A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
continua sua iniciativa de oração em comunhão com toda a Igreja no Brasil.
Nesta quarta-feira, 1º de abril, às 15h30, mais uma vez será formada uma
corrente nacional com a oração do Terço da Esperança e da Solidariedade, que
será transmitido pelas TVs de inspiração católica do país, emissoras de rádio e
pelas páginas da Conferência no Facebook e no Youtube.
Nossa Senhora das Dores rogai por nós!
Conduzirá o momento de oração em torno da emergência
de saúde pública da covid-19 o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da
CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, direto do Santuário Basílica de Nossa
Senhora da Piedade, em Caeté (MG).
Motiva com mais intensidade o momento de oração do
Papa Francisco na última sexta-feira, quando o pontífice ofereceu uma reflexão
a respeito da passagem do Evangelho de São Marcos, capítulo 4, e quando
concedeu a bênção Urbi et Orbi:
“Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro
desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração
sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a
dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear
pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores
mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e
atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a
oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A
oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras”.
A iniciativa, principalmente em momentos delicados e
difíceis como o que o mundo está passando, busca elevar os corações ao Deus da
Vida, no acolhimento de sua Palavra, fortalecendo a fé, a esperança e a união.
“Conscientes de que as restrições ao convívio não durarão para sempre,
aprendamos a valorizar a fraternidade, tornando-nos ainda mais desejosos de,
passada a pandemia, podermos estar juntos, celebrando a vida, a saúde, a
concórdia e a paz” (trecho da nota “Tempos de Esperança e Solidariedade” da CNBB).
Conscientes ainda, à luz da Palavra de Deus, para o
sentido da vida como Dom e Compromisso, tema da Campanha da Fraternidade deste
ano, a intenção da oração do terço é dedicada também, além das vítimas, aos
profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. “Sejamos
disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem e não nos
falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a
vida como compromisso com nosso dom mais precioso” (trecho da nota “Tempos de Esperança
e Solidariedade” da CNBB).
Para compartilhar os momentos de oração nas redes
sociais use a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #rezemosjuntos
Na Missa na Casa
Santa Marta, esta terça-feira (31/03), o Papa dirigiu seu pensamento àqueles
que neste período não têm uma habitação. Na homilia, convidou a contemplar
Jesus na cruz: o Senhor assumiu sobre si os nossos pecados para salvar-nos.
Vatican News - Francisco
presidiu a Missa na Casa Santa Marta na manhã desta terça-feira (31/03) da V
Semana da Quaresma. A Antífona de entrada é um encorajamento: “Espera no Senhor
e sê corajoso! Fortifique-se teu coração; espera no Senhor” (Sl 26,14).
Introduzindo a celebração, o Santo Padre pensou em que não tem casa:
Rezemos hoje pelos
sem-teto, neste momento em que nos é pedido para estar dentro de casa. Para que
a sociedade de homens e mulheres se dê conta desta realidade e os ajude, e a
Igreja os acolha.
Na homilia,
comentando as leituras do dia extraídas do Livro dos Números (Nm
21,4-9) e do Evangelho de João (Jo 8,21-30), recordou que Jesus se fez pecado
para salvar-nos. Ele veio ao mundo para assumir sobre si os nossos pecados: na
cruz não faz finta de sofrer e morrer. Contemplemos Jesus na cruz, e
agradeçamos. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
A serpente
certamente não é um animal simpático: sempre é associada ao mal. Também na
Revelação a serpente é propriamente o animal que o diabo usa para induzir ao
pecado. No Apocalipse o diabo é chamado de a antiga serpente, aquela que desde
o início morde, envenena, destrói, mata. Por isso, daí não se pode sair. Se se
quiser apresentar como quem propõe coisas bonitas, são fantasias: nós
acreditamos nelas e desse modo pecamos. Foi isso o que aconteceu com o povo de
Israel: não suportou a viagem. Estava cansado. E o povo disse contra Deus e
contra Moisés. É sempre a mesma música, não? “Por que nos fizestes sair do
Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo
desse alimento miserável, o maná”. E a imaginação – lemos dias atrás –
dirige-se sempre ao Egito: “Mas, ali estávamos bem, comíamos bem..”. E também,
parece que o Senhor não suportou o povo, neste momento. Irritou-se: a ira de
Deus, por vezes, se mostra... E então o Senhor mandou contra o povo serpentes
venenosas, que os mordiam e morriam. “Morreu muita gente em Israel”. Naquele
momento, a serpente é sempre a imagem do mal: o povo vê na serpente o pecado,
vê na serpente aquilo que fez, o mal. E vai ter com Moisés e diz: “Pecamos,
falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as
serpentes”. Arrepende-se. Esta é a história no deserto. Moisés intercedeu pelo
povo, e o Senhor disse a Moisés: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como
sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”.
