peregrino do Ceará chega ao Rio para a JMJ
O peregrino da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Fábio Mateus Feitosa, 38, que saiu a pé de
Trairi, no interior do Ceará, no dia 14 de março, um dia após o anúncio da
eleição do Papa Francisco, em direção ao Rio de Janeiro, já está no Estado e
chegará à capital fluminense nesta quinta-feira, 18, depois de percorrer mais
de três mil quilômetros por estradas e rodovias do país.
Fábio Mateus Feitosa - Fé e persistência |
O ex-funcionário
de uma fábrica de cocos - que pediu demissão para encarar a caminhada, que
completou quatro meses - contou nesta quarta-feira, 17, que segue pela estrada
Rio-Magé, na altura de Xerém, em Duque de Caxias, e deve chegar até o final do
dia ao centro do município da Baixada Fluminense, onde passa a noite.
Para Feitosa, um
sonhado encontro com o Pontífice na capital "cada vez mais se torna uma
realidade". O cearense está sendo acompanhado à distância pela equipe do
comitê-organizador da JMJ e espera receber um convite do arcebispo do Rio, dom
Orani Tempesta, para conhecer o chefe da Igreja Católica.
"A
expectativa cresce a cada dia para que esse encontro aconteça. Cada vez mais
estou vendo isso como uma realidade. Mas se não acontecer agora, tudo bem.
Certamente em alguma hora isso vai acontecer", disse ele.
De acordo com o
planejamento do peregrino, a caminhada final em direção à catedral
metropolitana, no centro do Rio, deve ser finalizada por volta das 17h desta
quinta. Feitosa deve ser recepcionado com festa pelos integrantes da caravana
de Trairi.
O fim da
peregrinação vai ocorrer três dias depois da data prevista inicialmente por
Feitosa, que, ao sair a pé do Ceará, pretendia chegar ao Rio no dia 15 de
julho. Segundo ele, as chuvas e o cansaço foram os fatores que mais
atrapalharam:
"Eu levei
um pouco mais de tempo por causa da chuva e do cansaço. Em Petrópolis, na
descida da serra, eu me machuquei um pouco. Tive que parar para descansar e
lavar algumas roupas. Ainda estou com um pouco de dor na perna", disse.
Dificuldades
Para Feitosa,
caminhar por estradas e rodovias esburacadas, desertas e mal sinalizadas foi o
grande "sacrifício" da peregrinação. "As condições das estradas
não favorecem. Mesmo caminhando pelo acostamento, sempre tem gente [em
referência aos motoristas] passando muito perto. O clima é de insegurança, mas
a gente segue em frente", afirmou.
O peregrino
disse ainda ter pego caronas para percorrer alguns trechos, porém apenas em
situações nas quais não tinha condições físicas ou mentais para seguir adiante.
No dia seguinte, disse o cearense, preocupava-se em retornar ao ponto onde
havia pego uma eventual carona para dar sequência à peregrinação.
"Seu eu
pegar a carona vou marcar onde eu estou pegando aquele transporte. Depois
retorno e faço o percurso a pé. Pode ser que algumas pessoas tenham me visto em
algum carro ou caminhão, pois às vezes a condição humana não te permite
caminhar, por algum cansaço ou dor. Mas eu sempre volto", explicou ele.
Feitosa deve
ficar hospedado em convento na região central da cidade. "Não conheço nada
no Rio de Janeiro. Nunca tinha saído do Ceará", disse.
De acordo com o
peregrino, que carrega apenas uma mochila com poucas roupas, alimentos não
perecíveis e água, a maioria das pessoas que ele conheceu pelo caminho foi
solidária em relação ao fornecimento de comida, hospedagem e suprimentos.
"Isso nunca me faltou. Acho que 80% das pessoas que eu conheci foram muito
solícitas", afirmou ele, que é casado e tem dois filhos.
Fonte: www.portalecclesia.com
..........................................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário