quinta-feira, 31 de dezembro de 2015








Papa Francisco:
O bem, mesmo que pareça frágil, vence sempre o mal
Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde deste 31 de dezembro, último dia de 2015, o Papa Francisco presidiu na Basílica de São Pedro às Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, com o canto do Te Deum e a Bênção do Santíssimo Sacramento. Na homilia, Francisco recordou que “em muitas ocasiões a Igreja sente a alegria e o dever de elevar seu canto a Deus com estas palavras de louvor, que desde o quarto século acompanham a oração nos momentos importantes de sua peregrinação terrena”.
O Papa recordou que sentimos em nosso coração um desejo quase que espontâneo de agradecer a Deus, em reconhecimento à sua presença amorosa “nos eventos de nossa história”. No entanto – observou - “sentimos que a nossa voz não é suficiente na oração. Ela precisa se reforçar com a companhia de todo o povo de Deus, que uníssono, faz ouvir o seu canto de agradecimento”:
“Por isso, no Teu Deum pedimos a ajuda aos Anjos, aos Profetas e à toda a criação para louvar ao Senhor. Com este hino, revemos a história da salvação onde, por um misterioso desígnio de Deus, encontram lugar e síntese muitos episódios de nossa vida deste ano que passou”.
Ao referir-se ao Ano jubilar, Francisco recordou que “a companhia da misericórdia é luz para compreender melhor o que vivemos; e esperança que nos acompanha no início de um ano novo”:
Jesus é a fonte da paz 
“Repassar os dias do ano que passou pode ser feito ou como uma recordação dos fatos e acontecimentos que levam a momentos de alegria e de dor, ou procurando compreender se percebemos a presença de Deus que tudo renova e ampara com sua ajuda. Somos interpelados a verificar se os acontecimentos do mundo se realizaram segundo a vontade de Deus ou se demos ouvidos prevalentemente aos projetos dos homens, quase sempre repletos de interesses privados, de uma insaciável sede de poder e da violência gratuita”.
O Papa reiterou que hoje, no entanto, “os nossos olhos têm necessidade de focalizar de modo particular os sinais que Deus nos concedeu, para tocar com nossas mãos a força de seu amor misericordioso”, recordando a “violência, morte e sofrimentos inenarráveis de inocentes, refugiados obrigados a deixar seus países, homens, mulheres e crianças sem residência estável, alimento e sustento”, que mancharam muitos dias. Mas também recordou os sinais de amor:
“Quantos gestos de bondade, de amor e de solidariedade preencheram os dias deste ano, mesmo se não foram manchete nos noticiários! As coisas boas não são notícia. Quantos sinais de amor não podem e não devem ser obscurecidos pela prepotência do mal. O bem vence sempre, embora em alguns momentos possa parecer frágil e velado”.
Aos habitantes da Cidade Eterna, o Bispo de Roma lançou um apelo a superarem “as dificuldades do momento presente. Que o compromisso para recuperar os valores fundamentais de serviço, honestidade e solidariedade permita resolver as graves incertezas que dominaram o cenário deste ano e que são sintomas da escassa dedicação ao bem comum”, pedindo “que nunca falte a contribuição positiva do testemunho cristão para consentir a Roma, segundo a sua história, e com a materna intercessão de Maria Salus Populi Romani, de ser intérprete privilegiada de fé, de acolhimento, fraternidade e paz”.
Ao final da cerimônia, após um momento de adoração, o Santo Padre abençoou a assembleia com o Santíssimo Sacramento.
Minutos após, o Papa Francisco deixou a Basílica e dirigiu-se à Praça São Pedro. Ao som da banda da Guarda Suiça que entoava, entre outros, o Noite Feliz, o Pontífice visitou o Presépio, onde se deteve em oração silenciosa por alguns minutos. Após, subiu as escadas para conhecer mais de perto alguns personagens. Chamou-lhe a atenção, em particular, a cena que representa o Bom Samaritano que acolhe uma pessoa em dificuldade. Desde sua chegada na Praça ao final de tarde, com uma temperatura por volta dos 8º C, Francisco foi efusivamente saudado pelas centenas de fieis e turistas presentes. (CM/JE)
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Leituras da

Solenidade de Maria, Mãe de Deus


1ª Leitura: Nm 6,22-27
O Senhor falou a Moisés, dizendo: “Fala a Aarão e a seus filhos: Ao abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: ‘O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!’ Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”.
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Salmo: 66
 Que Deus nos dê a sua graça e a sua bênção.
 Que Deus nos dê a sua graça e a sua bênção.
 Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção,/ e sua face resplandeça sobre nós!/ Que na terra se conheça o seu caminho/ e a sua salvação por entre os povos.
 Exulte de alegria a terra inteira,/ pois julgais o universo com justiça;/ os povos governais com retidão,/ e guiais, em toda a terra, as nações.
 Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor,/ que todas as nações vos glorifiquem!/ Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe,/ e o respeitem os confins de toda a terra!
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2ª Leitura: Gl 4,4-7
Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá  ó Pai! Assim, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro: tudo isso por graça de Deus.
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Evangelho:  Lc 2,16-21
Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido.
Reflexão
Mãe de Deus
Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.
No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.
Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!
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                        Reflexão: cancaonova.com  Banner: cnbb.org.br   Ilustrações franciscanos.org.br          

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015:

 Um ano com o Papa Francisco

Cidade do Vaticano (RV) – O terceiro ano de Pontificado levou Francisco à Ásia, América e África. O Papa também visitou a periferia da Europa, rezou diante do Santo Sudário em Turim e visitou o Santuário de Nossa Senhora de Pompeia.
Incansável na Missão
O ano que termina foi marcado pela proximidade do peregrino da Misericórdia aos últimos: lavou os pés de detentos em uma penitenciária de Roma, abraçou o filho de um interno no presídio de Palmasola na Bolívia e visitou um campo de refugiados na África.
Para recordar este ano em que Francisco abriu o Jubileu da Misericórdia, a Rádio Vaticano preparou uma retrospectiva em que lembramos os momentos mais marcantes do ano do Papa.
Assista em VaticanBR
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                                                                                      Fonte: radiovaticana.va

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Vaticano:

As principais notícias de 2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Jubileu da Misericórdia, as viagens, a Encílica Laudato Si, o Sínodo, as reformas da Cúria: o ano de 2015 foi um ano particularmente denso de eventos no Vaticano.
Confira em ordem cronológica os principais fatos e notícias que marcaram o ano de Francisco e da Santa Sé: 
Janeiro
12 - Francisco parte para Sri Lanka e Filipinas  
18 - Recorde de fiéis na missa presidida pelo Papa em Manila: 7 milhões de pessoas  
19 - De volta a Roma, Francisco diz: “Católicos não sejam coelhos, a paternidade seja responsável”  
Fevereiro
Atenção aos pequeninos
6 - Duchas para os sem-teto são montadas sob as colunas da Praça São Pedro  
9-11 – Reunião com os cardeais do C9, para a reforma da Cúria Romana
14 - Francisco cria 20 novos cardeais durante o Consistório  
21 - Bergoglio recebe Angela Merkel no Vaticano  
Março
13 - Papa anuncia o Jubileu extraordinário da Misericórdia  
21 - Papa em Nápoles fala de corrupção e encontra monjas de clausura
Abril
2 - Quinta-Feira Santa, Francisco lava e beija os pés de 12 detentos, entre os quais uma criança  
11- Publicada a Bula de convocação do Ano Santo: uma Porta Santa aberta em cada Diocese ou santuário 
12 - Bergoglio fala do genocídio dos armênios
13-15 - Reunião com os cardeais do C9, para a reforma da Cúria Romana
Maio
16 - Pontífice recebe Abu Mazen, da Autoridade Nacional Palestina  
Junho
6 - Francisco visita Sarajevo como peregrino de paz  
7 - Papa abre no Vaticano dormitório para moradores de rua  
8-10 - Reunião com os cardeais do C9, para a reforma da Cúria Romana
18 – Publicada a Laudato sì, a encíclica ecológica do Papa  
22 - Pontífice em Turim para venerar o Santo Sudário. Encontro histórico com os valdeses  
Julho
5 - Papa Francisco vai à América do Sul, para visitar Equador, Bolívia e Paraguai  
26 - Apelo do Papa pela libertação do padre Dall’Oglio e dos bispos ortodoxos sequestrados  
Agosto
7 - Bergoglio: “Rejeitar os migrantes é um ato de guerra”  
21 - Papa vai à missa na Basílica Vaticana e senta-se entre os fiéis  
28 - Morre Jozef Wesolowski, ex-núncio apostólico processado no Vaticano por pedofilia  
Setembro
1º - Jubileu: sacerdotes poderão absolver pecado do aborto  
6 - Apelo do Papa: “Cada igreja acolha uma família de migrantes”  
8 - Processos mais rápidos para nulidades matrimoniais  
14-16 - Reunião com os cardeais do C9, para a reforma da Cúria Romana
19 - Papa visita a Cuba e se encontra com Fidel
22 - Francisco: “Eu comunista? Nunca disse coisas fora da Doutrina Social da Igreja”  
24 - Discurso de Francisco no Congresso dos EUA: “Chega de armas e de pena di morte”  
Outubro
4 - Abertura do Sínodo sobre a Família  
14 - Papa pede perdão pelos escândalos em Roma e no Vaticano  
16 - Pontífice visita um novo dormitório para sem-tetos  
24 - Encerramento do Sínodo  
Novembro
2 - Detenções no Vaticano sobre fuga de notícias  
8 - Papa sobre Vatileaks: “Roubar documentes é crime”  
15 - Pesar de Francisco pela tragédia em Paris: “A violência em nome de Deus é uma blasfêmia”  
25 - Papa visita a África, com etapas em Quênia, Uganda e República Centro-Africana  
29 - Francisco abre a primeira Porta Santa em Bangui  
Dezembro
8 - Abertura da Porta Santa na Basílica Vaticana. Francisco abraça Bento XVI.
Primeiros 1 mil dias do Pontificado de Francisco
10-12 - Reunião com os cardeais do C9, para a reforma da Cúria Romana
13 - Papa abre a Porta Santa de S. João de Latrão. Francisco convida a prosseguir o caminho depois do histórico acordo de Paris sobre o clima  
18 - Abertura inédita da Porta Santa da Caridade num albergue da Caritas romana  
25 - Benção Urbi et Orbi: paz no Oriente Médio, Síria e Líbia; chega de atrocidades. Socorrer e acolher imigrantes. Políticos se empenhem para dar esperança aos desempregados 26 - Cristãos mortos nas Filipinas. Papa: “silêncio vergonhoso diante das perseguições dos cristãos” 
27 - Jubileu das Famílias. Francisco: “a família é o lugar privilegiado do perdão”
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                                                                                      Fonte: radiovaticana.va