Eu venho a pensar:
mas isso não é uma idolatria? Há a serpente ali, um ídolo, que me dá a saúde...
Não se entende. Logicamente, não se entende, porque esta é uma profecia, este é
um anúncio daquilo que acontecerá. Porque ouvimos também como profecia próxima,
no Evangelho: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu
sou, e que nada faço por mim mesmo”. Jesus elevado: na cruz. Moisés faz uma
serpente e a eleva. Jesus será elevado, como a serpente, para dar a salvação.
Mas o núcleo da profecia é propriamente que Jesus se fez pecado por nós. Não
tem pecado: se fez pecado. Como diz São Pedro na segunda Carta: “Assumiu sobre
si os nossos pecados”. E quando nós olhamos para o crucifixo, pensamos no
Senhor que sofre: tudo aquilo é verdade. Mas nos detemos antes de chegar ao
centro daquela verdade: neste momento, Tu pareces o maior pecador, Ti fizeste
pecado. Assumiu sobre si todos os nossos pecados, aniquilou-se até agora.
Uma passagem da
homilia do Papa Francisco
A cruz, é verdade,
é um suplício, há aí a vingança dos doutores da Lei, daqueles que não queriam
Jesus: tudo isso é verdade. Mas a verdade que vem de Deus é que Ele veio ao
mundo para assumir sobre si os nossos pecados a ponto de fazer-se pecado. Todo
pecado. Os nossos pecados estão ali.
Devemos
acostumar-nos a olhar sob esta luz, que é a mais verdadeira, é a luz da
redenção. Em Jesus feito pecado vemos a derrota total de Cristo. Não faz finta
de morrer, não faz finta de não sofrer, sozinho, abandonado... “Pai, porque me
abandonaste? Uma serpente: eu sou elevado como uma serpente, como aquele que é
todo pecado.
Não é fácil
entender isso e, se pensarmos, jamais chegaremos a uma conclusão. Somente,
contemplar, rezar e agradecer.
O Santo Padre
terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer
a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Meu Jesus, eu
creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre
todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos
agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração.
Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente.
Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
Antes de deixar a
Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona
mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”).
Motivada na
luta contra o avanço do COVID-19 (novo coronavírus), a Igreja vem incentivando
o isolamento social. Isso afetou também as celebrações da Quaresma e também da
Semana Santa, conforme decreto do arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom
José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., do dia 13 de março. Por isso, A Comissão
Arquidiocesana para a Liturgia (CAL), em parceria com a Pastoral da
Comunicação, preparou roteiros para que as famílias possam vivenciar as
principais celebrações da Semana Santa.
"Nós temos
uma programação específica para os padres e outra programação para as famílias
cristãs católicas de todas as comunidades de nossa arquidiocese. Os padres irão
celebrar as principais celebrações da Semana Santa sem o povo, como é a
recomendação do Vaticano e do nosso arcebispo, as quais serão transmitidas ao
vivo essas celebrações pelas redes sociais. As famílias são convidadas para
celebrar dentro de casa, mantendo o isolamento social, congregando aqueles que
moram naquela casa. Essas celebrações serão em família.
A arquidiocese deseja que não apenas assistam ou ouçam as cerimônias,
mas que realmente celebrem e vivenciem. Para isso a CAL, em parceria com a
Pascom, preparou roteiros celebrativos. Estes arquivos irão em PDF e também um
áudio, que serão disponibilizados via whatsapp, e-mail às paróquias e
também pelo site da arquidiocese. Desejamos que chegue a cada cristão esse
material para que as famílias vivenciem, em família, os mistérios da morte e
ressurreição de Jesus", afirmou padre Vanildo de Paiva, coordenador da
CAL.
1) As celebrações
propostas são para você e os que moram em sua casa. Atentos às
recomendações das autoridades sanitárias, é necessário evitar aglomeração de
pessoas. Tratam- se, desse modo, de grupos pequenos de pessoas que já estão
convivendo em um mesmo espaço;
2) O material
produzido pela CAL consta de áudios para serem ouvidos nos celulares,
tablet’s ou computadores, de acordo com sua possibilidade e também
de textos em PDF para serem abertos por esses dispositivos na hora
das celebrações ou impressos, caso assim você prefira;
3) Nos arquivos de
PDF você encontrará: orientações para arrumação do ambiente com antecedência e
para divisão de pequenas tarefas entre os participantes das celebrações;
sugestões para ornamentação da fachada/varanda/janelas de sua casa, dando assim
visibilidade às nossas expressões de fé; e o próprio texto celebrativo, o
mesmo gravado em áudio, para você seguir as celebrações e interagir;
4) Depois de tudo
preparado, no momento da celebração, reúna os participantes, desligue
os celulares, deixando apenas um aparelho com som de melhor qualidade e
volume para todos acompanharem. Com um cabo de áudio você poderá ampliar o
som em uma caixa amplificadora ou aparelho de som que possa ter em sua casa.
Então, encontre o arquivo de áudio da celebração em seu aparelho
e ligue o áudio, acompanhando as suas indicações;
5) Não há previsão
de paradas durante o áudio, mas que ele seja executado sem pausas. Se a família
achar por bem pausá-lo depois da proclamação do texto bíblico para uma partilha
poderá fazê-lo, desde que possa retomar a escuta do áudio do ponto onde parou;
6) Sugerimos os
seguintes horários para as celebrações, mas você poderá combinar com seus
familiares quais os melhores horários para todos: Domingo de Ramos
(9h), Quinta-feira Santa (19h), Sexta-feira Santa
(15h), Sábado-Santo ou Vigília: (20h antes da Ceia) e Domingo de
Páscoa (Antes do almoço).
A Comissão
Arquidiocesana para a Liturgia (CAL) começou a distribuir às paróquias e aos
fiéis da arquidiocese de Pouso Alegre, os materiais para a Semana Santa em
Família. Desde o dia 13 de março, as missas com a presença de fiéis estão
suspensas, sendo celebradas pelos padres no rito "sem povo". Pelo
Decreto do arcebispo metropolitano, as celebrações da Semana Santa também foram
suspensas. Por isso, a CAL, em parceria com a Pastoral da
Comunicação, preparou roteiros para que as famílias possam vivenciar a semana
maior.
O material consta
de: Orientações de como usar os subsídios e áudios; Subsídios para as
celebrações em PDF; áudios interativos para cada dia da semana.
que não conseguem reagir, amedrontados com a pandemia
Na Missa na Casa
Santa Marta, na manhã desta segunda-feira (30/03), Francisco pediu a Deus que
ajude aqueles que estão assustados com o coronavírus. Na homilia, convidou a
agradecer a Deus se reconhecemos os nossos pecados, porque deste modo podemos
pedir e acolher a sua misericórdia.
Vatican News - A
Antífona de entrada da segunda-feira da V Semana da Quaresma é uma veemente
invocação a Deus: “Tende piedade de mim, Senhor, pois me atormentam; todos os
dias me oprimem os agressores” (Sl 55,2). Ao introduzir a Missa na manhã desta
segunda-feira (30/03), o Papa Francisco dirigiu seu pensamento às pessoas
amedrontadas com a atual pandemia:
Rezemos hoje pelas
muitas pessoas que não conseguem reagir: permanecem amedrontadas com esta
epidemia. Que o Senhor as ajude a reerguer-se, a reagir para o bem de toda a
sociedade, de toda a comunidade.
Na homilia,
comentou as leituras do dia, extraídas do Livro do profeta Daniel
(13,1-9.15-17.19-30.33-62) e do Evangelho de João (Jo 8,1-11), que falam de
duas mulheres que alguns homens querem condenar à morte: a inocente Susana e
uma adúltera pega em flagrante. Francisco ressaltou que os acusadores são, no
primeiro caso, juízes corruptos, e, no segundo, hipócritas. Em relação às
mulheres, Deus faz justiça a Susana, libertando-a dos corruptos, que são
condenados, e perdoa a adúltera, libertando-a de escribas e fariseus
hipócritas. Justiça e misericórdia de Deus, que são bem representadas no Salmo
Responsorial do dia: “O Senhor é o meu pastor, não me falta coisa alguma...
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, porque estais
comigo”. Em seguida, o Papa convidou a agradecer a Deus se sabemos ser
pecadores, porque podemos pedir confiantes, ao Senhor, que nos perdoe.
A seguir, o texto
da homilia transcrita pelo Vatican News:
No Salmo
Responsorial rezamos: “O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa
alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as
águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças. Ele me guia no
caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale
tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles
me dão a segurança!”
Esta é a
experiência que estas duas mulheres tiveram, cuja história lemos nas duas
Leituras. Uma mulher inocente, acusada falsamente, caluniada, e uma mulher
pecadora. Ambas condenadas à morte. A inocente e a pecadora. Alguns Padres da
Igreja viam nestas duas mulheres uma figura da Igreja: santa, mas com filhos
pecadores. Diziam numa bela expressão latina: “A Igreja é a casta meretrix”, a
santa com filhos pecadores.
Ambas as mulheres
estavam desesperadas, humanamente desesperadas. Mas Susana confia em Deus. Há
também dois grupos de pessoas, de homens; ambos encarregados a serviço da
Igreja: os juízes e os mestres da Lei. Não eram eclesiásticos, mas estavam a
serviço da Igreja, no tribunal e no ensino da Lei. Diferentes. Os primeiros que
acusavam Susana, eram corruptos: o juiz corrupto, a figura emblemática na
história. Também no Evangelho, Jesus repreende – na parábola da viúva insistente
– o juiz corrupto que não acreditava em Deus e não lhe importava nada dos
outros. Os corruptos. Os doutores da Lei não eram corruptos, mas hipócritas.
