sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Esclarecimento da CNBB

sobre o candidato conhecido como padre Kelmon

Em atenção aos fiéis que enviaram perguntas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), esclarecemos:

1- O senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que se apresenta como “padre Kelmon”, não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, sem qualquer vínculo com a Igreja sob o magistério do Papa Francisco.

2- Oportuno ressaltar que, conforme vigência na Lei Canônica, os padres da Igreja Católica, em pleno exercício do ministério sacerdotal, não disputam cargos políticos, nem se vinculam a partidos.

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Observatório da Comunicação Religiosa orienta

sobre checagem de informações sobre as Eleições 2022

Às vésperas das eleições, crescem as mobilizações nas redes sociais para a definição de candidatos que receberão os votos dos católicos. Nesse contexto, o Observatório da Comunicação Religiosa divulgou um alerta para explicar como é importante checar as informações recebidas pela internet.

“Nas vésperas das eleições, as redes sociais, principalmente o WhatsApp e o Telegram, são inundadas com notícias falsas, mentiras, montagens grotescas que têm por objetivo criar um clima de medo, pânico, ódio e despertar os grupos extremistas”, situa o Observatório.

A chamada é para que os cristãos católicos tenham cuidado com notícias falsas, inclusive utilizando a religião para divulgar mentiras e discursos de ódio.

Confira o vídeo:


A iniciativa

O Observatório da Comunicação Religiosa é uma iniciativa da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com a adesão da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), e está a serviço da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Tem por objetivo oferecer à Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação e à Assessoria de Comunicação da CNBB uma análise permanente e concreta das diversas formas e meios de comunicação da Igreja no Brasil, incluindo os veículos de massa (Televisão, Rádio e Jornal), as mídias sociais e analisando também a interação da comunicação religiosa com a sociedade.

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CNBB apresenta a Campanha para a Evangelização 2022 com

o tema “Evangelizar: graça e missão que se dá no encontro


A Campanha para a Evangelização (CE) 2022 terá como tema “Evangelizar: graça e missão que se dá no encontro”. A edição deste ano foi lançada pelo Setor Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta sexta-feira, 30 de setembro, com a divulgação do cartaz.

Iniciativa que busca mobilizar os católicos para a corresponsabilidade na sustentação das atividades evangelizadoras da Igreja, a Campanha para a Evangelização tem como ponto alto a coleta realizada nas comunidades, no 3º Domingo do Advento, este ano, nos dias 10 e 11 de dezembro.

Graça e missão

O tema desta edição está em sintonia com o 3º Ano Vocacional celebrado pela Igreja no Brasil de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023, com o tema “Vocação: Graça e Missão”.

A reflexão proposta para esta Campanha para a Evangelização, sobre “Evangelizar: graça e missão que se dá no encontro”, recorda que evangelizar é a vocação da Igreja e, nela, a vocação de cada batizado, discípulo missionário de Jesus Cristo. “Essa vocação é dom e compromisso, ou seja, é graça e missão, a qual se realiza no encontro interpessoal, intercomunitário, intergeracional, etc.”, destaca um trecho do texto-base.

Intensificar o encontro

“Neste Tempo do Advento, no qual se realiza o tempo forte da Campanha para a Evangelização, Deus vem ao nosso encontro e renova a nossa esperança de um mundo novo. Queremos, portanto, convidar todos os cristãos e demais pessoas de boa vontade a intensificar: o encontro com a Palavra; o encontro com o Cristo-Pão; o encontro com os irmãos que sofrem; e o encontro missionário”, lê-se no texto-base.

Cartaz Campanha para a Evangelização 2022

Assim, de acordo com a reflexão apresentada, a Igreja no Brasil vai reavivar os quatro pilares da ação evangelizadora — Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária — propostos pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE, 2019-2023). Desta forma, espera-se dos cristãos católicos a tomada de consciência de que não existe evangelização sem encontro interpessoal.

