terça-feira, 31 de março de 2020

Terço da Esperança e da Solidariedade:

nesta quarta-feira, novo momento de oração

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) continua sua iniciativa de oração em comunhão com toda a Igreja no Brasil. Nesta quarta-feira, 1º de abril, às 15h30, mais uma vez será formada uma corrente nacional com a oração do Terço da Esperança e da Solidariedade, que será transmitido pelas TVs de inspiração católica do país, emissoras de rádio e pelas páginas da Conferência no Facebook e no Youtube.
Nossa Senhora das Dores
 rogai por nós!
Conduzirá o momento de oração em torno da emergência de saúde pública da covid-19 o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, direto do Santuário Basílica de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG).
O Terço da Esperança e da Solidariedade é uma iniciativa da CNBB que, frente à pandemia do novo coronavírus e em comunhão com o Papa Francisco no compromisso de intensificar as orações neste período, une todo o Brasil em um momento comum de oração.
Motiva com mais intensidade o momento de oração do Papa Francisco na última sexta-feira, quando o pontífice ofereceu uma reflexão a respeito da passagem do Evangelho de São Marcos, capítulo 4,  e quando concedeu a bênção Urbi et Orbi:
“Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras”.
A iniciativa, principalmente em momentos delicados e difíceis como o que o mundo está passando, busca elevar os corações ao Deus da Vida, no acolhimento de sua Palavra, fortalecendo a fé, a esperança e a união. “Conscientes de que as restrições ao convívio não durarão para sempre, aprendamos a valorizar a fraternidade, tornando-nos ainda mais desejosos de, passada a pandemia, podermos estar juntos, celebrando a vida, a saúde, a concórdia e a paz” (trecho da nota “Tempos de Esperança e Solidariedade” da CNBB).
Conscientes ainda, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Compromisso, tema da Campanha da Fraternidade deste ano, a intenção da oração do terço é dedicada também, além das vítimas, aos profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. “Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso” (trecho da nota “Tempos de Esperança e Solidariedade” da CNBB).
Para compartilhar os momentos de oração nas redes sociais use a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #rezemosjuntos
Acompanhe:
www.facebook.com/cnbbnacional
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O Papa reza pelos sem-teto:

Sejam ajudados pela sociedade, a Igreja os acolha
Na Missa na Casa Santa Marta, esta terça-feira (31/03), o Papa dirigiu seu pensamento àqueles que neste período não têm uma habitação. Na homilia, convidou a contemplar Jesus na cruz: o Senhor assumiu sobre si os nossos pecados para salvar-nos.
Vatican News - Francisco presidiu a Missa na Casa Santa Marta na manhã desta terça-feira (31/03) da V Semana da Quaresma. A Antífona de entrada é um encorajamento: “Espera no Senhor e sê corajoso! Fortifique-se teu coração; espera no Senhor” (Sl 26,14). Introduzindo a celebração, o Santo Padre pensou em que não tem casa:
Rezemos hoje pelos sem-teto, neste momento em que nos é pedido para estar dentro de casa. Para que a sociedade de homens e mulheres se dê conta desta realidade e os ajude, e a Igreja os acolha.