E essas mulheres,
uma caiu nas mãos dos hipócritas e a outra nas mãos dos corruptos: não havia
saída. “Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais
comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!” Ambas as mulheres se
encontravam num vale tenebroso, caminhavam ali: um vale tenebroso, rumo à
morte. A primeira explicitamente confia em Deus e o Senhor intervém. A segunda,
pobrezinha, sabe que é culpada, envergonhada diante de todo o povo – porque o
povo estava presente em ambas as situações, o Evangelho não diz, mas certamente
rezava interiormente, pedia alguma ajuda.
O que o Senhor faz
com essas pessoas? À mulher inocente, a salva, lhe faz justiça. À mulher
pecadora, a perdoa. Aos juízes corruptos, os condena; aos hipócritas, os ajuda
a converter-se e diante do povo diz: ”Sim, verdadeiramente? Quem dentre vós não
tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”, e foram saindo um a um.
Há uma certa ironia do apóstolo João, aqui: “E eles, ouvindo o que Jesus falou,
foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos”. Deixa a eles um pouco de
tempo para arrepender-se; não perdoa os corruptos, simplesmente porque o
corrupto é incapaz de pedir perdão, foi além. Cansou-se... não, não se cansou:
não é capaz. A corrupção tirou-lhe também aquela capacidade que todos temos de
envergonhar-nos, de pedir perdão. Não, o corrupto é seguro, segue adiante,
destrói, explora o povo, como esta mulher, tudo, tudo... segue adiante.
Colocou-se no lugar de Deus.
E o Senhor
responde às mulheres. A Susana, liberta-a destes corruptos, a faz seguir
adiante, e à outra: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante
não peques mais”. Deixa-a ir embora. Faz isso diante do povo. No primeiro caso,
o povo louva o Senhor; no segundo caso, o povo aprende. Aprende como é a
misericórdia de Deus.
Uma passagem da
homilia do Papa Francisco
Cada um de nós tem
as próprias histórias. Cada um de nós os próprios pecados. E se não se recorda,
pense um pouco: os encontrará. Agradeça a Deus se os encontra, porque se não os
encontra, você é um corrupto. Cada um de nós tem os próprios pecados. Olhemos
para o Senhor que faz justiça, mas que é tão misericordioso. Não nos
envergonhemos de estar na Igreja: envergonhemo-nos de ser pecadores. A Igreja é
mãe de todos. Agradeçamos a Deus por não sermos corruptos, por ser pecadores. E
cada um de nós, olhando como Jesus age nestes casos, confie na misericórdia de
Deus. E reze, confiante na misericórdia de Deus, reze (pelo) perdão. ”Porque
Deus me guia no caminho mais seguro, pela honra de seu nome. Mesmo que eu passe
pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com
cajado, eles me dão a segurança!”
O Santo Padre
terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer
a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Aos vossos pés, ó
meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito
que mergulha no seu nada na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do
vosso amor, desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece. À
espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito.
Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar
todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Eu vos
amo. Assim seja.
Antes de deixar a
Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona
mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”). ...............................................................................................................................................................
seja celebrado de modo especial em tempos de coronavírus
A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos a viverem de forma muito
especial o Domingo de Ramos durante a quarentena do coronavírus. Cada um e cada
família, em suas casas, são chamados a celebrar o próximo domingo com fé e
esperança. Por isso, A CNBB propõe cinco pontos para ajudar os fiéis na
celebração do Domingo de Ramos.
Vamos celebrar o
Domingo de Ramos?
1. Rezar pedindo a
graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa.
2. Colocar no
portão ou na porta de casa (em lugar bem visível) alguns ramos. Marcar a casa é
uma característica do povo de Deus.
3. Participar das
celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais.
4. Comprometer-se
a, no futuro, participar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade. Com
ela, ajudamos os mais pobres.
5. Motivar pelas
redes sociais, telefonemas ou outros meios que mantenham o distanciamento
social, outras pessoas a também celebrarem o domingo de Ramos desse mesmo modo.
Na Missa na casa
Santa Marta na manhã deste domingo (29/03), o Papa rezou por aqueles que se
encontram na dor neste tempo de aflição. Na homilia, recordou que também Jesus
chorou: muitas pessoas choram, peçamos a graça de saber chorar com elas.
Vatican News - Francisco
presidiu a Santa Missa na manhã deste 29 de março, no V Domingo da Quaresma.
São três semanas que a celebração eucarística na Capela da Casa Santa Marta é
transmitida em streaming por desejo do Papa, que quer chegar aos fiéis que não
podem participar da Missa por causa da pandemia do coronavírus. Hoje, Francisco
rezou pelos aflitos.