“A partir deste encontro, entenderemos igualmente que precisamos mais do que nunca nos comprometer com a obra evangelizadora, deixando-nos encontrar, saindo ao encontro do outro e promovendo a cultura do encontro”.

As reflexões sobre o tema proposto no texto-base da campanha também retomam explicações do Papa Francisco para edificar a cultura do encontro, em especial a partir de trechos da encíclica Fratelli Tutti, sobre a amizade e a paz social.

A Campanha

A Campanha da Evangelização foi criada pela CNBB em 1998 e busca mobilizar os católicos para que assumam a corresponsabilidade na sustentação das atividades evangelizadoras da Igreja.

Ela ocorre a partir do Domingo de Cristo Rei, neste ano em 20 de novembro, até o 3º Domingo do Advento, celebrado neste ano em 11 de dezembro.

A distribuição dos recursos é feita da seguinte forma: 45% do montante arrecadado permanecem na diocese para subsidiar a ação missionária, evangelizadora e pastoral da própria Igreja local; 20% do total arrecadado são encaminhados para os regionais da CNBB, com a mesma finalidade, sustentar as estruturas regionais de evangelização; e os demais 35% destinam-se à CNBB nacional, de forma a garantir iniciativas e estruturas evangelizadoras em todo o Brasil, especialmente nas regiões mais carentes.



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Papa à "Fraternidad Santo Tomás":

o ensino é uma das obras de misericórdia espiritual

“Ao viver o seu carisma, realizado concretamente através da educação, é importante lembrar que o ensino é precisamente uma das obras de misericórdia espiritual”. São palavras do discurso entregue por Francisco aos membros da “Fraternidad de Agrupaciones Santo Tomás de Aquino” por ocasião do 60° aniversário de fundação. O encontro foi nesta sexta-feira (30) na Sala Clementina no Vaticano.

Jane Nogara - Vatican News


O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (30) os membros da “Fraternidad de Agrupaciones Santo Tomás de Aquino” por ocasião do 60° aniversário de fundação. A “Fraternidad” é uma comunidade de leigos e sacerdotes que através da formação e do compromisso procura evangelizar e construir a pátria. Francisco entregou aos presentes o discurso preparado e falou de improviso. Eis o resumo do texto entregue:

Missão dos leigos

Francisco iniciou seu discurso refletindo que uma das novidades do Concílio Vaticano II foi tomar consciência dos direitos e deveres dos leigos com relação à missão evangelizadora. “É sempre surpreendente – escreveu o Papa - ver como o Espírito Santo entra em cada realidade do ser humano através dos talentos que inspira nos discípulos de Jesus. E hoje vemos como sua ‘Fraternidad’ abraçou a mensagem conciliar e iniciou vários projetos para a evangelização da cultura, da juventude e da família, criando uma grande variedade de instituições educacionais, tais como escolas, universidades e residências universitárias em várias partes do mundo”. Além disso, continuou “a Fraternidad Santo Tomás de Aquino para sacerdotes e a Fraternidad Apostólica Santa Catarina de Sena para as consagradas são um serviço valioso para amadurecer os carismas do ensino em todos os fiéis, inclusive naqueles que se consagraram ao Senhor”.

Harmonia entre fé e razão

Citando o contexto histórico em que viveu o santo padroeiro, Tomás de Aquino, Francisco recordou que “ele também teve seus desafios”. “Naquela época, no século XIII, os escritos do filósofo grego Aristóteles estavam sendo redescobertos no Ocidente. Alguns estavam relutantes em estudar suas obras, pois temiam que seu pensamento pagão estivesse em desacordo com a fé cristã. No entanto, Santo Tomás descobriu que a maioria das obras de Aristóteles estavam em sintonia com a Revelação Cristã. Ou seja":

“Santo Tomás conseguiu mostrar que existe uma harmonia natural entre fé e razão. Quando nos damos conta desta riqueza, essencial para superar o fundamentalismo, o fanatismo e as ideologias, abre-se um amplo caminho para levar a mensagem da Boa Nova a diferentes culturas, sempre com propostas compatíveis com a inteligência humana e respeitosas da identidade de cada povo”

