sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Leituras do

1º Domingo do Advento

1ª Leitura: Jr 33,14-16
Livro do profeta Jeremias.
“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá.
Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra.
Naqueles dias, Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante; este é o nome que servirá para designá-la: ‘O Senhor é a nossa Justiça’”.
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Salmo: 24
Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!
Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!
- Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ e fazei-me conhecer a vossa estrada!/ Vossa verdade me oriente e me conduza,/ porque sois o Deus da minha salvação!
- O Senhor é piedade e retidão,/ e reconduz ao bom caminho os pecadores./ Ele dirige os humildes na justiça,/ e aos pobres ele ensina o seu caminho.
- Verdade e amor são os caminhos do Senhor/ para quem guarda sua Aliança e seus preceitos./ O Senhor se torna íntimo aos que o temem/ e lhes dá a conhecer sua Aliança.
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2ª Leitura: 1Ts 3,12-4,2
Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.
Irmãos: O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós. Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.
Enfim, meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus.
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Evangelho: Lc 21,25-28.34-36
Evangelho de São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.
Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.
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Reflexão:
A vinda do Senhor!
Muitos são os sinais do tempo do Advento: tempo de espera do Senhor!
Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.
Na primeira leitura, pela boca do profeta Jeremias, o Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de David. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz: fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da ação do Messias.
Dom Eurico dos Santos Veloso 
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projeto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-lO, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.
A segunda leitura convida-nos a não nos instalarmos na mediocridade e no comodismo, mas a esperar numa atitude ativa a vinda do Senhor. É fundamental, nessa atitude, a vivência do amor: é ele o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário, eclesial.
Muitos são os sinais do tempo do Advento: tempo de espera do Senhor! A coroa do advento que é ornada e as velas acesas nas celebrações. Muito significativo seria que em cada casa se colocasse uma coroa do advento e as velas fossem acessas nas orações familiares e nas orações do Santo Rosário ou nas orações cotidianas. O presépio, alegre iniciativa franciscana, nos ajuda a contemplar a humildade da Encarnação do Senhor Jesus e como devemos ser como crianças para viver a beleza e a atualidade do Evangelho.
O Advento ilumina a nossa vida para o único norte que interessa: Jesus, Filho de Deus, que nasceu, morreu e ressuscitou para nos salvar. Ele veio há mais de 2000 anos. Ele vem neste Natal e Ele virá no final dos tempos! A Ele, o Senhor, a honra, a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém!
                Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
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             Reflexão: cnbbleste2.org.br     Banner: cnbb.org.br     Ilustração: franciscanos.org.br

Papa na missa desta sexta-feira:

Anunciar Cristo não é marketing, mas coerência de vida.
Na missa na Casa Santa Marta, Francisco rezou pela unidade dos cristãos, no dia em que a Igreja festeja Santo André, padroeiro da Igreja de Constantinopla.