Penso em muitas
pessoas que choram: pessoas isoladas, pessoas em quarentena, os anciãos sós,
pessoas internadas e as pessoas em terapia, os pais que veem que, como falta o
salário, não conseguirão dar de comer aos filhos. Muitas pessoas choram. Também
nós, em nosso coração, as acompanhamos. E não nos fará mal chorar um pouco com
o pranto do Senhor por todo o seu povo.
Na homilia,
comentando o Evangelho de João (Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45) sobre a
ressurreição de Lázaro, falou do choro de Jesus pelo amigo. Jesus chora com
amor, chora com os seus que choram, chora sempre por amor, tem um coração
repleto de compaixão. Hoje, diante de um mundo que sofre por causa da pandemia
– perguntou-se –, somos capazes de chorar como Jesus? Muitos choram hoje.
Peçamos a graça de chorar.
A seguir, o texto
da homilia transcrita pelo Vatican News:
Jesus tinha
amigos. Amava todos, mas tinha amigos com os quais mantinha uma relação
especial, como se faz com os amigos, mais amor, mais confidência... E muitas,
muitas vezes se detinha na casa destes irmãos: Lázaro, Marta, Maria... E Jesus
condoeu-se com a doença e a morte de seu amigo. Chega ao sepulcro e se comove
profundamente e estremecido interiormente perguntou: “Onde o colocastes?” E
Jesus chorou. Jesus, Deus, mas homem, chorou. Em outra passagem no Evangelho se
diz que Jesus chorou: quando chorou sobre Jerusalém. E com quanta ternura
Jesus chora! Chora de coração, chora com amor, chora com os seus que choram. O
pranto de Jesus. Talvez, tenha chorado outras vezes na vida – não sabemos -;
certamente no Horto das Oliveiras. Mas Jesus chora por amor, sempre.
Comoveu-se
profundamente e estremecido chorou. Quantas vezes ouvimos no Evangelho esta
comoção de Jesus, com aquela frase que se repete: “Vendo, teve compaixão”.
Jesus não pode ver as pessoas e não sentir compaixão. Seus olhos são com o
coração; Jesus vê com os olhos, mas vê com o coração e é capaz de chorar.
Hoje, diante de um
mundo que sofre tanto, de tantas pessoas que sofrem as consequências desta
pandemia, eu me pergunto: sou capaz de chorar, como certamente o faria Jesus e
o faz agora Jesus? O meu coração, se assemelha ao de Jesus? E se é
demasiadamente empedernido (mesmo se) sou capaz de falar, de fazer o bem, de
ajudar, mas o coração não entra, não sou capaz de chorar, pedir esta graça ao
Senhor: Senhor, que eu chore contigo, chore com o teu povo que sofre neste
momento. Muitos choram hoje. E nós, deste altar, deste sacrifício de Jesus, de
Jesus que não teve vergonha de chorar, peçamos a graça de chorar. Que hoje seja
para todos nós o domingo do choro.
Por fim, o Santo
Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a
fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Meu Jesus, eu
creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as
coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no
Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração.
Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente.
Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
Antes de deixar a
Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona
mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”).
"Somos
chamados a remover as pedras de tudo aquilo que fala de morte: a hipocrisia com
que a fé é vivida, é morte; a crítica destrutiva contra os outros, é morte; a
ofensa, a calúnia, é morte; a marginalização do pobre, é morte."
Vatican News - O
convite para removermos de nossos corações as pedras que falam de morte, como a
hipocrisia como vivemos a fé, a crítica destrutiva, a ofensa, a calúnia, a
marginalização do pobre, nos foi dirigido pelo Papa em sua alocução, antes de
rezar o Angelus neste V Domingo da Quaresma, na Biblioteca do Palácio
Apostólico, no Vaticano.
Ao refletir sobre
o Evangelho de João que narra a ressurreição de Lázaro, Francisco recordou que
“a resposta de Deus ao problema da morte é Jesus”, e que Deus não nos criou para
o túmulo, mas para a vida, “bela, boa, alegre”.
Jesus é o Senhor
da vida
Ao iniciar sua
reflexão, o Santo Padre lê alguns dos versículos do capítulo 11 de João,
explicando que ao responder a Marta que lhe havia dito que seu irmão não teria
morrido caso o Mestre estivesse ali, “teu irmão ressuscitará”, Jesus se
apresenta “como o Senhor da vida, Aquele que é capaz de restituir a vida também
aos mortos”.
Ao ver em prantos
Maria e as pessoas que se aproximavam dele, Jesus, muito comovido, chorou,
recordou Francisco, e “comovido, vai ao túmulo, agradece ao Pai que sempre o
escuta, manda abrir o sepulcro e exclama com voz forte: “Lázaro, vem para
fora!” E Lázaro sai com “as mãos e os pés atados com lençóis mortuários e o
rosto coberto com um pano”:
Aqui vemos
concretamente que Deus é vida e doa vida, mas assume o drama da morte. Jesus
poderia ter evitado a morte do amigo Lázaro, mas quis assumir para si a nossa
dor pela morte das pessoas queridas, e sobretudo quis mostrar o domínio de Deus
sobre a morte.