Santo Tomás e sua profunda relação com Deus

Prosseguindo sobre os testemunhos deixados pelo Santo continuou: “Santo Tomás nos deixou sua profunda relação com Deus, que se manifesta, por exemplo, em sua adoração a Jesus em sua presença real na Eucaristia”. "Sua espiritualidade o ajudou a descobrir o mistério de Deus, enquanto seus talentos lhe possibilitaram moldá-los por escrito. Este é um fato importante: para descobrir a presença do Senhor no mundo, nos acontecimentos, é necessário rezar, ter o coração unido com o de Jesus no sacrário". Concluindo seu pensamento disse: “É precisamente a fé e a razão, quando andam de mãos dadas, que são capazes de valorizar a cultura do ser humano, impregnar o mundo de sentido e construir sociedades mais humanas, mais fraternas e, consequentemente, mais cheias de Deus”. Dirigindo-se aos presentes disse ainda:

“Ao viver o seu carisma, realizado concretamente através da educação, é importante lembrar que o ensino é precisamente uma das obras de misericórdia espiritual”

Concluindo o Santo Padre sugeriu:

“A educação oferece um sentido, uma narrativa para cada elemento da vida humana. Não termina com o compartilhamento de conhecimentos ou o desenvolvimento de habilidades, mas, como mostra sua etimologia, ajuda a realçar o melhor de cada pessoa, para polir o diamante que o Senhor colocou em cada um. A educação ajuda a garantir que este diamante deixe passar a Luz, que é Cristo (cf. Jo 8,12) e assim brilha no meio do mundo”. "Recordemos ainda - disse - que o Senhor nos faz participantes da sua luz, da sua própria natureza e, por isso, cada um dos seus discípulos e das suas discípulas, ilumina o mundo, afastando as trevas e transformando a realidade”.


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26º Domingo do Tempo Comum:

Leituras e Reflexão

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1ª Leitura:  Hab 1,2-3;2,2-4 

Leitura da Profecia de Habacuc:

Senhor, até quando chamarei, sem me atenderes? Até quando devo gritar a ti: “Violência!”, sem me socorreres? Por que me fazes ver iniquidades, quando tu mesmo vês a maldade? Destruições e prepotência estão à minha frente; reina a discussão, surge a discórdia.

Respondeu-me o Senhor, dizendo: “Escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade. A visão refere-se a um prazo definido, mas tende para um desfecho, e não falhará; se demorar, espera, pois ela virá com certeza, e não tardará. Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”.

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Responsório: Sl 94

- Não fecheis o coração; ouvi vosso Deus!
- Não fecheis o coração; ouvi vosso Deus!

- Vinde, exultemos de alegria no Senhor,/ aclamemos o Rochedo que nos salva!/ Ao seu encontro caminhemos com louvores,/ e com cantos de alegria o celebremos!

-Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra,/ e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!/ Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor,/ e nós somos o seu povo e seu rebanho,/ as ovelhas que conduz com sua mão.

- Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:/ “Não fecheis os corações como em Meriba,/ como em Massa, no deserto, aquele dia,/ em que outrora vossos pais me provocaram,/ apesar de terem visto as minhas obras”.

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2ª Leitura: 2Tm 1,6-8.13-14

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo:

Caríssimo: Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade.

Não te envergonhes do testemunho de Nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. Usa um compêndio das palavras sadias que de mim ouviste em matéria de fé e de amor em Cristo Jesus. Guarda o precioso depósito, com a ajuda do Espírito Santo, que habita em nós.

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Evangelho: Lc 17,5-10

Proclamação do Evangelho de São Lucas:

Naquele tempo, os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”

O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria.

Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?’ Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado?

Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.

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Reflexão do padre Johan Konings:

Somos simples servos

Quem não gosta de um elogio? Não estão nossas igrejas tradicionais cheias de inscrições elogiando os generosos doadores dos bancos, dos vitrais ou da imagem de Santa Filomena?

Ora, o Evangelho nos propõe uma atitude que parece inaceitável a uma pessoa esclarecida, hoje em dia: o empregado não deve reclamar quando, depois de todo o serviço no campo, em vez de ganhar elogio, ele ainda deve servir a janta. Ele é um empregado sem importância; tem de fazer seu serviço, sem discutir.

Jesus nos quer ensinar a estar a serviço do Reino sem darmos importância a nós mesmos. Ele mesmo dará o exemplo disso, apresentando-se, na Última Ceia, como aquele que serve (Lc 22,27).

Isto não rima com a mentalidade calculista e materialista da nossa sociedade, que procura compensação para tudo o que se faz – aliás, compensação superior ao valor daquilo que se faz…

Se levarmos a sério a parábola de Jesus, como então ensinamos aos empregados e operários reivindicarem sempre mais (porque, se não reivindicam, são explorados)? Certamente, Jesus não quer condenar os movimentos de reivindicação. A questão é outra. Ele quer apontar a dedicação integral no servir. Interesse próprio, lucro, reconhecimento, fama poder… não são do nível do Reino, mas apenas da sobrevivência na sociedade que está aí. A parábola não serve para recusar as reivindicações de justiça social, mas para declarar impróprios os interesses pessoais no serviço do Reino.

Convém fazer um sério exame de consciência sobre a retidão e a gratuidade de nossas intenções conscientes e de nossas motivações inconscientes. Na Igreja, tradicional ou progressista, quanta ambição de poder, quanto querer aparecer, quantas compensaçõezinhas!

E mesmo com relação às estruturas da sociedade, a parábola de Jesus hoje nos ensina a não focalizarmos única e exclusivamente as reivindicações. Estas são importantes, no seu devido tempo e lugar, para garantir a justiça e conseguir as transformações necessárias. Mais fundamental, porém, na perspectiva de Deus, é criar o espírito de serviço e disponibilidade, que nunca poderá ser pago. Quem vive no espírito de comunhão nunca achará que está fazendo demais para os outros.

“Somos simples servos”. Antigamente se traduzia: “Somos servos inúteis”. Tal tradução era psicológica e sociologicamente nefasta, pois fomentava a acomodação, além de contraditória, pois servo inútil não serve… Servindo com simplicidade, não em função de compensações egoístas, mas em função da fidelidade e da objetividade, somos muito úteis para o projeto de Deus.

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PE. JOHAN KONINGS nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colégio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (Jesuítas) e, desde 1986, atuou como professor de exegese bíblica na FAJE, Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte. Faleceu no dia 21 de maio de 2022. Este comentário é do livro “Liturgia Dominical, Editora Vozes.

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Reflexão em vídeo de Frei Gustavo Medella:


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                                           Reflexões e ilustração: franciscanos.org.br        Banner: cnbb.com.br 

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Eleições 2022: CNBB e TV Aparecida

promovem debate pela conscientização do voto

No contexto das Eleições gerais de 2022, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a TV Aparecida produziram um programa especial para discutir fé e política para um Brasil melhor. Nesta quinta-feira, dia 29, às 19h30, vai ao ar na TV Aparecida o especial “CNBB orienta – por uma política de paz”. Com a participação de especialistas e apresentação da jornalista Camila Morais, o programa é uma iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB em parceria com a emissora católica.

Com a aproximação das eleições para Executivo e Legislativo no país, agendadas para o próximo dia 2 de outubro, o programa quer orientar o cristão a escolher bem os seus candidatos, sem vínculo partidário ou ideológico, por meio de reflexões sobre a situação social do Brasil. O programa visa para destacar a importância do voto consciente e da necessidade de uma política de paz no país.

O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, participa da produção e destaca a missão dos cristãos leigos nas eleições: “É tarefa cristã exercer a cidadania adequadamente buscando contribuir para edificar uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. Essa tarefa exige o compromisso com o voto consciente”.

A jornalista Camila Morais, responsável pela apresentação do programa, cita o Papa Francisco sobre o verdadeiro papel da política: “O Papa Francisco coloca na encíclica ‘Fratelli Tutti’ que a melhor política é aquela a serviço do verdadeiro bem comum e que a política é a forma mais alta da caridade”.

Participações

Três especialistas foram convidados para participar do programa: o assessor de Política Institucional da CNBB, padre Paulo Renato Campos; padre Toninho Alves, mestre em Ciências Sociais pela Universidade Gregoriana de Roma e doutor em Teologia pela PUC Rio; e Carlúcia Maria Silva, doutora em Ciências Sociais pela PUC Minas, pós-doutora em Psicologia Social pela UFMG e integrante da Comissão Nacional de Fé e Política do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).

Padre Paulo Renato observa no país uma “polarização radicalizada que despreza essa lógica da ‘Fratelli Tutti’, essa lógica de que somos todos irmãos, despreza a lógica da disputa de adversários e coloca a lógica da disputa de inimigos dentro de um contexto polarizado, que termina com essas violências que nós temos assistido”.

Também no programa “CNBB orienta por uma política de paz”, padre Toninho chamou a atenção para o significado do bem comum a partir da posição da Igreja: “É um conceito, parece meio abstrato quando se fala de bem comum. Eu gosto do Papa João XXIII quando ele fala de bem comum, ele toma o conceito personalista que está na base da concepção, como sendo o conjunto de condições que favorecem o pleno desenvolvimento da pessoa”.

A doutora Carlúcia Maria, em uma de suas intervenções, fez a relação entre a paz e a justiça a partir dos documentos conciliares e pós-conciliares como a Populorum Progressio: “Não se pode falar em paz onde impera a desigualdade, ou as desigualdades, e as injustiças que se manifestam de muitas formas. É preciso que a gente pense (…) o projeto que esse candidato representa, ele está a serviço de quem ou de quê, qual é a história que ele traz”.

O programa “CNBB orienta – por uma política de paz” vai ao ar na quinta-feira, às 19h30, na TV Aparecida. 

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O Papa contra o desperdício:

 jogar comida fora é jogar pessoas fora!

Na mensagem do Papa ao Diretor Geral da FAO, Sr. Qu Dongyu por ocasião do Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos, o Papa fez um caloroso apelo: “É hora de responder de forma eficaz e honesta ao grito de dor no coração dos famintos que pedem justiça”

Jane Nogara - Vatican News

Plantação de trigo na Índia

O Papa Francisco enviou nesta quinta-feira (29) uma mensagem ao Diretor-Geral da FAO, Sr. Qu Dongyu por ocasião do Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos 2022.

À mercê da cultura descartável

O Papa agradeceu o destaque dado à gravidade de um problema “que não podemos nos dar ao luxo de ignorar neste momento difícil em que vivemos”, esclarecendo que quando os alimentos não são utilizados adequadamente […], estamos à mercê da "cultura descartável", que é uma manifestação de desinteresse pelo que é de valor fundamental ou de apego àquilo que não é importante".

Chegar aos necessitados

“Saber que multidões de seres humanos não têm acesso a alimentação adequada ou aos meios para obtê-la, e ver alimentos estragados ou jogados no lixo pela falta dos recursos necessários para serem levados até seus destinatários é verdadeiramente vergonhoso e preocupante”, acrescentou o Papa.

“O grito dos famintos, privados de um modo ou de outro de seu pão diário, deve ressoar nos centros onde são tomadas as decisões. E não pode ser silenciado ou sufocado por outros interesses.”

Insistindo neste ponto Francisco recordou que o Relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI 2022) revelou que o número de pessoas famintas em nosso planeta aumentou significativamente no ano passado, devido às múltiplas crises que a humanidade enfrenta. Afirmando em seguida:

“Já disse isso no passado, e não me cansarei de insistir, jogar comida fora é jogar pessoas fora!”