Cidade do Vaticano - Na festa de Santo André (30/11), o Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta, convidando os fiéis a estarem "próximos da Igreja de Constantinopla", a Igreja de André, rezando “pela unidade das Igrejas”.
Coerência em anunciar Cristo
Na homilia, o Pontífice exortou a deixar de lado “aquela atitude, o pecado, o vício” que cada um de nós tem “dentro” de si, para ser “mais coerente” e anunciar Jesus de modo que as pessoas creiam com o nosso testemunho.
Refletindo sobre a Primeira Leitura, em que São Paulo explica como a fé provenha da escuta e a escuta diz respeito à Palavra de Cristo, o Papa recordou como é “importante o anúncio do Evangelho”, o anúncio de que “Cristo nos salvou, de que Cristo morreu e ressuscitou por nós”. De fato, o anúncio de Jesus Cristo não é levar "uma simples notícia”, mas “a única grande Boa Notícia”. Francisco explicou então o que significa o anúncio:
Não é um trabalho de publicidade, fazer propaganda para uma pessoa muito boa, que fez o bem, curou tantas pessoas e nos ensinou coisas belas. Não, não é publicidade. Tampouco é fazer proselitismo. Se alguém vai falar de Jesus Cristo, pregar Jesus Cristo para fazer proselitismo, não, isso não é anúncio de Cristo: isso é um trabalho, de pregador, feito com a lógica do marketing. Que é o anúncio de Cristo? Não é nem proselitismo nem propaganda nem marketing: vai além. Como é possível compreender isso? É antes de tudo ser enviado.
Portanto, ser enviado “à missão”, fazendo entrar “em jogo a própria vida”. O apóstolo, o enviado que “leva o anúncio de Jesus Cristo”, explicou Francisco, “o faz com a condição de que coloque em jogo a própria vida, o próprio tempo, os próprios interesses, a própria carne”. O Papa citou um ditado argentino, que implica “colocar a própria carne sobre o fogo”, isto é, colocar-se em jogo.
Esta viagem, de ir ao anúncio, arriscando a vida, porque jogo a minha vida, a minha carne – esta viagem – tem somente passagem de ida, não de volta. Voltar é apostasia. Anunciar Jesus Cristo com o testemunho. Testemunhar significa colocar em jogo a própria vida. Faço aquilo que digo.
Os mártires experimentam o verdadeiro anúncio
A palavra, “para ser anúncio”, deve ser testemunho, reiterou Francisco, que fala de “escândalo” a propósito dos cristãos que dizem sê-lo e depois vivem “como pagãos, como descrentes”, como se não tivessem “fé”.
O Papa então convida à “coerência entre a palavra e a própria vida: isso – evidenciou – se chama testemunho”. O apóstolo, o anunciador, “aquele que leva a Palavra de Deus, é uma testemunha”, que coloca em jogo a própria vida “até o fim”, e é “também um mártir”. De outro lado, foi Deus Pai que para "fazer-se conhecer" enviou “seu Filho em carne, arriscando a própria vida”. Um fato que “escandalizava assim tanto e continua a escandalizar”, porque Deus se fez “um de nós”, numa viagem “com passagem somente de ida”.
O diabo tentou convencê-lo a tomar outra estrada, e Ele não quis, fez a vontade do Pai até o fim. E anúncio Dele deve ir para a mesma estrada: o testemunho, porque Ele foi a testemunha do Pai feito carne. E nós devemos fazer-nos carne, isto é, fazer-nos testemunhas: fazer, fazer aquilo que dizemos. E isso é o anúncio de Cristo. Os mártires são aqueles que [demonstram] que o anúncio foi verdadeiro. Homens e mulheres que deram a vida – os apóstolos deram a vida – com o sangue; mas também tantos homens e mulheres escondidos na nossa sociedade e nas nossas famílias, que dão testemunho todos os dias, em silêncio, de Jesus Cristo, mas com a própria vida, com aquela coerência de fazer aquilo que dizem.
Um anúncio frutuoso
O Papa recordou que todos nós, com o Batismo, assumimos “a missão” de anunciar Cristo”: vivendo como Jesus “nos ensinou a viver”, “em harmonia com aquilo que pregamos”, o anúncio será “frutuoso”. Se, ao invés, vivemos “sem coerência”, “dizendo uma coisa e fazendo outra contrária”, o resultado será o escândalo. E o escândalo dos cristãos, concluiu, faz muito mal “ao povo de Deus”.
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Papa nesta manhã:

Abrir o coração
com esperança e afastar a “paganização” da vida
Na missa matutina, Francisco convida a pensar nas babilônias do nosso tempo. “Este será o fim também das grandes cidades de hoje – afirmou – e assim acabará a nossa vida se continuarmos a levá-la neste caminho de paganização”.

