sexta-feira, 31 de março de 2023

Domingo de Ramos:

Leituras e Reflexão
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1ª Leitura: Is 50,4-7

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás.

Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

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Responsório: Sl 21(22)
- Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
- Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

- Riem de mim todos aqueles que me veem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: 'Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!'.

- Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado.Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos. Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam!

- Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica.Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro!

- Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o toda a raça de Israel!

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2ª Leitura: Fl 2,6-11

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:

Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.

Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

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Evangelho: Mt 21, 1-11

Proclamação do Evangelho de São Mateus:

Naquele tempo, Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada, e com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles’, mas logo os devolverá’”.

Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”.

Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”

Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”

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 Evangelho: Mt 27,11-54 (Forma breve)

Anúncio do Evangelho:

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:

Assembleia: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus declarou:

Presidente: “É como dizes”.

Narrador 1: E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou:

Leitor: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”

Narrador 1: Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida:

Assembleia: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”

Narrador 2: Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:

Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Narrador 2: Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar:

Assembleia: “Qual dos dois quereis que eu solte?”

Narrador 2: Eles gritaram:

Assembleia: “Barrabás”.

Narrador 2: Pilatos perguntou:

Leitor: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”

Narrador 2: Todos gritaram:

Assembleia: “Seja crucificado!”

Narrador 2: Pilatos falou:

Leitor: “Mas, que mal ele fez?”

Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:

Assembleia: “Seja crucificado!”

Narrador 1: Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:

Leitor: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”

Narrador 1: O povo todo respondeu:

Assembleia: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.

Narrador 1: Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele.

Narrador 1: Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:

Assembleia: “Salve, rei dos judeus!”

Narrador 2: Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.

Narrador 1: Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:

Assembleia: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.

Narrador 1: Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

Assembleia: “Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”

Narrador 2: Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:

Assembleia: “A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.

Narrador 1: Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

Presidente “Eli, Eli, lamá sabactâni?”

Narrador 1: Que quer dizer:

Presidente: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”

Narrador 1: Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

Assembleia: “Ele está chamando Elias!”

Narrador 1: E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram:

Assembleia: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”

Narrador 1: Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham.)

Narrador 2: E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

Assembleia: “Ele era mesmo Filho de Deus!”

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Reflexão do padre Johan Konings:

A porta de entrada na Semana das Semanas

Frei Almir Guimarães

 “Vinde, subamos juntos ao Monte das Oliveiras e corramos ao encontro de Cristo que hoje volta de Betânia e se encaminha voluntariamente para aquela venerável e santa Paixão, a fim de realizar o mistério da nossa salvação” (Santo André de Creta, Lecionário Monástico II, p. 511).

 Chegamos aos dias da Semana Santa. Um duplo sentimento toma conta de nós quando acompanhamos os passos da liturgia: alegria pelo Rei que entra triunfantemente em Jerusalém, mas humildemente sentado num burrico. Aqueles que esperavam a redenção imediata para o povo, cantam, acenam ramos, atapetam o caminho por onde ele deve passar. Quando a procissão dos ramos penetra no templo, tudo é austeridade: leitura das dores do servo de Javé. Paulo escreve aos Filipenses falando daquele que, de condição divina, agora era obediente até a morte e morte de cruz. Tudo culminando com a leitura da Paixão quando ouvimos o grito de abandono: “Meu Deus, meu Deus! Por que me abandonaste?”.

 A meditação de todas essas passagens nos mergulha num clima de reconhecimento de nossas faltas e também faz nascer em nós desejo enorme de pedido de perdão. No final da liturgia sentimos que passamos por uma porta que vai nos permitir acompanhar os passos do amor sem limites. O amor do Senhor foi tão grande que esta semana só pode ser um tempo de recolhimento, de silêncio e de imersão total no abismo do amor de Deus. Passaremos o tempo batendo no peito e dizendo: “Piedade, Senhor, piedade!”.

 Um pouco antes de entrar em Jerusalém, Jesus havia estado em casa de Marta, Maria e Lázaro, seus amigos. Sentira aperto no coração? Experimentara frio e solidão? Precisava de fôlego que lhe seria dado pelos que o amavam e estimavam? É assim. Na hora da dor, os amigos podem nos valer.

 A Procissão dos Ramos evoca, pois, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. O formulário da bênção das palmas suplica o olhar do Altíssimo sobre os ramos que os fiéis carregam em sinal de sua adesão a Cristo Rei que ingressa em sua cidade sentado num burrico. A festa de hoje é exaltação do Cristo-Rei. Os paramentos são vermelhos e lembram o fogo do amor e do martírio. Em toda a Semana Santa o que ocorre é esse paradoxo de dor e de alegria.

 Carregamos em nossas mãos ramos. Acompanhamos o Cristo na procissão de entrada. Ele é nosso Rei. Não somos donos de nós mesmos. Ele é o centro de nossa vida, de nossa vida de cristãos, de nossa família. Para ele, orientamos o melhor de nós mesmos. Fazemos questão de guardar o ramo deste domingo em nossa casa. Haveremos de olhar para ele como um sacramental, um sinal de uma vivência religiosa profunda.

 “O Senhor vem, mas não rodeado de pompa como se fosse conquistar a glória. Ele não discutirá, diz a Escritura, nem gritará, nem ninguém ouvirá sua voz. Pelo contrário, será manso e humilde se apresentará com vestes pobres e aparência modesta” (André de Creta, ut supra, p. 511).

 Jesus entra em Jerusalém montado num jumento. O gesto marca a pobreza e a simplicidade do Messias. Pede que lhe providenciem um asno que depois haverá de devolver. O burrico é a cavalgadura do Messias pobre e humilde de Zacarias (9,9). Insistamos: o burrico é apenas emprestado. Por sua vez, o cortejo que acompanha Jesus mostra características reais expressas nos mantos estendidos pelo chão e nas palavras de ovação. Há diferença entre a maneira como Jesus de um lado e as pessoas encaram a situação.

 “Em vez de ramos e mantos sem vida, em vez de folhagens que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo, revestido dele próprio – vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo (Gl 3,27) – prostremo-nos a seus pés com mantos estendidos” (André de Creta, ut supra, p. 512).

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FREI ALMIR GUIMARÃES, OFM, ingressou na Ordem Franciscana em 1958. Estudou catequese e pastoral no Institut Catholique de Paris, a partir de 1966, período em que fez licenciatura em Teologia. Em 1974, voltou a Paris para se doutorar em Teologia. Tem diversas obras sobre espiritualidade, sobretudo na área da Pastoral familiar. É o editor da Revista “Grande Sinal”.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella: 

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Reflexão/banner: franciscanos.org.br Imagem: Fr. Fábio M. Vasconcelos  banner: diocesanocaruaru.g12.br

Intenção de Oração do Papa para o mês de abril:

para a paz duradoura, nada de guerras e armas

Francisco, no vídeo de intenção de oração para o mês de abril, pede que rezemos "por uma maior difusão da cultura da não violência, que implica a diminuição do uso de armas, tanto por parte dos Estados como dos cidadãos". Para desenvolver uma cultura da paz, recorda o Papa, é preciso "viver, falar e agir sem violência".

“Viver, falar e agir sem violência não é render-se, não é perder nem renunciar a nada. É aspirar a tudo.”

Assim Francisco inicia o vídeo do Papa de abril com a nova intenção de oração confiada a toda a Igreja Católica, através da Rede Mundial de Oração do Papa. O apelo, gravado antes do Pontífice ser internado no Hospital Gemelli por causa de uma infecção respiratória, foi divulgado nesta quinta-feira (30).

No próximo 11 de abril completam-se 60 anos da publicação da encíclica Pacem in Terris escrita pelo Papa João XXIII e que tem como subtítulo “Sobre a paz entre os povos que deve ser fundada na verdade, na justiça, no amor e na liberdade”. No vídeo deste mês, o Papa Francisco renova essa mensagem e denuncia com força:

"Como afirmou São João XXIII há 60 anos, na Encíclica Pacem in Terris, a guerra é uma loucura, está para além da razão. Qualquer guerra, qualquer confronto armado, acaba sempre numa derrota para todos. Desenvolvamos uma cultura da paz. Recordemos que mesmo nos casos de legítima defesa, a paz é o objetivo. E que uma paz duradoura só pode ser uma paz sem armas."

Aquela frase de 60 anos atrás, citada por Francisco na mensagem que acompanha sua intenção de oração, está mais atual do que nunca, como estão os testemunhos deixados por algumas das pessoas que plantaram sementes de paz no século passado: São João XXIII, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Santa Teresa de Calcutá. No vídeo do Papa deste mês, as imagens em preto e branco aparecem no meio de cenas de destruição causadas pela violência atual: desde a guerra da Ucrânia às do Oriente Médio, passando por confrontos e tiroteios, incluindo os países mais ricos, como os Estados Unidos. Ainda que não tenham faltado testemunhas, definitivamente, o mundo ainda não aprendeu a lição fundamental de que "qualquer guerra, qualquer confronto armado, acaba sendo uma derrota para todos".

A paz é o objetivo

Um artigo da Anistia Internacional publicado sobre dados e estatísticas do uso de armas entre 2012 e 2016, apresenta uma amostra do que significa uma cultura de violência: por exemplo, mais de 500 pessoas morrem diariamente pela violência armada e em média mais de 2 mil ficam feridas; além disso, 44 % dos homicídios no mundo são cometidos com armas de fogo. Isso está diretamente relacionado com a indústria das armas: 8 milhões de armas portáteis são produzidas a cada ano. E no que diz respeito ao conflito armado, a Ação contra a violência armada (Action on Armed Violence, AOAV) adiantou que o panorama de 2023 não parece ser nada animador: os novos confrontos, particularmente a invasão russa na Ucrânia e as explosões na Ásia, somam-se aos conflitos e lutas armadas que estão acontecendo na África e no Oriente Médio, entre outros.

O único caminho possível para frear esta investida é buscar e colocar em marcha, tanto em nível local como internacional, caminhos de diálogo real e assumir “a não violência” como “um guia para o nosso agir”. Esta mensagem faz eco ao que adiantou o Papa João XXIII há 60 anos: “A violência jamais fez outra coisa que destruir, não edificar; inflamar as paixões, não acalmá-las; acumular ódio e destruição, não ajudar a confraternizar os adversários, levando os homens e os partidos à dura necessidade de reconstruir tudo lentamente, depois de dolorosas provas, sobre destroços da discórdia”.

O vídeo do Papa de abril, assim, é um forte chamado para construir uma cultura de paz com um forte 'não' à violência, à guerra e às armas:

“Façamos da não violência, tanto na vida quotidiana como nas relações internacionais, um guia para o nosso agir. E rezemos por uma maior difusão da cultura da não violência, que implica a diminuição do uso de armas, tanto por parte dos Estados como dos cidadãos.”

Paz sem armas

O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, comentou a mensagem de Francisco: “frente à violência do nosso tempo, o Papa propõe um mês para rezar ‘por uma maior difusão de uma cultura da não violência’. A paz entre os povos começa, de fato, na parte mais concreta e íntima do coração, quando encontro o outro na rua, seu rosto, seu olhar, sobretudo o que vem de outro lugar, o que não fala como eu e não tem a mesma cultura, o que é diferente nas suas atitudes e o que chamamos 'estrangeiro'. A guerra e o conflito começam aqui e agora, em nossos corações, cada vez que permitimos que a violência substitua a justiça e o perdão. O Evangelho nos mostra que a vida de Jesus revela o verdadeiro caminho da paz e nos convida a segui-lo. É neste espírito que somos chamados a nos 'desarmarmos’, no sentido de ‘desarmar’ nossas palavras, nossas ações, nosso ódio. Rezemos, pois, como nos convida o Papa Francisco para que ‘façamos da não violência, tanto na vida cotidiana quanto nas relações internacionais, um guia para o nosso agir’”.

Andressa Collet - Vatican News

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Louvado seja Deus!

O Papa deve voltar ao Vaticano neste sábado

Segundo declaração do diretor da Sala de Imprensa vaticana, neste sábado o Papa depois do café da manhã, leu alguns jornais e retomou o trabalho.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, comunicou aos jornalistas na manhã desta sexta-feira sobre o estado de saúde do Papa Francisco. Eis o que disse:

"O dia de ontem transcorreu bem, com um normal decurso clínico. À noite, o Papa Francisco jantou, comendo pizza, na companhia das pessoas que o assistem nesses dias de internamento hospitalar. Com o Santo Padre, estavam presentes médicos, enfermeiros, assistentes e membros da Gendarmaria.

Hoje, depois do café da manhã, leu alguns jornais e retomou o trabalho. A volta para a Casa Santa Marta está prevista para amanhã, quando saírem os resultados dos últimos exames efetuados esta manhã."

Domingo de Ramos: presença confirmada

O porta-voz vaticano confirmou que está prevista a presença Pontífice na Praça São Pedro no dia 2 de abril, para a celebração eucarística do Domingo de Ramos.

