sábado, 31 de janeiro de 2015

Paróquia São José recebe

"Relíquias da Beata Nhá Chica"


Aguarde matéria e dezenas de fotos da Missa das 19h deste sábado, presidida por Dom Ricardo Pedro Paglia, MSC, bispo emérito de Pinheiro (MA), e concelebrada pelo Pe. Sebastião Márcio Maciel.
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Paróquia São José - Paraisópolis (MG)


Neste domingo, 1º de fevereiro, 
inicia-se a Peregrinação da Imagem de São José
 Durante a Peregrinação, a Imagem percorrerá as 30 comunidades de nossa paróquia em preparação à Festa do querido Padroeiro. No dia 10 de março retornará à Matriz para o início da Novena.
Venha participar deste evento de fé e encontro da Família Paroquial!
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Programação
Fevereiro
Dia 1º - Domingo
Após a missa das 9h, a Imagem será conduzida em carreata até a comunidade de Santa Vitória, onde será celebrada a Eucaristia pelo Pe. Sebastião
Dia 3 - Terça - 19h - Ponte do NenecoPe. Sebastião
Dia 4 - Quarta - 19h - AndorinhasCônego Braz
Dia 5 - Quinta - 19h - Jacintos: Pe. Sebastião
Dia 6 - Sexta - 19h - Centro Pastoral São Francisco: Pe. Sebastião
Dia 7 - Sábado - 19h - Centro Pastoral São Geraldo: Pe. Vanir
Dia 8 - Domingo - 16h - Bela Vista: Pe. Vanir
Dia 10 - Terça - 19h - Uruguaia: Cônego Braz
Dia 11 - Quarta - 19h - Pedra Branca: Pe. Vanir
Dia12 - Quinta - 19h - Moreiras: Pe. Vanir
Dia 13 - Sexta -19h - Bomba: Pe. Sebastião
Dia 15 - Domingo - 10h - Martins - Festa de Nossa Srª de Lourdes: Pe. Sebastião
Dia 19 - Quinta - 19h - Ribeirão Vermelho: Cônego Braz
Dia 20 - Sexta - 19h - Inácios: Pe. Sebastião
Dia 22 - Domingo - 16h - CochosPe. Vanir
Dia 23 - Segunda - 19h - CarneirosPe. Sebastião
Dia 24 - Terça - 19h - Lagoa: Pe. Vanir
Dia 25 - Quarta - 19h - Capela da Soledade - RCC: Côn. Braz
Dia 26 - Quinta - 19h - Serrinha: Pe. Sebastião
Dia 27 - Sexta - 19h - Áreas: Pe. Vanir
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Março
Dia 1º - Domingo - 19h - Santo Antônio: Cônego Braz
Dia 2 - Segunda - 19h - Ponte de Ferro: Pe. Vanir
Dia 3 - Terça - 19h - Lavapés - Nossa Senhora Aparecida: Pe. Vanir
Dia 4 - Quarta - 19h - Região São Vicente: Pe. Sebastião
Dia 5 - Quinta - 19h - Região São Benedito: Côn. Braz
Dia 6 - Sexta - 19h - Coqueiros: Pe. Vanir
Dia 8 - Domingo - 16h - Lucianos: Pe. Vanir
Dia 9 - Segunda - 19h - Serra dos Pereiras: Pe. Sebastião
Dia 10 - Quarta - 19h - Matriz: Início da Festa de São José
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Leituras do

4º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Dt 18,15-20                  Salmo: 95(94)                  2ª Leitura: 1Cor 7,32-35 
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Evangelho:  Mc 1,21-28
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Entraram em Cafarnaum. No sábado, Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar. Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Entre eles na sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele gritava: “Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!”. Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!”. O espírito impuro sacudiu o homem com violência, deu um forte grito e saiu. Todos ficaram admirados e perguntavam uns aos outros: “Que é isto? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!”. E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galileia.

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Reflexão
Jesus é o profeta prometido 

Na primeira leitura, do livro do Deuteronômio, Deus promete, pela boca de Moisés, um profeta semelhante a ele, escolhido entre os membros do povo eleito. Característica desse profeta é que ele falará o que o Senhor mandar e inspirar. Os profetas foram enviados por Deus para conduzir o seu povo e exortá-lo a permanecer fiel à Aliança. Os profetas chamam a atenção do povo contra a idolatria que ameaça a vida e a fé no Deus único e verdadeiro. Os profetas falam com autoridade porque falam em nome e por inspiração de Deus. Mas a promessa de enviar um profeta semelhante a Moisés não se realizou (cf. Dt 34,10).
O evangelho deste domingo, ao afirmar o ensinamento realizado com autoridade por Jesus, diz, indiretamente, que ele é o profeta prometido e semelhante a Moisés. No seu discurso, depois da ressurreição de Jesus, Pedro afirma que Jesus é não somente semelhante a Moisés, mas maior que ele (cf. At 3,21-22). Cafarnaum fica às margens do mar da Galileia; a sinagoga, a poucos metros da casa de Simão e André. É sábado, dia dado por Deus a seu povo para que, cessando o trabalho, o povo de Deus possa recordar o dom da criação e da Lei, o dom da vida e da liberdade.
O ensinamento de Jesus causa admiração de todos os que estão presentes na sinagoga; a causa da admiração é a “autoridade” do ensinamento, isto é, o ensinamento de Jesus faz sentido e dá sentido à vida das pessoas; ele é um verdadeiro sopro que comunica a brisa suave do Espírito ao coração do ser humano. E o que Jesus faz, nesse dia, naquela sinagoga importante, expulsando de um homem um “espírito impuro”, também é reconhecido por todos os que estão na sinagoga como um “ensinamento novo”.
A palavra de Jesus, qual uma luz, ilumina o coração do homem revelando o mal que o aflige e o distancia do Deus da vida e dos seus semelhantes. A luz da palavra do Senhor descortina o mal para destruí-lo. Jesus é apresentado como aquele que não somente tem poder de destruir o mal, mas efetivamente o faz. E o ser humano passa a compreender que a sua vida, pela graça de Cristo, não está fadada à submissão do mal, pois, em Cristo, o mal já está vencido. Este é o ensinamento novo!
                                     Pe. Carlos Alberto Contieri, sj 
       Reflexão: paulinas.org.br  Banner: cnbb.org.br  Ilustrações: franciscanos.org.br  
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Presidente da CNBB