Cidade do Vaticano - O fim do mundo e o fim de cada um de nós: este é o tema que a liturgia da semana propõe e foi o tema também da homilia do Papa ao celebrar a missa esta manhã (29/11) na capela da Casa Santa Marta.
A primeira leitura, extraída do livro do Apocalipse de São João, descreve a destruição de Babilônia, a cidade símbolo da mundanidade, “do luxo, da autossuficiência, do poder deste mundo”, disse Francisco.
Devastação
A segunda leitura, do Evangelho de Lucas, narra a devastação de Jerusalém, a cidade santa. No dia do juízo, Babilônia será destruída com um grito de vitória. A grande prostituta cairá condenada pelo Senhor e mostrará a sua verdade: “morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus”. Sob a sua magnificência, mostrará a corrupção, as suas festas parecerão de falsa felicidade. Sua destruição será violentada e ninguém mais a encontrará”:
O som dos músicos, dos tocadores de harpa, de flauta e de trombeta, não se ouvirá mais de ti; - não haverá belas festas, não… - nenhum artista de arte alguma se encontrará mais em ti; – porque não és uma cidade de trabalho, mas de corrupção – o canto do moinho não se ouvirá mais em ti; a luz da lâmpada não brilhará mais em ti; - será talvez uma cidade iluminada, mas sem luz, não luminosa; esta é a civilização corrompida – a voz do esposo e da esposa não se ouvirá mais em ti.
O Senhor dirá: chega
Chegará um dia, disse o Papa, em que o Senhor dirá: chega. “Esta é a crise de uma civilização que se julga orgulhosa, suficiente, ditatorial e acaba assim”.
Jerusalém, prosseguiu o Papa, verá a sua ruína devido a outro tipo de corrupção, “a corrupção da infidelidade ao amor; não foi capaz de reconhecer o amor de Deus no seu Filho”. A cidade santa “será espezinhada pelos pagãos”, punida pelo Senhor, porque abriu as portas do seu coração ao pagãos.
Há a paganização da vida, no nosso caso, cristã. Vivemos como cristãos? Parece que sim. Mas na verdade, a nossa vida é pagã quando acontecem essas coisas, quando entra nesta sedução de Babilônia, e Jerusalém vive como Babilônia. Quer-se fazer uma síntese que não se pode fazer. E ambas serão condenadas. Você é cristão? Você é cristã? Viva como cristão. Não se pode misturar a água com o óleo. Sempre diferente. O fim de uma civilização contraditória em si mesma que diz ser cristã e vive como pagã.
Salvação
Retomando a narração das duas leituras, o Papa afirma que depois da condenação das duas cidades, se ouvirá a voz do Senhor; depois da destruição, haverá a salvação. “E o anjo disse: ‘Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro!’. A grande festa, a verdadeira festa!”
Existem tragédias, inclusive na nossa vida, mas diante dessas coisas, é preciso olhar para o horizonte, porque fomos redimidos e o Senhor virá para nos salvar. E isso nos indigna de viver as provações do mundo não num pacto com a mundanidade ou com a ‘paganidade’ que nos leva à destruição, mas na esperança, afastando-nos desta sedução mundana e pagã e olhando para o horizonte, esperando Cristo, o Senhor. A esperança é a nossa força: vamos em frente. Mas devemos pedir ao Espírito Santo.
Por fim, Francisco convida a pensar nas babilônias do nosso tempo, nos inúmeros impérios poderosos, por exemplo, do século passado, que ruíram. “E este será o fim também das grandes cidades de hoje – afirmou – e assim acabará a nossa vida se continuarmos a levá-la neste caminho de paganização”. O Papa concluiu dizendo que permanecerão somente aqueles que depositam sua esperança no Senhor. Portanto: “Abramos o coração com esperança e nos afastemos da paganização da vida”.
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Assista:
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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Dezenas de fiéis participaram da

Celebração da Abertura da Novena de Natal
“Ele será chamado Jesus, pois salvarão povo de seus pecados” (Mt 1,21)

