segunda-feira, 31 de maio de 2021

A súplica do Papa a Maria:

desata os nós do egoísmo, da indiferença e da violência

Diante de uma imagem de Nossa Senhora Desatadora de Nós, nos Jardins Vaticanos, o Papa Francisco concluiu a “maratona” de oração do Terço realizada diariamente durante todo o mês de maio para implorar o fim da pandemia.

“Todos os dias, segurando entre as mãos a coroa do Santo Rosário, dirigimos os nossos olhos a ti, Mãe de misericórdia, suplicando para que acabe a pandemia e a humanidade possa retomar a vida de cada dia com mais segurança”

O Papa Francisco concluiu na tarde da segunda-feira (31/05) a “maratona” de oração do Terço realizada diariamente durante todo o mês de maio, com a participação dos 30 santuários marianos mais representativos de todos os continentes, cuja o tema foi "De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus" (At 12,5).

A iniciativa foi aberta pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro e concluída pelo próprio Pontífice nos Jardins Vaticanos, diante de uma imagem de Nossa Senhora Desatadora de Nós.

Com efeito, disse o Papa no início da celebração, “são tantos os nós que pressionam nossas existências e prendem as nossas atividades. São os nós do egoísmo e da indiferença, nós econômicos e sociais, nós da violência e da guerra”.

“Te pedimos, ó Mãe Santa, desata os nós que nos oprimem material e espiritualmente, para que possamos testemunhar com alegria o teu Filho e nosso Senhor, Jesus Cristo.”

Os cinco nós a desatar

A cada mistério gozoso, foi indicado um nós a desatar: o dos relacionamentos feridos, da solidão e da indiferença, que se tornaram mais profundos nestes tempos; o do desemprego, com particular atenção ao desemprego juvenil, feminino, dos pais de família e daqueles que estão tentando defender seus empregados; o do drama da violência, em particular a que irrompe na família, no lar, contra as mulheres ou explodiu nas tensões sociais geradas pela incerteza da crise; o nó do progresso humano, que a pesquisa científica é chamada a apoiar, compartilhando descobertas para que sejam acessíveis a todos, especialmente aos mais frágeis e pobres; por fim, o nó do cuidado pastoral, para que as Igrejas locais, paróquias, oratórios, centros pastorais e de evangelização possam redescobrir entusiasmo e novo impulso em toda a vida pastoral e os jovens possam se casar e construir uma família e um futuro.

Com a participação de crianças que receberam a primeira comunhão, crismandos e escoteiros de Roma e região, a oração do Terço foi feita diante do ícone mariano oriundo de Augsburg, na Alemanha. Trata-se de uma pintura a óleo sobre tela feita pelo pintor alemão Johann Georg Melchior Schmidtner, por volta de 1700.

A pintura retrata Nossa Senhora desatando os nós de uma fita branca segurada por dois anjos, rodeada de cenas bíblicas que se referem simbolicamente a imagens de esperança, misericórdia e vitória sobre o mal. Depois da oração do Terço, houve a coroação da imagem.

Após as ladainhas, antes de conceder a bênção apostólica, o Papa Francisco pronunciou a seguinte oração:

“Ó Maria, tu sempre resplandeces em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Entregamo-nos a Ti, Saúde dos enfermos, que junto à Cruz estivestes associada à dor de Jesus, mantendo inabalável a tua fé. Tu, que sabes desatar os nós da nossa existência e conheces os desejos de nosso coração, vem em nosso auxílio. Estamos confiantes de que, como em Caná da Galileia, farás com que possa voltar a alegria e a festa em nossas casas, após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a conformarmo-nos à vontade do Pai e a fazer aquilo que nos disser Jesus, que assumiu os nossos sofrimentos e carregou as nossas dores para nos conduzir, pela Cruz, à alegria da ressurreição. Amém”

O Santo Padre encerrou a cerimônia agradecendo ao Pontifício Conselho para a Nova Evangelização por organizar a maratona, aos santuários que aderiram à iniciativa, à diocese de Augsburg, na Alemanha, pelo ícone mariano e a todos os fiéis. "Por favor, rezem por mim", finalizou.

                                                                                       Bianca Fraccalvieri e Jackson Erpen



...................................................................................................................................................
                                                                                                               Fonte: vaticannews.va

TV Aparecida exibe celebração pelo aniversário

da proclamação de Nossa Senhora como Padroeira do Brasil

Passagem vai ser rememorada no Rio de Janeiro, com uma missa e um concerto especial.

Nesta segunda-feira, 31 de maio, será comemorado os 90 anos da proclamação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Padroeira do Brasil. Neste dia, em 1931, uma belíssima celebração aconteceu no Rio de Janeiro. Agora, essa passagem vai ser rememorada na mesma cidade com dois grandes eventos: uma missa e um concerto, que terá a participação da cantora Elba Ramalho. Tudo com transmissão especial da TV Aparecida, a partir das 18h.

O palco escolhido para o evento, com apoio da Arquidiocese do Rio de Janeiro, é a igreja São Francisco de Paula, mesmo local da cerimônia de proclamação da Padroeira, ocorrida há nove décadas.

Além da Santa Missa, presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta, às 18h, a programação festiva inclui o Concerto da Padroeira, realizado pela Orquestra ASMB (Ação Social pela Música no Brasil), às 19h30, e que terá a participação especial da cantora Elba Ramalho.

Para a cobertura, uma equipe da TV Aparecida — em uma unidade móvel — estará no Rio de Janeiro: o diretor de programação da emissora, Irmão Alan Patrick Zuccherato, que é Missionário Redentorista, e a jornalista Camila Morais.

História da Proclamação da Padroeira do Brasil

Em Aparecida (SP), no ano de 1929, por ocasião das comemorações do jubileu de prata da coroação da imagem (1904), surgiu o desejo de solicitar ao Papa Pio XI, que declarasse Nossa Senhora da Conceição Aparecida, então Rainha, a Padroeira do Brasil. Foi o Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, o Cardeal Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, quem enviou a solicitação, acolhida pelo Romano Pontífice em 16 de julho de 1930, com a missiva contendo os seguintes dizeres:

“Constituímos e declaramos a Beatíssima Virgem Maria, concebida sem mancha, conhecida sob o título de ‘Aparecida’ Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus”.

Até aquele momento, o padroeiro do Brasil era São Pedro de Alcântara. Dom Pedro I havia solicitado, em 1826, ao Papa Leão XII, que proclamasse o santo espanhol como padroeiro do Brasil.

A Proclamação

A cerimônia do título de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil ocorreu no Rio de Janeiro, então capital do País, no dia 31 de maio de 1931. Na ocasião, houve a participação de cerca de um milhão de pessoas. Estiveram presentes no ato o então Presidente da República, Getúlio Vargas, seus ministros, e autoridades civis e militares.

Foto da Proclamação de Nossa Senhora, em 1931



A verdadeira imagem esteve presente na celebração, transportada em um trem de Aparecida (SP) ao Rio de Janeiro, num vagão devidamente preparado e decorado. Foi a primeira vez que a imagem saiu da cidade de Aparecida. A proclamação aconteceu na Praça da Esplanada do Castelo, região central da cidade, após missa campal em frente da igreja de São Francisco de Paula. Naquele dia solene e festivo, em seu discurso, o Cardeal Leme, ajoelhado aos pés da imagem, falou:

“Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente! (...) Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, o Brasil em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama! Salve, Rainha!”

Roteiro dos eventos

Segunda-feira (31/05)

Local: igreja São Francisco de Paula

18h: Santa Missa

19h30: Concerto da Padroeira — Orquestra ASMB (Ação Social pela Música no Brasil). Participação especial de Elba Ramalho

...................................................................................................................................................
                      Fonte: a12.com     1ª foto: Thiago Leon    2ª foto: Arquivo do Sanuário Nacional

domingo, 30 de maio de 2021

Encerramento do Mês de Maria:

Papa reza o Terço nos Jardins do Vaticano

As crianças da Paróquia de Santa Maria della Grotticella, de Viterbo, também vão participar da oração do 31 de maio, no Vaticano, marcando o encerramento da maratona desejada pelo Pontífice para pedir o fim da pandemia. O pároco, Pe. Giuseppe Curre: "quando contei às crianças e aos catequistas sobre a notícia houve exultação".

O dia 31 de maio marca o fim do mês de oração para invocar o fim da pandemia e o reinício do trabalho e das atividades sociais. Neste dia, o Papa vai recitar o Terço nos Jardins do Vaticano, que será precedido por uma procissão solene . Acompanhando a procissão estarão as crianças que receberam a Primeira Comunhão na Paróquia de Santa Maria della Grotticella, em Viterbo, na Itália. A paróquia, por primeira na Itália, disponibilizou as instalações para o serviço sanitário municipal, montando um centro de vacinação. O pároco, Pe. Giuseppe Curre, conta ao Vatican News a alegria das crianças assim que receberam a novidade de vir ao Vaticano com o Papa:

Pe. Giuseppe Curre - Foi uma ótima notícia para todos e também para mim. Quando eu contei às crianças e aos catequistas, houve uma exultação. Estamos muito satisfeitos.