abre consulta às dioceses sobre o Sínodo da Família

"Ficaria muito grato se o senhor promovesse uma consulta ampla com o Povo de Deus da sua diocese para o bom êxito do processo sinodal que se concluirá com a segunda e última etapa do Sínodo sobre a Família, em outubro próximo. Aproveito para pedir as orações de sua diocese para a família e a próxima Assembleia Sinodal", disse o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, em carta enviada aos bispos do Brasil. Acesse o questionário disponibilizado pelo Vaticano
Dom Raymundo Damasceno
A iniciativa do presidente da CNBB é motivada a partir do comunicado do secretário-geral do Sínodo, cardeal Lorenzo Baldisseri, que pede a realização de "uma ampla consulta com todo o povo de Deus sobre a família segunda a orientação do processo sinodal".
Diante da solicitação da Santa Sé, dom Raymundo Damasceno, também delegado-presidente do Sínodo, pede a contribuição das dioceses do Brasil com a consulta sobre a família.
O texto de trabalho (Instrumentum laboris) da primeira fase do Sínodo, também contou com a colaboração das dioceses de diversos países. A consulta ao povo é um pedido do papa Francisco, que tem incentivado a participação das comunidades nas reflexões do Sínodo. A 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos foi realizada de 5 a 19 de outubro, no Vaticano.
Ouvir o povo
O primeiro dos documentos da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, os Lineamenta, além das reflexões, apresenta uma série de perguntas. O objetivo é avaliar o texto produzido pelos bispos e solicitar o aprofundamento do trabalho começado durante a Assembleia. Ao todo, o documento propõe 46 questões para serem refletidas e orientadas a partir de temáticas:
"O contexto sociocultural", "A relevância da vida afetiva", "A família no desígnio salvífico de Deus", "A indissolubilidade do matrimônio e a alegria de viver juntos", "Cura pastoral de quantos vivem no matrimônio civil ou convivem", "A atenção pastoral às pessoas com tendência homossexual", "O desafio da educação e o papel da família na evangelização".
Orientações
No site do Vaticano está disponível o questionário (baixe aqui) que deverá nortear os trabalhos de estudos nas dioceses, sob orientação do bispo local ou responsável. A CNBB irá receber as contribuições e produzirá uma síntese do material coletado nas igrejas particulares. Posteriormente, esse conteúdo será enviado à secretaria geral do Sínodo, responsável em preparar o texto de trabalho para a 14ª Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá de 4 a 25 de outubro próximo, no Vaticano. O tema proposto será "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo".
A secretaria do Sínodo orienta, ainda, que as Conferências Episcopais escolham as modalidades adequadas para produzir as reflexões, conforme orienta o documento. Outra sugestão é que agentes de pastorais das Igrejas particulares e instituições acadêmicas, organizações, movimentos laicais e outras instâncias eclesiais sejam envolvidos no trabalho.
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                             Fonte: CNBB com informações da Secretaria do Sínodo/Vaticano

Papa Francisco na missa desta sexta-feira:

 Memória e esperança são os "parâmetros" do cristão

Cidade do Vaticano (RV) – Um cristão deve sempre custodiar em si a  “memória” do seu primeiro encontro com Cristo e a “esperança” Nele, que o leva a prosseguir na vida com a “coragem” da fé. Foi  o que afirmou o Papa Francisco na homilia da Missa matutina desta sexta-feira, 30 de janeiro, presidida na capela da Casa Santa Marta. 
Na sua homilia, o Papa  se inspirou na frase inicial da carta aos Hebreus, na qual o autor convida todos a reevocarem “na memória aqueles primeiros dias”, quando receberam “a luz de Cristo”. Em especial, “o dia do encontro com Jesus” jamais deve ser esquecido, observou Francisco, porque é o dia “de uma alegria imensa”. E com a memória, jamais deve se perder “a coragem dos primeiros tempos” e o “entusiasmo”, a “franqueza” que nascem da lembrança do primeiro amor:
É preciso estar atento à salvação
A memória é tão importante para recordar a graça recebida, porque se nós expulsarmos este entusiasmo que vem da memória do primeiro amor, há um perigo muito grande para os cristãos: o tepor. Os cristãos “mornos”. Eh, mas estão ali, parados, e sim, são cristãos, mas perderam a memória do primeiro amor. E, sim, perderam o entusiasmo. Também perderam a paciência, aquele “tolerar” as coisas da vida com o espírito do amor de Jesus; aquele “tolerar”, o “carregar nas costas” as dificuldades... Os cristãos mornos, coitados, estão em grave perigo”.
Quando pensa nos cristãos mornos, vêm à mente de Francisco duas imagens incisivas e desagradáveis: aquela evocada por Pedro, do “cão que volta ao seu próprio vômito”; e a outra de Jesus, para o qual existem pessoas que, ao decidirem seguir o Evangelho,  expulsaram sim o demônio, mas quando este volta, lhe abrem a porta sem estarem atentos. Assim, o demônio “toma posse daquela casa” inicialmente limpa e bela. Que seria como voltar ao “vômito” daquele mal num primeiro momento rejeitado. E vice-versa, afirmou Francisco:
O cristão tem esses dois parâmetros: a memória e a esperança. Evocar a memória para não perder aquela experiência tão bela do primeiro amor, e que alimenta a esperança. Tantas vezes a esperança é obscura, mas vai avante. Acredita, vai, porque sabe que a esperança não desilude para encontrar Jesus. Esses dois parâmetros são justamente a moldura na qual podemos custodiar esta salvação dos justos, que vem do Senhor”.
Uma salvação, conclui o Papa citando o trecho do Evangelho, que deve ser protegida “para que a pequena semente de mostarda cresça e dê o seu fruto”:
Dão pena, fazem mal ao coração tantos cristãos – tantos cristãos! – na metade do caminho, tantos cristãos falidos neste caminho rumo ao encontro com Jesus, partindo do encontro com Jesus. Este caminho no qual perderam a memória do primeiro amor e não têm a esperança. Estão ali… Peçamos ao Senhor a graça de custodiar o presente, o dom da salvação”. (BF)
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Papa modifica rito da imposição do Pálio

Cidade do Vaticano (RV) – Em uma carta com a data de 12 de janeiro de 2015 que foi enviada a todas as Nunciaturas Apostólicas, o Mestre das Cerimônias Pontifícias, Mons. Guido Marini, informa sobre a decisão do Papa Francisco de modificar a modalidade de entrega do pálio aos novos arcebispos metropolitas. A faixa de lã branca será entregue, e não mais colocada pelo Santo Padre, como reza a tradição, em 29 de junho, na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. A imposição do Pálio aos novos arcebispos será realizada nas respectivas dioceses de origem pela mão dos Núncios Apostólicos locais.
Entrevistado pela Rádio Vaticano, Mons. Marini fala do significado desta decisão do Papa:
Recentemente o Santo Padre – após ter refletido – decidiu realizar uma pequena modificação no tradicional rito de imposição do pálio aos arcebispos metropolitas nomeados durante o ano. A modificação é a seguinte: o pálio, geralmente, era imposto pelo Santo Padre aos novos metropolitas por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. A partir do próximo 29 de junho, por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, os Arcebispos – como de costume – estarão presentes em Roma, concelebrarão com o Santo Padre, participarão do rito da bênção dos pálios, mas não haverá a imposição: simplesmente receberão o pálio do Santo Padre em forma mais simples e privada. A imposição será efetuada depois, nas dioceses a que pertencem, ou seja, em um segundo momento, na presença da Igreja local e em particular dos bispos das dioceses sufragâneas acompanhados pelos seus fieis”.
RV: Qual o significado desta alteração?
Mons. MariniO significado desta alteração é o de colocar em maior evidência a relação dos bispos metropolitas – os novos nomeados – com a sua Igreja local e assim dar também a possibilidade a mais fieis de estarem presentes neste rito tão significativo para eles, e também particularmente aos bispos das dioceses sufragâneas, que deste modo, poderão participar do momento da imposição. Neste sentido, mantém-se todo o significado da celebração do 29 de junho, que sublinha a relação de comunhão e também de comunhão hierárquica entre o Santo Padre e os novos arcebispos; ao mesmo tempo, a isto se acrescenta – com um gesto significativo – esta ligação com a Igreja local”.
O Bispo de Pelotas, Dom Jacinto Bergaman, explica que o pálio é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta: quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecilia, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são ofertados ao Papa no dia 21 de janeiro, Solenidade de Santa Inês.
Após confeccionados são abençoados pelo Santo Padre e guardados numa arca junto ao tumulo do Apóstolo São Pedro e entregues pelo próprio Papa, no dia 29 de junho de cada ano, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, aos Arcebispos nomeados após a celebração do ano anterior.
O uso do pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Metropolitas a partir do século VI, tradição que perdura até os nossos dias.
Cada Província Eclesiástica é formada por algumas dioceses e uma arquidiocese. À frente dela está o Metropolita, que é o Arcebispo da diocese-sede. As palavras “arqui” e “arce”, colocadas junto às palavras diocese e bispo, vêm da língua grega, e significam “a primeira”, “o primeiro”. Assim, a Arquidiocese e o Arcebispo são “a primeira” e “o primeiro”, não em linha de importância, mas para serem aquela e aquele que devem estar a serviço e promoção da comunhão.
Após ser nomeado, o Metropolita deve pedir ao Bispo de Roma, o Papa, o pálio, símbolo de seu “poder” (o serviço e promoção da comunhão) na própria Província Eclesiástica e de sua comunhão com a Sé Apostólica. Uma vez recebido, usa-o unicamente dentro das funções litúrgicas, sobre os paramentos pontificais, dentro da Província a que preside, e unicamente nela. (JE)
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

Jesus convida você a estar com Ele

Cerco de Jericó

Somos convidados a participar, juntamente com membros da Renovação Carismática Católica de nossa paróquia, do Cerco de Jericó, que se constitui de um período de sete dias e sete noites de oração diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento.
Fonte: facebook/karina Javé Nissi
Cerco de Jericó inspira-se no relato bíblico do capítulo 6 do Livro de Josué. O texto narra que, antes de chegar à terra prometida, as enormes muralhas de Jericó impediam o povo de prosseguir a caminhada. Josué, sucessor de Moisés e líder do povo, obediente às orientações do Senhor, convida os Israelitas, tendo a frente a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus que caminha com seu povo, a rezarem durante sete dias e sete noites ao redor das muralhas. No sétimo dia, durante a sétima o Senhor atende as orações e as muralhas caem.
Confiantes no poder da oração, nestes sete dias, somos convidados a louvar o Senhor e pedir pela Igreja e pelo mundo e para que sejamos dóceis a ação de Deus em nossa vida. 
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Papa Francisco na missa desta quinta-feira:

Elites eclesiais não seguem a via de Jesus

Cidade do Vaticano (RV) - Não seguem a nova via aberta por Jesus aqueles que privatizam a fé fechando-se em “elites” que desprezam os outros: é o que afirmou o Papa durante a homilia da manhã desta quinta-feira, (29/01), na Casa Santa Marta. Comentando a Carta aos Hebreus, o Papa disse que Jesus é “a via nova e vivente” que devemos seguir “conforme a Sua vontade”. Porque existem formas errôneas de vida cristã. Jesus “dá os critérios para não seguir os modelos equivocados. E um destes modelos errados é privatizar a salvação”:
Deus nos salva como povo, nos salva a todos
É verdade, Jesus salvou a todos nós, mas não de forma genérica, não? Todos, mas cada um individualmente, nome e sobrenome. E esta é a salvação pessoal. Realmente estou salvo, o Senhor me olhou, deu a vida por mim, abriu esta porta, esta nova via para mim, e cada um de nós pode dizer: ‘para mim’. Mas existe o perigo de esquecer que Ele nos salvou individualmente sim, mas como parte de um povo. Em um povo. O Senhor sempre salva no povo. Do momento que chama Abraão, promete a ele de criar um povo. E o Senhor nos salva em um povo. Por isso o autor desta Carta nos diz: ‘Prestemos atenção uns aos outros’. Não existe uma salvação somente para mim. Se eu entendo a salvação assim, erro; pego a estrada errada. A privatização da salvação é uma estrada errada”.
São três os critérios para não privatizar a salvação: “a fé em Jesus que nos purifica”, a esperança que “nos faz enxergar as promessas e seguir adiante” e “a caridade: prestemos atenção uns aos outros, para estimular-nos reciprocamente na caridade e nas boas obras”:
E quando eu estou numa paróquia, numa comunidade – qualquer que seja – eu estou ali e posso privatizar a salvação e estar ali somente socialmente. Mas para não privatizá-la, devo perguntar a mim mesmo se eu falo, comunico a fé; falo, comunico a esperança; falo, faço e comunico a caridade. Se numa comunidade não se fala, não se encoraja um ao outro, nessas três virtudes, os membros daquela comunidade privatizaram a fé. Cada um busca a sua própria salvação, não a salvação de todos, a salvação do povo. E Jesus salvou cada um, mas num povo, numa Igreja”.
O autor da Carta aos Hebreus – prosseguiu o Papa – dá um conselho “prático” muito importante: “não desertemos as nossas reuniões, como alguns têm o hábito de fazer”. Isso acontece “quando nós estamos numa reunião – na paróquia, no grupo – e julgamos os outros”, “há uma espécie de desprezo pelos outros. E esta não é a porta, o caminho novo e vivente que o Senhor abriu, inaugurou”:
Desprezam os outros; abandonam a comunidade inteira; desertam o povo de Deus; privatizaram a salvação: a salvação é para mim e para meu grupinho, mas não para todo o povo de Deus. E este é um erro muito grande. É o que chamamos – e que vemos – ‘as elites eclesiais’. Quando no povo de Deus se criam esses grupinhos, pensam ser bons cristãos, talvez tenham até boa vontade, mas são grupinhos que privatizaram a salvação”.
Deus – destacou o Papa – nos salva num povo, não nas elites que nós produzimos com as nossas filosofias e o nosso modo de entender a fé. E essas não são as graças de Deus. Pensemos: eu tenho a tendência de privatizar a salvação para mim, para o meu grupinho, para a minha elite ou não deserto todo o povo de Deus, não me afasto do Seu povo e sempre estou em comunidade, em família, com a linguagem da fé, da esperança e a linguagem das obras de caridade?”. E concluiu: “Que o Senhor nos dê a graça de sentir-nos sempre povo de Deus, salvos pessoalmente. Isso é verdade: Ele nos salva com nome e sobrenome, mas salvos num povo, não no grupinho que eu crio para mim”. (RB/BF)      
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015


