quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Francisco:
A misericórdia é saber rezar uns pelos outros

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco acolheu na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de sete mil fiéis para a Audiência Geral.
Com a catequese desta quarta-feira (30/11), o Pontífice encerrou o ciclo dedicado à misericórdia, falando nesta ocasião sobre duas obras: uma espiritual de “rezar pelos vivos e pelos mortos”, e outra corporal, enterrar os mortos. “As catequeses terminam, mas a misericórdia deve continuar”, disse o Papa.
À primeira vista, afirmou Francisco, enterrar os mortos pode parecer estranho, mas se pensarmos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual. Às vezes, significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento; outras vezes, exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz.
Papa na Sala Paulo VI para a Audiência Geral - AFP
“Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos”, explicou Francisco. Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. “Todos ressuscitaremos e todos permaneceremos para sempre com Jesus”, recordou o Papa, que recomendou  que não se esqueça de rezar pelos vivos.
Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelos outros.
Lembrança
O Pontífice recordou que existem muitos modos de rezar pelo próximo, como as mães e os pais que abençoam os filhos antes de saíram de casa, “hábito ainda presente em algumas famílias”, a oração às pessoas doentes, a intercessão silenciosa às vezes com as lágrimas.
Francisco contou aos fiéis um episódio ocorrido no dia anterior, de um jovem empresário que participou da Missa celebrada por ele na capela da Casa Santa Marta. Após a celebração, chorando, o proprietário disse que deveria fechar a fábrica devido à crise, mas 50 famílias ficariam sem trabalho. “Eis um bom cristão”, disse o Papa, pois ele poderia declarar falência e ficar com o dinheiro, mas sua consciência não o permitia e ia à missa para pedir a Deus uma solução, não para ele, mas para as 50 famílias. “Este é um homem que sabe rezar, com o coração, com os fatos, sabe rezar pelo próximo numa situação difícil. E não busca a solução mais fácil. Fez-me tão bem ouvi-lo e espero que existam tantas pessoas assim hoje, pois muitos sofrem com a falta de trabalho.”
Comunhão
Ao rezar uns pelos outros, devemos pedir sempre que se faça a vontade de Deus, porque a sua vontade é certamente o bem maior, o bem de um Pai que jamais nos abandona.  “Abramos o nosso coração, disse o papa,  rezar e deixar que o Espírito Santo reze em nós. E isso é o belo da vida, rezar, agradecer, louvar a Deus, pedir algo, mesmo chorando quando há alguma dificuldade, mas com coração aberto ao Espírito para que reze em nós, conosco e por nós.”
Concluindo estas catequeses sobre a misericórdia, Francisco pede um esforço a rezar uns aos outros para que as obras de misericórdia corporais e espirituais se tornem sempre mais o estilo da nossa vida:
“Como disse anteriormente, as catequeses se concluem. Fizemos o percurso das 14 obras de misericórdia, mas a misericórdia continua e devemos exercitá-la nesses 14 modos.” (bf)
Assista:
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Papa expressa seu pesar pela tragédia da Chapecoense

Manifestação durante a Audiência Geral com o Papa - AFP
Rádio Vaticano (RV) – O Papa Francisco expressou seu pesar pela tragédia da Chapecoense.
Durante a saudação em português, de maneira improvisada, o Papa disse:
"Eu também gostaria de recordar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia do time de futebol e rezar pelos jogadores mortos, pelas suas famílias. Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos o acidente aéreo de Superga, em 1949. São tragédias duras. Rezemos por eles”. (rb)
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Assista:
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                                                                                           Fonte: radiovaticana.va    news.va

