domingo, 31 de agosto de 2014

Catequista:

aquele que primeiro ama a Cristo e o anuncia

Concluindo o mês das vocações, a Igreja neste domingo quer homenagear os catequistas, pessoas entregadas e fundamentais para a formação da fé.
Eu também sou catequista e tenho a alegria de poder trabalhar e apoiar diretamente vários catequistas da Crisma em duas paróquias. É muito edificante ver a entrega, a generosidade em doar o seu tempo para o anúncio da Boa Nova. Eles assumem a sua missão com muito amor.
Gostaria de neste dia falar um pouco sobre essa bonita missão e dar algumas dicas para que possamos exercer melhor esse importante serviço.
Uma catequese querigmática e mistagógica
A catequese está a serviço do crescimento do querigma, ou seja, aquele primeiro anúncio da fé, que deve ser cultivado e alimentado. Não podemos nos contentar com uma fé de criança, que se resuma apenas a ir à Missa aos domingos (quando vou) e “não fazer nada de mau”. “Cada ser humano precisa sempre mais de Cristo, e a evangelização não deveria deixar que alguém se contente com pouco, mas possa dizer com plena verdade: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20).” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 160).
Crescer e caminhar juntos
Nesse amadurecimento do querigma o catequista tem uma função fundamental. Ele ajuda a formar a fé dos seus catequizandos, o introduz na comunidade, ajuda a que cada um seja cada dia mais semelhante a Cristo. Essa catequese mais do que um passar uma doutrina deve comunicar uma vida, com ousadia, criatividade e entusiasmo. O catequista deve anunciar em primeira pessoa a Cristo. Por essa razão não gosto muito de chamar de aula de catequese e sim de encontro, porque é realmente isso que acontece: um encontro de todos com Cristo.
O Papa Francisco fala que na boca do catequista deve sempre ressoar esse primeiro anúncio. Esse é o “anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese, em todas as suas etapas e momentos.” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 164) É necessário que o catequizando volte sempre ao primeiro amor. A catequese e toda a formação cristã é na verdade um aprofundamento do querigma.
“Outra característica da catequese, que se desenvolveu nas últimas décadas, é a iniciação mistagógica, que significa essencialmente duas coisas: a necessária progressividade da experiência formativa na qual intervém toda a comunidade e uma renovada valorização dos sinais litúrgicos da iniciação cristã.” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 166)
O encontro catequético deve ser um anúncio da Palavra e deve estar centrado nela, mas deve ser feito sempre de uma forma adequada e com uma motivação atraente. O uso de símbolos eloquentes é importante para um anúncio eficaz da Palavra. Em outras palavras, a mensagem deve ser encarnada pelo catequizando, ele deve ser interpelado pela Palavra de Deus e ver que Deus realmente fala através de sua Palavra. Neste âmbito novamente a criatividade é muito importante.
O Papa Francisco propõe também para a catequese prestar atenção à via da beleza: “Anunciar Cristo significa mostrar que crer n’Ele e segui-Lo não é algo apenas verdadeiro e justo, mas também belo, capaz de cumular a vida dum novo esplendor e duma alegria profunda, mesmo no meio das provações” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 167)
Catequista: o que anuncia a Cristo em primeira pessoa
Uma característica fundamental que penso que deveria ter o catequista, que considero o segredo do êxito de toda catequese é que ele deve anunciar a Cristo em primeira pessoa. Ele deve ser o primeiro a se encontrar com Cristo, a amá-Lo e viver em coerência com aquilo que está falando para os catequizandos.
Cristo deve ser o centro da vida do catequista. Ao imitar a Cristo aprende a sair de si mesmo e ir ao encontro do outro. Quem coloca a Cristo no centro de sua vida, descentraliza-se! Quanto mais se une a Jesus mais Ele te faz sair de si mesmo e sair ao encontro dos outros. Este é o verdadeiro dinamismo do amor, esse é o movimento do próprio Deus.
“O trabalho do catequista é este: por amor, sair continuamente de si mesmo para testemunhar Jesus e falar de Jesus, anunciar Jesus. Isso é importante, porque é obra do Senhor [...] O coração do catequista vive sempre deste movimento de ‘sístole-diátole’: união com Jesus – encontro com o outro. Existem as duas coisas: eu me uno a Jesus e saio ao encontro dos outros. Se falta um desses dois movimentos, o coração deixa de bater, não pode viver. Perguntemos todos: É assim que bate o meu coração de catequista? [...] Alimenta-se na relação com Ele para O levar aos outros e não para O reter?” (Papa Francisco, A Igreja da misericórdia, pág. 21-22).
Caros catequistas, lembremos que temos uma grande vocação e missão, um grande dom que devemos comunicar. Parabéns pelo seu dia e que a alegria deste dia te impulsione a anunciar cada vez mais a Cristo com ardor, entusiasmo e criatividade.
                                                                                                 Ir. Gilberto Cunha
                                                                                                         Fonte: a12.com
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Evangelho, eucaristia e oração: 
o caminho para não sermos cristãos sem consistência