Papa: 
"Pais ausentes deixam graves lacunas nos filhos"

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta quarta-feira, 28, o Papa Francisco encontrou-se com os fiéis na Sala Paulo VI na audiência geral que concede semanalmente. Retomando o caminho da catequese sobre a família, o tema abordado nesta ocasião foi ‘o pai’. 
A passagem bíblica lida – em várias línguas – no início do encontro, do Evangelho de João, 14,18 (Não vos deixarei órfãos), foi a base da reflexão de Francisco. 
Pai, ontem e hoje
O Pontífice começou analisando que “esta palavra - pai - possui um sentido universal e é muito cara aos cristãos, pois Jesus nos ensinou a chamar assim a Deus e a usava para manifestar a sua relação especial com Ele”. 
Os filhos precisam de pais presentes
Hoje, porém, sobretudo na cultura ocidental, o conceito de pai parece estar em crise; a figura do pai está simbolicamente ausente. No início, isso foi visto como uma libertação do ‘pai-patrão’, autoritário e censor da felicidade dos filhos. Antigamente, lembrou o Papa, era comum um certo autoritarismo; muitos pais tratavam seus filhos como escravos e não respeitavam sua autonomia, exigências pessoais; não os ajudavam a crescer em liberdade.
Com o tempo, isso foi mudando de um extremo para o outro”, prosseguiu Francisco. O problema hoje não é mais a presença invasiva dos pais, mas a sua ausência: estão ‘foragidos’, concentrados em si mesmos. Deixam sós os filhos pequenos, na sensação de orfandade. O Papa revelou que “quando era Arcebispo de Buenos Aires sentia isso nas crianças e jovens e perguntava a seus pais se tinham tempo para os filhos, se tinham coragem e amor suficientes para brincar ou conversar com eles”.
As consequências
A ausência do pai é muito nociva às crianças e aos jovens, produz lacunas e feridas que podem ser muito graves; e sem perspectivas e valores, eles ficam vazios e propensos a buscarem ídolos que preencham os seus corações”. 
Mas também quando estão em casa, muitas vezes não se comportam como pais, não cumprem o seu papel educativo, não dão a seus filhos, com seu exemplo, os princípios, valores e regras de vida de que precisam”. 
Pais 'deslocados'
Em certos casos – disse ainda – os pais não sabem bem que lugar ocupam na família e, na dúvida, se abstêm ou optam por uma relação ‘de igual para igual’ com os filhos. “É verdade que se deve ser companheiros dos filhos, mas sem se esquecer que se é pai, né?”.
Sua ausência deixa os jovens sem estradas seguras, sem mestres nos quais confiar. Ficam órfãos de ideais que lhes aqueçam os corações, órfãos de valores e de esperanças que os amparem no dia a dia. São preenchidos de ídolos, mas lhes é roubado o coração, são levados a sonhar divertimentos e prazeres, mas não lhes dá a chance de trabalhar, são iludidos com o deus-dinheiro e privados das verdadeiras riquezas”. 
Por isso, mais do que nunca, Francisco lembrou a promessa de Jesus: «Não vos deixarei órfãos». Somente através de Cristo a paternidade pode realizar todas as suas potencialidades segundo o plano de Deus, nosso Pai. 
E terminando, esclareceu que desta vez, abordou exclusivamente as problemáticas derivadas da ausência da figura paterna; sendo um pouco ‘negativo’. Mas prometeu que na próxima quarta-feira, será analisada a beleza de ser pai e da luminosidade desta condição. "Da escurdião de hoje, passarei à luz"
No final do encontro, Francisco saudou os grupos presentes, inclusive os fiéis e pastores de Brasília, e concedeu a todos a sua bênção apostólica. (CM)
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

Assista ao vídeo da catequese do Papa com tradução da Rádio Vaticano:

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                                                                                    Fonte: vaticanbr/youtube

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Mensagem do Papa para a Quaresma:

Cristãos sejam ilhas de misericórdia no mar da indiferença

Cidade do Vaticano (RV) – A mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015 foi apresentada esta manhã, na Sala de Imprensa da Santa Sé. O tema “Fortalecei os vossos corações” foi extraído do Carta de São Tiago, capítulo 5, versículo 8. O período quaresmal tem início no domingo, 22 de fevereiro.
"Fortalecei os vossos corações"
No texto, o Pontífice reflete sobre a “globalização da indiferença” que pode atingir três esferas da vida eclesial: a Igreja, as comunidades e cada um dos fiéis.
Escreve o Papa: “Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente  dos outros, não nos  interessam os seus problemas, nem as tribulações  e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração  cai na indiferença: encontrando-me relativamente  bem e confortável, esqueço-me dos que não estão  bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar”.
Igreja
Quanto à Igreja, Francisco recorda que no corpo de Cristo não há espaço para a indiferença, citando  o Apóstolo Paulo: “Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros”. Estando interligados em Deus, afirma ele, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais alcançar: “rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação”.
Paróquias e as comunidades
Nas paróquias e as comunidades, o Papa sugere que, para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direções. Em primeiro lugar, unindo-nos na oração. Em  segundo  lugar,  cada  comunidade  cristã  é  chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os  incrédulos. “A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os  homens”, escreve Francisco, que faz um apelo: “Amados irmãos e irmãs, tornem-se ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!”.
Fiéis
Por fim, o Pontífice se dirige a cada um dos fiéis, pedindo que não deixem absorver pela “espiral de terror e impotência” diante de notícias e imagens que relatam o sofrimento humano.
“Não subestimemos a força da oração!”, escreve o Papa, citando a iniciativa “24 horas para o Senhor”, que se celebrará em toda  a Igreja nos dias 13 e 14 de março. Além da oração, Francisco recorda que todos podem contribuir para o fim do sofrimento com gestos de caridade, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja.
A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo  outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas  concreto – da nossa participação na humanidade  que temos em comum.”
Francisco recorda ainda que o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, “porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos”.
Conversão
E conclui: “Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração. Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na  vertigem da globalização da indiferença”.
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