Nesta noite, às 19h, na Matriz de São José, foi celebrada a Abertura da Novena de Natal 2018. Participaram da bela e tocante celebração, que já se tornou tradicional em nossa paróquia, crianças, jovens, adultos e idosos juntamente com os homens do Terço.
Roteiro das reflexões
Já se encontra à disposição dos interessados na Secretaria Paroquial o subsídio de celebração para os grupos de reflexão em família, com famílias e nas comunidades. Preparado pela Comissão de Formação Permanente da Arquidiocese de Pouso Alegre, o livrinho traz celebrações para o início da Novena, roteiro para os nove encontros e a Celebração do Natal em família.
O Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Pe. Mauro Ricardo de Freitas, destaca que “A realização da novena de natal quer ser uma oportunidade privilegiada do encontro de nossas famílias para aumentar a comunhão entre os irmãos e a fé em Jesus Cristo nosso Salvador. Não deixe que essa graça passe por você como mais uma simples comemoração, mas sim como um toque transformador de Deus em sua vida”.
Adquira o livrinho, reúna sua família, seus vizinhos e sua comunidade, planeje os encontros e faça uma santa Novena! Muitas bênçãos serão derramadas sobre todos neste Tempo do Advento, que nos prepara para o Santo Natal do Senhor Jesus.
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Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta:

Decálogo é a "radiografia" de Cristo
"Somente em Cristo o Decálogo deixa de ser condenação, tornando-se “a autêntica verdade da vida humana, isto é, desejo de amor, de alegria, de paz, de magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, brandura, domínio de si”, disse o Papa Francisco ao concluir sua série de catequeses sobre os Mandamentos.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco concluiu a série de catequeses sobre os Mandamentos iniciada na Audiência Geral de 23 de junho, usando o tema-chave dos “desejos”, que permite repassar o caminho feito e reassumir as etapas percorridas lendo o texto do Decálogo “à luz da plena revelação em Cristo”. Devido ao frio, o tradicional encontro das quartas-feiras foi realizado na Sala Paulo VI.
Falando aos 7 mil presentes, Francisco recordou que “partimos da gratidão como base da relação de confiança e de obediência: Deus não pede nada antes de ter dado muito. “Ele nos convida à obediência para nos resgatar das idolatrias que tanto poder têm sobre nós”, pois nos esvaziam e nos escravizam, enquanto que, aquilo “que nos dá estatura e consistência é a relação com Ele, que em Cristo nos torna filhos a partir de sua paternidade”.
Chamado à beleza da fidelidade, generosidade e autenticidade
“Isto – observou – implica um processo de bênção e de libertação, que são o repouso autêntico”:
“Esta vida libertada torna-se a aceitação da nossa história pessoal e nos reconcilia com aquilo que vivemos da infância ao presente, fazendo-nos adultos e capazes de dar a justa medida às realidades e às pessoas de nossa vida. Por este caminho entramos na relação com o próximo que, a partir do amor que Deus mostra em Jesus Cristo, é um chamado à beleza da fidelidade, da generosidade e da autenticidade”.
Coração novo
Para isto, temos necessidade de “um coração novo”, que se realiza pelo “dom de desejos novos”, que são “semeados em nós pela graça de Deus, em particular pelos Dez Mandamentos levados ao seu termo por Jesus”, como ensinou no Sermão da Montanha.
“Na contemplação da vida descrita no Decálogo – uma existência agradecida, livre, autêntica, que abençoa,  custódia e amante da vida, fiel, generosa e sincera - nós, quase sem perceber, nos encontramos diante de Cristo”.