O encontro entre a
fé do homem e a onipotência de Deus
Nesta passagem do
Evangelho – observou o Papa - vemos que a fé do homem e a onipotência de Deus,
do amor de Deus, buscam-se e por fim se encontram, “é como um duplo caminho: a
fé do homem e a onipotência do amor de Deus que se procuram e no final se
encontram. Vemos isso – enfatizou - no grito de Marta e Maria e de todos nós
com eles: “Se tivesses estado aqui!...”:
E a resposta de
Deus não é um discurso, não, a resposta de Deus ao problema da morte é Jesus:
“Eu sou a ressurreição e a vida… Tenham fé! Em meio ao choro continuem a ter
fé, ainda que pareça que a morte tenha vencido. Removam a pedra de seus
corações! Deixem que a Palavra de Deus leve de novo a vida onde há morte”.
“A resposta de
Deus ao problema da morte é Jesus”
Remover as pedras
que representam morte
E Jesus nos repete
também hoje para removermos a pedra, pois “Deus não nos criou para o túmulo,
nos criou para a vida, bela, boa, alegre”, e “foi por inveja do diabo que
a morte entrou no mundo”, “e Jesus Cristo veio nos libertar de seus laços”.
Neste sentido, “somos chamados a remover as pedras de tudo aquilo que fala de
morte”:
Por exemplo, a
hipocrisia com que a fé é vivida, é morte; a crítica destrutiva contra os
outros, é morte; a ofensa, a calúnia, é morte; a marginalização do pobre, é
morte. O Senhor nos pede para removermos estas pedras do coração, e a vida
então voltará a florescer ao nosso redor. Cristo vive, e quem o acolhe e se une
a Ele entra em contato com a vida. Sem Cristo, ou fora de Cristo, a vida não só
não está presente, mas se recai na morte.
“Deus não nos
criou para o túmulo, nos criou para a vida, bela, boa, alegre”
Regenerados por
Cristo, novas criaturas
O Pontífice
recordou que “a ressurreição de Lázaro também é sinal da regeneração que se
realiza no crente mediante o Batismo, com a plena inserção no Mistério Pascal
de Cristo. Pela ação e a força do Espírito Santo, o cristão é uma pessoa que
caminha na vida como uma nova criatura: uma criatura para a vida, e que vai em
direção à vida".
Que a Virgem Maria
– disse o Papa ao concluir - nos ajude a sermos compassivos como o seu Filho
Jesus, que fez sua a nossa dor. Que cada um de nós seja próximo daqueles que
estão sofrendo, tornando-se para eles um reflexo do amor e da ternura de Deus,
que liberta da morte e faz vencer a vida.
Ao concluir
o Angelus, o Papa Francisco dirigiu-se ao apartamento Pontifício, de cuja
janela abençoou a Urbe e os fiéis presentes espiritualmente na Praça
São Pedro.
O Papa Francisco
aderiu ao apelo lançado em 24 de março pelo secretário-geral da ONU por um
cessar-fogo global e para que as forças estejam unidas no combate à pandemia do
coronavírus.
Vatican News - “Nos
dias passados, o secretário-geral das Nações Unidas lançou um apelo por um
"cessar-fogo global e imediato em todos as partes do mundo",
recordando a atual emergência do COVID-19, que não conhece fronteiras”,
recordou o Papa Francisco, após rezar o Angelus neste V Domingo da
Quaresma. O Pontífice então, lançou um apelo ao diálogo e aos esforços de paz:
Uno-me a todos os
que acolheram esse apelo e convido todos a segui-lo, interrompendo todas as
formas de hostilidade bélica, favorecendo a criação de corredores para ajuda
humanitária, abertura à diplomacia, a atenção àqueles que se encontram em
situação de maior vulnerabilidade. Que o esforço conjunto contra a pandemia
possa levar todos a reconhecer nossa necessidade de fortalecer os laços
fraternos como membros de uma única família humana. Em particular, desperte nos
responsáveis das Nações e nas outras partes envolvidas, um renovado compromisso
em superar as rivalidades. Os conflitos não são resolvidos por meio da
guerra! É necessário superar antagonismos e os contrastes, mediante o diálogo e
uma construtiva busca da paz.
Pelas pessoas
obrigadas a viver em grupos
Após, como já
havia feito no início da Missa celebrada em 11 de março na capela da Casa
Santa Marta, o Papa recordou dos encarcerados, mas também de outras pessoas
obrigadas a viver em grupos:
Neste momento, meu
pensamento se dirige de maneira especial a todas as pessoas que sofrem a
vulnerabilidade de serem forçadas a viver em grupo: casas de repouso, quartéis
... Em particular, gostaria de mencionar as pessoas nas prisões. Li um
relatório oficial da Comissão de Direitos Humanos que fala sobre o problema das
prisões superlotadas, que poderiam se tornar uma tragédia. Peço às autoridades
que sejam sensíveis a esse grave problema e de tomar as medidas necessárias
para evitar futuras tragédias.