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quinta-feira, 30 de março de 2023

Em nota de solidariedade, CNBB conclama

 a Igreja no Brasil à oração pela saúde do Santo Padre

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediu, por meio de sua presidência, ao episcopado brasileiro e a toda a Igreja no Brasil, nesta quarta-feira, 29, oração pela saúde do Papa Francisco. O Santo Padre foi hospitalizado, na quarta-feira, 29, em Roma em razão de uma infecção respiratória.

“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se une a todas as pessoas que, nestes dias, se encontram em oração pela saúde do Papa Francisco. Que a Virgem Mãe Aparecida interceda junto ao Bom Deus para que fortaleça sempre mais o Santo Padre na condução da Igreja”, diz a Nota de Solidariedade emitida pela CNBB.

Conheça a íntegra do documento abaixo e, aqui, a versão em PDF.

Rezemos pela saúde do Santo Padre

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se une a todas as pessoas que, nestes dias, se encontram em oração pela saúde do Papa Francisco. Que a Virgem Mãe Aparecida interceda junto ao Bom Deus para que fortaleça sempre mais o Santo Padre na condução da Igreja.

Brasília-DF, 29 de março de 2023

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre
1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá
2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro
Secretário-Geral

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Papa internado:

quadro clínico em melhoramento

De acordo com o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o quadro clínico do Papa Francisco é em progressivo melhoramento e prossegue o tratamento programado.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, divulgou na manhã desta quinta-feira, 30 de março, um novo boletim a respeito da saúde do Pontífice, internado desde ontem no hospital Policlínico Gemelli de Roma:

"Papa Francisco repousou bem durante a noite. O quadro clínico é em progressivo melhoramento e prossegue o tratamento programado. Hoje, depois do café da manhã, leu alguns jornais e retomou o trabalho. Antes do almoço, foi à pequena capela do apartamento particular, onde se recolheu em oração e recebeu a eucaristia."

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quarta-feira, 29 de março de 2023

Papa Francisco no Hospital Gemelli

por causa de uma infecção respiratória

Na manhã desta quarta-feira o Papa presidiu normalmente a audiência geral com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, comunica que:

"O Santo Padre se encontra desde a tarde de hoje no Gemelli para alguns controles previamente programados".

Na manhã desta quarta-feira o Papa presidiu normalmente a audiência geral com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.

No início da noite (horário de Roma),  Matteo Bruni acrescentou que "nos dias passados, o Papa Francisco se lamentou de algumas dificuldades respiratórias e esta tarde foi até ao Policlínico A. Gemelli para efetuar alguns controles médicos. O resultado evidenciou uma infecção respiratória (exclui-se a infecção de Covid 19), que exigirá alguns dias de adequada terapia médica hospitalar. O Papa Francisco ficou comovido com as muitas mensagens recebidas e expressa sua gratidão pela proximidade e a oração."

Atualizado às 20h50 (horário italiano) de 29 de março de 2023.

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Papa na catequese desta quarta-feira:

o que muda uma vida é o encontro com o Senhor

Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira, Francisco propôs a figura de São Paulo e sua paixão pelo Evangelho que o levou a ser chamado de Príncipe dos Apóstolos: para um cristão, "converter-se significa refazer aquela mesma experiência de "queda e ressurreição" que Saulo/Paulo viveu e isso está na origem da transfiguração do seu zelo apostólico".

O Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre "A paixão de evangelizar: o zelo apostólico do fiel", na Audiência Geral desta quarta-feira (29/03), realizada na Praça São Pedro.

A figura de São Paulo foi central neste encontro semanal com os fiéis, pois o Apóstolo dos Gentios testemunhou o que significa ter paixão pelo Evangelho.

"No primeiro capítulo da Carta aos Gálatas, assim como na narração dos Atos dos Apóstolos, observamos que seu zelo pelo Evangelho aparece depois de sua conversão, e substitui seu zelo precedente pelo judaísmo. Saulo, primeiro nome de Paulo, já era zeloso, mas Cristo converte o seu zelo: da Lei ao Evangelho", disse Francisco.

No caso de Paulo, o que o mudou não foi uma simples ideia ou uma convicção: foi o encontro, esta palavra, foi o encontro com o Senhor ressuscitado – não se esqueçam disto, o que muda uma vida é o encontro com o Senhor – para Saulo foi o encontro com o Senhor ressuscitado que transformou todo o seu ser. A humanidade de Paulo, sua paixão por Deus e sua glória não são aniquiladas, mas transformadas, "convertidas" pelo Espírito Santo. O único que pode mudar nossos corações, mudar, é o Espírito Santo.