terça-feira, 29 de novembro de 2016

CNBB presta solidariedade

às famílias dos envolvidos em tragédia na Colômbia

Após o acontecimento envolvendo o avião que transportava a delegação da Associação Chapecoense de Futebol e profissionais de imprensa rumo à Medellín, na Colômbia, nesta terça-feira, 29 de novembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou carta ao bispo da diocese de Chapecó, dom Odelir José Magri. O texto é assinado pelo secretário geral da entidade, dom Leonardo Steiner.
Na carta, a entidade manifesta pesar a todas as famílias e comunidades da diocese. Além disso, presta solidariedade e oferece preces aos familiares e amigos das vítimas. “Recomendamos a vida dos falecidos à misericórdia de Deus”, lê-se em um trecho. 
Confira, abaixo, a carta na íntegra:
Caro Dom Odelir José Magri,
Recebemos com tristeza a notícia do acontecimento trágico envolvendo o avião que transportava a delegação da Associação Chapecoense de Futebol e profissionais de imprensa rumo à Medellín, na Colômbia, na madrugada desta terça-feira, 29 de novembro, deixando dezenas de mortos e vários feridos. Em nome da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), manifestamos o nosso pesar.
Queremos transmitir nossa expressão de proximidade espiritual ao senhor e a todos as famílias e comunidades da Diocese de Chapecó. Desejamos uma recuperação rápida e completa dos feridos neste acidente. E, recordamos que, nestes momentos de tristeza e dor, renovamos, juntos, a nossa fé como sinal de consolação e de esperança no Senhor ressuscitado: “Todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (Jo 11,26).
Manifestamos nossa solidariedade, oferecemos as nossas preces pelos familiares e amigos das vítimas e recomendamos a vida dos falecidos à misericórdia de Deus. 
Em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário-Geral da CNBB
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                                                                                                                   Fonte: cnbb.org.br

Papa Francisco na missa desta manhã:

A humildade é a virtude dos pequeninos,
não uma peça teatral

Cidade do Vaticano (RV) – O Senhor revela o Mistério da Salvação aos pequeninos, não aos inteligentes e aos sábios. Foi  o que disse o Papa na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta (29/11).
Capela Santa Marta
O Papa se inspirou no Evangelho do dia de Lucas - “O louvor de Jesus ao Pai” - para destacar a preferência de Deus por quem sabe entender os seus mistérios, não os inteligentes e os sábios, mas o “coração dos pequeninos”. Também a primeira leitura, cheia de “pequenos detalhes”, observou Francisco, “vai nesta direção”. O profeta Isaias, de fato, fala de “um pequeno broto” que “nascerá no tronco de Jessé”, e não de “um exército” que trará a libertação. E os pequeninos são os protagonistas também do Natal:
“Depois, no Natal, veremos esta pequenez, esta pequena coisa: uma criança, uma estrebaria, uma mãe, um pai … As pequenas coisas. Corações grandes, mas atitude de pequeninos. E sobre este broto se repousará o Espírito do Senhor, o Espírito Santo, e este pequeno broto terá aquela virtude dos pequeninos, e o temor do Senhor. Caminhará no temor de Deus. Temor do Senhor que não é o medo: não. È dar vida ao mandamento que Deus deu ao nosso pai Abraão: ‘Caminha na minha presença e seja irrepreensível’. Humilde. Esta é humildade“.
Humildade
E somente os pequeninos, destacou ainda o Papa, “são capazes de entender” plenamente “o sentido da humildade”, o “sentido do temor de Deus”, porque “caminham diante do Senhor”, vigilados e protegidos, “sentem que o Senhor lhes dá a força para ir avante”. Esta é a verdadeira humildade, explicou Francisco:
“Viver a humildade, a humildade cristã, é ter este temor do Senhor que – repito – não é medo, mas é: “Tu és Deus, eu sou uma pessoa, eu vou avante assim, com as pequenas coisas da vida, mas caminhando na Tua presença e buscando ser irrepreensível”. A humildade é a virtude dos pequeninos, a verdadeira humildade, não a humildade um pouco teatral: não, aquela não. A humildade de quem dizia: ‘Eu sou humilde, mas orgulhoso de sê-lo’. Não, aquela não é a verdadeira humildade. A humildade do pequenino é aquela que caminha na presença do Senhor, não fala mal dos outros, olha somente para o serviço, se sente o menor … Ali está a força”.
Também é “humilde, muito humilde”, observou ainda o Papa pensando no Natal, “aquela jovem para a qual Deus “olha” para “enviar o Seu Filho”, e que logo depois vai até a prima Isabel e não diz nada sobre “aquilo que tinha acontecido”. A humildade é assim”, acrescentou Francisco, ”caminhar na presença do Senhor”, felizes, alegres porque “vigiados por Ele”, ”exultantes na alegria porque humildes”, justamente como se narra no Evangelho do dia sobre Jesus:
“Olhando Jesus que exulta na alegria porque Deus revela o seu mistério aos humildes, possamos pedir para todos nós a graça da humildade, a graça do temor de Deus, de caminhar na sua presença buscando ser irrepreensíveis. E assim, com esta humildade, possamos ser vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes de alegria no louvor. Assim seja”.
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Tragédia no voo da Chapecoense
Bispo de Chapecó:

“fica o legado, é possível recomeçar

Rádio Vaticano (RV) – O bispo de Chapecó, Dom Odelir José Magri, falou com a Rádio Vaticano sobre a tragédia do voo da Chapecoense.
Dom Odelir José“Estamos aqui com esta tragédia, tentando entender esse momento difícil para toda a região, principalmente para os familiares das vítimas".
RV: Uma tragédia que pega uma cidade inteira de surpresa num momento de alegria...
Torcedores diante da Arena Condá em Chapecó
Dom Odelir José“Tudo preparado para ser uma grande festa, e está se encaminhando agora com essa tragédia: meu Deus, estamos sem saber o que dizer. Fizemos uma nota como diocese, fiz um vídeo também deixando uma mensagem a todos os familiares. Hoje à noite, as 18h30 teremos na catedral a Santa Missa já nesta intenção. Depois vamos ver os possíveis encaminhamentos segundo as orientações de quando começarão a chegar os corpos.
RV: O senhor além de pastor é torcedor...
Dom Odelir José“Pois é, nós estivemos lá na semana passada no jogo com o San Lorenzo, e a classificação para a final. Foi alegria, muita festa. A cidade toda estava neste clima, neste entusiasmo, e meu Deus, hoje de manhã acordamos com essa tragédia, com essa notícia. Até então parece um sonho, parecemos não acreditar ainda. Todas as informações confirmam o acontecido.
RV: O que dizer aos chapecoenses hoje...
Dom Odelir José“Neste momento, qualquer palavra parece não ter a força necessária para expressar o que estamos sentindo. Em todo caso, neste momento nossa atitude vai ser de presença, de acompanhar, de solidariedade, de participar dessa dor com as famílias, os amigos, e depois toda a família chapecoense, os torcedores que estavam tão animados para esta festa da final. Vamos estar juntos, aceitando este momento trágico, e ao mesmo tempo, renovando esse sentido que a morte não é o final de tudo, ela traz dor e sofrimento, mas a vida continua portanto, a fé deve ser um ponto de força para todos, especialmente para os familiares, para continuar a vida, para continuar lutando, e guardando então como ponto de motivação, o exemplo bonito que este time estava dando, cada pessoas individualmente, vestindo essa camisa, e lutando juntos por um sonho. Fica deles, esse aspecto bonito de uma equipe que – sem grandes recursos econômicos – mas no sentido bonito de time, de força associativa, não era só os jogadores, a diretoria, toda a caminhada do clube fica como legado que certamente deverá ser continuado. Neste momento, a nossa presença e solidariedade, dizendo que a vida continua, vamos pra frente, é possível recomeçar”. (rb)
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                                                                                           Fonte: radiovaticana.va    news.va

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Celebrando com a Igreja

Oito dicas para viver um Advento inesquecível

O Advento chega sempre discreto em meio a tantas luzes, presentes, comidas, e tantas outras coisas que foram inseridas nessa época natalina. Mas, sabemos que a celebração cristã vai muito além de tudo isso e que o Advento é um tempo importante para bem vivermos o Natal.
Por isso, se você não quer cair nessa de chegar dia 25 e nem ter visto o Advento passar, compartilhamos aqui algumas dicas que a Aleteia selecionou para você se preparar e viver de maneira inesquecível esse tempo:


















- Faça suas compras no começo de dezembro: Pode parecer impossível! Mas se você fizer suas compras na primeira semana de dezembro, terá mais tempo depois para se dedicar ao que é essencial no Advento: oração, estar presente, preparar-se para a grande festa do Natal.
- Escolha viver, no máximo, três tradições do Advento: É uma tentação querer fazer tudo e isso pode nos levar a não fazer nada direito no final. Decida quais são as tradições mais importantes para você neste momento e comprometa-se com elas. Não adianta sair correndo depois para comprar a coroa do advento ou deixar para a última semana aquela oração especial de preparação. Escolha agora e comece a viver já!
- Comprometa-se com a leitura espiritual neste Advento: Procure reservar 10 minutinhos do seu dia à leitura de uma passagem Bíblica ou de algum bom livro de espiritualidade (se for sobre o Natal, melhor ainda). Você pode também ler as leituras da liturgia do dia e algum comentário sobre elas. Na internet é muito fácil de achar! E no A12, temos um canal especial para Formação e Liturgia.
- Crie um espaço de oração na sua casa: Esta época merece um espaço especial para orar. Pode ser um canto do quarto, um aparador na sala ou até a prateleira de um armário. O importante é criar um espaço físico que ajude a direcionar a mente e o coração aos temas do Advento. Nesse espaço, você pode colocar a Bíblia, imagens sacras, folhetos com orações, vela, terço entre outros objetos religiosos.
- Saiba dizer “não”: Esta época é cheia de compromissos sociais, encontros de confraternização, amigo secreto, etc. Agende tudo isso com responsabilidade, sem deixar de participar, claro. Mas saiba dizer “não” a todos os “extras” que possam distrair você da vivência de um Advento com mais sentido. É difícil rejeitar coisas boas, mas cada “não” aqui significa um “sim” ao que realmente importa.
- Acrescente à sua agenda uma boa confissão: Decida desde já quando e onde você receberá o sacramento da confissão neste Advento. Se você programar isso desde já, não terá motivos para se lamentar depois. Ofereça a Jesus e a todas as pessoas a quem você ama um lindo presente neste Natal: você renovado.
- Prepare músicas de Advento: A música ajuda a preparar a alma. Faça a sua seleção, com as músicas e cânticos que mais o ajudem a encontrar-se com Deus e viver o clima de preparação para o Natal. Você pode ouvir no carro, na academia, em casa, onde quiser.
- Escolha um jeito especial de se doar: Durante o Advento, somos convidados a prestar mais atenção às pessoas ao nosso redor e a ser generosos. Há muitas formas de fazer isso. Você já pensou em reunir seus filhos e preparar docinhos para os bombeiros da sua cidade? Ou reunir as economias da família inteira e fazer uma pequena doação a um instituto de caridade? Seja criativo no amor e na doação!
Viver um Advento com mais sentido começa com a preparação e o planejamento antecipados. As próximas semanas certamente serão agitadas, mas seu coração estará agradecido por ter se preparado para o Natal!
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                                                                                                                       Fonte: a12.com

Papa Francisco na missa desta segunda-feira:

A fé cristã não é uma teoria, mas é o encontro com Jesus

Cidade do Vaticano (RV) – A fé cristã não é uma teoria ou uma filosofia, mas é o encontro com Jesus. Foi o que destacou o Papa celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta na segunda-feira (28/11), no início do Tempo do Advento.
Em sua homilia, o Pontífice observou que neste período do Ano, a Liturgia nos propõe inúmeros encontros de Jesus: com a sua Mãe no ventre, com São João Batista, com os pastores, com os Magos. Tudo isso nos diz que o Advento é “um tempo para caminhar e ir ao encontro com o Senhor, isto é, um tempo para não ficar parado”.
Oração, caridade e louvor: assim encontraremos o Senhor
Eis então que devemos nos perguntar como podemos ir ao encontro de Jesus. “Quais são as atitudes que devo ter para encontrar o Senhor? Como devo preparar o meu coração para encontrar o Senhor?”, questinou o Papa.
Francisco na Celebração Eucarística
“Na oração no início da Missa, a Liturgia nos fala de três atitudes: vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Ou seja, devo rezar com vigilância; devo ser operoso na caridade – a caridade fraterna: não somente dar esmola, não; mas também tolerar as pessoas que me incomodam, tolerar em casa as crianças quando fazem muito barulho, ou o marido ou a mulher quando estão em dificuldade, ou a sogra... não sei .. mas tolerar: tolerar … Sempre a caridade, mas operosa. E também a alegria de louvar o Senhor: ‘Exultantes na alegria’. Assim devemos viver este caminho, esta vontade de encontrar o Senhor. Para encontrá-lo bem. Não ficar parados. E encontraremos o Senhor”.
Porém, acrescentou o Papa, “ ali haverá uma surpresa, porque Ele é o Senhor das surpresas”. Também o Senhor “não está parado”. Eu, afirmou Francisco, “estou em caminho para encontrá-Lo e ele está em caminho para me encontrar. E quando nos encontramos, vemos que a grande surpresa é que Ele está me procurando antes que eu comece a procurá-lo”. 
O Senhor sempre nos precede no encontro
“Esta é a grande surpresa do encontro com o Senhor. Ele nos procurou por primeiro. É sempre o primeiro. Ele percorre o seu caminho para nos encontrar”. Foi o que aconteceu com o Centurião: 
“O Senhor vai sempre além, vai primeiro. Nós fazemos um passo e Ele faz dez. Sempre. A abundância de sua graça, de seu amor, de sua ternura não se cansa de nos procurar, também, às vezes, com coisas pequenas: Pensamos que encontrar o Senhor seja algo magnífico, como aquele homem da Síria, Naamã, que tinha hanseníase: E não é simples. Ele também teve um surpresa grande da maneira de Deus agir. O nosso é o Deus das surpresas, o Deus que está nos procurando, nos esperando, e nos pede somente o pequeno passo da boa vontade.”
Devemos ter a “vontade de encontrá-lo”. Depois, Ele “nos ajuda”. “O Senhor nos acompanhará durante a nossa vida”, disse o Papa. Muitas vezes, irá nos ver distanciar Dele, e nos esperará como o Pai do Filho Pródigo. 
A fé não é saber tudo sobre dogmática, mas encontrar Jesus
“Muitas vezes”, acrescentou o pontífice, “verá que queremos nos aproximar e sairá ao nosso encontro. É o encontro com o Senhor: isto é importante! O encontro. “Sempre me impressionou o que o Papa Bento XVI disse: que a fé não é uma teoria, uma filosofia, uma ideia: é um encontro. Um encontro com Jesus”. Caso contrário, “se você não encontrou a sua misericórdia pode até rezar o Credo de cor, mas não ter fé”: 
“Os doutores da lei sabiam tudo, tudo sobre a dogmática daquele tempo, tudo sobre a moral daquele tempo, tudo. Não tinham fé, porque o seu coração tinha se distanciado de Deus. Distanciar-se ou ter o desejo de ir ao encontro. Esta é a graça que nós hoje pedimos. Ó Deus, nosso Pai, suscite em nós a vontade de ir ao encontro de Cristo, com as boas obras. Ir ao encontro de Jesus. Por isso, recordamos a graça que pedimos na oração, com a vigilância na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Assim, encontraremos o Senhor e teremos uma linda surpresa.” (BF/MJ)
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                                                                                           Fonte: radiovaticana.va    news.va

domingo, 27 de novembro de 2016

Iniciando o Ano Litúrgico

Feliz Advento a você!

Chama-me a atenção que normalmente nós não nos desejamos Feliz Advento! Mas tão somente Feliz Natal! E me pus a pensar : trata-se de algo banal, sem nenhuma importância ou sentido? Mas, alongando a reflexão e voltando os olhos para aquilo a que tantas vezes nós reduzimos a Festa de Natal, a meras formalidades de um presente aqui, a um especial requinte nas refeições ali, a pré-fabricadas saudações de felicidade..., pensando em tudo isso, concluo que não nos desejarmos um Feliz Advento não é algo tão banal.



















Na versão evangélica de São Marcos, a primeira atitude de Jesus, sintetizada nas suas primeiras palavras, ao inaugurar a implantação do reino de Deus no coração da humanidade, foi proclamar: “completou-se o tempo e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Nova!” (Mc 1,15). As primeiras palavras de Jesus contendo esse apelo de conversão! O mestre a nos dizer que sem conversão prévia, é impossível que a vida divina (Reino de Deus) se implante no coração humano. É algo tão novo que, qual vinho novo só pode ser acolhido em odres novos, em corações que percam a sua velhice!
Sim, de fato preparamos o coração para este vinho novo que é Jesus? Vivemos o Advento que é esse indispensável tempo de preparação? Tem lugar em nossas vidas a figura de João Batista enquanto o percursor do Messias com sua inconfundível mensagem: “preparai os caminhos do senhor!”?
Esse seu apelo são meras palavras ou são de fato as condições indispensáveis para que Messias, encontrando porta aberta, realize o seu natal hoje em nossos corações, em nossa história que não são os corações, a história de dois milênios atrás?
O que seria o natal: uma festa que acontece por si mesma, ao toque mágico do suceder de dias de um calendário que me levaria inexoravelmente, após o dia 24 de dezembro, ao tão esperado natal? Ou uma festa para a qual eu preciso preparar o palco, o presépio, o meu coração?
Querido irmão ou irmã, um feliz, Fecundo Advento a você, a mim, a todos nós!
                                                                                  Pe. Domingos Sávio da Silva C.Ss.R
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                                                                                                                       Fonte: a12.com