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco, na oração dominical do Angelus deste domingo (31), lembrou o Evangelho de Mateus, no ponto crucial em que Jesus, depois de ter verificado que Pedro e os outros 11 tinham acreditado n'Ele como Messias e Filho de Deus, “começou a mostrar a seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito..., que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia” (16,21).
É preciso que o sal dê sabor...
Sobre esse ponto, tanto o Santo Padre como a liturgia deste domingo (31), insistem que “também o apóstolo Paulo, escrevendo aos cristãos de Roma, diz a eles: ‘Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus’” (Rm 12,2).
Afirmou o Santo Padre: "De fato, nós, cristãos, vivemos em um mundo totalmente integrado na realidade social e cultural do nosso tempo, e é certo assim; mas isso traz o risco de nos transformarmos em ‘mundanos’, o risco que ‘o sal perca o sabor’, come diria Jesus (Mt 5,13), isto é, que o cristão não tenha consistência, perca a carga da novidade que lhe vem do Senhor e do Espírito Santo. Entretanto, deveria ser o contrário: quando nos cristãos permanece viva a força do Evangelho, ela pode transformar “os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida” (Paolo VI, Esort. ap. Evangelli nuntiandi, 19)."
... para que o mundo seja transformado
Papa Francisco usou a imagem do vinho e da água para ilustrar os cristãos e as pessoas mundanas: "É triste encontrar cristãos sem consistência, que parecem vinho aguado e não se sabe se são cristãos ou mundanos, como o vinho aguado que não se sabe se é vinho ou água. É triste isso. (...) Por isso, é necessário se renovar continuamente, atingindo a seiva do Evangelho. E, como se pode fazer isso na prática? Antes de mais nada, lendo e meditando o Evangelho todos os dias, para que a palavra de Jesus esteja sempre presente na nossa vida; além disso, participando da missa dominical, onde encontramos o Senhor na comunidade, escutando a sua Palavra e recebendo a Eucaristia que nos une a Ele e entre nós; e, ainda, são muito importantes para a renovação espiritual, os dias de retiro e de exercícios espirituais."
O Santo Padre também nos chamou para a renovação constante com a Palavra de Deus: "Evangelho, Eucaristia e oração. Não se esqueçam: Evangelho, Eucaristia e oração, graças a esses dons do Senhor, podemos nos conformar não ao mundo, mas a Cristo, e segui-lo sobre sua estrada, a estrada do ‘perder a própria vida’ para reencontrá-la (v.25). ‘Perdê-la’ no sentido de doá-la, oferecê-la por amor e no amor – e isso, quer dizer, o sacrifício, a cruz – para recebê-la novamente purificada, livre do egoísmo e da dívida da morte, cheia de eternidade."
Em seguida o Papa Francisco concedeu a bênção apostólica a todos fiéis presentes na Praça São Pedro e a quem acompanhava a transmissão ao vivo mundo afora. Nas saudações finais, o Santo Padre lembrou a presença de peregrinos da Itália e do Chile, além de um grande grupo de motociclistas, e de parlamentares católicos reunidos para mais um Encontro Internacional.
O Santo Padre ainda fez um último apelo: "Amanhã (1), na Itália, celebra-se o ‘Dia da Proteção da Criação’, promovido pela Conferência Episcopal. O tema deste ano é muito importante: ‘educar para a proteção da Criação, para a saúde de nossas comunidades e das nossas cidades’. Desejo que se reforce o compromisso de todos, instituições, associações e cidadãos, para que sejam protegidas a vida e a saúde das pessoas, também respeitando o ambiente e a natureza." (AC)
                                                                            Fonte: radiovaticana.va     news.va
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Reflexão para o