Papa Francisco na missa desta terça-feira:

A oração para fazer a vontade de Deus

Cidade do Vaticano (RV) - É preciso rezar a Deus e pedir todos os dias a graça de entender a sua vontade, a graça de fazer a sua vontade e a graça de realizar sua vontade completamente. Este é o ensinamento que o Papa buscou na liturgia do dia para inspirar a sua homilia na manhã desta terça-feira (27/01), na Casa Santa Marta.
Certa vez havia uma lei feita de prescrições e proibições, de sangue de bois e cabras, “antigos sacrifícios” que não tinham a “força” de “perdoar os pecados”, nem de fazer “justiça”. Então, o Cristo vem ao mundo e com sua subida à Cruz – o ato “que de uma vez por todas nos justificou” – Jesus demonstrou qual é o sacrifício que mais agrada a Deus: não o holocausto de um animal, mas a oferta da própria vontade para fazer a vontade do Pai.
Núcleo da fé
As leituras e o Salmo do dia conduzem a reflexão de Francisco a respeito de um dos fulcros da fé: a “obediência à vontade de Deus”. Esta, afirma o Papa, “é a estrada da santidade, do cristão” para que o “plano de Deus seja realizado”, que “a salvação de Deus seja realizada”:
Peçamos a graça de sempre fazer a vontade do Senhor
O contrário teve início no Paraíso, com a desobediência de Adão. E aquela desobediência trouxe mal a toda a humanidade. Os pecados também são atos de desobediência a Deus, de não fazer a vontade de Deus. O Senhor, ao invés, nos ensina que esta é a estrada e que não há outra. E começa com Jesus, sim, nos Céus, na vontade de obedecer o Pai. Mas na terra começa com Maria: ela, o que disse ao Anjo? ‘Que seja feito aquilo que dizes’, isso quer dizer, que seja feita a vontade de Deus. E com este ‘sim’ ao Senhor, o Senhor deu início ao seu percurso entre nós”.
“Não é fácil.” O Papa usa várias vezes essa expressão quando fala de realizar a vontade de Deus. Não foi fácil para Jesus que foi tentado no deserto e também no Horto das Oliveiras, e com dor no coração aceitou o suplício que o aguardava. Não foi fácil para alguns discípulos, que o deixaram porque não entenderam o que significava “fazer a vontade do Pai”. Não o é para nós, a partir do momento que – notou o Papa – “todos os dias nos são apresentadas em uma bandeja tantas opções”. E então, se perguntou, como “faço para fazer a vontade de Deus?”. Pedindo “a graça” de desejar realizá-la:
Fazer a vondade de Deus
Eu rezo para que o Senhor me dê a vontade de fazer a sua vontade ou busco acordos porque tenho medo da vontade de Deus? Outra coisa: rezar para conhecer a vontade de Deus em relação a mim e à minha vida, sobre a decisão que devo tomar agora. Sobre a maneira de administrar as coisas… A oração para querer fazer a vontade de Deus, e a oração para conhecer a Sua vontade. E quando conheço a vontade de Deus, com a oração pela terceira vez: realizá-la. Para realizar a vontade, que não é a minha, mas é Sua. E não é fácil”.
Portanto, resumiu o Papa, “rezar para sentir a vontade de seguir a vontade de Deus, rezar para conhecer a vontade de Deus e rezar – uma vez reconhecida – para prosseguir com a vontade de Deus”:
Que o Senhor nos dê a graça, a todos nós, para que um dia possa dizer de nós aquilo que disse daquele grupo, daquela multidão que o seguia, daqueles que estavam sentados a seu redor, como ouvimos no Evangelho: ‘Eis minha mãe e os meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus é para mim irmão, irmã e mãe”. Fazer a vontade de Deus nos faz ser parte da família de Jesus, nos faz mãe, pai, irmã e irmão”. (BF/RB/SP)
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Francisco na missa desta segunda-feira:

"São as mulheres que transmitem a fé"