No Advento, ampliar os horizontes e estar prontos para mudar

Cidade do Vaticano (RV) – O início do tempo do Advento foi o tema da reflexão do Papa Francisco neste domingo, 27 de novembro. “Um novo caminho de fé em que o povo de Deus vai ao seu encontro e Ele vem até nós”, como definiu o Pontífice.
As contínuas vindas do Senhor 
O Evangelho de Mateus explica que depois da primeira visita do Senhor à humanidade, com o nascimento de Jesus na gruta de Belém; a segunda acontece no presente. Dirigindo-se aos fiéis, turistas e romanos presentes na Praça São Pedro, o Papa disse que “o Senhor nos visita continuamente, todo dia, caminha ao nosso lado, é uma presença de consolação”. 
Mateus, narrando o dilúvio, ressalta o contraste entre a rotina cotidiana e a vinda repentina do Senhor. Ficai atentos e preparados! É sempre surpreendente pensar nas horas que precedem uma grande calamidade: fazemos as coisas de sempre sem perceber que nossa vida está para se transformar. 
Não deixar-se dominar pelas coisas do mundo
Francisco acena aos fiéis
“A partir desta perspectiva, surge também um convite à sobriedade, a não nos deixarmos dominar pelas coisas deste mundo, pelas realidades materiais, mas sim a governá-las. Quando, ao contrário, nos deixamos condicionar e dominar por elas, não conseguimos perceber que há algo muito mais importante: o nosso encontro com o Senhor que vem para nós. É um convite à vigilância, porque não sabendo quando Ele virá, é preciso estar sempre prontos para partir”. 
Finalizando, Francisco recomendou:  
“Neste tempo de Advento, somos chamados a ampliar o horizonte de nosso coração, a deixarmo-nos surpreender pela vida que apresenta a cada dia suas novidades. Para isso, é preciso aprender a não depender de nossas seguranças, de nossos esquemas demarcados, porque o Senhor vem na hora que não imaginamos. Vem para nos conduzir a uma dimensão mais bonita e maior”. 
O Papa rezou a oração do Angelus e abençoou os presentes, desejando a todos um bom tempo de Advento e pedindo orações por ele. (CM)
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                                                                                           Fonte: radiovaticana.va    news.va

sábado, 26 de novembro de 2016

Concluída a Novena da Medalha Milagrosa

Festa será neste Domingo

Concluiu-se, neste sábado, às 19h, na Capela de Nossa Senhora Aparecida no Asilo São Vicente de Paulo, a Novena em louvor à Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.
Os bancos do templo não foram suficientes para acomodar os mais de setenta devotos, muitos dos quais participaram dos nove dias de orações à Senhora das Graças,
A Celebração da Palavra e as orações da Novena foram presididas pelo seminarista Júlio César, que, na homilia, lembrou aos fiéis que o Tempo do Advento nos convida a preparar nosso coração e nossa vida para acolher Jesus que vem até nós no Natal.
Após a oração final, foi feito o agradecimento ao seminarista Júlio, que, por sua vez, agradeceu o carinho da comunidade e pediu que orassem sempre por ele. Foram então rezadas as preces próprias da Novena e concluído o momento de oração.
Neste domingo, às 16h, será celebrada a Missa da Festa da Medalha Milagrosa. Que Maria nos abençoe e nos ajude a viver intensamente o espírito do Advento!
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Momentos

























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Papa a jovens italianos:

"Serviço civil dá plenitude de significado à vida"