Decálogo, “radiografia” de Cristo
O Decálogo – disse o Pontífice – “é a sua “radiografia”, o descreve como um negativo fotográfico que deixa aparecer a sua face – como no Santo Sudário”.
Desta forma, “o Espírito Santo fecunda o nosso coração, colocando nele os desejos que são um dom seu, os desejos do Espírito. Os desejos do Espírito, desejar segundo o Espírito. Desejar no ritmo do Espírito, desejar com a música do Espírito". “E o Espírito gera uma vida que, seguindo esses desejos, suscita em nós a esperança, a fé e o amor”.
Com o Espírito, a lei torna-se vida
Assim, é possível descobrir o que significa que “o Senhor Jesus não veio para abolir a lei”, mas levá-la ao seu cumprimento, para fazê-la crescer."
Se a lei segundo a carne era uma série de prescrições e de proibições, "segundo o Espírito, a lei torna-se vida, “porque não é mais uma norma, mas a própria carne de Cristo, que nos ama, nos procura, nos perdoa, nos consola e no seu Corpo recompõe a comunhão com o Pai, perdida pela desobediência do pecado”:
"E assim (...), a negatividade na expressão do Mandamento: "não roubar, não insultar, não matar", aquele "não", transforma-se em uma atitude positiva: amar, dar lugar aos outros no meu coração, desejos que semeiam positividade. E esta é a plenitude da lei que Jesus veio nos trazer".
Somente em Cristo – explicou o Papa – o Decálogo deixa de ser condenação, tornando-se “a autêntica verdade da vida humana, isto é, desejo de amor. Aqui nasce um desejo de bem, de fazer o bem, desejo de alegria, de paz, de magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, brandura, domínio de si. Daquele "não" passa-se a este "sim". Atitude positiva de um coração que se abre com a força do Espírito Santo".
Abrir a porta à salvação
“Quando o homem segue o desejo de viver segundo Cristo, então está abrindo a porta à salvação (...). Deus Pai é generoso, tem sede que nós tenhamos sede dele”.
Em contraposição aos maus desejos que arruínam o homem, “o Espírito coloca em nosso coração os seus santos desejos, que são o germe da vida nova”.
A vida nova – disse o Papa – “não é um titânico esforço para sermos coerentes com uma norma, mas o próprio Espírito de Deus que começa a nos guiar até os seus frutos, em uma feliz sinergia entre a nossa alegria de ser amados e a sua alegria de amar-nos. Encontram-se as duas alegrias." 
“Contemplar Cristo para abrir-nos a receber o seu coração, os seus desejos, o seu Santo Espírito”, eis o que é o Decálogo para nós cristãos, disse o Santo Padre ao concluir.
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Papa e o menino argentino:
Livres diante de Deus como as crianças
O menino argentino foi saudar o Papa Francisco ao final da Audiência, e acabou chamando a atenção pela sua vivacidade e espontaneidade.
Cidade do VaticanoA presença de uma criança na Sala Paulo VI ao final da Audiência Geral, atraiu as atenções e arrancou risos dos presentes. Também do Papa Francisco e do prefeito da Casa Pontifícia, o arcebispo alemão Georg Gänswein. O menino argentino foi até o Papa para saudá-lo, mas também se distraiu com os guardas-suíços que permaneciam estáticos. Falando em espanhol, Francisco disse:
“Esta criança não consegue falar, é muda. Porém, sabe “comunicar”, sabe se expressar. E tem uma coisa que me fez pensar: é livre, indisciplinadamente livre. Porém livre. E me leva a pensar: também eu sou livre diante de Deus? Quando Jesus diz que devemos nos fazer como crianças, nos diz que devemos ter a liberdade que tem uma criança diante de seu Pai... esta criança...peçamos a graça de que possa falar”.

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Veja:
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Papa na missa desta terça-feira:

Sábio pensar no fim,
será um encontro de misericórdia com Deus.
O Papa Francisco, na homilia na Missa na Casa Santa Marta, fala de nosso fim e do fim do mundo, "a colheita" do livro do Apocalipse. "Como será o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando me chamar? Pensar nisso é sábio e nos ajuda a ir em frente, até o encontro com Deus, uma prestação de contas mas também um momento de "alegria".

Cidade do Vaticano - "Como será o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando me chamar?" É sábio pensar no fim", “nos ajuda a seguir em frente”,  a fazer um exame de consciência sobre que coisas eu deveria corrigir e quais “levar em frente porque são boas".
O Papa Francisco dedicou sua homilia matutina na Casa Santa Marta, ao fim do mundo e da própria vida, porque "nesta última semana do ano litúrgico, a Igreja nos faz refletir sobre isso, e “é uma graça", comenta Papa, "porque não gostamos de pensar no fim", "adiamos esta reflexão sempre para amanhã”.
Na primeira leitura, tirada do livro do Apocalipse, São João fala do fim do mundo "com a figura da colheita", com Cristo e um Anjo armado com uma foice. Quando chegar nossa hora, prossegue Francisco, deveremos "mostrar a qualidade do nosso trigo, a qualidade da nossa vida". E acrescenta: "Talvez alguém entre vocês diga: 'Padre, não seja tão sombrio, que estas coisas não nos agradam ...', mas é a verdade":
“É a colheita, onde cada um de nós se encontrará com o Senhor. Será um encontro e cada um de nós dirá ao Senhor: "Esta é a minha vida. Este é meu trigo. Esta é minha qualidade de vida. Errei? "- todos deveremos dizer isso, porque todos erramos - "Fiz coisas boas" - todos fazemos coisas boas; e um pouco mostrar ao Senhor o trigo”.
O que eu diria, pergunta-se ainda o Pontífice, "se hoje o Senhor me chamasse? 'Ah, nem percebi, eu estava distraído ...'. Nós não sabemos nem o dia nem a hora. 'Mas padre, não fale assim que eu sou jovem' - 'Mas olha quantos jovens partem, quantos jovens são chamados ...'. Ninguém tem a própria vida assegurada ".
Em vez disso, é certo que todos nós teremos um fim. Quando? Somente Deus o sabe:
“Nos fará bem nesta semana pensar no fim. Se o Senhor me chamasse hoje, o que eu faria? O que eu diria? Que trigo eu mostraria a ele? o pensamento do fim nos ajuda a seguir em frente; não é um pensamento estático: é um pensamento que avança  porque é levado em frente pela virtude, pela esperança. Sim, haverá um fim, mas esse fim será um encontro: um encontro com o Senhor. É verdade, será uma prestação de contas daquilo que fiz, mas também será um encontro de misericórdia, de alegria, de felicidade. Pensar no fim, no final da criação, no fim da própria vida é sabedoria; os sábios fazem isso”.
Assim, conclui o Papa Francisco, a Igreja convida-nos esta semana a nos perguntarmos "como será o meu fim? Como eu gostaria que o Senhor me encontrasse quando ele me chamar? Devo fazer  "um exame de consciência" e avaliar "que coisas eu deveria corrigir, porque não estão bem? Que coisas devo apoiar e levar em frente porque são boas? Cada um de nós tem tantas coisas boas!". E neste pensamento não estamos sozinhos: "há o Espírito Santo que nos ajuda":  
“Esta semana peçamos ao Espírito Santo a sabedoria do tempo, a sabedoria do fim, a sabedoria da ressurreição, a sabedoria do encontro eterno com Jesus; que nos faça entender essa sabedoria que existe na nossa fé. Será um dia de alegria o encontro com Jesus. Rezemos para que o Senhor nos prepare. E cada um de nós, esta semana, termine a semana pensando no final: "Eu acabarei. Eu não permanecerei eternamente. Como gostaria de acabar?”
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Assista:
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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Dom Sergio da Rocha:

A missão evangelizadora da Igreja e sua vida em missão
estão no coração do Código de Direito Canônico
Neste ano de 2018, o Código de Direito Canônico (CDC) da Igreja Católica completou 35 anos. Neste mês de novembro, quando a Igreja no Brasil celebrou 10 anos do acordo entre o Brasil e a Santa Sé, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu um evento oportuno para fazer memória e refletir sobre a legislação aplicada à Igreja. Com 35 de sua promulgação, o CDC não só é uma norma aplicada à realidade eclesial, mas é a própria legislação da Igreja Católica, a qual rege as relações entre as pessoas eclesiásticas entre si e entre os fiéis e as instituições católicas.
“O Código de Direito Canônico é um instrumento valioso para missão evangelizadora da Igreja. A Igreja necessita de normas, necessita de leis para se organizar cada vez melhor em vista da missão de evangelizar, da razão de ser pastoral, da razão de ser evangelizadora e a comunhão da igreja. O Código de Direito Canônico contribui para que nós na Igreja possamos ter a nossa identidade clara, possamos caminhar unidos e possamos, acima de tudo, evangelizar cada vez melhor. A missão evangelizadora da Igreja, a Igreja, a sua vida em missão, de fato estão aí no coração do Código de Direito Canônico”, afirmou o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha.
Para o assessor jurídico-canônico da CNBB, frei Evaldo Xavier Gomes, afirma que a celebração dos 35 anos desta nova legislação, que substitui o código de 1917, “significa um avanço no campo jurídico, mas também um avanço na vida das instituições, dos fiéis católicos, das relações entre as pessoas eclesiásticas entre si e entre os fiéis e as instituições católicas”. A tradução da legislação feita pela Santa Sé, responde, segundo frei Evaldo, “às necessidades dos tempos atuais na Igreja no mundo de hoje”.
Frei Evaldo Xavier Gomes
O frade carmelita que assessora a CNBB no campo jurídico-canônico ainda sublinha este marco na história do CDC citando o papa João Paulo II, que, no momento da promulgação, pronunciou uma frase considerada célebre. “Ele chama o Código de Direito Canônico de ‘o último documento do Concílio Vaticano II’. Nesse sentido, o CDC, significa para nós católicos apostólicos romanos a realização, a última ação do Concílio Vaticano II no campo jurídico-canônico”.
Em seu texto de apresentação do documento, o então pontífice, hoje santo, fez essa alusão ao Concílio Vaticano II por várias vezes, destacando o papa João XXIII, como “promotor da revisão do Código”, na intenção “de restaurar a vida cristã”. Para João Paulo II, o CDC tirou de toda a obra do Concílio as suas normas e a sua orientação.
Aplicação na realidade da Igreja
Para o presidente da CNBB, a entidade necessita cada vez mais do Código de Direito Canônico: “primeiramente aqueles que estão a serviço da Igreja, que necessitam conhecer um pouco melhor, na sua organização interna, nas suas normas, mas é sempre muito bom que todos conheçam ao menos as suas normas principais da própria Igreja”.
Um desafio, neste contexto é tornar o código mais acessível. Para isso, o cardeal Sergio da Rocha explica que a Igreja deve “expressar em uma linguagem, em uma metodologia aquilo que está no Código de Direito Canônico de modo que as pessoas possam compreender melhor, apreciar e valorizar essa contribuição extraordinária para a vida da Igreja que se encontra na sua legislação canônica”.
Instrumento da missão evangelizadora
Frei Evaldo Xavier destaca a presença do CDC nos vários espaços da Igreja, como as casas religiosas, paróquias, dioceses e seminário. Ele também pontua atualizações que foram realizadas ao longo destes 35 anos: “Houve a necessidade de atualização da norma canônica respondendo à realidade da vida das pessoas. É o caso, por exemplo, da legislação matrimonial. O papa Francisco emitiu um motu próprio Mitix Dominus Iesus, que altera algumas normas no âmbito matrimonial canônico para facilitar o acesso das pessoas à justiça eclesiástica”.
Outras adaptações, “muito pequenas, diria quase que menor portadas, mas extremamente significantes”, referem-se à ação sobre abusos sexuais, sobre o comportamento dos sacerdotes, e às pessoas que abandonam a fé, por exemplo. “O texto, integralmente, continua com toda a sua harmonia, todo seu vigor e toda a sua força”, salienta frei Evaldo Xavier.
A promulgação do atual Código de Direito Canônico foi em 25 de janeiro de 1983.
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Papa na missa desta segunda-feira:

Atenção com o consumismo; a generosidade alarga o coração.
O Evangelho desta segunda-feira (Lc 21,1-4) inspirou a homilia do Papa Francisco na Casa Santa Marta, em que advertiu para a "doença do consumismo".