"E assim para todos os aspectos de sua vida. Como acontece na Eucaristia: o pão e o vinho não desaparecem, mas tornam-se o Corpo e o Sangue de Cristo. O zelo de Paulo permanece, mas se torna o zelo de Cristo. O significado muda, mas o zelo é o mesmo", sublinhou Francisco.

Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura, este é o significado de ser uma nova criatura. Tornar-se cristão não é uma maquiagem que muda o rosto, não! Se você é cristão, seu coração muda, mas se você for cristão de aparência, isso não funciona. Cristãos de maquiagem, não, não. A verdadeira mudança é a do coração. E isso aconteceu com Paulo.

Segundo o Papa, a "paixão pelo Evangelho não é questão de compreensão ou de estudos – você pode estudar toda a Teologia que quiser, pode estudar a Bíblia e tudo mais e virar um ateu ou mundano, não é questão de estudos. Na história houve muitos teólogos ateus! Estudar serve, mas não gera a nova vida da graça. Converter-se significa refazer aquela mesma experiência de 'queda e ressurreição' que Saulo/Paulo viveu e que está na origem da transfiguração do seu zelo apostólico".

A seguir, Francisco disse que "muitas vezes ouvimos comentários sobre as pessoas: 'Mas olha aquele ali, era um miserável e agora é um bom homem, uma boa mulher. Quem o mudou? Jesus. Ele encontrou Jesus. Se Jesus não entrou na sua vida ela não mudou. Você vai ser um cristão de fora. Jesus tem que entrar e isso muda você. Foi o que aconteceu com Paulo. Encontrar Jesus. Por isso, Paulo disse que o amor de Cristo nos impele, nos leva adiante. O mesmo aconteceu com todos os santos, a mudança. Quando encontraram Jesus foram em frente".

A seguir, o Papa fez mais uma reflexão sobre a mudança que aconteceu em Paulo, "que de perseguidor se tornou apóstolo de Cristo". "Quando iluminado pelo Ressuscitado, descobre que foi "blasfemo e violento". Então ele começa a ser realmente capaz de amar", disse Francisco, acrescentando:

E este é o caminho. Se um de nós disser: 'Ah! Obrigado Senhor, porque sou uma boa pessoa, faço coisas boas, não cometo pecados grandes'. Este não é um bom caminho, este é um caminho de autossuficiência.  É um caminho que não justifica a pessoa. Ele é um católico elegante, mas um católico elegante não é um católico santo, ele é elegante. O verdadeiro católico, o verdadeiro cristão é aquele que recebe Jesus dentro de si, e Ele muda o seu coração.

A seguir, o Papa convidou a todos a se perguntarem: "O que Jesus significa para mim? Deixo-o entrar no meu coração ou apenas o mantenho por perto, mas não tanto dentro? Deixei que Ele me mudasse ou Jesus é somente uma ideia, uma teologia que vai adiante?" "O zelo é isso: quando alguém encontra Jesus sente o fogo e como Paulo deve pregar Jesus, deve falar de Jesus, deve ajudar as pessoas, deve fazer coisas boas. Quando alguém encontra a ideia de Jesus, permanece um ideólogo do cristianismo e isso não justifica, só Jesus nos justifica. Que o Senhor nos ajude a encontrar Jesus, e que esse Jesus de dentro mude a nossa vida e nos ajude a ajudar os outros", concluiu Francisco.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

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Assista:

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terça-feira, 28 de março de 2023

A grande alternativa:

Deus ou nada

Criação do homem - Michelangelo

A grande alternativa fundamental: “Deus ou o Nada”, já foi formulado pelo filósofo, F. H. Jacobi. Ele introduziu-a no último ano do século XVIII, com a entrada da temática do niilismo na área da filosofia. Em nosso tempo, essa alternativa ganha um caráter de gravidade e de urgência particulares. 

A alternativa põe, de um lado, uma “vida sem sentido”, ou seja, o niilismo, sendo que, através dele, está o ateísmo; e, do outro, uma “vida com sentido”, ou seja, uma vida de fé, enquanto fundado no mistério do Deus verdadeiro. 