22º Domingo do Tempo Comum

No Evangelho Jesus nos mostra a necessidade de assumirmos a cruz se quisermos segui-lo, o que inicialmente foi rejeitado por Pedro, como está escrito no Evangelho deste domingo.
Segundo Mateus, Pedro não aceita, para o Senhor, a cruz.
Ele que, há pouco, como vimos no domingo passado, se mostrou tão inspirado por ter reconhecido o Senhor como o Filho de Deus e ter recebido um grande elogio por parte de Jesus, permite-se contestar o Mestre. 
Seguir Jesus, esse é o caminho da salvação
Jesus não só discorda radicalmente dele, mas o chama de satanás, pedra de tropeço, porque não pensa as coisas sob o ângulo de Deus, e sim, dos homens! 
Mas por que Pedro muda tanto, o que move seu coração? Como todos nós, Pedro é bombardeado pelas idéias, ideologias e por seus afetos. Quando disse que Jesus era o Messias, Pedro escutava o Espírito Santo que habitava em seu coração; agora, ao rejeitar a possibilidade de seu Mestre sofrer, Pedro está seguindo as vozes do mundo que dizem não à derrota, ao sofrimento, a tudo aquilo que significa ausência de vantagem, de prazer. Ele está ouvindo o mundo com suas falácias e se deixou enganar. O Senhor veio em seu auxílio de um modo forte e absoluto.
Também nós, muitas vezes ficamos surdos à voz do Espírito Santo e damos ouvidos aos nossos temores e nos deixamos levar por vozes “amigas”, pelos meios de comunicação.
Que dizer do fato no qual um jornalista cristão, com formação católica, vai para o Iraque, um país onde neste momento os discípulos de Cristo são perseguidos, para lá cumprir sua vocação de levar ao mundo a voz dos que são calados pela força do fanatismo ignorante e cego? Segundo relataram, o jovem jornalista, degolado de modo bárbaro, como toda imprensa noticiou nas últimas semanas, rezava o terço todos os dias e deve ter contemplado muitas vezes a paixão de Jesus. Ele não se deixou levar pelos formadores de opinião pública, aliás ele mesmo era um deles, que agora forma todos com seu exemplo de profissional cristão.
Outubro está chegando e, com ele, as eleições. Por onde andam meus afetos? Sou levado por ideologias, por mensagens que leio no facebook, por “aparelhos de conversa”? Onde está a liberdade de minha consciência?
Meus candidatos representam os ideais cristãos ou são simulacros de cristãos?
A advertência de Jesus a Pedro de que ele não pensa nas coisas de Deus e sim nas dos homens, quer dizer que o pensamento e o coração dos discípulos ainda estão tomados pelas coisas mundanas e que por isso ele deseja fazer com que Deus mude de orientação. Para Pedro será Deus que deverá se tornar imagem e semelhança da sua criatura, e não o inverso. 
Consequentemente, aceitar a cruz e suas implicações, por este ser o seguimento de Jesus, é divinizar-se, é tornar-se imagem e semelhança de Deus, como quer o Criador. Por isso ela leva à ressurreição.
Seguir Jesus - e isso deve ser feito livremente pela adesão do coração - significa abrir mão de toda ambição pessoal, aceitar o que Deus enviar, significa assinar uma folha em branco e confiar absolutamente em Deus.
Não importa se seguir Jesus trará mais ou trará menos sofrimentos. Não é por aí que deveremos nos conduzir. Seguir Jesus é segui-lo por onde Ele for, livremente, por adesão do coração - dócil às sugestões do Espírito - e aceitando o que vier, por fidelidade e amor.
                                                                                           Pe. Cesar Augusto SJ
                         Fonte: cnbb.org.br      Ilustração: viverminhavocacao.blogspot.com.br
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sábado, 30 de agosto de 2014