Paradoxo da abundância

Toda a comunidade internacional deve se mobilizar – escreveu o Papa – “para pôr um fim ao lamentável ‘paradoxo da abundância’, que meu predecessor São João Paulo II denunciou trinta anos atrás”. “No mundo existe alimentos necessários para que ninguém vá dormir com fome. São produzidos alimentos mais do que suficientes para 8 bilhões de pessoas. A questão – adverte o Papa - sem dúvida, é de justiça social, ou seja, como é regulada a gestão dos recursos e a distribuição da riqueza”.

“A especulação alimentar deve ser detida! Devemos parar de tratar os alimentos, que é um bem fundamental para todos, como moeda de troca para poucos”

Desperdício e o meio ambiente

"Além disso, o desperdício ou a perda de alimentos contribui significativamente para o aumento das emissões de gases de efeito estufa e, portanto, para a mudança climática e suas consequências nocivas. Os jovens, acima de tudo, nos pedem para pensar neles, para olharmos longe e ampliar o coração, dando o melhor de nós mesmos para cuidar da casa comum que veio das mãos de Deus e que devemos salvaguardar, respondendo com boas ações ao mal que lhe causamos".

"É hora de agir com urgência e para o bem comum. É urgente tanto para os Estados como para as grandes empresas multinacionais, para as associações, como para os indivíduos - para todos, sem excluir ninguém - responder de forma eficaz e honesta ao grito de dor no coração dos famintos que pedem justiça".

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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Jornada de Oração e Missão pela Paz deste 1º de outubro será

dedicada ao Mês Missionário celebrado pela Igreja no Brasil

Para celebrar o mês das missões realizado pela Igreja no Brasil durante o mês de outubro, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN) promovem, no sábado, dia 1º de outubro, a Jornada de Oração e Missão pela Paz dedicada ao Mês Missionário.

O tema proposto para a Campanha Missionária deste ano é “A Igreja é missão” e a inspiração bíblica “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8). De acordo com as Pontifícias Obras Missionárias, as celebrações de 2022 são animadas pelo Ano Jubilar Missionário e o tema e o lema escolhidos concluem o caminho de três anos nos quais foi destacada a natureza missionária da Igreja, que não se reduz a uma dimensão ou em atividades.

De acordo com o vídeo preparado pela comissão, “nesta Jornada de Oração e Missão, recordamos os desafios que populações inteiras estão sofrendo com as ondas de calor e os períodos de seca. A água, vital para qualquer ser vivo, está faltando em diversas regiões do planeta: França, Itália, China, Madagascar, Chade, Burkina Fasso, Mali, Estados Unidos… e até o pantanal brasileiro”.

Ainda segundo o vídeo, “sempre, no penúltimo domingo deste mês acontece em todas as igrejas do mundo, uma coleta em vista das missões. Por meio desta coleta pontifícia, todos nós ajudamos na manutenção de 1050 dioceses mais necessitadas, em diversas partes do mundo”.

A  bem-aventurada Pauline Marie Jaricot, nascida em Lyon em 22 de julho de 1799 fundou a obra da Propagação da Fé em 3 de maio de 1822, dando origem às Pontifícias Obras Missionárias (POM) como rede mundial de oração e solidariedade a serviço do Papa e das Igrejas locais. Desde os primeiros anos da obra, o desejo era claro: apoiar todos os missionários necessitados de ajuda espiritual e material.

Jornada de Oração e Missão pela Paz

As jornadas são um convite para contribuir, especialmente, com a oração que é uma das formas mais significativas de colaborar com o trabalho missionário. De acordo com a comissão, a Jornada de Oração e Missão pela Paz faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país ou causa.