Na homilia, comentando as leituras do dia extraídas do Livro dos Números (Nm 21,4-9) e do Evangelho de João (Jo 8,21-30), recordou que Jesus se fez pecado para salvar-nos. Ele veio ao mundo para assumir sobre si os nossos pecados: na cruz não faz finta de sofrer e morrer. Contemplemos Jesus na cruz, e agradeçamos. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
A serpente certamente não é um animal simpático: sempre é associada ao mal. Também na Revelação a serpente é propriamente o animal que o diabo usa para induzir ao pecado. No Apocalipse o diabo é chamado de a antiga serpente, aquela que desde o início morde, envenena, destrói, mata. Por isso, daí não se pode sair. Se se quiser apresentar como quem propõe coisas bonitas, são fantasias: nós acreditamos nelas e desse modo pecamos. Foi isso o que aconteceu com o povo de Israel: não suportou a viagem. Estava cansado. E o povo disse contra Deus e contra Moisés. É sempre a mesma música, não? “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável, o maná”. E a imaginação – lemos dias atrás – dirige-se sempre ao Egito: “Mas, ali estávamos bem, comíamos bem..”. E também, parece que o Senhor não suportou o povo, neste momento. Irritou-se: a ira de Deus, por vezes, se mostra... E então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam e morriam. “Morreu muita gente em Israel”. Naquele momento, a serpente é sempre a imagem do mal: o povo vê na serpente o pecado, vê na serpente aquilo que fez, o mal. E vai ter com Moisés e diz: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Arrepende-se. Esta é a história no deserto. Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”.
Eu venho a pensar: mas isso não é uma idolatria? Há a serpente ali, um ídolo, que me dá a saúde... Não se entende. Logicamente, não se entende, porque esta é uma profecia, este é um anúncio daquilo que acontecerá. Porque ouvimos também como profecia próxima, no Evangelho: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo”. Jesus elevado: na cruz. Moisés faz uma serpente e a eleva. Jesus será elevado, como a serpente, para dar a salvação. Mas o núcleo da profecia é propriamente que Jesus se fez pecado por nós. Não tem pecado: se fez pecado. Como diz São Pedro na segunda Carta: “Assumiu sobre si os nossos pecados”. E quando nós olhamos para o crucifixo, pensamos no Senhor que sofre: tudo aquilo é verdade. Mas nos detemos antes de chegar ao centro daquela verdade: neste momento, Tu pareces o maior pecador, Ti fizeste pecado. Assumiu sobre si todos os nossos pecados, aniquilou-se até agora.
Uma passagem da homilia do Papa Francisco
A cruz, é verdade, é um suplício, há aí a vingança dos doutores da Lei, daqueles que não queriam Jesus: tudo isso é verdade. Mas a verdade que vem de Deus é que Ele veio ao mundo para assumir sobre si os nossos pecados a ponto de fazer-se pecado. Todo pecado. Os nossos pecados estão ali.
Devemos acostumar-nos a olhar sob esta luz, que é a mais verdadeira, é a luz da redenção. Em Jesus feito pecado vemos a derrota total de Cristo. Não faz finta de morrer, não faz finta de não sofrer, sozinho, abandonado... “Pai, porque me abandonaste? Uma serpente: eu sou elevado como uma serpente, como aquele que é todo pecado.
Não é fácil entender isso e, se pensarmos, jamais chegaremos a uma conclusão. Somente, contemplar, rezar e agradecer.
O Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”).
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Vídeo integral da Missa
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                                                                                                                       Fonte: vaticannews.va

segunda-feira, 30 de março de 2020

CAL divulga primeiras orientações

para as famílias celebrarem a Semana Santa

Motivada na luta contra o avanço do COVID-19 (novo coronavírus), a Igreja vem incentivando o isolamento social. Isso afetou também as celebrações da Quaresma e também da Semana Santa, conforme decreto do arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., do dia 13 de março. Por isso, A Comissão Arquidiocesana para a Liturgia (CAL), em parceria com a Pastoral da Comunicação, preparou roteiros para que as famílias possam vivenciar as principais celebrações da Semana Santa. 
"Nós temos uma programação específica para os padres e outra programação para as famílias cristãs católicas de todas as comunidades de nossa arquidiocese. Os padres irão celebrar as principais celebrações da Semana Santa sem o povo, como é a recomendação do Vaticano e do nosso arcebispo, as quais serão transmitidas ao vivo essas celebrações pelas redes sociais. As famílias são convidadas para celebrar dentro de casa, mantendo o isolamento social, congregando aqueles que moram naquela casa. Essas celebrações serão em família. A arquidiocese deseja que não apenas assistam ou ouçam as cerimônias, mas que realmente celebrem e vivenciem. Para isso a CAL, em parceria com a Pascom, preparou roteiros celebrativos. Estes arquivos irão em PDF e também um áudio, que serão disponibilizados via whatsapp, e-mail às paróquias e também pelo site da arquidiocese. Desejamos que chegue a cada cristão esse material para que as famílias vivenciem, em família, os mistérios da morte e ressurreição de Jesus", afirmou padre Vanildo de Paiva, coordenador da CAL.
Veja as orientações (ou faça do download aqui)
1) As celebrações propostas são para você e os que moram em sua casa. Atentos às recomendações das autoridades sanitárias, é necessário evitar aglomeração de pessoas. Tratam- se, desse modo, de grupos pequenos de pessoas que já estão convivendo em um mesmo espaço;
2) O material produzido pela CAL consta de áudios para serem ouvidos nos celulares, tablet’s ou computadores, de acordo com sua possibilidade e também de textos em PDF para serem abertos por esses dispositivos na hora das celebrações ou impressos, caso assim você prefira;
3) Nos arquivos de PDF você encontrará: orientações para arrumação do ambiente com antecedência e para divisão de pequenas tarefas entre os participantes das celebrações; sugestões para ornamentação da fachada/varanda/janelas de sua casa, dando assim visibilidade às nossas expressões de fé; e o próprio texto celebrativo, o mesmo gravado em áudio, para você seguir as celebrações e interagir;
4) Depois de tudo preparado, no momento da celebração, reúna os participantes, desligue os celulares, deixando apenas um aparelho com som de melhor qualidade e volume para todos acompanharem. Com um cabo de áudio você poderá ampliar o som em uma caixa amplificadora ou aparelho de som que possa ter em sua casa. Então, encontre o arquivo de áudio da celebração em seu aparelho e ligue o áudio, acompanhando as suas indicações;
5) Não há previsão de paradas durante o áudio, mas que ele seja executado sem pausas. Se a família achar por bem pausá-lo depois da proclamação do texto bíblico para uma partilha poderá fazê-lo, desde que possa retomar a escuta do áudio do ponto onde parou;
6) Sugerimos os seguintes horários para as celebrações, mas você poderá combinar com seus familiares quais os melhores horários para todos: Domingo de Ramos (9h), Quinta-feira Santa (19h), Sexta-feira Santa (15h), Sábado-Santo ou Vigília: (20h antes da Ceia) e Domingo de Páscoa (Antes do almoço). 
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CAL disponibiliza roteiros
para celebrações da Semana Santa em família
A Comissão Arquidiocesana para a Liturgia (CAL) começou a distribuir às paróquias e aos fiéis da arquidiocese de Pouso Alegre, os materiais para a Semana Santa em Família. Desde o dia 13 de março, as missas com a presença de fiéis estão suspensas, sendo celebradas pelos padres no rito "sem povo". Pelo Decreto do arcebispo metropolitano, as celebrações da Semana Santa também foram suspensas. Por isso,  a CAL, em parceria com a Pastoral da Comunicação, preparou roteiros para que as famílias possam vivenciar a semana maior.
O material consta de: Orientações de como usar os subsídios e áudios; Subsídios para as celebrações em PDF; áudios interativos para cada dia da semana.
Download dos arquivos em áudio
Downloads dos arquivos em PDF
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O Papa reza pelos

que não conseguem reagir, amedrontados com a pandemia

Na Missa na Casa Santa Marta, na manhã desta segunda-feira (30/03), Francisco pediu a Deus que ajude aqueles que estão assustados com o coronavírus. Na homilia, convidou a agradecer a Deus se reconhecemos os nossos pecados, porque deste modo podemos pedir e acolher a sua misericórdia.
Vatican News - A Antífona de entrada da segunda-feira da V Semana da Quaresma é uma veemente invocação a Deus: “Tende piedade de mim, Senhor, pois me atormentam; todos os dias me oprimem os agressores” (Sl 55,2). Ao introduzir a Missa na manhã desta segunda-feira (30/03), o Papa Francisco dirigiu seu pensamento às pessoas amedrontadas com a atual pandemia:
Rezemos hoje pelas muitas pessoas que não conseguem reagir: permanecem amedrontadas com esta epidemia. Que o Senhor as ajude a reerguer-se, a reagir para o bem de toda a sociedade, de toda a comunidade.
Na homilia, comentou as leituras do dia, extraídas do Livro do profeta Daniel (13,1-9.15-17.19-30.33-62) e do Evangelho de João (Jo 8,1-11), que falam de duas mulheres que alguns homens querem condenar à morte: a inocente Susana e uma adúltera pega em flagrante. Francisco ressaltou que os acusadores são, no primeiro caso, juízes corruptos, e, no segundo, hipócritas. Em relação às mulheres, Deus faz justiça a Susana, libertando-a dos corruptos, que são condenados, e perdoa a adúltera, libertando-a de escribas e fariseus hipócritas. Justiça e misericórdia de Deus, que são bem representadas no Salmo Responsorial do dia: “O Senhor é o meu pastor, não me falta coisa alguma... Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, porque estais comigo”. Em seguida, o Papa convidou a agradecer a Deus se sabemos ser pecadores, porque podemos pedir confiantes, ao Senhor, que nos perdoe.
A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
No Salmo Responsorial rezamos: “O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças. Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!”
Esta é a experiência que estas duas mulheres tiveram, cuja história lemos nas duas Leituras. Uma mulher inocente, acusada falsamente, caluniada, e uma mulher pecadora. Ambas condenadas à morte. A inocente e a pecadora. Alguns Padres da Igreja viam nestas duas mulheres uma figura da Igreja: santa, mas com filhos pecadores. Diziam numa bela expressão latina: “A Igreja é a casta meretrix”, a santa com filhos pecadores.
Ambas as mulheres estavam desesperadas, humanamente desesperadas. Mas Susana confia em Deus. Há também dois grupos de pessoas, de homens; ambos encarregados a serviço da Igreja: os juízes e os mestres da Lei. Não eram eclesiásticos, mas estavam a serviço da Igreja, no tribunal e no ensino da Lei. Diferentes. Os primeiros que acusavam Susana, eram corruptos: o juiz corrupto, a figura emblemática na história. Também no Evangelho, Jesus repreende – na parábola da viúva insistente – o juiz corrupto que não acreditava em Deus e não lhe importava nada dos outros. Os corruptos. Os doutores da Lei não eram corruptos, mas hipócritas.
E essas mulheres, uma caiu nas mãos dos hipócritas e a outra nas mãos dos corruptos: não havia saída. “Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!” Ambas as mulheres se encontravam num vale tenebroso, caminhavam ali: um vale tenebroso, rumo à morte. A primeira explicitamente confia em Deus e o Senhor intervém. A segunda, pobrezinha, sabe que é culpada, envergonhada diante de todo o povo – porque o povo estava presente em ambas as situações, o Evangelho não diz, mas certamente rezava interiormente, pedia alguma ajuda.
O que o Senhor faz com essas pessoas? À mulher inocente, a salva, lhe faz justiça. À mulher pecadora, a perdoa. Aos juízes corruptos, os condena; aos hipócritas, os ajuda a converter-se e diante do povo diz: ”Sim, verdadeiramente? Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”, e foram saindo um a um. Há uma certa ironia do apóstolo João, aqui: “E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos”. Deixa a eles um pouco de tempo para arrepender-se; não perdoa os corruptos, simplesmente porque o corrupto é incapaz de pedir perdão, foi além. Cansou-se... não, não se cansou: não é capaz. A corrupção tirou-lhe também aquela capacidade que todos temos de envergonhar-nos, de pedir perdão. Não, o corrupto é seguro, segue adiante, destrói, explora o povo, como esta mulher, tudo, tudo... segue adiante. Colocou-se no lugar de Deus.
E o Senhor responde às mulheres. A Susana, liberta-a destes corruptos, a faz seguir adiante, e à outra: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Deixa-a ir embora. Faz isso diante do povo. No primeiro caso, o povo louva o Senhor; no segundo caso, o povo aprende. Aprende como é a misericórdia de Deus.
Uma passagem da homilia do Papa Francisco
Cada um de nós tem as próprias histórias. Cada um de nós os próprios pecados. E se não se recorda, pense um pouco: os encontrará. Agradeça a Deus se os encontra, porque se não os encontra, você é um corrupto. Cada um de nós tem os próprios pecados. Olhemos para o Senhor que faz justiça, mas que é tão misericordioso. Não nos envergonhemos de estar na Igreja: envergonhemo-nos de ser pecadores. A Igreja é mãe de todos. Agradeçamos a Deus por não sermos corruptos, por ser pecadores. E cada um de nós, olhando como Jesus age nestes casos, confie na misericórdia de Deus. E reze, confiante na misericórdia de Deus, reze (pelo) perdão. ”Porque Deus me guia no caminho mais seguro, pela honra de seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!”
O Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no seu nada na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece. À espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Eu vos amo. Assim seja.
Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”).
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Assista:

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Vídeo integral da Missa
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                                                                                                              Fonte: vaticannews.va

domingo, 29 de março de 2020

CNBB propõe que Domingo de Ramos

seja celebrado de modo especial em tempos de coronavírus

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos a viverem de forma muito especial o Domingo de Ramos durante a quarentena do coronavírus. Cada um e cada família, em suas casas, são chamados a celebrar o próximo domingo com fé e esperança. Por isso, A CNBB propõe cinco pontos para ajudar os fiéis na celebração do Domingo de Ramos.
Vamos celebrar o Domingo de Ramos?
1. Rezar pedindo a graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa.
2. Colocar no portão ou na porta de casa (em lugar bem visível) alguns ramos. Marcar a casa é uma característica do povo de Deus.
3. Participar das celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais.
4. Comprometer-se a, no futuro, participar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade. Com ela, ajudamos os mais pobres.
5. Motivar pelas redes sociais, telefonemas ou outros meios que mantenham o distanciamento social, outras pessoas a também celebrarem o domingo de Ramos desse mesmo modo.
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                                                                                                                    Fonte: cnbb.org.br

Neste domingo:

A oração do Papa Francisco pelos que choram
Na Missa na casa Santa Marta na manhã deste domingo (29/03), o Papa rezou por aqueles que se encontram na dor neste tempo de aflição. Na homilia, recordou que também Jesus chorou: muitas pessoas choram, peçamos a graça de saber chorar com elas.
Vatican News - Francisco presidiu a Santa Missa na manhã deste 29 de março, no V Domingo da Quaresma. São três semanas que a celebração eucarística na Capela da Casa Santa Marta é transmitida em streaming por desejo do Papa, que quer chegar aos fiéis que não podem participar da Missa por causa da pandemia do coronavírus. Hoje, Francisco rezou pelos aflitos.
Penso em muitas pessoas que choram: pessoas isoladas, pessoas em quarentena, os anciãos sós, pessoas internadas e as pessoas em terapia, os pais que veem que, como falta o salário, não conseguirão dar de comer aos filhos. Muitas pessoas choram. Também nós, em nosso coração, as acompanhamos. E não nos fará mal chorar um pouco com o pranto do Senhor por todo o seu povo.
Na homilia, comentando o Evangelho de João (Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45) sobre a ressurreição de Lázaro, falou do choro de Jesus pelo amigo. Jesus chora com amor, chora com os seus que choram, chora sempre por amor, tem um coração repleto de compaixão. Hoje, diante de um mundo que sofre por causa da pandemia – perguntou-se –, somos capazes de chorar como Jesus? Muitos choram hoje. Peçamos a graça de chorar.
A seguir, o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
Jesus tinha amigos. Amava todos, mas tinha amigos com os quais mantinha uma relação especial, como se faz com os amigos, mais amor, mais confidência... E muitas, muitas vezes se detinha na casa destes irmãos: Lázaro, Marta, Maria... E Jesus condoeu-se com a doença e a morte de seu amigo. Chega ao sepulcro e se comove profundamente e estremecido interiormente perguntou: “Onde o colocastes?” E Jesus chorou. Jesus, Deus, mas homem, chorou. Em outra passagem no Evangelho se diz que Jesus chorou:  quando chorou sobre Jerusalém. E com quanta ternura Jesus chora! Chora de coração, chora com amor, chora com os seus que choram. O pranto de Jesus. Talvez, tenha chorado outras vezes na vida – não sabemos -; certamente no Horto das Oliveiras. Mas Jesus chora por amor, sempre.
Comoveu-se profundamente e estremecido chorou. Quantas vezes ouvimos no Evangelho esta comoção de Jesus, com aquela frase que se repete: “Vendo, teve compaixão”. Jesus não pode ver as pessoas e não sentir compaixão. Seus olhos são com o coração; Jesus vê com os olhos, mas vê com o coração e é capaz de chorar.
Hoje, diante de um mundo que sofre tanto, de tantas pessoas que sofrem as consequências desta pandemia, eu me pergunto: sou capaz de chorar, como certamente o faria Jesus e o faz agora Jesus? O meu coração, se assemelha ao de Jesus? E se é demasiadamente empedernido (mesmo se) sou capaz de falar, de fazer o bem, de ajudar, mas o coração não entra, não sou capaz de chorar, pedir esta graça ao Senhor: Senhor, que eu chore contigo, chore com o teu povo que sofre neste momento. Muitos choram hoje. E nós, deste altar, deste sacrifício de Jesus, de Jesus que não teve vergonha de chorar, peçamos a graça de chorar. Que hoje seja para todos nós o domingo do choro.