Reunião Extraordinária da CAPF em Pouso Alegre

                                              "Eu e minha família serviremos ao Senhor!”
(Js 24, 15)
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Neste sábado, realizou-se no Centro Pastoral da Paróquia São João Batista em Pouso Alegre uma reunião extraordinária da Comissão Arquidiocesana da Pastoral Familiar (CAPF). Coordenada pelo casal Luiz e Rita Camporezi, com a Assesssoria do Pe. Lucimar Pereira Goulart, o encontro teve a participação de 21 membros de quatro setores pastorais.
Com e em prol das famílias
A reunião foi aberta com acolhida feita pelo pároco, Pe. Vanderelei Assis Xavier. Seguiu-se a oração inicial dirigida pelo Pe. Lucimar. Luiz Camporezi iniciou os trabalhos justificando a necessidade do encontro, que teve como objetivo principal ouvir os setores sobre as luzes e sombras da caminhada. Feito o levantamento, o resultado será levado para o Encontro do Leste II.
Houve grande envolvimento dos participantes no levantamento de informações. Foram ainda feitos encaminhamentos na busca de soluções para a formação de comissões setoriais em dois setores que ainda não as possuem e para a dinamização nos demais. Ficou ainda marcado um Retiro para os membros da CAPF no dia 19 de outubro na Paróquia Nossa Senhora da Piedade em Crisólia.
Com a oração, bênção final e um momento de confraternização com um saboroso cafezinho foi encerrado o encontro.
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Momentos da reunião










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Dom Erwin Kräutler recebe

Comenda Dom Luciano

O bispo do Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, foi agraciado com a comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, oferecida pela Faculdade Arquidiocesana de Mariana (MG) para lembrar a importância do legado espiritual, intelectual e social deixado por Dom Luciano. Desde 2008, a premiação é entregue no dia 27 de agosto, data de falecimento do arcebispo. Em 2014, foram cinco pessoas homenageadas e uma instituição.
Dom Erwin Kräutler e Dom Geraldo Lyrio Rocha (no centro)
O bispo prelado do Xingu foi o escolhido para discursar em agradecimento à faculdade em nome dos agraciados, e se disse honrado em poder homenagear “o venerável Servo de Deus que fora arcebispo de Mariana, estimado e amado no Brasil e além das fronteiras da nossa pátria.
Nunca duvidei que estava diante de um santo”, disse dom Erwin ao relembrar os encontros com dom Luciano. Ele afirma que, apesar da canonização ser um acontecimento post mortem, o povo já o aclamava como santo, por intuir que lá estava alguém consagrado a Deus sem nenhuma restrição.
Comparando dom Luciano ao papa Francisco, dom Erwin declarou que vê concretizado no pontífice os ideais do arcebispo de mariana, seu irmão de ordem. “Em uma mensagem aos jovens, o papa Francisco se refere ao santo de quem adotou o nome quando foi eleito papa. Podemos aplicar estas palavras perfeitamente ao nosso dom Luciano: ‘Francisco viveu a imitação de Cristo pobre e o amor pelos pobres de modo indivisível, como as duas faces duma mesma moeda, acrescentou.
O bispo homenageado contou também como dom Luciano defendeu e batalhou pelos direitos dos povos indígenas, confidenciando histórias pessoais e sua grande admiração ao religioso. “Acredito que sua futura beatificação e canonização fará brilhar uma luz de esperança para os povos autóctones do Brasil. Se em vida dom Luciano ofereceu seus sofrimentos a Deus em favor dos indígenas, na glória dos céus será definitivamente seu padroeiro e intercessor, encerrou dom Erwin.
Cerca de 200 pessoas passaram pelo local do evento “Comenda Dom Luciano 2014”. Para os presentes, a homenagem é muito importante para a manutenção da história do futuro beato.  “A comenda significa perpetuar o sonho evangelizador de dom Luciano”, explica a professora universitária Virginia Castro Buarque.
Beatificação de dom Luciano
Uma missa celebrada quarta-feira, 27, na Catedral Metropolitana de Mariana, marcou o começo da fase diocesana do processo de beatificação de dom Luciano. O tribunal eclesiástico irá investigar a vida do ex-arcebispo para verificar se ele viveu heroicamente as virtudes teológicas e, em seguida, as graças alcançadas por sua intercessão. Após a aprovação dos documentos em Roma, a comprovação de um milagre passa a reconhecer o religioso como beato. Um segundo milagre pode torná-lo santo.  
                                                                                                    Fonte: cnbb.org.br
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"Anunciai!":

receba a 106ª edição

No final das missas deste sábado (30) e do domingo (31) você receberá a 106ª edição do informativo paroquial "Anunciai!".