Apelo de Guterres
pelo fim das guerras
Em 24 de março, o
secretário geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, havia lançado um apelo
para que fosse colocado um fim às guerras e se combatesse a pandemia que assola
o mundo.
As pessoas
envolvidas nos conflitos armados no mundo" - disse Guterres - "estão
entre as mais vulneráveis" e "correm o risco maior de padecer um
devastador sofrimento por causa do Covid-19".
Após o apelo,
foram verificados os primeiros passos em direção a um cessar fogo, com
"tréguas humanitárias" em diversos países onde ainda perduram
sangrentos conflitos e violências internas, como no Iêmen, nas Filipinas e em
Camarões.
Sinais positivos
também no nordeste da Síria, onde no sábado, 28, a Comissão de investigação da
ONU reiterou o pedido para que se evitasse "piorar a tragédia",
fazendo referência ao Covid-19 como uma "ameaça mortal" para os civis
sírios, e em particular para os 6,5 milhões de deslocados dentro do país.
A guerra em
pedaços
Na verdade, o
cenário não deixa dúvidas. Há pelo menos setenta países em todo o mundo
envolvidos em algum tipo de guerra ou conflito interno. Muitos deles
esquecidos. Os nove anos de conflito na Síria, por exemplo, já provocaram a
morte de 380 mil pessoas, debilitando o sistema de saúde local. Somente 64% dos
hospitais e 52% dos centros de assistência básica existentes antes de 2011
estão atualmente em atividade, enquanto 70% dos profissionais de saúde
abandonaram o país.
Conflitos internos
flagelam a Líbia, Sudão, Somália, Nigéria, Burkina Faso, Paquistão, Índia,
Afeganistão, Iraque, Faixa de Gaza, Ucrânia. Na Península coreana a tensão é
sempre elevada. Nas últimas horas a Coreia do Norte lançou dois mísseis
balísticos nas águas entre a Península coreana e o Japão. Depois há a guerra
contra o tráfico de drogas, principalmente em países da América Latina, onde no
México, em particular, são registradas milhares de mortes a cada ano.
Com coronavírus,
maior facilidade de movimento para os "senhores da guerra"
E a emergência do
coronavírus ameaça diminuir a atenção sobre essas situações. Francesco
Vignarca, coordenador da Rede Italiana do Desarmamento, recordou ao Vatican
News, que quando essa atenção é desviada para outra coisa, “aqueles que agem em
conflitos pelo seu próprio interesse, os chamados senhores da guerra,
obviamente se movem com maior facilidade. O risco é portanto, por um lado, que
os mesmos problemas de saúde também tenham impacto nesses mesmos países. E, por
outro, que aqueles que agem na guerra em seu próprio benefício o façam de forma
ainda mais violenta".
"Certamente,
para alguns países - observa Francesco - o impacto do coronavírus será
provavelmente menor, pois infelizmente eles já têm outros problemas de saúde,
muitas vezes a fome ou problemas de acesso às necessidades básicas. Mas o
risco, é que o impacto os atinja". E cita. por exemplo, o fato de que no
Reino Unido há a controvérsia sobre a redução da ajuda internacional
humanitária, pois agora existe esta emergência a ser enfrentada.
Oportunidade para
repensar onde alocar os recursos
O coordenador da
Rede Italiana do Desarmamento destaca que a situação criada pela pandemia do
coronavírus, também é uma oportunidade para repensar onde alocar recursos. E
recorda que os gastos militares em todo o mundo ultrapassaram um trilhão e 800
bilhões de dólares em 2019. E completa:
“Nestes dias,
temos sublinhado como nos últimos anos as despesas militares na Itália
aumentaram, enquanto as despesas com a saúde diminuíram. Se quisermos evitar o
impacto de problemas como o coronavirus, ou outras situações como guerras,
devemos manter a nossa atenção elevada, mas acima de tudo mudar a direção dos
nossos investimentos e as opções no âmbito das escolhas públicas. Caso
contrário, questões como a Síria, que há 9 anos está em guerra de forma dramática,
como o Iêmen, que dentro de alguns dias irá, infelizmente, celebrar entre aspas
o aniversário de 5 anos de bombardeios, continuarão a ocorrer."
propostas ao documento das celebrações da Semana Santa
A Congregação para
o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ofereceu uma atualização das
indicações e sugestões gerais dadas aos bispos sobre as celebrações da Semana
Santa diante da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus. Novamente,
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) traduziu o documento com as
propostas de adequação à realidade brasileira. Também foram oferecidas
sugestões para as coletas da Solidariedade e para os Lugares Santos.