“Muitas vezes nós pensamos que nossa vida cristã se resume aos nossos afazeres, as nossas necessidades particulares e muitas vezes por causa dessa situação bem próxima de nós rezamos pelas nossas intenções, rezamos pelas nossas dificuldades, pelos problemas das nossas famílias, pelos nossos problemas. E é justo que seja assim, é correto que seja. No entanto, descobrimos com a vida dos santos, de forma especial, a de Santa Teresinha do Menino Jesus, que temos condições de fazer com que a nossa oração nos leve aonde nossos passos, nossos pés não podem ir.  Rezando nos tornamos missionários.

Quando a gente reza por intenções, por situações que estão distantes de nós, nós intercedemos por aquelas pessoas, por aquelas situações e nos tornamos também missionários, pois a oração é uma forma de missão”, afirma o assessor da Comissão, padre Daniel.

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Papa Francisco:

ter intimidade com Jesus. Falar com Ele como a um amigo

Continuando suas catequeses sobre o discernimento, na Audiência Geral, o Papa Francisco disse que "a oração é uma ajuda indispensável para o discernimento espiritual, sobretudo quando envolve os afetos, permitindo dirigir-nos a Deus com simplicidade e familiaridade, como se fala com um amigo. A oração verdadeira é familiaridade e confidência com Deus. Não é recitar uma oração como um papagaio, blá blá, não. A verdadeira oração é essa espontaneidade e afeto ao Senhor".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

"Os elementos do discernimento. A familiaridade com o Senhor" foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (28/09), realizada na Praça São Pedro. Prosseguindo as catequeses sobre o discernimento, o Santo Padre se deteve no primeiro de seus elementos constitutivos: a oração.

Familiaridade e confidência com Deus

A oração é uma ajuda indispensável para o discernimento espiritual, sobretudo quando envolve os afetos, permitindo dirigir-nos a Deus com simplicidade e familiaridade, como quando se fala com um amigo. É saber ir além dos pensamentos, entrar em intimidade com o Senhor, com uma espontaneidade afetuosa. O segredo da vida dos santos é a familiaridade e a confiança em Deus, que cresce neles e torna cada vez mais fácil reconhecer o que lhe agrada. A oração verdadeira é familiaridade e confidência com Deus. Não é recitar uma oração como um papagaio, blá blá, não. A verdadeira oração é essa espontaneidade e afeto ao Senhor. Esta familiaridade supera o medo ou a dúvida de que a sua vontade não é para o nosso bem, uma tentação que às vezes atravessa os nossos pensamentos, tornando o coração inquieto e incerto ou amargo também.

O Papa disse ainda que "o sinal de um encontro com o Senhor é a alegria". Quando eu faço uma oração, [...] encontro o Senhor e me torno alegre. Cada um de nós se torna alegre, uma coisa linda. Por outro lado, a tristeza ou o medo são sinais de distância de Deus: «Se quiseres entrar na vida, observa os mandamentos», diz Jesus ao jovem rico.

Esse jovem "tinha tomado a iniciativa de se encontrar com Jesus, mas vivia também muito dividido nos afetos; para ele as riquezas eram demasiado importantes. Jesus não o obriga a decidir, mas o texto observa que o jovem se afasta de Jesus «triste». Quem se afasta do Senhor nunca se sente satisfeito, mesmo que tenha à sua disposição uma grande abundância de bens e possibilidades".

Discernir não é fácil

"Discernir não é fácil, porque as aparências enganam, mas a familiaridade com Deus pode dissipar delicadamente dúvidas e medos, tornando a nossa vida cada vez mais receptiva à sua «luz suave», de acordo com a bonita expressão do Beato John Henry Newman", sublinhou Francisco.

O Papa frisou que "os santos brilham com luz refletida, mostrando nos gestos simples do seu dia a presença amorosa de Deus, que torna possível o impossível. Diz-se que dois cônjuges que viveram juntos durante muito tempo, amando-se, acabam por se assemelhar um ao outro".