Reflexões em destaque: “Mês da Bíblia”, “Alegria do Evangelho, sete tentações pastorais”, “Dízimo: reconhecimento e gratidão”, “Eleições: em quem votar?” e “Mensagens do Papa Francisco”. 

Notícias: “Acolhida e Posse de Dom Majella”, “Curso de Técnicas de áudio e Comunicação verbal”, “Entrega e bênção da Igreja de Santa Edwiges”, “Jubileu de Ouro Sacerdotal do Côn. Braz” e “Rádio Paraisópolis: Campanha dos 1000 Associados e Livro de Diamantes”.
Boa Leitura!
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Leituras do

22º Domingo do Tempo Comum



1ª Leitura: Jr 20,7-9                    Salmo: 63(62)                   2ª Leitura: Rm 12,1-2
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Evangelho:  Mt 16,21-27
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A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!” Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”.
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Reflexão
Sem vencer o medo da morte 
não será possível ser livre para seguir o Senhor

O profeta Jeremias viveu no período que, para Israel, foi como um buraco negro: o exílio na Babilônia, no século VI a.C. É por ocasião desse acontecimento terrível que Jeremias é chamado por Deus para ser “profeta das nações”. Jeremias resistiu o quanto pôde a responder afirmativamente ao chamado do Senhor. Cedendo à vontade de Deus, foi fiel até o fim. Sua missão fundamental foi a de denunciar a idolatria e a infidelidade dos dirigentes do povo, e o mal das nações estrangeiras. Em razão de sua fidelidade a Deus, ele foi perseguido e sua vida ameaçada pelos membros do próprio povo eleito de Deus. O texto de hoje, dito autobiográfico, retrata, por um lado, a angústia da perseguição e do abandono, mas, de outro, a experiência do cuidado e proteção de Deus. A presença de Deus na vida de Jeremias era como um fogo que queimava dentro do peito e não o deixava desistir da missão recebida de Deus.
O evangelho de hoje é a sequência da profissão de fé de Pedro. O anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse que tem por finalidade esclarecer os discípulos acerca do messianismo vivido por Jesus. A reação de Pedro revela o seu desapontamento: Jesus não é exatamente o Messias que ele pensava ter encontrado. A atitude de Pedro de dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho não é preocupação com Jesus. Além da ideia distorcida do Messias, é preocupação com a sua própria sorte. O Messias que Pedro segue não se exime do sofrimento. A palavra de Jesus a Pedro é dura, semelhante à usada contra a sugestão de satanás, quando das tentações no deserto (cf. Mt 4,1-11). Desejar sofrer é insanidade, mas quando o sofrimento é consequência da adesão a Deus, ele deve ser vivido na confiança, pois o Senhor permanece fiel, mesmo quando lhe somos infiéis. Seguir Jesus impõe superar, pela mesma graça de Cristo que se entregou pela humanidade, o medo da morte. Sem vencer o medo da morte não será possível ser livre para seguir o Senhor.
                                                                                     Carlos Alberto Contieri, sj
            Reflexão: paulinas.org.br   Banner: cnbb.org.br   Ilustrações: franciscanos.org.br
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Reflexão para este sábado

Ser catequista

O mês de agosto termina com a celebração da vocação de Catequista. Ela se origina da vocação comum de todos os batizados, razão pela qual é exercida por bispos, padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas. Mais do que isso, conforme o Diretório Geral da Catequese, ela é “compromisso da comunidade”, sem a qual não acontece iniciação cristã. “Assim a ação catequética torna-se uma mútua responsabilidade, uma fonte de troca de experiências e de crescimento entre os catequistas e a comunidade cristã”.
Os pais, “pelo sacramento do Matrimônio recebem a graça e a responsabilidade de serem os primeiros catequistas”. São eles que devem dar os primeiros passos na educação da fé dos filhos. Com boa base familiar, o processo posterior da catequese se torna muito mais fácil. Já quando falta a base da família, o processo se torna missão muito ingrata.
Como bispo, tenho consciência que sou o primeiro responsável pela catequese na Diocese. Da mesma forma o primeiro responsável pela catequese na paróquia é o pároco. Porém, para podermos concretizar esta responsabilidade, precisamos de colaboradores. E são estes colaboradores que, ordinariamente, chamamos de “catequistas”. Em sua maioria são leigas e leigos das comunidades. Por vezes são também religiosas e religiosos inseridos na pastoral. São eles que tomam a peito a tarefa de continuar a iniciação cristã de crianças, adolescentes, jovens e adultos, encaminhados pelas famílias.
Para bem cumprir com a sua missão, “é fundamental que o catequista vivencie seu ministério como uma vocação e missão privilegiadas. Sem dúvida, trata-se de um dom de Deus, mas que precisa ser bem acolhido e cultivado com a ajuda de todos os meios possíveis que subsidiem o seu crescimento na fé, na esperança, no amor, na competência em conteúdos, pedagogia e especialmente em espiritualidade” (Estudos da CNBB, 97).
Reconhecemos que, nem sempre, o trabalho dos catequistas é valorizado assim como poderia e deveria ser. Muitos pais não estão cientes do quanto de tempo um catequista precisa dedicar para bem cumprir com sua função. Também temos muitas comunidades onde a catequese não tem a atenção que mereceria ter. O mesmo vale para algumas paróquias, onde catequistas não tem apoio para a sua formação e não encontram ambiente físico e recursos materiais adequados para o trabalho.
Convido, pois, todas as pessoas a assumirem a sua função de catequistas. Ao mesmo tempo agradeço às pessoas que fazem da catequese o seu principal trabalho dentro da Igreja. Na Diocese de Santa Cruz do Sul, contabilizamos mais de mil destes catequistas. São eles que preparam crianças, adolescentes, jovens e adultos para os sacramentos da iniciação cristã, particularmente os sacramentos da eucaristia e da confirmação. Que Deus, por intermédio de São José de Anchieta, o padroeiro dos catequistas, a todos abençoe e ilumine.
                                         Dom Canísio Klaus  - Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
                                                                                                    Fonte: cnbb.org.br
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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CNBB se posiciona sobre

a reforma política, revista vexatória 
e beatificação de dom Luciano

A presidência da CNBB concedeu nesta sexta-feira (29) uma entrevista coletiva após o encerramento da reunião do CONSEP (Conselho Episcopal Pastoral) e se posicionou sobre a reforma política a revista vexatória em presídios e ainda expressou a alegria pela beatificação de dom Luciano Mendes de Almeida.
Em nota a CNBB destacou a trajetória de dom Luciano, que foi secretário geral e presidente da Conferência dos Bispos, “deixando marcas de seu dinamismo, inteligência privilegiada, dedicação incansável e testemunho de amor à Igreja”.
O processo para reconhecer como beato o ex-arcebispo de Mariana (MG) teve início na quarta-feira (27), durante missa solene na Catedral Metropolitana de Mariana. A data recordou o falecimento de dom Luciano, em decorrência de falência múltipla de órgãos, em 2006.
Sobre a Reforma Política a CNBB também apresentou uma nota na qual os bispos reconhecem que “uma verdadeira reforma política melhorará a realidade política e possibilitará a realização de várias outras reformas necessárias ao Brasil, por exemplo a reforma tributária”.
A CNBB recorda que “várias tentativas de reforma política foram feitas no Congresso Nacional e todas foram infrutíferas”. Diante disso, une-se a outras entidades e ao povo brasileiro na mobilização Reforma Política Democrática no país.
O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou também na sexta-feira, uma nota sobre a revista vexatória nos presídios brasileiros. No texto a CNBB manifesta repúdio à pratica, aplicada na maioria dos presídios do país, considerada pela entidade como “vergonhosa e desumana”.
                                                                                                           Fonte: a12.com
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Em preparação à Semana da Vida,

Comissão Nacional disponibiliza materiais

A Comissão Nacional para a Vida e Família já disponibiliza os matérias para a Semana da Vida que será celebra de 01 e 07 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, 08 de outubro.
Estão disponíveis no site da Pastoral Familiar os materiais para divulgação da Semana Nacional da Vida. Para este ano, o tema proposto pelo "Hora da Vida" é "Vida e Missão: lançar as redes em águas mais profundas", com sete encontros e diferentes abordagens para reflexão e estudo nas comunidades.
O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Vida e Família, dom João Carlos Petrini, explica que a Semana da Vida trata-se de uma oportunidade para debater com a sociedade a dignidade da pessoa humana em todas as suas fases. "Compreender e admirar são passos necessários para acolher e respeitar a vida, para superar a visão da cultura dominante que tende a banalizar e a considerar de maneira superficial", explica o bispo.
                                                                                                           Fonte: a12.com
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A Igreja recorda Santo Agostinho,

homem inquieto em busca da verdade

Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja recorda hoje Santo Agostinho, homem inquieto em busca da verdade, filósofo e após Bispo de Hipona. Justamente a sua inquietação foi o traço destacado pelo Papa Francisco no ano passado, ao presidir a Missa de abertura do Capítulo Geral dos Agostinianos na Basílica romana de Santo Agostinho, no ‘Campo Marzio’. O patrologista agostiniano, Padre Pasquale Cormio, explicou à Rádio Vaticano quais foram os frutos amadurecidos a partir das palavras pronunciadas pelo Papa Francisco há um ano:
Inquietude que leva a Deus
Pe. Pasquale: “O Papa deixou a todos nós agostinianos uma tarefa, a de aprofundar o tema da inquietude, e a declinou em três modalidades: a inquietude da busca espiritual, a inquietude do encontro com Deus, a inquietude do amor. São três aspectos extrapolados da vida de Agostinho e que ainda hoje são válidos. A inquietude expressa o desejo de felicidade que está no coração do homem. E é o próprio Deus que coloca esta inquietude no coração do homem, para que ele possa mover-se, com o desejo mais do que com os pés, para poder buscar e possuir a verdade, isto é, Jesus Cristo. E como agostinianos nós procuramos nos mover ao longo desta linha que foi traçada justamente pelo nosso Santo Padre: a busca da verdade é busca da felicidade e posse da felicidade, mas a felicidade nós a podemos encontrar na pessoa de Jesus Cristo”.
RV: Agostinho recorda muito a inquietação do homem. Hoje, como aplacar a inquietude moderna?
Pe. Pasquale: “É um caminho. A inquietude para Agostinho é justamente isto: é seguir em frente. E a inquietude é alguma coisa que nos impele, porque num certo sentido, interiormente, nos faz sentir sempre insatisfeitos. É este sentido de insatisfação que nos permite também poder começar uma busca. Para Agostinho, a inquietude é estimulada pela beleza da natureza, da Criação: são traços de sua presença que Deus deixa no mundo. Assim como também, outra forma de inquietude é justamente aquele desejo, aquela busca de verdade, de felicidade, que nós encontramos hoje no coração das pessoas. Talvez, muitas vezes, não são capazes de encontrar aquilo que é o objeto, o significado da felicidade. A busca de Deus parte sempre da busca do homem, e o homem dentro de si encontra os sinais da presença de Deus. Desta forma, esta inquietude é um dom do Senhor, para que o homem possa mover-se justamente na busca de Deus. Podemos dizer assim: a beleza da natureza por um lado, e este sentido de insatisfação ou a busca da felicidade que está no coração do homem por outro, podem ser dois elementos que nos permitam também de aproximar – e muitas vezes assim ocorre – tantos jovens que nem sempre conseguem encontrar um sentido nas suas vidas e acabam, como o Agostinho dos primeiros tempos, por dissipar os dons que o Senhor nos deu. Um primeiro passo para nós é saber reconhecer os dons que o Senhor colocou na nossa vida e por isto louvá-lo”.
RV: Vocês, freis agostinianos, quiseram deixar um sinal visível da visita do Papa Francisco no ano passado, em 28 de agosto: por que este sinal?
Pe. Pasquale: “É seguramente também uma modalidade de agradecimento de nossa parte, pela atenção e a generosidade que o Papa Francisco teve em relação a nós, porque foi ele a nos propor presidir a celebração eucarística que abria o 184º Capítulo Geral da Ordem Agostiniana. Assim, também para recordar esta generosidade, esta atenção do Papa para com os agostinianos, quisemos colocar por escrito, em uma lápide colocada na entrada da Capela de Santa Monica, na Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio, Roma, justamente para deixar também para a posteridade esta memória da presença do Papa em meio a nós”. (JE)
                                                                                                Fonte: radiovaticana.va
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Paróquia São José - Paraisópolis (MG)

Começa nesta quinta (28) oTríduo Catequético

Programação
Todas as noites: 19h: Missa na Matriz
Dia 28 – Quinta – TemaCatequese: ministério de amor e doação
Dia 29 – Sexta – TemaCatequizar é anunciar o Cristo presente no dia-a-dia
Dia 30 – Sábado – TemaCatequizar é lançar no hoje a semente de um novo amanhã
Dia 30 – Dia do catequista
19h – Missa na Matriz
TemaCatequista, tome a sua cruz e siga Jesus
Após a missa, confraternização do Centro Pastoral São José
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                                                                                          Ilustração: regiaobelem.org.br

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Exortação "Alegria do Evangelho"

orienta atualização das Diretrizes Gerais da Igreja no Brasil

No segundo dia de reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) ampliado, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos ouviram a palestra do padre Mário de França Miranda, doutor em Teologia e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A reunião teve início ontem, 26, e prosseguirá até sexta, 29, na sede da Conferência, em Brasília. 

Padre Mário retomou as principais linhas da exortação apostólica do papa Francisco, Evangelli Gaudium, confrontando o discurso do pontífice com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. O palestrante procurou apontar as mudanças que estão acontecendo na Igreja atualmente, sobretudo a partir do pontificado de Francisco, suas orientações e a forma como ele as tem acolhido. O  sacerdote falou sobre uma presença maior do Espírito Santo na vida da Igreja e sobre a sinodalidade, ou seja, uma Igreja com mais comunhão e participação de todos.
Retomando os discursos de Francisco, padre Mário recorda a ideia da opção pelos pobres, mas em uma ótica de ações concretas como insiste o papa. “Lembrando que o termo ‘pobres’ aqui é uma palavra genérica, para todos os que estão do pior lado de uma sociedade que produz desigualdades”, alertou.
Leigos
Bispos falam à Assembleia
Para o futuro da Igreja, o teólogo defende uma participação ainda maior do laicato. “Não vejo saída para a Igreja a não ser por meio da força dos leigos e leigas na obra da Evangelização. Creio que daqui para frente é impossível uma Evangelização eficaz sem eles. A sociedade é muito complexa, com setores até desconhecidos por responsáveis religiosos, mas onde os leigos vivem sua fé e podem ser agentes dessa Evangelização”, declarou o padre, que defendeu, em seguida, uma entidade menos clerical e mais participativa.
Missão
Pela evangelização
Ainda na opinião do sacerdote, a missão é o grande sentido da Igreja. “Ser cristão é, sobretudo, estar ativo na obra da Evangelização. Você passa a trabalhar nessa obra a partir do momento do batismo. Essa consciência havia desaparecido um pouco, mas hoje está sendo fortemente retomada”. Segundo padre Mário, a Igreja está vivendo um processo de recuperação, para corrigir essa falha de mais de mil anos, desde o Concílio Vaticano II, para retomar o que há de mais autêntico do cristianismo. “Por isso, o futuro é uma época de grande oportunidade e fecundidade”, vislumbra.
O sacerdote acredita que a CNBB tem procurado responder aos pedidos do papa e que a América Latina, de modo geral, dá não apenas um forte recado ao resto do mundo, mas faz um convite para a caminhada da Igreja, por uma religião mais concreta e mais sensível ao sofrimento humano. “Às vezes o contexto europeu limita a compreensão do que se passa em outras regiões. Isso é normal, por conta da nossa chave de leitura. Mas o papa é ousado, diz ‘para que não tenhamos medo, sermos criativo’, e isso tem um peso enorme”, conclui.
                                                                                                       Fonte: cnbb.org.br
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