A sua paróquia é a que colocou as instalações à disposição da Asl para montar um centro de vacinação....

Pe. Giuseppe Curre  No ano passado, em janeiro, o Papa disse que era ético se tornar imediatamente disponível para fazer vacinas. Tendo uma bela estrutura sob a igreja, pensei em disponibilizar uma sala da comunidade pensando especialmente nos idosos da paróquia, pessoas que talvez não possam ir longe. Entrei em contato com a autoridade sanitária local, falei com o bispo e depois com os meninos do oratório, e limpamos tudo. Foi um compromisso de toda a comunidade. Para nós, foi um fato muito bonito e importante, pois nos colocamos à disposição de toda a cidade. Percebemos, então, que aqui eles vêm fazer a vacina não apenas de Viterbo, mas também da província. Também houve "open day" com 2  mil pessoas que fizeram a vacina nestes domingos na paróquia. Em Viterbo, se começa a ver jovens que vêm para brincar e para estar juntos e criar uma comunidade novamente. E isso é o mais importante. Somente depois da vacina é que tudo isso pode acontecer. Portanto, também estamos tentando incentivar as pessoas e os jovens a obter a vacina o mais rápido possível. É importante voltar a viver em amizade no dia-a-dia.

Voltemos ao dia 31 de maio: para as crianças, a oração nos Jardins do Vaticano, perto do Papa, será um momento especial precisamente após estes períodos marcados pelo lockdown, pelo distanciamento...

Pe. Giuseppe Curre  - Em preparação para a Comunhão, fazíamos uma peregrinação e íamos a Bolsena para visitar os locais do milagre eucarístico. Ao invés disso, este ano não pudemos ir e tivemos esta outra graça: fomos chamados para vir a Roma perto do Papa. Não poderia ter coisa coisa melhor e mais bela para as nossas crianças. Todas elas estão felizes e cheias de entusiasmo.

                                                                                                               Amedeo Lomonaco

...................................................................................................................................................
                                                                                                               Fonte: vaticannews.va

Papa no Domingo da Santíssima Trindade:

viver a unidade, mesmo na diferença

Francisco, na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, refletiu sobre a unidade invocada por Jesus que não pode ser ignorada: "a beleza do Evangelho requer ser vivida e testemunhada em harmonia entre nós, que somos tão diferentes!". E essa unidade, esse mistério imenso revelado pelo próprio Jesus, acrescentou o Pontífice, "não é uma atitude, uma forma de dizer", mas "é essencial porque nasce do amor" de Deus que, "embora seja um e único, não é solidão, mas comunhão".

Num domingo (30) de tempo instável na Cidade do Vaticano, diferente dos dias quentes e anteriores de primavera na Europa, o Papa Francisco aqueceu os corações dos fiéis no Angelus ao refletir a liturgia do dia em que se celebra a Santíssima Trindade, "o mistério de um único Deus, e esse Deus é: o Pai e o Filho e o Espírito Santo, três pessoas". O Pontífice disse que pode ser difícil de entender, mas "é um só deus e três pessoas", um mistério revelado pelo próprio Jesus Cristo:

Hoje paramos para celebrar esse mistério, porque as Pessoas não são adjetivações de Deus, não. São pessoas, reais, diversas, diferentes. Não são - como dizia aquele filósofo - 'emanações de Deus', não, não! São pessoas. Há o Pai, a quem rezo com o Pai Nosso, que me deu a redenção, a justificação; há o Espírito Santo que habita em nós e que habita na Igreja.

Esse é um grande mistério que fala "ao nosso coração", insistiu o Papa, porque o encontramos incluído na expressão de São João que resume toda revelação: "Deus é amor". Um mistério que deve ser vivido por nós, fortalecendo a nossa comunhão com o Senhor e com as pessoas com as quais convivemos, não só através das palavras, mas com a força da unidade e do amor:

“E, na medida em que é amor, Deus, embora seja um e único, não é solidão, mas comunhão, entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Porque o amor é essencialmente dom de si e, na sua realidade original e infinita, é Pai que se entrega gerando o Filho, que por sua vez se entrega ao Pai, e o seu amor recíproco é o Espírito Santo, vínculo da sua unidade.”

A unidade ao cristão que nasce do amor

O Papa, assim, refletiu sobre a importância deste Domingo da Santíssima Trindade nos encorajando a "contemplar esse maravilhoso mistério de amor e de luz", sem ignorar a unidade invocada por Jesus: "a beleza do Evangelho requer ser vivida - a unidade - e testemunhada em harmonia entre nós, que somos tão diferentes!".

“E essa unidade, eu ouso dizer, é essencial para o cristão: não é uma atitude, uma forma de dizer, não. É essencial, porque é a unidade que nasce do amor, da misericórdia de Deus, da justificação de Jesus Cristo e da presença do Espírito Santo nos nossos corações.”

                                                                                                                      Andressa Collet 

.............................................................................................................................................................


















.............................................................................................................................................................
Assista:
...................................................................................................................................................
                                                                                                              Fonte:  vaticannews.va

sábado, 29 de maio de 2021

Reflexão sobre

o Domingo da Santíssima Trindade

“Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! ”

Chegamos ao dia em que se celebra de modo especial, Aquele que é celebrado diariamente, Deus!

Na primeira leitura, extraída do livro do Deuteronômio 4, 32-34.39-40 nos fala do privilégio de ter o Altíssimo como Deus, de ser muito querido por Ele e receber orientações para bem viver e ser feliz!

Também nós habitantes de nossas cidades, de nossos países, de nossas terras, desde crianças somos ensinados de que fomos criados por amor, que temos um Deus que nos ama e morreu por nós numa cruz e nos deixou critérios para bem viver e sermos felizes e fazermos as demais pessoas também felizes. Já no chamado Antigo Testamento tivemos a entrega do Decálogo, os dez mandamentos dados por Deus a Moisés, não só para o Povo Judeu, mas para todos que quisessem agir de acordo com a Justiça; Jesus Cristo, Deus Encarnado, mais tarde, leva à plenitude essa orientação para felicidade, ao nos dar as Bem-Aventuranças e a síntese: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Tudo isso encontramos na segunda leitura, Romanos 8, 14-17 quando Paulo fala:” todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. De fato...recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai.”

E exemplos nos são dados todos os dias quando o calendário religioso nos apresenta o Santo do Dia. São pessoas como nós, de carne e osso, como se gosta de dizer; pessoas que em momento importante de suas vidas, se não, desde o início, decidiram viver plenamente os conselhos divinos. Por isso são chamados de veneráveis, beatos, santos. Viveram a felicidade, mesmo em situações extremamente difíceis, mas jamais perderam a serenidade, a paz e foram luzeiros para seus companheiros de caminhada. Foram escolhidos para serem sinais, testemunhas de Deus em meio a uma geração difícil, como também nós vivemos. Não rejeitaram a graça de Deus, que jamais lhes faltou. Podem ter chegado ao limite, mas confiaram no Altíssimo e foram homens e mulheres, idosos, maduros, jovens e crianças, ricos e pobres, cultos e iletrados, casados ou não, de todas as raças, que julgaram ser mais sábio seguir a Deus que às normas e convenções humanas.

E Paulo continua “se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.”

O Evangelho, tirado de Mateus 28, 16-20 traz-nos a cena grandiosa do envio missionário dos onze discípulos e o mandato de “Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! ” Todos nós privamos da confiança de Jesus Cristo e temos uma ordem: evangelizar todos os povos, batizá-los e orientá-los nas atividades do dia a dia e da vida, em geral. Mas a grande maravilha vem no final, quando o Senhor diz a eles e a nós: “Eis que eu estarei convosco todos os dia, até o fim do mundo”. Não estamos sozinhos, Deus está conosco, ele é o Emanuel, o Deus conosco! Também Maria, ao ver o índio Diogo amedrontado, não lhe diz:” eu não estou aqui, não sou sua mãe?” Portanto, coragem, em meio às vicissitudes da caminhada, deveremos saber que não estamos sós, Deus está conosco, além da presença materna da compadecida, Maria, nossa Mãe, quando, no Calvário, o Verbo Encarnado nos confiou a ela, Sua Mãe.

Somos felizes! Temos o nosso Deus como Pai, Redentor e Consolador!

                                                                            Padre Cesar Augusto, SJ

...................................................................................................................................................
                                                                                                              Fonte:  vaticannews.va

Baixe os roteiros para Celebrar em Família o Dia do Senhor:

Domingo da Santíssima Trindade,
Corpus Christi e 10º Domingo do Tempo Comum

No próximo domingo, 30 de maio, a Igreja celebra a Solenidade da Santíssima Trindade. E a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibilizou o roteiro Celebrar em Família para a ocasião. Também estão disponíveis os subsídios para a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo e ainda para o 10º Domingo do Tempo Comum.