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira, 26, o Papa celebrou a missa matutina na Casa Santa Marta com um pequeno grupo de fiéis. Em sua homilia, o Papa se inspirou nas leituras do dia.
A Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 
Nossa fé é inegociável
Paulo recorda a Timóteo que a sua fé provém do Espírito Santo, ‘por meio de sua mãe e de sua avó’. “São as mães, a avós – afirma o Papa – que transmitem a fé, e acrescenta: “Uma coisa é transmitir a fé e outra é ensinar as coisas da fé. A fé é um dom, não se pode estudar. Estudam-se as coisas da fé, sim, para entendê-la melhor, mas você nunca chegará à fé com o estudo. Ela é um dom do Espírito Santo, é um presente que vai além de qualquer preparação”. E é um presente que passa através do “lindo trabalho das mães e das avós, o belo trabalho destas mulheres” nas famílias. “Pode ser também que uma doméstica, uma tia, transmitam a fé”: 
Jesus veio através de uma mulher
Vem-me à mente esta questão: por que são principalmente as mulheres a transmitir a fé? Simplesmente porque quem nos trouxe Jesus foi uma mulher: foi o caminho escolhido por Jesus. Ele quis ter uma mãe: o dom da fé também passa pelas mulheres, como Jesus passou por Maria”.
E devemos pensar hoje – sublinha o Papa – se as mulheres têm a consciência do dever de transmitir a fé”. Paulo convida Timóteo a custodiar a fé,  evitando “os vazios mexericos pagãos, as fofocas mundanas”. “Todos nós – alerta – recebemos o dom da fé. Devemos custodiá-lo para que ele pelo menos não se dilua, para que continue a ser forte com o poder do Espírito Santo”. E a fé é custodiada quando reacende este dom de Deus. 
A fé 'água de rosas'
Se nós não temos esse cuidado, a cada dia, de reavivar este presente de Deus que é a fé, a fé se enfraquece, se dilui, acaba por ser uma cultura: ‘Sim, mas, sim, sim, eu sou um cristão, sim...’, uma cultura, somente. Ou a gnose, um conhecimento: ‘Sim, eu conheço bem todas as coisas da fé, eu conheço bem o catecismo’. Mas como você vive a sua fé? E esta é a importância de reavivar a cada dia este dom, este presente: de torná-lo vivo”.
Contrastam “esta fé viva” - diz São Paulo - duas coisas: “o espírito de timidez e a vergonha”:
Deus não nos deu um espírito de timidez. O espírito de timidez vai contra o dom da fé, não deixa que cresça que vá para frente, que seja grande. E a vergonha é aquele pecado: ‘Sim, eu tenho fé, mas eu a cubro, que não se veja muito.... É um pouco daqui, um pouco de lá: é a fé, como dizem os nossos antepassados, água de rosas. Porque eu tenho vergonha de vivê-la fortemente. Não. Esta não é a fé: nem timidez, nem vergonha. Mas o que é? É um espírito de força, de caridade e de prudência. Esta é a fé”.
Fé inegociável
O espírito de prudência - explica o Papa Francisco - é “saber que nós não podemos fazer tudo que queremos”, significa buscar “as estradas, o caminho, as maneiras” para levar avante a fé, mas com prudência.
Peçamos ao Senhor a graça - conclui o Papa – de ter uma fé sincera, uma fé que não é negociável, segundo as oportunidades que surgem. Uma fé que a cada dia procuro reavivá-la, ou pelo menos peço ao Espírito Santo que a revive e assim dê um grande fruto”. (CM-SP)
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                                                                                          Fonte: radiovaticana.va