Cidade do Vaticano (RV) – “O grau de civilização de um povo se mede pela sua capacidade de respeitar e promover os direitos de cada pessoa, a partir dos mais carentes”: esta é uma das principais passagens do discurso pronunciado pelo Papa na manhã de sábado (26/11) aos 7 mil jovens do Serviço Civil Italiano, recebidos na Sala Paulo VI.
Itália, exemplo no acolhimento de migrantes
Pastor e ovelhinha
Francisco também agradeceu a Itália pelo que faz pelos migrantes e lembrou as pessoas atingidas pelos recentes terremotos no centro do país. O Pontífice encorajou os jovens em sua atuação no serviço civil, um ‘caminho que oferece plenitude de significado à vida’:
“A opção pelo serviço civil alternativo vai contra os modelos dominantes, mas na realidade, cada um de nós se sente contente e realizado apenas quando é útil para alguém. Isto libera novas energias em nós, nos faz perceber que não estamos sós; dilata nossos horizontes”.
A meta é a sociedade solidária
Francisco definiu estes jovens “uma força preciosa e dinâmica do país”, e acrescentou: “Sua contribuição é indispensável para realizar o bem da sociedade, especialmente das pessoas mais vulneráveis. Uma sociedade solidária é a meta de toda comunidade civil que queira ser igualitária e fraterna”.
O risco do rearmamento
“Esta meta é traída toda vez que se “assiste passivamente ao aumento das desigualdades entre as partes sociais ou entre as nações do mundo; quando se reduz a ajuda às faixas mais vulneráveis da população; quando se aceitam perigosas lógicas de rearmamento e são investidos preciosos recursos na compra de armas; ou ainda, quando o pobre se torna uma ameaça e ao invés de lhe estendermos a mão, o relegamos à sua miséria”.
Tais atitudes representam, segundo o Papa, “uma ferida em nossa sociedade e cultura”. O serviço civil, por sua vez, ajuda a sociedade a crescer de modo harmônico e a desempenhar uma função crítica. Este papel se concretiza na tutela do meio ambiente, na assistência aos pobres e na ajuda a refugiados e migrantes, tarefa esta em que a Itália se empenha seja no acolhimento como na integração. (CM)
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Francisco consagrados ecônomos:
"Economia escute o grito dos pobres!"

Cidade do Vaticano (RV) –  “Como consagrados, somos chamados a ser profecia a partir de nossa vida animada pela 'charis', pela lógica do dom, da gratuidade; somos chamados a criar fraternidade, comunhão e solidariedade com os mais pobres e carentes. Se quisermos ser realmente humanos, devemos dar espaço ao princípio de gratuidade como expressão de fraternidade”.
Mensagem a cerca de 800 ecônomos de Institutos de todo o mundo
Pensar apenas no lucro é distorção da economia
É o que escreve o Papa em um texto enviado ao Simpósio sobre economia da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
“A hipocrisia dos consagrados que vivem como ricos fere a consciência dos fiéis e prejudica a Igreja”, advertiu ainda, prosseguindo:
“Não basta esconder-me atrás da afirmação de que ‘não possuo nada porque sou religioso, religiosa, se meu instituto me permite administrar ou desfrutar de todos os bens que desejo e controlar as fundações civis criadas para manter as próprias obras, evitando assim o controle da Igreja”, segundo o Pontífice..
Pensar apenas no lucro é distorção da economia
Francisco adverte contra o princípio da ‘maximização do benefício’ e afirma que este conceito é ‘uma distorção da economia’. “Quantos consagrados pensam que as leis da economia são independentes de qualquer consideração ética?”, questiona o Papa.
“Quantas vezes a avaliação sobre uma reestruturação ou a venda de um imóvel é vista apenas com base na análise de custos-benefícios e do valor do mercado? Que Deus nos livre do espírito do funcionalismo e de cair na armadilha da avareza!”.
Decisões sustentáveis e solidárias
Jorge Bergoglio prossegue: “Cada um é chamado a fazer a sua parte, a usar seus bens para tomar decisões solidárias, a ter cuidado com a Criação, a medir-se com a pobreza das famílias que vivem ao nosso lado”.
“Trata-se de adquirir um costume, um estilo marcado pela justiça e compartilhar, esforçando-se em optar pela honestidade sabendo que, simplesmente, é o que temos a fazer”. 
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                                                                                           Fonte: radiovaticana.va    news.va