Continuamos a oferecer esta sugestão de Celebração da Palavra de Deus para ser celebrada em sua casa, com seus familiares. São muitos os horários de transmissão de missas em nossos canais católicos que podemos acompanhar, mas vivendo a dignidade de povo sacerdotal que nosso batismo nos conferiu, podemos não só acompanhar, mas CELEBRAR com nossas famílias o Dia do Senhor.

ROTEIRO PARA A SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

ROTEIRO PARA A SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO

ROTEIRO PARA O 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM

.............................................................................................................................................................
                                                                                                                             Fonte: cnbb.org.br

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Solenidade da Santíssima Trindade:

Leituras e reflexão
...........................................................................................................................................................................

...........................................................................................................................................................................
1ª Leitura: Dt 4,32-34.39-40

Leitura do Livro do Deuteronômio:

Moisés falou ao povo, dizendo:

“Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga, de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande ou se ouviu algo semelhante.

Existe, por ventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo?

Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos?

Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele.

Guarda suas leis e seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.

.................................................................................................................................
Salmo Responsorial: 32

Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

- Reta é a palavra do Senhor,/ e tudo o que ele faz merece fé./ Deus ama o direito e a justiça,/ transborda em toda a terra a sua graça.

- A palavra do Senhor criou os céus,/ e o sopro de seus lábios, as estrelas./ Ele falou e toda a terra foi criada,/ ele ordenou e as coisas todas existiram.

- Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/ para da morte libertar as suas vidas/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.

- No Senhor nós esperamos confiantes,/ porque ele é nosso auxílio e proteção!/ Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos!

.................................................................................................................................
2ª Leitura: Rm 8,14-17

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai!

O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus.

E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.

.................................................................................................................................
Evangelho: Mt 28,16-20
Leitura do Evangelho de São Mateus:

Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado.

Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram.

Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.


..................................................................................................................................

Reflexão do Pe. Johan Konings:

“A Trindade em nossa vida

A festa da SS. Trindade é uma oportunidade para refletir sobre nossa vida de batizados. Fomos batizados “no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, conforme a missão confiada por Jesus aos Apóstolos (Mt 28,20). Será que isso significa algo para nossa vida, modificou algo em nós? Nossa vida de batizados tem algo a ver com as pessoas da Santíssima Trindade?

No Antigo Testamento, Moisés explicou ao povo que Deus é próximo da gente, não inacessível. Fala com seu povo, acompanha-o. Mais: conta com a amizade de seu povo. Não é um Deus indiferente (1ª leitura). E no Novo Testamento, Paulo aponta a presença da Santíssima Trindade de Deus em nossa vida: o Pai coloca em nós o Espírito que nos torna filhos com o Filho (2ª leitura).

Tudo isso nos faz entender melhor o evangelho de hoje, que narra a missão de batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Quem recebe o batismo entra numa relação específica com cada uma das três pessoas da Trindade. Em relação ao Pai, é filho por adoção (o que, na cultura de Jesus, significava muito: pleno direito ao amor e à herança do Pai). Em relação ao Filho, é irmão (participando da mesma vida, do mesmo projeto). E quanto ao Espírito Santo, é dele que recebe inspiração e impulso para viver a vida divina no mundo.

Convém termos consciência disso em nossa vida de batizados. Certamente, Deus é um só. O que o Pai, o Filho e o Espírito Santo significam em nós é uma só e mesma realidade: a presença da vida divina em nós. Mas essa realidade se realiza em relações diversificadas. Uma comparação talvez ajude a aprender esse mistério: na vida conjugal, mulher e homem são ora parceiros no amor, ora colaboradores no sustento da família ou na educação dos filhos, ora pessoas autônomas (para irem votar ou atenderem a seus negócios) etc.

Assim podemos assumir e cultivar as diversas atitudes que nos relacionam com a Santíssima Trindade em nossa vida. Atitude de filho adotivo do Pai, cuidando de sua obra, de sua solicitude para com a criação e a humanidade. Atitude de irmão de Jesus, na sintonia e solidariedade, na ternura para com outros irmãos – e para com Jesus mesmo! Atitude, finalmente, de quem é impulsionado pelo Espírito Santo (e não pelo espírito do mundo, do lucro, da exploração etc).

A consciência da relação com as três Pessoas divinas torna nossa vida cristã menos abstrata, conferindo-lhe uma configuração mais versátil, mais concreta. Mas essa consciência não surge espontaneamente. É preciso cultivá-la na contemplação das Três Pessoas divinas.

______________________________________________________________

PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atua como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

.......................................................................................................................................................
                                                      Fonte e ilustração: franciscanos.org.br       Banner: cnbb.org.br