domingo, 25 de janeiro de 2015

Francisco: 
Cristãos perseguidos dão testemunho de Cristo

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu no fim da tarde deste domingo, na Basílica de São Paulo fora dos Muros a celebração das Segundas Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo, da qual participaram fiéis da diocese de Roma e representantes de diversas Igrejas e Comunidades eclesiais. O Santo Padre rezou intensamente ao Senhor para que fortaleça o compromisso para a plena unidade de todos os crentes em Cristo. Recordou ainda os cristãos perseguido, falando de ecumenismo de sangue. Eis na íntegra a sua homilia:
Na sua viagem da Judeia para a Galileia, Jesus passa através da Samaria. Não tem dificuldade em encontrar os samaritanos considerados hereges, cismáticos, separados dos judeus. A sua atitude diz-nos que o confronto com quem é diferente de nós pode fazer-nos crescer.
Jesus, cansado da viagem, não hesita em pedir de beber à mulher samaritana. Mas a sua sede estende-se muito para além da água física: é também sede de encontro, desejo de abrir diálogo com aquela mulher, oferecendo-lhe assim a possibilidade de um caminho de conversão interior. Jesus é paciente, respeita a pessoa que tem à sua frente, revela-Se-lhe progressivamente. O seu exemplo encoraja a procurar um confronto sereno com o outro. As pessoas, para se compreenderem e crescerem na caridade e na verdade, precisam de se deter, acolher e escutar. Desta forma, começa-se já a experimentar a unidade.
Que São Paulo nos inspire no anuncio do Evangelho!
A mulher de Sicar interpela Jesus sobre o verdadeiro lugar da adoração a Deus. Jesus não toma partido em favor do monte nem do templo, mas vai ao essencial derrubando todo o muro de separação. Remete para a verdade da adoração: «Deus é espírito; por isso, os que O adoram devem adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4, 24). É possível superar muitas controvérsias entre cristãos, herdadas do passado, pondo de lado qualquer atitude polémica ou apologética e procurando, juntos, individuar em profundidade aquilo que nos une, ou seja, a chamada a participar no mistério de amor do Pai, que nos foi revelado pelo Filho através do Espírito Santo. A unidade dos cristãos não será o fruto de sofisticadas discussões teóricas, onde cada um tenta convencer o outro da justeza das suas opiniões. Temos de reconhecer que, para se chegar à profundeza do mistério de Deus, precisamos uns dos outros, encontrando-nos e confrontando-nos sob a guia do Espírito Santo, que harmoniza as diversidades e supera os conflitos.
Pouco a pouco, a mulher samaritana compreende que Aquele que lhe pediu de beber é capaz de a saciar. Jesus apresenta-Se-lhe como a fonte donde jorra a água viva que mata a sua sede para sempre (cf. Jo 4, 13-14). A existência humana revela aspirações ilimitadas: busca de verdade, sede de amor, de justiça e de liberdade. Trata-se de desejos apenas parcialmente saciados, porque o homem, do fundo do seu próprio ser, é movido para um «mais», um absoluto capaz de satisfazer definitivamente a sua sede. A resposta a estas aspirações é dada por Deus em Jesus Cristo, no seu mistério pascal. Do lado trespassado de Jesus, jorraram sangue e água (cf. Jo 19, 34): Ele é a fonte donde brota a água do Espírito Santo, isto é, «o amor de Deus derramado nos nossos corações» (Rm 5, 5) no dia do Baptismo. Por acção do Espírito, tornamo-nos um só com Cristo, filhos no Filho, verdadeiros adoradores do Pai. Este mistério de amor é a razão mais profunda da unidade que liga todos os cristãos e que é muito maior do que as divisões ocorridas no decurso da história. Por este motivo, na medida em que nos aproximamos humildemente do Senhor Jesus Cristo, acontece também a aproximação entre nós.
O encontro com Jesus transforma a samaritana numa missionária. Tendo recebido um dom maior e mais importante do que a água do poço, a mulher deixa lá o seu cântaro (cf. Jo 4, 28) e corre a contar aos seus compatriotas que encontrou o Messias (cf. Jo 4, 29). O encontro com Ele restituiu-lhe o significado e a alegria de viver, e a mulher sente o desejo de comunicá-lo. Hoje, há uma multidão de homens e mulheres, cansados e sedentos, que nos pedem, a nós cristãos, para lhes dar de beber. É um pedido a que não nos podemos subtrair. Na chamada a ser evangelizadores, todas as Igrejas e Comunidades eclesiais encontram uma área essencial para uma colaboração mais estreita. Para se poder cumprir eficazmente esta tarefa, é preciso evitar de fechar-se em particularismos e exclusivismos e também de impor uniformidade segundo planos meramente humanos (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 131). O compromisso comum de anunciar o Evangelho permite superar qualquer forma de proselitismo e a tentação da competição. Estamos todos ao serviço do único e mesmo Evangelho!
Que vivamos unidos em fraterna comunhão!
E, neste momento de oração pela unidade, gostaria de recordar os nossos mártires hoje. Eles dão testemunho de Jesus Cristo e são perseguidos e mortos, porque são cristãos, sem fazer distinção, por parte dos perseguidores, da confissão à que pertencem. São cristãos e por isso são perseguidos. Este é, irmãos e irmãs, o ecumenismo do sangue.
Com esta jubilosa certeza, dirijo as minhas cordiais e fraternas saudações a Sua Eminência o Metropolita Gennadios, representante do Patriarcado Ecuménico, a Sua Graça David Moxon, representante pessoal em Roma do Arcebispo de Cantuária, e a todos os representantes das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais aqui congregados na Festa da Conversão de São Paulo. Além disso, saúdo com grande prazer os membros da Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais, aos quais desejo um frutuoso trabalho na sessão plenária que terá lugar em Roma nos próximos dias. Saúdo também os alunos do Ecumenical Institute of Bossey e os jovens que beneficiam de bolsas de estudo oferecidas pelo Comité de Colaboração Cultural com as Igrejas Ortodoxas, operativo no Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Hoje estão presentes também religiosos e religiosas pertencentes a diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais que, nestes dias, participaram num convénio ecuménico organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, por ocasião do Ano da vida consagrada. A vida religiosa, como profecia do mundo futuro, é chamada a dar testemunho, no nosso tempo, daquela comunhão em Cristo que ultrapassa toda a diferença e é feita de opções concretas de recepção e diálogo. Consequentemente, a busca da unidade dos cristãos não pode ser prerrogativa apenas de qualquer indivíduo ou comunidade religiosa particularmente sensível a tal problemática. O conhecimento recíproco das diferentes tradições de vida consagrada e um fecundo intercâmbio de experiências podem ser úteis para a vitalidade de toda a forma de vida religiosa nas diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais.
Amados irmãos e irmãs, hoje nós, que estamos sedentos de paz e fraternidade, com coração confiante invocamos do Pai celeste, por meio de Jesus Cristo único Sacerdote e por intercessão da Virgem Maria, do Apóstolo Paulo e de todos os Santos, o dom da comunhão plena de todos os cristãos, a fim de que possa resplandecer «o sagrado mistério da unidade da Igreja» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. sobre o Ecumenismo Unitatis redintegratio, 2) como sinal e instrumento de reconciliação para o mundo inteiro.
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