Algo análogo pode-se dizer da oração afetiva: de modo gradual, mas eficaz, torna-nos cada vez mais capazes de reconhecer o que conta por conaturalidade, como algo que brota das profundezas do nosso ser. Estar em oração não significa dizer palavras, palavras, não: estar em oração, abrir o coração a Jesus, aproximar-se de Jesus, deixar que Jesus entre no meu coração e me faça sentir sua presença. E ali podemos discernir quando é Jesus e quando estamos com nossos pensamentos, muitas vezes longe do que Jesus quer.

Rezar a oração do "oi"

Francisco convidou a pedir a graça de "viver uma relação de amizade com o Senhor, como um amigo fala com um amigo", e contou um caso sobre "um irmão religioso idoso que era porteiro de um colégio e sempre que podia se aproximava da capela, olhava para o altar e dizia: 'Oi', porque tinha proximidade a Jesus. 'Oi, estou perto de você e você está perto de mim'." Segundo o Papa, "esta é a relação que devemos ter na oração: proximidade, proximidade afetiva, como irmãos, proximidade a Jesus. Um sorriso, um gesto simples e não dizer palavras que não chegam ao coração. Falar com Jesus como um amigo fala com outro amigo".

É uma graça que devemos pedir uns para os outros: ver Jesus como o nosso maior e fiel Amigo, que não chantageia, sobretudo que nunca nos abandona, nem sequer quando nos afastamos d'Ele. Ele permanece na porta do coração. Ele permanece em silêncio, permanece ao alcance do coração porque Ele é sempre fiel. Vamos em frente com esta oração. Digamos a oração do "oi", a oração para cumprimentar o Senhor com o coração, a oração de afeto, a oração de proximidade, com poucas palavras, mas com gestos e com boas obras.

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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Mês Missionário:

confira as atividades e os recursos
preparados para a Campanha Missionária 2022

Outubro é o Mês Missionário na Igreja no Brasil. E, para esta ocasião, as Pontifícias Obras Missionárias (POM), com o apoio da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promovem diversas iniciativas para animar as celebrações em todo o país.

Neste ano, o tema proposto para a Campanha Missionária é “A Igreja é missão” e a inspiração bíblica “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8). De acordo com as Pontifícias Obras Missionárias, as celebrações de 2022 são animadas pelo Ano Jubilar Missionário e o tema e o lema escolhidos concluem o caminho de três anos nos quais foi destacada a natureza missionária da Igreja, que não se reduz a uma dimensão ou em atividades.

Confira as principais iniciativas e recursos para a Campanha Missionária 2022:

Missa de abertura

Para abrir este mês dedicado às missões na Igreja no Brasil, o bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Odelir José Magri, presidirá uma missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no dia 1º de outubro, às 9h. A celebração eucarística será transmitida pela TV Aparecida.

Novena

Entre as principais atividades motivadas para realização nas comunidades e grupos, a Novena Missionária deste ano destaca o testemunho de missionários e missionárias, cristãos leigos e leigas, da vida consagrada, de ministros ordenados, de povos originários, do povo de Deus das Igrejas locais e dos visibilizados que, nos confins do mundo, testemunham o Evangelho de Jesus Cristo, tendo o Espírito Santo como protagonista da missão.

Um dos testemunhos missionários é da bem-aventurada Pauline Marie Jaricot, nascida em Lyon em 22 de julho de 1799. Ela fundou a obra da Propagação da Fé em 3 de maio de 1822, dando origem às Pontifícias Obras Missionárias (POM) como rede mundial de oração e solidariedade a serviço do Papa e das Igrejas locais. Desde os primeiros anos da obra, o desejo era claro: apoiar todos os missionários necessitados de ajuda espiritual e material.

Baixe a novena missionária 2022

Vídeos

Para enriquecer as partilhas da novena, foram produzidos vídeos com testemunhos de missionários. As produções, em parceria com a TV Aparecida, estão disponíveis no site e nas redes sociais das POM.

Confira os vídeos para a Novena Missionária

Ouça o hino da Campanha Missionária 2022:

Saiba mais sobre a Campanha Missionária 2022

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2022

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                                                                                                                              Fonte: cnbb.org.br