A fórmula metafísica da “vida sem sentido” é: viemos do Nada e voltamos para o Nada; a da “vida com sentido” é: viemos de Deus e voltamos para Deus. A primeira opção descreve uma parábola inicialmente ascendente – viemos do nada para a vida, e que continua finalmente ascendente – da vida voltamos para o nada. O nada aqui, sob a forma da morte, afivela o fim com o início da existência. Já a segunda opção descreve a parábola inicialmente descendente – viemos de Deus para a existência, e acaba acendendo finalmente para Deus – da existência voltamos para Deus. Aqui, Deus é o alfa e o ômega de toda a existência, amarrando as duas pontas. Por fim, é preciso ter presente nas duas opções: O devir é um intermezzo, ou seja, um processo que transcorre entre dois polos. Depende de cada pessoa, em sua liberdade, por qual polo optar: por Deus ou pelo Nada. 

Optando por Deus, está também em jogo a relação com Deus. Deus só proporciona “sentido”, quando é “sentido” existencialmente como verdade, ou seja, quando é experienciado espiritualmente como liberdade e seguido eticamente como vida. Então, o “sentido de Deus” é condição para o “sentido da vida”. Quanto mais Deus verdadeiro, tanto mais sentido pleno. Melhor, quanto mais uma fé é experienciada e assumida com liberdade e vida, tanto mais a vida se enche de sentido. Ao contrário, quanto mais uma fé se restringe ao plano meramente exterior usufruindo-se de um deus falso, tanto mais perde substância significante e deixa de “encher” a vida de sentido. 

Impõe-se uma pergunta: Como experienciar o Deus verdadeiro, confrontando-se com a experiência do niilismo que está tão presente nos tempos atuais? Ele, o niilismo, não deixa de ser um “pathos” do tempo de hoje, criando uma crise de sentido: a vida perde valor, primeiro no seu todo, e, depois em suas partes. O niilismo não diz respeito apenas ao sentido último da vida, mas também ao sentido penúltimo, o das realidades ordinárias e comuns.  

De fato, a vida como um todo e, também, estas realidades ordinárias e comuns, desligadas de um sentido absoluto, vão perdendo (a) graça. Ocorre, então, um sentimento de decadência existencial e de entropia valorial, que atinge, em primeiro lugar, a vida como um todo e, em segundo, também as coisas da vida em sua singularidade. 

Quando se examina a causa derradeira da perda de energia vital que ocorre simplesmente em relação às atividades e relações do dia a dia, descobre-se que a causa é a falta da dimensão espiritual da vida, dimensão essa que encerra e custodia a fonte de todo sentido. Claro, quando a fonte seca, seca também o rio É só uma questão de tempo. Daí as equações: vida sem Deus = vida sem sentido, “morte de Deus” = morte do sentido. 

Estamos diante da grande alternativa fundamental: “Deus ou o Nada”! 

Dom Jacinto Bergmann - Arcebispo de Pelotas (RS)

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Comissão para a Cultura e a Educação da CNBB

lança Itinerários Formativos para Educadores

A Comissão Episcopal para Cultura e Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, na última semana, o livro “Itinerários Formativos para Educadores”. A obra, lançada pela Edições CNBB é uma opção de itinerário formativo para educadores, sejam professores católicos ou pessoas envolvidas na educação, a partir da fé e da pedagogia cristã.

O arcebispo de Goiânia (GO) e presidente da Comissão para a Cultura e a Educação da CNBB, dom João Justino de Medeiros Silva, contou que a publicação foi produzida pelo Setor Educação e o Setor Universidades da Comissão, com a participação de colaboradores, e em sintonia com a proposta do Pacto Educativo Global.

“Os textos abordam os temas mais importantes para os educadores nos tempos em que estamos vivendo. O livro oportuniza um encontro em que, após a leitura, os educadores podem trocar entre si experiências”, explica dom João Justino.

O subsídio oferece um caminho que percorre os aspectos constitutivos da vocação e missão comprometida com a promoção e defesa da vida, da fraternidade e da dignidade humana do educador cristão, considerando o atual contexto sociocultural. São abordadas as áreas como identidade, espiritualidade, missão, desafios da docência, entre outros.

Uma ampla consulta aos educadores e agentes de pastoral indicou “a urgente necessidade de se oferecer um programa formativo” para os educadores das comunidades e escolas do Brasil, explicou o assessor do Setor Educação, padre Júlio César Evangelista Resende. O objetivo é ajudá-los a “fortalecerem sua identidade na missão como cristãos discípulos-missionários nos espaços escolares e educativos”.

A publicação “Itinerários Formativos para Educadores” está disponível na Edições CNBB.

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