sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Está chegando a nova edição do

informativo paroquial "Anunciai!"

Nas missas deste sábado, dia 31, e do domingo, 1º de setembro, você receberá a 134ª edição do informativo paroquial Anunciai!
Matérias principais: Editorial: Há 20 anos, o Anuncia! informa, forma e evangeliza; Palavra do pároco: Novas orientações da Arquidiocese; Merece Destaque: Fatos em fotos; Conhecendo nossas comunidades: São João Batista da Bomba; Mês da Bíblia: Palavras da Salvação; Vida eclesial: Mês Missionário Extraordinário.
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CNBB lança campanha de sensibilização

e informação sobre o Sínodo para a Amazônia
A partir deste domingo, 1º de setembro, “Dia Mundial de oração pelo Cuidado da Criação” até o dia 5, “Dia da Amazônia”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai desenvolver, em parceria com a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), um conjunto de iniciativas de comunicação cujo objetivo é sensibilizar a Igreja e a sociedade sobre a importância do Sínodo para a Amazônia. As ações se desdobrarão no período que antecede e durante a realização da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica.
Integram a campanha, um conjunto de ações – vídeo depoimento de bispos e lideranças da Igreja, vídeos Voz da Amazônia, entre outros. O material produzido em parceria com a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e a Rede Eclesial Pan-Amazônica, a REPAM-Brasil, vai estar disponível nos sites e nas redes sociais da CNBB e da REPAM-Brasil. As TVs de inspiração católicas também foram convidadas a produzir conteúdo próprio e a disseminar os conteúdos produzidos sobre o Sínodo pela Repam, especialmente a série Voz da Amazônia.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo 
O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo explica que Conferência decidiu apoiar iniciativas de comunicação que sensibilizem a Igreja e a sociedade para a proposta do sínodo. “A Conferência deve acompanhar a partir de agora o caminho sinodal com uma programação e um planejamento de comunicação para abrir mais o coração da nossa própria Igreja e também repercutir estas informações no coração da sociedade”.
Dom Walmor ressalta ainda que a intenção da Igreja não é apenas realizar um evento, mas dar passos novos, o que incentiva a entidade a se envolver nas ações que superem ou tratam de forma adequada os vários ruídos que se têm apresentado em relação ao Sínodo, bem como as suas incompreensões.
Segundo presidente da CNBB desejo é que haja “uma repercussão muito boa e importante de tudo aquilo que se trata e se tratará durante o Sínodo e daquilo que virá na exortação pós-sinodal.
No primeiro vídeo da série, o bispo de Rio Grande e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, fala da Amazônia como um dom de Deus.
Dom Ricardo Hoepers
“Que todos nós possamos participar. Vamos nos envolver com essa grande reflexão e também com o nosso modo de ser. Pensar a Amazônia e pensar no homem de maneira integral. É pensar o dom que Deus nos deu. É pensar no quanto que somos gratos por este dom que recebemos que é a Amazônia”, destaca.
A Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica vai ser realizada de 6 a 27 de outubro de 2019, no Vaticano, em Roma. Para encontrar o nosso material basta procurar na ferramenta de buscas da rede social por: CNBB Nacional ou pelas hastags #euapoioosínodo #euapoioopapa #sinodoamazonico
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                                                                                                                    Fonte: cnbb.org.br

Leituras do

22º Domingo do Tempo Comum
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1ª Leitura: Eclo 3,19-21.30-31
Leitura do Livro do Eclesiástico:
Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes.
Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende. O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria.
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Salmo: 67
Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
Os justos se alegram na presença do Senhor,/ rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!/ Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome!/ O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
- Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor:/ é assim o nosso Deus em sua santa habitação./ É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados,/ quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
- Derramastes lá do alto uma chuva generosa,/ e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;/ e ali vosso rebanho encontrou sua morada;/ com carinho preparastes essa terra para o pobre.
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2ª Leitura: Hb 12,18-19.22-24a
Leitura da Carta aos Hebreus:
Irmãos: Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse.
Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o Juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; de Jesus, mediador da nova aliança.
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Evangelho: Lc 14,1.7-14
Leitura do Evangelho de São Lucas
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam.Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola:
“Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.
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Reflexão:

Humildade, gratuidade e amor
para melhor servir ao Evangelho

Depois da humildade o Evangelho ressalta uma segunda atitude para o Banquete da Vida: a generosidade.
A liturgia do 21º Domingo do tempo comum, iniciando o mês de setembro, dedicado às Sagradas Escrituras, propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do “Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado.
Dom Eurico dos Santos Veloso
O Evangelho (Cf. Lc 14,1.7-14) coloca-nos no ambiente de um banquete em casa de um fariseu. Jesus, ao ser convidado para uma refeição na casa de um fariseu, observa que os outros convidados escolhem os primeiros lugares. A partir deste fato, ele conta uma parábola acerca das atitudes necessárias em outro banquete, o que realmente é o maior e mais generoso, o banquete do reino. A primeira atitude é a humildade: “Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar(...) vai sentar-se no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima” (Cf. Lc 14,8-10) O enquadramento é o pretexto para Jesus falar do “banquete do Reino”. A todos os que quiserem participar desse “banquete”, Ele recomenda a humildade; ao mesmo tempo, denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa lógica de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade em relação aos outros... Jesus sugere, também, que para o “banquete do Reino” todos os homens são convidados; e que a gratuidade e o amor desinteressado devem caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do “banquete”.
Depois da humildade o Evangelho ressalta uma segunda atitude para o Banquete da Vida: a generosidade: “Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Cf. Lc 14,13-14). A generosidade consiste em dar sem esperar retribuição, ou seja, a pessoa se experimenta realizada em poder dar algo ou servir ao próximo. De certo modo, a generosidade é como um fruto da humildade. Quem cultiva a humildade e a generosidade se assemelha sempre mais ao Filho de Deus e à sua Mãe Santíssima: Ele despojou-se de sua glória, fez-se o último, o Servo de todos, para nos libertar do poder do pecado e da morte; Ela, cheia de graça, diz de si: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Cf. Lc 1,38). Em Jesus e em Maria fica evidente “quem se humilha, será elevado” (Cf. Lc 14,11).
Na primeira leitura (Cf. Eclo 3,19-21.30-31), um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha a humildade como caminho para ser agradável a Deus e aos homens, para ter êxito e ser feliz. É a reiteração da mensagem fundamental que a Palavra de Deus hoje nos apresenta. Como no Evangelho, na primeira leitura a advertência de Jesus é clara: “na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor!” (Cf. Eclo 3,20). A humildade consiste em reconhecer que as qualidades que temos são puro dom de Deus, pobres e limitados diante do Senhor. A pessoa humilde sabe avaliar-se na justa medida porque sabe ver-se à luz do Senhor. Tal experiência da própria verdade não nos deprime(quando verdadeiramente vivida e testemunhada), mas nos enche de gratidão e confiança, pois o Senhor é a nossa força; Cristo é a nossa única e inalienável riqueza.
A segunda leitura (Cf. Hb 12,18-19.22-24a) convida os batizados instalados numa fé cômoda e sem grandes exigências, a redescobrir a novidade e a exigência do cristianismo; insiste em que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de proximidade, de amor, de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão. Aparentemente, esta questão não tem muito a ver com o tema principal da liturgia deste domingo; no entanto, podemos ligar a reflexão desta leitura com o tema central da liturgia de hoje - a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado - através do tema da exigência: a vida cristã - essa vida que brota do encontro com o amor de Deus - é uma vida que exige de nós determinados valores e atitudes, entre os quais avultam a humildade, a simplicidade, o amor que se faz dom.
A humildade e a generosidade ensinam para o fiel cristão qual é importante e essencial a modéstia, que quando é sincera, não artificial, conquista, faz que a pessoa seja amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja desejada. Vivemos em uma sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade e a generosidade. Sem nada querer em troca, nem reconhecimentos. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando, sem escrúpulos, a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade. Rezemos suplicando, com humildade, Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti. Que sejamos homens e mulheres humildes, generosos, modestos que tudo fazem para viver a alegria generosa do Evangelho.
                          Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - MG
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Videomensagem do Papa a Moçambique:

Rezemos pela consolidação da paz
Francisco convida os moçambicanos a unirem-se à sua oração "a fim de que o Deus e Pai de todos consolide a reconciliação, reconciliação fraterna em Moçambique e na África inteira, única esperança para uma paz firme e duradoura".
Cidade do Vaticano - Foi divulgada, nesta sexta-feira (30/08), a videomensagem do Papa Francisco para sua viagem apostólica a Moçambique, que terá início na próxima quarta-feira, 4 de setembro.
Eis o texto da mensagem de vídeo:
Querido povo de Moçambique!
Dentro de poucos dias, terá início a minha visita ao vosso país e, apesar de não poder deslocar-me para além da capital, o meu coração alcança e abraça a todos vós, com um lugar especial para quantos vivem atribulados. Desde já vos queria deixar esta certeza: estais todos na minha oração. Anseio pelo momento de vos encontrar.
Tal como eu recebi (e agradeço!) o convite do senhor Presidente e dos meus irmãos Bispos para ir ter convosco, assim estendo o convite a todos vós, para vos unirdes à minha oração a fim de que o Deus e Pai de todos consolide a reconciliação, reconciliação fraterna em Moçambique e na África inteira, única esperança para uma paz firme e duradoura.
Terei a alegria de partilhar diretamente convosco estas convicções e também de verificar como cresce a sementeira feita pelo meu antecessor São João Paulo II. Esta viagem permitir-me-á encontrar a comunidade católica e confirmá-la no seu testemunho do Evangelho, que ensina a dignidade de cada homem e mulher e exige que abramos os nossos corações aos outros, especialmente aos pobres e necessitados.
Queridos irmãos e irmãs, sei que muitos estão a trabalhar na preparação da minha visita, inclusive com a oferta das suas orações, e de coração lhes agradeço. Sobre vós e sobre o vosso país invoco as bênçãos de Deus e a proteção da nossa Mãe, a Virgem Maria. Até breve!
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Assista:
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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

CNBB apresenta à Igreja do Brasil

terceiro fascículo do Hinário Litúrgico – Tempo Comum
A Comissão para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio do Setor de Música Litúrgica, apresenta à Igreja do Brasil o terceiro fascículo do Hinário Litúrgico – Tempo Comum. Trata-se de uma edição em partituras – revisada, ampliada e atualizada-, com os Cantos para as Celebrações Eucarísticas dominicais dos anos A, B e o mais recente C.
Este é um trabalho minucioso realizado pela Equipe de Reflexão de Música que atualmente está sob a coordenação do jesuíta, Irmão Fernando Benedito Vieira. “É um subsídio criterioso, prático e pedagógico que a Igreja no Brasil apresenta a todas as paróquias e comunidades para ajudar os músicos e cantores a desempenharem de forma mais eficaz o seu ministério nas ações litúrgicas”, ressalta irmão Fernando.
O livro é composto por três volumes. A primeira traz orientações sobre o cantar no “Ordinário” – isto é,  os cantos das partes fixas da missa. A segunda parte diz respeito ao “Próprio do Tempo”. Aqui, são sugeridos um repertório completo afinado com o Mistério de Cristo evidenciado pelas leituras bíblicas, sobretudo pelo Evangelho. Por último, na terceira parte são apresentados os “Cantos Opcionais”, com o objetivo de oferecer mais opções para a abertura, apresentação das oferendas e a comunhão.
Irmão Fernando Vieira salienta que nesta edição foi tomado todo um cuidado, especialmente, com a linguagem poética. “A música litúrgica prioriza o texto, a letra, colocando tudo à serviço da plena expressão da Palavra de acordo com os momentos e elementos de cada rito na celebração. Nós procuramos realizar uma perfeita simbiose entre a Palavra (texto e letra) e a música que a interpreta”, garante.
O Hinário Litúrgico da CNBB é uma iniciativa que já vem sendo desenvolvida há pelo menos uns quarenta anos. “Para nós é um orgulho, pois somos uma das poucas Conferências Episcopais na América Latina organizada a oferecer subsídios como hinários litúrgicos e também Documentos e Estudos para a liturgia e a reflexão e formação da Igreja no Brasil”, salienta irmão Fernando.
Todos os três volumes do Hinário podem ser adquiridos no site da Paulus.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Papa Francisco nesta quarta:

Não ter medo diante daqueles que nos mandam ficar calados

 “Aos seus olhos, como aos olhos dos cristãos de todos os tempos, os enfermos são beneficiários privilegiados do alegre anúncio do Reino", disse Francisco na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre os Atos dos Apóstolos, na Audiência Geral desta quarta-feira (28/08), realizada na Praça São Pedro, que teve como tema “Quando Pedro passava... Pedro, testemunha principal do ressuscitado”.
Segundo Francisco, “a comunidade eclesial, descrita no Livro dos Atos dos Apóstolos, vive da riqueza que o Senhor coloca à sua disposição, experimenta o crescimento numérico e um grande fermento, não obstante os ataques externos. Para nos mostrar essa vitalidade, Lucas, no Livro dos Atos dos Apóstolos, indica alguns lugares significativos, por exemplo, o Pórtico de Salomão, ponto de encontro para os fiéis. Está no Templo. O pórtico é uma galeria que funciona como abrigo, mas também como local de encontro e testemunho”.
São Lucas “insiste nos sinais e prodígios que acompanham a palavra dos Apóstolos e na cura especial dos doentes aos quais se dedicam”.
Para o Papa, no capítulo 5º dos Atos dos Apóstolos, a Igreja nascente aparece como um “hospital de campo” que acolhe os vulneráveis, ou seja, os doentes. O seu sofrimento atrai os Apóstolos, que não possuem «ouro nem prata», conforme Pedro diz ao coxo, mas têm a força do nome de Jesus.
“Aos seus olhos, como aos olhos dos cristãos de todos os tempos, os doentes são os destinatários privilegiados do alegre anúncio do Reino, são os irmãos em que Cristo está presente de maneira particular, para deixar-se buscar e encontrar por todos nós. Os doentes são privilegiados da Igreja, do coração sacerdotal, de todos os fiéis. Eles não devem ser descartados: pelo contrário. Eles devem ser cuidados, acudidos. Eles são o objeto da preocupação cristã.”
Francisco ressaltou que “dentre os apóstolos emerge Pedro, que tem preeminência no grupo apostólico por causa da primazia e da missão recebida do Ressuscitado. É ele quem inicia a pregação do kerygma no dia de Pentecostes e desempenhará uma função diretiva no Concílio de Jerusalém”.
Cristo está presente nas chagas dos doentes
Pedro se aproxima das camas e passa entre os doentes, assim como Jesus fez, carregando sobre si as enfermidades. “Pedro passa, e deixa que, a manifestar-se, seja Outro: que seja Cristo vivo e operante! A testemunha, de fato, é aquela que manifesta Cristo, tanto com palavras quanto com a presença corporal, que lhe permite relacionar-se e ser prolongamento do Verbo que se fez carne na história”.
Pedro realiza as obras do Mestre: “Olhando para Ele com fé, vê-se o próprio Cristo. Cheio do Espírito de seu Senhor, Pedro passa e, sem nada fazer, a sua sombra torna-se uma “carícia” que cura, que comunica saúde, que efunde a ternura do Ressuscitado, que se inclina sobre os doentes e lhes restitui vida, salvação e dignidade.”
Desse modo, Deus manifesta a sua proximidade e faz das chagas de seus filhos “o lugar teológico de sua ternura”, ressaltou o Papa. Segundo Francisco, “nas chagas dos doentes, nas enfermidades que são impedimentos para prosseguir na vida, há sempre a presença de Jesus, a chaga de Jesus. Há Jesus que convida cada um de nós a acudir, ajudar e curar os doentes”.
Obedecer antes a Deus do que aos homens
“A ação de cura de Pedro suscita o ódio dos saduceus, a inveja. Eles prenderam os apóstolos e, abalados com sua misteriosa libertação, os proíbem de ensinar. Essas pessoas viram os milagres que os Apóstolos fizeram não através de magia, mas em nome de Jesus; não quiseram aceitar e os colocaram na prisão, os espancaram. Eles foram libertados milagrosamente”. As pessoas tinham “os corações tão endurecidos que não queriam acreditar no que viram”, ressaltou Francisco.
Pedro então responde, oferecendo uma chave da vida cristã: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. Obedecer antes a Deus do que aos homens “é a grande resposta cristã”. Isso significa ouvir a Deus sem reservas, sem adiamentos, sem cálculos; aderir a Ele para se tornar capaz de aliança com Ele e com as pessoas que encontramos em nosso caminho”.
Francisco concluiu sua catequese, convidando-nos a pedir ao “Espírito Santo a força de não ter medo diante daqueles que nos mandam ficar calados, nos caluniam e até mesmo atentam contra a nossa vida. Peçamos a Ele para que nos fortaleça interiormente para termos a certeza da presença amorosa e consoladora do Senhor ao nosso lado”.
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Assista: 
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