facilmente se amaldiçoa, despreza, insulta. Assaltados por demasiado frenesi, não nos contemos, desafogando a raiva sobre tudo e todos. Muitas vezes, infelizmente, é quem grita mais e mais forte, é quem está mais irritado que parece ter razão e obter consensos. Não nos deixemos contagiar pela arrogância, não nos deixemos invadir pela amargura, nós que comemos o Pão que em si contém toda a doçura. O povo de Deus ama o louvor, não vive de lamentações; está feito para a bênção, não para a lamentação. Diante da Eucaristia, de Jesus que Se fez Pão, deste Pão humilde que contém a totalidade da Igreja, aprendamos a bendizer o que temos, a louvar a Deus, a abençoar e não a amaldiçoar o nosso passado, a dar boas palavras aos outros.
(https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-06/homilia-integral-papa-solenidade-corpus-christi.html, último acesso em 23 de junho de 2019)
A Igreja Católica continua diuturnamente a escutar as palavras que pela primeira vez Pedro ouviu de Cesareia de Filipe: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo quanto ligares na terra ficará ligado nos céus, e tudo quanto desligares na terra será desligado nos céus” (Cf. Mt. 16, 19). Escutando estas palavras, toda a Igreja pede para ser a serva fiel e vigilante em cada vinda do Senhor, histórica e definitiva, para se preparar a si mesma para esta vinda e preparar a família humana inteira.
Assim como a prepararam os Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Que esta aspire por tal vinda com todas as forças. Assim como aspiravam eles. Vida longa e santo ministério apostólico ao Papa Francisco. E, na nossa generosidade, levemos o nosso generoso óbolo de São Pedro para que o Papa continue ajudando as populações mais carentes e atingidas pelas catástrofes.
São Pedro e São Paulo, rogai por nós que recorremos a Vós, e continue iluminando e velando o seu sucessor, o amado Papa Francisco!
                                          Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora
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                       Reflexão: cnbbleste2.org.br   Banner: cnbb.org.br    Ilustração: franciscanos.org.br 

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

e dia de Oração pela Santificação do Clero

Na tarde desta sexta-feira, após um tempo de Adoração ao Santíssimo Sacramento, foi celebrada na Matriz de São José a Eucaristia da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
A missa, presidida pelo Pe. Tales Tadeu Ananias, teve a participação de muitos fiéis, zeladores e zeladoras do Apostolado da Oração.
Momento da Adoração ao Santíssimo Sacramento
Na homilia, o sacerdote referiu-se ao Sagrado Coração de Jesus como modelo para cada um e para todos nós. Recordou também o Dia de Oração pela Santificação do Clero, pedindo aos fiéis que rezem sempre pelos sacerdotes.
Após a homilia, em que o celebrante convidou a todos para serem verdadeiros devotos e seguidores do Coração de Jesus, foram abençoadas as insígnias (fitas), que os novos zelados e zeladores receberam em seguida.
No final da missa, lindos anjinhos prestaram homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, coroando com muita alegria sua imagem. Em seguida foi dada a bênção aos participantes da Eucaristia.
É justo fazer memória de tantos zeladores e zeladoras que foram fiéis às propostas do Apostolado no seguimento do amor misericordioso do Coração de Jesus. Que Deus lhes dê a recompensa!
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Momentos


 


 
 

 

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