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Francisco pede aos jovens

 a "coragem da misericórdia"
Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 30 mil jovens estão reunidos em Valença, na Espanha, para o 38º encontro europeu da Comunidade de Taizé.
De 28 de dezembro a 1° de janeiro, Valença acolhe a juventude europeia para uma nova etapa da “Peregrinação de Confiança através da Terra”, iniciada pelo irmão Roger no final dos anos 70.
Sejamos sinais e portadores da misericórdia!
O Papa Francisco enviou sua mensagem através do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, pedindo que os jovens criem em suas comunidades um “oásis de misericordia”, em especial para “os inúmeros migrantes que têm necessidade de acolhimento”.
O Papa – lê-se no texto – aprecia a escolha dos jovens de querer aprofundar, em seu encontro anual, o tema da Misericórdia  e lhes agradece pelo seu empenho nesse sentido, com todas as forças criativas e a imaginação próprias da juventude.
“Também vocês – prossegue a mensagem – desejam que a Misericórdia se manifeste em todas as suas dimensões, inclusive sociais. O Papa os encoraja a continuar neste caminho, a ter a coragem da Misericórdia, que os conduzirá não somente a recebê-la para si mesmos, em sua vida pessoal, mas também a estar próximos daqueles que estão em dificuldade. Vocês sabem que a Igreja está presente para toda a humanidade e onde há cristãos, toda pessoa deveria encontrar um oásis de Misericórdia. Isso é o que as suas comunidades podem se tornar”.
Por fim, Francisco recorda o Ir. Roger, fundador da Comunidade de Taizè: “Ele amava os pobres, os mais desfavorecidos, os que aparentemente não contam nada e soube demonstrar através de sua vida que a oração se conjuga com a solidariedade humana. Por meio de sua experiência de solidariedade e misericórdia – conclui o Pontífice – que vocês possam viver esta exigente felicidade, tão rica de significado, à qual o Evangelho os chama”. (BF)
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                                                                                      Fonte: radiovaticana.va