Cidade do Vaticano - O Papa começou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice comentou o Evangelho do dia, onde há um contraste entre ricos e pobres.
O Papa destacou como muitas vezes no Evangelho Jesus faz este contraste e alguém poderia “etiquetar” Cristo como “comunista”, mas “o Senhor, quando dizia essas coisas, sabia que por trás das riquezas havia sempre o espírito maligno: o senhor do mundo”. Por isso, disse uma vez: “Não se pode servir a dois senhores, servir a Deus e servir às riquezas”.
A generosidade nasce da confiança em Deus
Também no Evangelho de hoje há um contraste entre os ricos que “depositavam ofertas no tesouro” e uma viúva pobre que depositava duas pequenas moedas. Esses ricos são diferentes do rico Epulão: “não são maus”, destacou o Papa. “Parecem ser pessoas boas que vão ao Templo dar uma oferta”. Trata-se, portanto, de um contraste diferente. O Senhor quer nos dizer outra coisa quando afirma que a viúva lançou mais do que todos porque deu “tudo quanto tinha para viver”. “A viúva, o órfão, o migrante, o estrangeiro eram os mais pobres na vida de Israel” a ponto que quando se queria falar dos mais pobres, se fazia referência eles. Esta mulher “deu o pouco que tinha para viver” porque confiava em Deus, era uma mulher das bem-aventuranças, era muito generosa: “dá tudo porque o Senhor é mais que tudo. A mensagem desta trecho do Evangelho é um convite à generosidade”, evidenciou o Papa.
Fazer o bem
Diante das estatísticas da pobreza no mundo, das crianças que morrem de fome, que não têm nada para comer, não têm remédios, tanta pobreza – que se ouve todos os dias nos telejornais e nos jornais – é uma atitude positiva questionar-se: “Mas como posso resolver isto?”. Nasce da preocupação de fazer o bem. E quando uma pessoa que tem um pouco de dinheiro se pergunta se o pouco que tem serve, o Papa responde que sim, “como as duas pequenas moedas da viúva”.
Um chamado à generosidade. E a generosidade é uma coisa de todos os dias, é uma coisa que nós devemos pensar: como posso ser mais generoso com os pobres, com os necessitados... como posso ajudar mais? “mas o senhor sabe, padre, que nós mal chegamos ao final do mês” – “mas sobra alguma pequena moeda? Pense: é possível ser generoso com estas... Pense. As pequenas coisas: façamos, por exemplo, uma viagem nos nossos quartos, uma viagem no nosso armário. Quantos sapatos tenho? Um, dois, três, quatro, 15, 20... cada um pode dizer. Demasiados... Eu conheci um monsenhor que tinha 40... mas se você tem tantos calçados, dê a metade. Quantas roupas que não uso ou uso uma vez por ano? É um modo de ser generoso, de dar o que temos, de compartilhar.
A doença do consumismo
Depois, Francisco contou que conheceu uma senhora que quando fazia compras no supermercado, sempre comprava para os pobres 10% do que gastava: dava o “dízimo” aos pobres, destacou.
Nós podemos fazer milagres com a generosidade. A generosidade das pequenas coisas, poucas coisas. Talvez não fazemos isso porque não pensamos. A mensagem do Evangelho nos faz pensar: como posso ser mais generoso? Um pouco mais, não muito... “É verdade, padre, é assim, mas... não sei porque, mas sempre há o medo...” Mas há outra doença, que é a doença contra a generosidade hoje: a doença do consumismo.
Doença que consiste em comprar sempre coisas. O Papa recordou que quando vivia em Buenos Aires “todo final de semana tinha um programa de turismo-compras”: o avião lotava na sexta à noite e se dirigia a um país a cerca de 10 horas de voo e todo o sábado e parte do domingo ficavam comprando. Depois voltavam.
Uma doença séria, a do consumismo, de hoje! Eu não digo que todos nós fazemos isso, não. Mas o consumismo, o gastar mais do que precisamos, uma falta de austeridade de vida: este é um inimigo da generosidade. E a generosidade material – pensar nos pobres, “isso posso dar para que possam comer, para que se vistam” – essas coisas, tem outra consequência: alarga o coração e o leva à magnanimidade.
Pedir a graça da generosidade
Trata-se, portanto, de ter um coração magnânimo onde todos entram. Concluindo, o Papa exortou a percorrer o caminho da generosidade, iniciando com um “controle em casa”, isto é, pensando “naquilo que não me serve, que servirá a outra pessoa, para um pouco de austeridade”. É preciso pedir ao Senhor “para que nos liberte” daquele mal tão perigoso que é o consumismo, que torna escravos, uma dependência do gastar. “É uma doença psiquiátrica.” O Papa concluiu: “Peçamos esta graça ao Senhor: a generosidade, que alarga o nosso coração e nos leva à magnanimidade.”
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                                                                                                             Fonte: vaticannews.va