sábado, 21 de março de 2015







Francisco:
Precisamos que Nossa Senhora nos proteja em tantas coisas. 
Rezem por mim, não se esqueçam

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa encontra-se em Visita pastoral às cidades de Nápoles e Pompéia, sul da Itália, a oitava viagem de Francisco em território italiano. 
O Papa deixou o Vaticano às 7h (3h de Brasília) deste sábado (21/03) e chegou ao Santuário de Pompéia, nas proximidades de Nápoles, depois de uma hora de voo de helicóptero.
Que Nossa Senhora abençoe o mundo todo!
Após deter-se por cerca de 15 minutos em oração diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário, Francisco recitou a “Pequena Súplica”, extraída da histórica oração, composta por São Bartolo Longo que, em 1875, levou a imagem ao Santuário de Pompéia.
Após a súplica, Francisco falou de improviso do lado de fora do Santuário à multidão que esperava por suas rápidas palavras.
Muito obrigado, muito obrigado por esta calorosa acolhida. Todos rezamos a Nossa Senhora para que nos abençoe, a nós todos, a vocês, a mim, ao mundo inteiro. Precisamos que Nossa Senhora nos proteja em tantas coisas. Rezem por mim, não se esqueçam”.
Abaixo, a íntegra da “Pequena Súplica” recitada pelo Papa no Santuário de Pompeia.
“Virgem do Santo Rosário, Mãe do Redentor, mulher da nossa terra elevada aos céus, humilde serva do Senhor, proclamada Rainha do mundo, do profundo das nossas misérias recorremos a Ti. Com confiança de filhos, contemplamos o teu rosto dulcíssimo.
Coroada por doze estrelas, tu nos conduzes ao mistério do Pai, tu resplandeces de Espírito Santo, tu nos dais o teu Menino divino, Jesus, nossa esperança, única salvação do mundo. Mostrando-nos o teu Rosário, nos convidas a fixar o seu rosto. Tu nos abres o seu coração, abismo de alegria e de dor, de luz e de glória, mistério do Filho de Deus, que se fez homem por nós. Aos teus pés, nas pegadas dos Santos, sentimo-nos família de Deus.
Mãe e modelo da Igreja, tu és nossa guia e sustento seguro. Tu nos tornas um só coração e uma só alma, povo forte a caminho para a pátria do céu. Nós te apresentamos as nossas misérias, os tantos caminhos do ódio e do sangue, as antigas e novas pobrezas, sobretudo os nossos pecados. A ti confiamos, Mãe de Misericórdia! Obtém-nos o perdão de Deus! Ajuda-nos a construir um mundo, segundo o teu coração.
Ó Rosário bendito de Maria, doce corrente que nos liga a Deus; corrente de amor, que nos faz irmãos, não te deixaremos jamais. Nas nossas mãos serás a arma da paz e do perdão, estrela do nosso caminho. O nosso beijo a ti, com o último respiro, nos imergirá em um mar de luz, na visão da amada Mãe e do seu Filho divino, anseio e alegria do nosso coração, com o Pai e o Espírito Santo. Amém”. (MT/RB)
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 Papa em Nápoles: 
A corrupção fede

Nápoles (RV) - Depois da “Pequena Súplica” feita a Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Pompeia, Francisco se deslocou, de helicóptero, para Scampia, na periferia de Nápoles, onde, na Praça João Paulo II, manteve um encontro com a população local e com diversas categorias sociais. Em seu caloroso discurso, o Papa tratou de temas cruciais, como a migração, o trabalho e a corrupção. Sobre a corrupção, ele foi categórico:
"A corrupção fede. Uma sociedade corrupta fede. Um cristão que deixa a corrupção entrar dentro de si, não é cristão, mas fede. Entenderam?"
Sejamos "bons cristãos e cidadãos honestos"
E o Papa acrescentou: “Vocês pertencem a um povo de uma longa história, composta de acontecimentos complexos e dramáticos. A vida em Nápoles nunca foi fácil, mas também nunca triste! Eis o seu grande recurso, que produz uma cultura de vida, e a esperança é o seu grande patrimônio!
Quem escolhe, voluntariamente, o caminho do mal, rouba uma parte da esperança de tanta gente honesta e trabalhadora, da boa fama da cidade e da sua economia. Neste sentido, dirigiu-se à pessoa, que falou em nome dos imigrados e dos sem-teto, pedindo-me uma palavra de esperança. Esta palavra existe, afirmou o Papa, mas não está escrita só em livros, mas na carne, no coração e tem um rosto, um nome: Jesus.
Depois, recordou as palavras de um operário, que abordou um tema tão maltratado em nossos tempos: a falta de trabalho, sobretudo para os jovens. Este é um sinal da grave disfunção no sistema, que precisa de mudanças concretas.
O trabalho, que falta para os jovens, especialmente em um bairro como este, mas também como em tantas outras partes, frisou o Pontífice, é um grito forte e agudo. Com a falta de trabalho falta a dignidade e a pessoa acaba cedendo a todo tipo de exploração:
“Procurou-se criar ruma ‘terra de ninguém’, da qual desenraizar todo tipo de valor. Um território em mãos da camada micro violência. Sinto, de modo vivo, este drama e penso, em particular, às crianças. Dirijo-me a cada uma delas, dizendo que o Papa as ama e as abraça; a Igreja as ama e Nápoles conta com cada uma delas”.
Aqui, o Papa recordou um lema de São João Bosco: ”Bons cristãos e cidadãos honestos”, quando se referia ao percurso da esperança, que é aquele da educação: uma educação que se edifica com o amor e a caridade. A obra educativa é um caminho justo porque é preventivo. Este sempre foi o método de todos os Santos, que trabalham com a juventude. No caminho do desafio educativo pode-se agir e colaborar juntos: famílias, escolas, paróquias e outras realidades. E explicando o objetivo da sua visita àquela região, Francisco disse:
Queridos amigos. A minha presença aqui em Scampia representa um impulso a um caminho de esperança, de renascimento e de saneamento, já existente. Por isso, encorajo a Igreja, as comunidades, as instituições e os voluntários a prosseguirem na sua ajuda e apoio nos momentos de crise e de dificuldades extremas. A boa política é uma das expressões mais altas da caridade, do serviço e do amor”.
Ao término do seu pronunciamento, o Papa recordou a grande religiosidade dos napolitanos, atestada pela multidão de tantos Santos naquele território, como São Januário, tão venerado naquelas terras. Trata-se de uma religiosidade que deve ser redescoberta, purificada, reacendida com o fogo do Evangelho, a única força que pode realmente mudar a sociedade e dar nova esperança! (MT)
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                                                               Fonte: radiovaticana.va       news.va

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