domingo, 27 de dezembro de 2015

Festa da Sagrada Família e Jubileu da Família






Papa Francisco:
Em família, aprendemos a peregrinação da vida
Cidade do Vaticano (RV) – Na festa da Sagrada Família e Jubileu da Família, o Papa Francisco presidiu a celebração eucarística na Basílica de São Pedro.
Em sua homilia, o Pontífice comentou as leituras do dia para ressaltar a importância do elo familiar na “peregrinação da vida”. Seja na primeira, seja na segunda leitura, os pais peregrinam rumo ao templo junto a seus filhos.
Educar à oração
“Podemos dizer que a vida familiar é um conjunto de pequenas e grandes peregrinações”, disse o Papa. Ensinar as orações, explicou, também é uma peregrinação: a peregrinação de educar à oração.
Família entrega as ofertas ao Papa Francisco
Para Francisco, não há nada de mais belo para um pai e uma mãe do que abençoar os seus filhos no início do dia e na sua conclusão, fazendo na sua testa o sinal da cruz. “Não será esta, porventura, a oração mais simples que os pais fazem pelos seus filhos?” Ou ainda, rezando juntos antes das refeições, para aprender a partilhar com quem se encontra em dificuldade: “Trata-se sempre de pequenos gestos, mas que expressam o grande papel formativo que a família possui”.
“Como é importante para as nossas famílias peregrinar juntos, caminhar juntos e ter a mesma meta em vista! Sabemos que temos um percurso comum a realizar; uma estrada, onde encontramos dificuldades, mas também momentos de alegria e consolação.”
A peregrinação não termina quando se alcança a meta do santuário, disse o Papa, mas quando se volta para casa e se retoma a vida de todos os dias, fazendo valer os frutos espirituais da experiência vivida.
Alegria do perdão
No Ano da Misericórdia, exortou Francisco, possa cada família cristã tornar-se um lugar privilegiado onde se experimenta a alegria do perdão. O perdão é a essência do amor, que sabe compreender o erro e remediá-lo. “Pobre de nós, se o Senhor não nos perdoasse.” É no seio da família, acrescentou, que as pessoas são educadas para o perdão, porque se tem a certeza de ser compreendidas e amparadas, não obstante os erros que se possam cometer.
“Não percamos a confiança na família! É bom abrir sempre o coração uns aos outros, sem nada esconder. Onde há amor, também há compreensão e perdão. A todas vocês, queridas famílias, confio esta peregrinação doméstica, de todos os dias, esta missão tão importante de que hoje o mundo e a Igreja têm mais necessidade do que nunca.” (BF)
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Francisco:
Abrir a porta da família à presença de Deus
Após celebrar a Missa pelas famílias na Basílica Vaticana, o Papa rezou o Angelus com os milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro.
Antes da oração mariana, o Pontífice dedicou sua alocução à festa da Sagrada Família, que a Igreja celebra no dia 27 de dezembro.
“Penso no grande encontro de Filadélfia, em setembro passado; nas inúmeras famílias que encontrei nas viagens apostólicas; e naquelas de todo o mundo. Gostaria de saudá-las coma feto e reconhecimento, especialmente neste nosso tempo, no qual a família é sujeita a incompreensões e dificuldades de vários gêneros que a enfraquecem.
"A Sagrada Família é autêntica escola do Evangelho"
Já o Evangelho deste domingo convida as famílias a acolherem a luz de esperança que provém da casa de Nazaré. “O núcleo familiar de Jesus, Maria e José é para cada fiel, e particularmente para as famílias, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiraramos a realização do desenho divino de fazer da famílias uma comunidade de vida e de amor especial. Aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser ‘igreja doméstica’”.
A seguir, Francisco recordou os traços típicos da Sagrada Família: recolhimento e oração, compreensão e respeito mútuos, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade.
“Do exemplo da Sagrada Família, cada família pode receber indicações preciosas para o estilo e as escolhas de vida. Maria e José ensinam a acolher os filhos como dom de Deus e doando ao mundo, em cada criança, um novo sorriso.”
Em sua reflexão, o Papa se deteve de modo especial na alegria, cuja a base está na presença de Deus. “Se não se abre a porta da família à presença de Deus e ao seu amor, a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e se a alegria se apaga. Ao invés, a a família que vive a alegria da fé é sal da terra e luz do mundo, fermento para toda a sociedade.”
Francisco então concluiu:
“Jesus, Maria e José abençoem e protejam todas as famílias do mundo, para que nelas reinem a serenidade e a alegria, a justiça e a paz que o nascimento de Cristo doou à humanidade.” (BF)
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Papa pede solução
para migrantes cubanos na América Central
A justiça e a solidariedade constroem a paz
Após o Angelus deste domingo (27/12), festa da Sagrada Família, o Papa pediu uma solução para os cubanos impedidos de imigrar rumo aos Estados Unidos.
“O meu pensamento vai neste momento aos inúmeros migrantes cubanos que se encontram em dificuldade na América Central, muitos dos quais são vítimas do tráfico de seres humanos. Convido os países da região a renovarem com generosidade todos os esforços para encontrar uma rápida solução a este drama humanitário.”
Crise entre Costa Rica e Nicarágua
Cerca de 8.000 cubanos que estão bloqueados na Costa Rica desde o dia 13 de novembro, quando a Nicarágua começou a rejeitar o trânsito dos cubanos em seu território. A Costa Rica então decidiu interromper a emissão dos vistos provisórios para os cubanos em 18 dezembro. Neste sábado (26/12), autoridades costarriquenhas começaram o processo de deportação de 56 migrantes.
Nova trajetória
Os cubanos receiam que o melhoramento das relações entre Washington e Havana anunciado há cerca de um ano acabe com o antigo direito a asilo nos Estados Unidos. Por isso, muitos cubanos estão se apressando a fazer a viagem rumo ao território estadunidense.
Mais do que a arriscada travessia do Estreito da Flórida, onde a Guarda Costeira dos EUA pode deportá-los para Cuba, os cubanos estão optando cada vez mais por voar para países como Equador e prosseguirem a viagem por terra, pela América Central e o México. (BF)
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                                                                       Fonte: radiovaticana.va   news.va
Tempo de ser família cristã
No Domingo após o Natal, dentro da oitava, celebra-se a festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. É o último domingo do ano civil. O tema família esteve presente nos últimos tempos nos noticiários devido à Assembleia Extraordinária e ao Sínodo dos Bispos sobre o tema. Enquanto aguardarmos o documento pós-sinodal rezamos pela família que, como recorda São João Paulo II, “é por onde passa o futuro da humanidade”. Celebrar esta solenidade na Oitava do Natal é contemplar o ideal de família que deve ter Jesus Cristo no centro de nossas casas. 
Deus quis manifestar-se aos homens integrado numa família humana. Ele quis nascer numa família, quis transformar a família num presépio vivo. Pode-se dizer que neste domingo celebramos o “Dia da Família”.
A Palavra de Deus desta solenidade (Eclo. 3, 3-7. 14-17) lembra aos filhos o dever de honrarem pai e mãe, de socorrê-los e compadecer-se deles na velhice, ter piedade, ou seja, respeito e dedicação para com eles; isto é cumprimento da vontade de Deus.
São Paulo, em Cl 3, 12-21, elenca as virtudes que devem reinar na família: sentimentos de compaixão, de bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportarem-se uns aos outros com amor, perdoar-se mutuamente. Revestir-se de caridade e ser agradecidos. Se a família não estiver alicerçada no amor cristão, será muito difícil a sua perseverança em harmonia e unidade de corações. Quando esse amor existe, tudo se supera, tudo se aceita; mas, se falta esse amor mútuo, tudo se faz sumamente pesado. E o único amor que perdura, não obstante os possíveis contrastes no seio da família, é aquele que tem o seu fundamento no amor de Deus.
O Evangelho (Lc 2, 22-40) apresenta passos da vida da Sagrada Família. Em primeiro lugar, uma família integrada na comunidade de fé de seu tempo. Uma família que cumpre seus deveres religiosos. Uma família que vive a realidade do dia-a-dia. O Evangelho também relata a experiência de Simeão, que sente a alegria de ter em seus braços o Divino Salvador, pois seus “olhos viram a salvação”. E profetiza que Ele “está posto para a ruína e para a ressurreição de muitos em Israel”.
A celebração deste domingo nos apresenta a Sagrada Família como modelo para as nossas. E nos convida a recuperar os valores de uma família verdadeiramente cristã, marcada pelo amor, pela fidelidade e pelo casamento indissolúvel. Ela deve ser uma comunidade de fé e de oração, chamada a ser defensora e promotora da vida.
A Sagrada Família é proposta pela Igreja como modelo de todas as famílias cristãs: na casinha de Nazaré, Deus ocupa sempre o primeiro lugar e tudo Lhe está subordinado. Os lares cristãos, se imitarem o da Sagrada Família de Nazaré, serão lares luminosos e alegres, porque cada membro da família se esforçará em primeiro lugar por aprimorar o seu relacionamento pessoal com o Senhor e, com espírito de sacrifício, procurará ao mesmo tempo chegar a uma convivência cada dia mais amável com todos os da casa.

A vida em Nazaré era laboriosa. Casa pobre, cuja manutenção exigia a colaboração de todos. José, em sua pequena oficina de carpinteiro, mãos calejadas no manejo dos instrumentos, ainda muito primitivos, de sua arte. Maria, com os arranjos de dona de casa modesta. Diariamente descia à fonte – a mesma que hoje é conhecida como fonte da Virgem – e entre as mulheres do povo, como uma delas, enchia cântaros com que abastecer a casa. Maria distribuía seu tempo entre o fuso e a cozinha, sem esquecer as orações e o estudo da lei e dos Profetas. Jesus, primeiro em casa, à Mãe, depois na oficina, a José, aliviava aos pais o peso do trabalho de cada jornada.
O Beato Paulo VI nos recorda as lições de Nazaré: “Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho. Podemos aprender algumas lições de Nazaré: “uma lição de silêncio. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas aspirações e as palavras dos verdadeiros mestres”. (Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964). “Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão e amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível” (Idem).  “Uma lição de trabalho: aqui recordo que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas, que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Como gostaria de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor”. (Ibidem). 
O Papa Francisco disse com clarividência “A família é um grande ginásio de treino para o dom e o perdão recíproco”, e numa sociedade como a hodierna “por vezes sem piedade, é indispensável que haja lugares como a família, onde aprender a perdoar-se” (Audiência geral de 4 de novembro de 2015). Vamos aprender, neste Ano da Misericórdia, a ser famílias misericordiosas, escola de perdão e de compaixão.
Iluminados pela Palavra de Deus deste domingo após a festa do Natal, somos chamados a ser famílias cristãs convictas e animadas pelo Espírito diante de uma sociedade que está perdendo suas bases e enfrentando uma das piores crises de identidade da história.
Hoje, de modo muito especial, pedimos à Sagrada Família por cada um dos membros da nossa família e pelo mais necessitado dentre eles. Encerramos com a oração à Sagrada Família: “Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa”. Amém! (Oração da coleta da Missa).
                                        Cardeal Orani João Tempesta - Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
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         Fonte: cnbb.org.br       Banner: paroquiagloria.org       Ilustração: paroquiarosamistica.com.br