Por fim, o Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo foi entoada uma antiga antífona mariana Ave Regina Caelorum (“Ave Rainha dos Céus”).
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Vídeo integral da Missa
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Papa no Angelus:
Deus não nos criou para o túmulo, mas para a vida
"Somos chamados a remover as pedras de tudo aquilo que fala de morte: a hipocrisia com que a fé é vivida, é morte; a crítica destrutiva contra os outros, é morte; a ofensa, a calúnia, é morte; a marginalização do pobre, é morte."
Vatican News - O convite para removermos de nossos corações as pedras que falam de morte, como a hipocrisia como vivemos a fé, a crítica destrutiva, a ofensa, a calúnia, a marginalização do pobre, nos foi dirigido pelo Papa em sua alocução, antes de rezar o Angelus neste V Domingo da Quaresma, na Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano.
Ao refletir sobre o Evangelho de João que narra a ressurreição de Lázaro, Francisco recordou que “a resposta de Deus ao problema da morte é Jesus”, e que Deus não nos criou para o túmulo, mas para a vida, “bela, boa, alegre”.
Jesus é o Senhor da vida
Ao iniciar sua reflexão, o Santo Padre lê alguns dos versículos do capítulo 11 de João, explicando que ao responder a Marta que lhe havia dito que seu irmão não teria morrido caso o Mestre estivesse ali, “teu irmão ressuscitará”, Jesus se apresenta “como o Senhor da vida, Aquele que é capaz de restituir a vida também aos mortos”.
Ao ver em prantos Maria e as pessoas que se aproximavam dele, Jesus, muito comovido, chorou, recordou Francisco, e “comovido, vai ao túmulo, agradece ao Pai que sempre o escuta, manda abrir o sepulcro e exclama com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” E Lázaro sai com “as mãos e os pés atados com lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano”:
Aqui vemos concretamente que Deus é vida e doa vida, mas assume o drama da morte. Jesus poderia ter evitado a morte do amigo Lázaro, mas quis assumir para si a nossa dor pela morte das pessoas queridas, e sobretudo quis mostrar o domínio de Deus sobre a morte.
O encontro entre a fé do homem e a onipotência de Deus
Nesta passagem do Evangelho – observou o Papa - vemos que a fé do homem e a onipotência de Deus, do amor de Deus, buscam-se e por fim se encontram, “é como um duplo caminho: a fé do homem e a onipotência do amor de Deus que se procuram e no final se encontram. Vemos isso – enfatizou - no grito de Marta e Maria e de todos nós com eles: “Se tivesses estado aqui!...”:
E a resposta de Deus não é um discurso, não, a resposta de Deus ao problema da morte é Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida… Tenham fé! Em meio ao choro continuem a ter fé, ainda que pareça que a morte tenha vencido. Removam a pedra de seus corações! Deixem que a Palavra de Deus leve de novo a vida onde há morte”.
“A resposta de Deus ao problema da morte é Jesus”
Remover as pedras que representam morte
E Jesus nos repete também hoje para removermos a pedra, pois “Deus não nos criou para o túmulo, nos criou para a vida, bela, boa, alegre”,  e “foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo”, “e Jesus Cristo veio nos libertar de seus laços”. Neste sentido, “somos chamados a remover as pedras de tudo aquilo que fala de morte”: 
Por exemplo, a hipocrisia com que a fé é vivida, é morte; a crítica destrutiva contra os outros, é morte; a ofensa, a calúnia, é morte; a marginalização do pobre, é morte. O Senhor nos pede para removermos estas pedras do coração, e a vida então voltará a florescer ao nosso redor. Cristo vive, e quem o acolhe e se une a Ele entra em contato com a vida. Sem Cristo, ou fora de Cristo, a vida não só não está presente, mas se recai na morte. 
“Deus não nos criou para o túmulo, nos criou para a vida, bela, boa, alegre”
Regenerados por Cristo, novas criaturas
O Pontífice recordou que “a ressurreição de Lázaro também é sinal da regeneração que se realiza no crente mediante o Batismo, com a plena inserção no Mistério Pascal de Cristo. Pela ação e a força do Espírito Santo, o cristão é uma pessoa que caminha na vida como uma nova criatura: uma criatura para a vida, e que vai em direção à vida".
Que a Virgem Maria – disse o Papa ao concluir - nos ajude a sermos compassivos como o seu Filho Jesus, que fez sua a nossa dor. Que cada um de nós seja próximo daqueles que estão sofrendo, tornando-se para eles um reflexo do amor e da ternura de Deus, que liberta da morte e faz vencer a vida.
Ao concluir o Angelus, o Papa Francisco dirigiu-se ao apartamento Pontifício, de cuja janela abençoou a Urbe e os fiéis presentes espiritualmente na Praça São Pedro.
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Assista:

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Francisco reitera apelo por cessar-fogo global
O Papa Francisco aderiu ao apelo lançado em 24 de março pelo secretário-geral da ONU por um cessar-fogo global e para que as forças estejam unidas no combate à pandemia do coronavírus.
Vatican News - “Nos dias passados, o secretário-geral das Nações Unidas lançou um apelo por um "cessar-fogo global e imediato em todos as partes do mundo", recordando a atual emergência do COVID-19, que não conhece fronteiras”, recordou o Papa Francisco, após rezar o Angelus neste V Domingo da Quaresma. O Pontífice então, lançou um apelo ao diálogo e aos esforços de paz:
Uno-me a todos os que acolheram esse apelo e convido todos a segui-lo, interrompendo todas as formas de hostilidade bélica, favorecendo a criação de corredores para ajuda humanitária, abertura à diplomacia, a atenção àqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade. Que o esforço conjunto contra a pandemia possa levar todos a reconhecer nossa necessidade de fortalecer os laços fraternos como membros de uma única família humana. Em particular, desperte nos responsáveis das Nações e nas outras partes envolvidas, um renovado compromisso em superar as rivalidades.  Os conflitos não são resolvidos por meio da guerra! É necessário superar antagonismos e os contrastes, mediante o diálogo e uma construtiva busca da paz.
Pelas pessoas obrigadas a viver em grupos
Após, como já havia feito no início da Missa celebrada  em 11 de março na capela da Casa Santa Marta, o Papa recordou dos encarcerados, mas também de outras pessoas obrigadas a viver em grupos:
Neste momento, meu pensamento se dirige de maneira especial a todas as pessoas que sofrem a vulnerabilidade de serem forçadas a viver em grupo: casas de repouso, quartéis ... Em particular, gostaria de mencionar as pessoas nas prisões. Li um relatório oficial da Comissão de Direitos Humanos que fala sobre o problema das prisões superlotadas, que poderiam se tornar uma tragédia. Peço às autoridades que sejam sensíveis a esse grave problema e de tomar as medidas necessárias para evitar futuras tragédias.
Apelo de Guterres pelo fim das guerras
Em 24 de março, o secretário geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, havia lançado um apelo para que fosse colocado um fim às guerras e se combatesse a pandemia que assola o mundo.
As pessoas envolvidas nos conflitos armados no mundo" - disse Guterres - "estão entre as mais vulneráveis" e "correm o risco maior de padecer um devastador sofrimento por causa do Covid-19".
Após o apelo, foram verificados os primeiros passos em direção a um cessar fogo, com "tréguas humanitárias" em diversos países onde ainda perduram sangrentos conflitos e violências internas, como no Iêmen, nas Filipinas e em Camarões.
Sinais positivos também no nordeste da Síria, onde no sábado, 28, a Comissão de investigação da ONU reiterou o pedido para que se evitasse "piorar a tragédia", fazendo referência ao Covid-19 como uma "ameaça mortal" para os civis sírios, e em particular para os 6,5 milhões de deslocados dentro do país.
A guerra em pedaços
Na verdade, o cenário não deixa dúvidas. Há pelo menos setenta países em todo o mundo envolvidos em algum tipo de guerra ou conflito interno. Muitos deles esquecidos. Os nove anos de conflito na Síria, por exemplo, já provocaram a morte de 380 mil pessoas, debilitando o sistema de saúde local. Somente 64% dos hospitais e 52% dos centros de assistência básica existentes antes de 2011 estão atualmente em atividade, enquanto 70% dos profissionais de saúde abandonaram o país.
Conflitos internos flagelam a Líbia, Sudão, Somália, Nigéria, Burkina Faso, Paquistão, Índia, Afeganistão, Iraque, Faixa de Gaza, Ucrânia. Na Península coreana a tensão é sempre elevada. Nas últimas horas a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos nas águas entre a Península coreana e o Japão. Depois há a guerra contra o tráfico de drogas, principalmente em países da América Latina, onde no México, em particular, são registradas milhares de mortes a cada ano. 
Com coronavírus, maior facilidade de movimento para os "senhores da guerra"
E a emergência do coronavírus ameaça diminuir a atenção sobre essas situações. Francesco Vignarca, coordenador da Rede Italiana do Desarmamento, recordou ao Vatican News, que quando essa atenção é desviada para outra coisa, “aqueles que agem em conflitos pelo seu próprio interesse, os chamados senhores da guerra, obviamente se movem com maior facilidade. O risco é portanto, por um lado, que os mesmos problemas de saúde também tenham impacto nesses mesmos países. E, por outro, que aqueles que agem na guerra em seu próprio benefício o façam de forma ainda mais violenta".
"Certamente, para alguns países - observa Francesco - o impacto do coronavírus será provavelmente menor, pois infelizmente eles já têm outros problemas de saúde, muitas vezes a fome ou problemas de acesso às necessidades básicas. Mas o risco, é que o impacto os atinja". E cita. por exemplo, o fato de que no Reino Unido há a controvérsia sobre a redução da ajuda internacional humanitária, pois agora existe esta emergência a ser enfrentada. 
Oportunidade para repensar onde alocar os recursos
O coordenador da Rede Italiana do Desarmamento destaca que a situação criada pela pandemia do coronavírus, também é uma oportunidade para repensar onde alocar recursos. E recorda que os gastos militares em todo o mundo ultrapassaram um trilhão e 800 bilhões de dólares em 2019. E completa:
“Nestes dias, temos sublinhado como nos últimos anos as despesas militares na Itália aumentaram, enquanto as despesas com a saúde diminuíram. Se quisermos evitar o impacto de problemas como o coronavirus, ou outras situações como guerras, devemos manter a nossa atenção elevada, mas acima de tudo mudar a direção dos nossos investimentos e as opções no âmbito das escolhas públicas. Caso contrário, questões como a Síria, que há 9 anos está em guerra de forma dramática, como o Iêmen, que dentro de alguns dias irá, infelizmente, celebrar entre aspas o aniversário de 5 anos de bombardeios, continuarão a ocorrer."
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                                                                                                              Fonte: vaticannews.va

