Papa pede as preces de todos por sua viagem ao Rio
Cidade do
Vaticano (RV) – Na oração do Angelus da manhã deste domingo, 20, Papa
Francisco pediu aos fiéis, turistas e romanos que o aclamaram na Praça São
Pedro que o acompanhem com as orações na viagem que fará a partir de
segunda-feira, 22, ao Rio de Janeiro.
Francisco
desembarcará na cidade às 16h (hora local) e participará a partir de quinta,
25, da Jornada Mundial da Juventude. Seu primeiro evento público no Rio de
Janeiro será a celebração da missa de acolhida, na Praia de Copacabana, às 18h.
Boa viagem, Papa Francisco! |
Dezenas de
milhares de pessoas ouviram suas palavras neste domingo, e em meio a elas, o
Papa entreviu uma faixa com os dizeres ‘Boa Viagem’, o que lhe deu a ocasião
para pedir aos fiéis que o acompanhem ‘espiritualmente’ nesta Jornada.
Francisco
disse ainda que no Rio e em todo o mundo esta será a ‘Semana da Juventude’ e
convidou os jovens a questionar-se sobre o caminho que devem seguir em suas
vidas.
“Todos os que
estarão no Rio querem ouvir a voz de Jesus: Senhor, o que devo fazer de minha
vida? Vocês, jovens presentes aqui na Praça, façam a mesma pergunta ao Senhor”.
Antes da
oração mariana, Francisco falou aos fiéis a respeito do Capítulo 10 do
Evangelho de São Lucas, que narra a hospitalidade oferecida pelas irmãs Marta e
Maria a Jesus em Betânia.
As duas foram
acolhedoras com o Senhor, mas tiveram atitudes diferentes: enquanto Maria, aos
pés do Senhor, escutava a sua palavra, Marta estava ocupada com seus afazeres,
agitada por muitas coisas, e foi repreendida por Jesus. Com doçura, ele lhe
explicou que se alguém quer verdadeiramente segui-lo, é necessário que se torne
seu discípulo, escutando-o. Do contrário, não poderá agir em conformidade com a
sua palavra.
Seja bem-vindo, querido Papa! |
“As obras de
serviço e caridade do cristão não devem jamais se separar da oração, da escuta
da Palavra do Senhor, assim como o fez Maria, aos pés de Jesus, comportando-se
como uma discípula. E por isso, Marta foi repreendida”.
O Papa
explicou que servir e orar são dois comportamentos importantes, mas não
contrapostos; devem ser vividos em unidade e harmonia.
“A oração que
não gera uma ação concreta em ajuda de nossos irmãos pobres, doentes, carentes,
que precisam de nós, é uma oração estéril e incompleta. Por outro lado, quando
no serviço eclesial se presta mais atenção no ‘fazer’, dando mais importância
às funções e estruturas, corre-se o risco de servir apenas a sim mesmo e não a
Deus, presente no irmão necessitado”.
Concluindo, o
Papa citou São Bento, com o seu lema “ora et labora”, e lembrou que “é da
contemplação, da relação da amizade que temos com o Senhor, que nasce em nós a
capacidade de viver e de ter conosco o amor de Deus, sua misericórdia e ternura
para com o próximo. E a consciência de que nossa atenção com o irmão carente e
nosso trabalho de caridade nas obras de misericórdia nos aproximam do Senhor”.
No final do
encontro, o Papa concedeu a sua bênção e desejou aos presentes "Bom
domingo" e "Bom almoço". (CM)
Fontes: www.news.va www.radiovaticana.va
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