sábado, 26 de dezembro de 2015

Leituras da

1ª Leitura: Eclo 3,3-7.14-17a
Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.
Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe.
Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive.Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para tua edificação.
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Salmo: 127
 Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
 Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
 Feliz és tu, se temes o Senhor/ e trilhas seus caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver,/ serás feliz, tudo irá bem! 
 A tua esposa é uma videira bem fecunda/ no coração da tua casa;/ os teus filhos são rebentos de oliveira/ ao redor de tua mesa.
  Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor./ O Senhor te abençoe de Sião,/cada dia de tua vida.
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2ª Leitura: Cl 3,12-21
Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.
Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.
Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.
Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.
Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.
Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.
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Evangelho:  Lc 2,41-52
Jesus, Maria e José, modelo da família
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:
— “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
Jesus respondeu: — “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.
Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.
Reflexão
Fim de ano
Comemoramos, no último domingo de 2015, a Festa da Sagrada Família, a Família de Nazaré, Jesus, Maria e José. Diante desse modelo de família, avaliamos a identidade de nossas famílias no decorrer do ano. Ano de sofrimento e ameaças, que afetaram profundamente muitos lares. Violência, assassinatos, mortes no trânsito, terrorismo, roubos nas casas, derrame de rejeitos etc.
Maria encontra seu filho Jesus
O fato de Jesus ficar “perdido” em Jerusalém causou grande sofrimento para seus pais. Não é diferente do sofrimento de tantas mães e tantos pais diante dos desvios dos filhos, principalmente quando esses entram para o mundo da droga. As consequências não deixam de ser desastrosas. Muitos são assassinados e outros acabam sendo jogados no sofrimento da prisão.
Devemos dizer também que as famílias são comunidades de amor, de estima mútua e de desenvolvimento das capacidades humanas e espirituais. Mas tem sido frequente o drama das que se encontram desintegradas pela separação ou má conduta dos pais. Tudo isso afeta profundamente a identidade psicológica e espiritual dos filhos. Deixam de ser base de sustentação para eles.
Ao começar um novo ano, as famílias são convocadas para renovar seus compromissos de amor, superar as dificuldades no lar e restaurar os elementos fraturados que impedem a prática da doação total. A relação pais e filhos deve ser expressão de ternura e de superação de tudo aquilo que impede um verdadeiro e fecundo afeto.
Creio ser sugestiva, gratificante e providencial, ao falar de família, a leitura do texto bíblico: Livro do Eclesiástico 3,3-17. É fundamental que haja relacionamento familiar. Todos se beneficiam com isso e a vida social torna-se mais saudável, porque uma família estruturada consegue preparar melhor os filhos para os embates sociais. Assim poderemos vivenciar 2016 com novas dimensões.
No momento paira uma incógnita nos cidadãos brasileiros: onde vamos chegar com tanta corrupção e com um nível tão baixo de grande parte de nossos políticos? A consequência maior é o sofrimento das pessoas, das instituições, atingindo drasticamente as famílias. Vamos torcer para que a crise traga frutos positivos para a família.
                                               Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)
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Reflexão: cnbbleste2.org.br  Banner: news.va  Ilustrações: apostolas-pr.org.br  jmfatima.blogspot.com.br