sábado, 28 de março de 2020

CNBB traduz e apresenta

propostas ao documento das celebrações da Semana Santa

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ofereceu uma atualização das indicações e sugestões gerais dadas aos bispos sobre as celebrações da Semana Santa diante da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus. Novamente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) traduziu o documento com as propostas de adequação à realidade brasileira. Também foram oferecidas sugestões para as coletas da Solidariedade e para os Lugares Santos.
Decreto sobre a Semana Santa 2020 reitera que a data da Páscoa não pode ser transferida e que, nos países afetados pela doença, onde estão previstas restrições às reuniões e movimentos de pessoas, “os bispos e padres celebram os ritos da Semana Santa sem a participação do povo e em local adequado, evitando concelebração e omissão da troca de paz”.
A orientação é que os fiéis sejam informados do horário de início das celebrações, para que possam participar da oração em seus lares. “Poderão fazer uso diretamente dos meios de comunicação social. Em qualquer situação, continua sendo importante dedicar um tempo adequado à oração, principalmente aprimorando a Liturgia das Horas”, lê-se no decreto.
Piedade Popular
Sobre as expressões da piedade popular e as procissões que ocorrem na Semana Santa e no Tríduo Pascal, a Congregação para o Culto Divino orienta que, no julgamento do bispo diocesano, podem ser transferidas para outros dias adequados, por exemplo, nos dias 14 e 15 de setembro, quando é celebrada a Festa da Exaltação da Santa Cruz.
Distanciamento social
Aqui no Brasil, de acordo com informe divulgado nesta quinta-feira pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, mesmo com o decreto presidencial inserindo as atividades religiosas entre serviços e atividades essenciais, a Conferência manteve a indicação que sejam obedecidas as orientações das autoridades de saúde para se evitar aglomerações a aplicar o isolamento social:
A CNBB, considerando as orientações emanadas pelas autoridades competentes do Ministérios da Saúde, que indicam o distanciamento social, orienta os bispos que as igrejas podem permanecer abertas, porém, do modo como tem sido feito até agora, apenas para orações individuais, transmissões online, etc. Segundo o documento, “não há como entender que os instrumentos legais possam obrigar a reabertura das igrejas, muito menos para a prática de qualquer tipo de aglomeração”.
Subsídios
Ainda no segundo documento da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, há também o reforço que as Conferências Episcopais e as dioceses individuais “não deixem de oferecer subsídios para ajudar a oração familiar e pessoal”. A CNBB tem oferecido materiais para a celebração dominical da Palavra em família e também materiais para exercícios quaresmais.
Detalhamento das celebrações
Além da oferta desses subsídios, a CNBB deu indicações adicionais para as celebrações da Semana Santa, como por exemplo as coletas já tradicionais para a Solidariedade e para os Lugares Santos. Confira o trecho do decreto com detalhamento sobre as celebrações e as respectivas observações da CNBB:
1 – Domingo de Ramos. O Memorial da Entrada do Senhor em Jerusalém é comemorado dentro do edifício sagrado; nas igrejas catedrais é adotada a segunda forma prevista pelo Missal Romano; nas igrejas paroquiais e em outros lugares, a terceira.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Sobre a Coleta da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, a Presidência da CNBB acolhe algumas sugestões e submete à avaliação dos bispos as datas de 16 e 17 de novembro, Dia Mundial dos Pobres, para esta coleta. Os bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@cnbb.org.br.
2 – Missa do Crisma. Ao avaliar o caso concreto nos vários países, as Conferências Episcopais poderão dar indicações sobre uma possível transferência para outra data.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Neste caso, a CNBB optou por deixar a cada bispo diocesano, administrador apostólico ou administrador diocesano o discernimento de quando celebrar “para bem atender à realidade local”. A Conferência pede, no entanto, que, dentro do possível, seja compartilhada a opção feita, “de modo que possamos ter uma visão geral do que está ocorrendo nas diversas dioceses do país”.
3 – Quinta-feira Santa. O lava-pés, já opcional, é omitido. No final da Missa na Ceia do Senhor, a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no tabernáculo. Neste dia, os padres recebem excepcionalmente a faculdade de celebrar a missa, sem a participação popular, em um local adequado.
4 – Sexta-feira Santa. Na oração universal, os bispos cuidarão de preparar uma intenção especial para aqueles que se encontrarem em situação de perda, de doentes e de falecidos (cf. Missale Romanum). O ato de adoração na cruz através do beijo é limitado apenas ao celebrante.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Para esta celebração, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB disponibilizou uma sugestão de texto para a Oração Universal, que pode ser baixada aqui
A coleta para os Lugares Santos também deve ser transferida, de acordo com a decisão dos bispos. A proposta da CNBB é que ocorra nos dias 14 e 15 de setembro, quando é celebrada a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Assim como em relação à Coleta da Solidariedade, os bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@cnbb.org.br.
5 – Vigília da Páscoa. Deve ser comemorada exclusivamente em catedrais e igrejas paroquiais. Para a liturgia batismal, permanece mantida apenas a renovação das promessas batismais (cf. Missale Romanum).
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                                                                                                                    Fonte: cnbb.org.br