O Decreto
sobre a Semana Santa 2020 reitera que a data da Páscoa não pode ser
transferida e que, nos países afetados pela doença, onde estão previstas
restrições às reuniões e movimentos de pessoas, “os bispos e padres celebram os
ritos da Semana Santa sem a participação do povo e em local adequado, evitando
concelebração e omissão da troca de paz”.
A orientação é que
os fiéis sejam informados do horário de início das celebrações, para que possam
participar da oração em seus lares. “Poderão fazer uso diretamente dos meios de
comunicação social. Em qualquer situação, continua sendo importante dedicar um
tempo adequado à oração, principalmente aprimorando a Liturgia das Horas”,
lê-se no decreto.
Piedade Popular
Sobre as
expressões da piedade popular e as procissões que ocorrem na Semana Santa e no
Tríduo Pascal, a Congregação para o Culto Divino orienta que, no julgamento do
bispo diocesano, podem ser transferidas para outros dias adequados, por
exemplo, nos dias 14 e 15 de setembro, quando é celebrada a Festa da Exaltação
da Santa Cruz.
Distanciamento
social
Aqui no Brasil, de
acordo com informe divulgado nesta quinta-feira pelo bispo auxiliar do Rio de
Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, mesmo com o
decreto presidencial inserindo as atividades religiosas entre serviços e
atividades essenciais, a Conferência
manteve a indicação que sejam obedecidas as orientações das autoridades de
saúde para se evitar aglomerações a aplicar o isolamento social:
A CNBB,
considerando as orientações emanadas pelas autoridades competentes do
Ministérios da Saúde, que indicam o distanciamento social, orienta os bispos
que as igrejas podem permanecer abertas, porém, do modo como tem sido feito até
agora, apenas para orações individuais, transmissões online, etc. Segundo o
documento, “não há como entender que os instrumentos legais possam obrigar a
reabertura das igrejas, muito menos para a prática de qualquer tipo de
aglomeração”.
Subsídios
Ainda no segundo
documento da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, há
também o reforço que as Conferências Episcopais e as dioceses individuais “não
deixem de oferecer subsídios para ajudar a oração familiar e pessoal”. A CNBB tem
oferecido materiais para a celebração
dominical da Palavra em família e também materiais
para exercícios quaresmais.
Detalhamento das
celebrações
Além da oferta
desses subsídios, a CNBB deu indicações adicionais para as celebrações da
Semana Santa, como por exemplo as coletas já tradicionais para a Solidariedade
e para os Lugares Santos. Confira o trecho do decreto com detalhamento sobre as
celebrações e as respectivas observações da CNBB:
1 – Domingo
de Ramos. O Memorial da Entrada do Senhor em Jerusalém é comemorado dentro do
edifício sagrado; nas igrejas catedrais é adotada a segunda forma prevista pelo
Missal Romano; nas igrejas paroquiais e em outros lugares, a terceira.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Sobre a Coleta
da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, a
Presidência da CNBB acolhe algumas sugestões e submete à avaliação dos bispos
as datas de 16 e 17 de novembro, Dia Mundial dos Pobres, para esta coleta. Os
bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@cnbb.org.br.
2 – Missa do
Crisma. Ao avaliar o caso concreto nos vários países, as Conferências
Episcopais poderão dar indicações sobre uma possível transferência para outra
data.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Neste caso, a CNBB
optou por deixar a cada bispo diocesano, administrador apostólico ou
administrador diocesano o discernimento de quando celebrar “para bem atender à
realidade local”. A Conferência pede, no entanto, que, dentro do possível, seja
compartilhada a opção feita, “de modo que possamos ter uma visão geral do que
está ocorrendo nas diversas dioceses do país”.
3 – Quinta-feira
Santa. O lava-pés, já opcional, é omitido. No final da Missa na Ceia do Senhor,
a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no
tabernáculo. Neste dia, os padres recebem excepcionalmente a faculdade de
celebrar a missa, sem a participação popular, em um local adequado.
4 – Sexta-feira
Santa. Na oração universal, os bispos cuidarão de preparar uma intenção
especial para aqueles que se encontrarem em situação de perda, de doentes e de
falecidos (cf. Missale Romanum). O ato de adoração na cruz através do beijo é
limitado apenas ao celebrante.
A coleta para
os Lugares Santos também deve ser transferida, de acordo com a decisão dos
bispos. A proposta da CNBB é que ocorra nos dias 14 e 15 de setembro, quando é
celebrada a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Assim como em relação à Coleta da
Solidariedade, os bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@cnbb.org.br.
5 – Vigília da
Páscoa. Deve ser comemorada exclusivamente em catedrais e igrejas paroquiais.
Para a liturgia batismal, permanece mantida apenas a renovação das promessas
batismais (cf. Missale Romanum).