Não olhar para trás, mas ir adiante
Cidade do
Vaticano (RV) – Como todas as manhãs, o Santo Padre celebrou Missa na
Capela da Casa Santa Marta, onde reside, no Vaticano, da qual participaram,
entre outros, o Cardeal Manuel Monteiro de Castro e Dom Beniamino Stella, além
de um grupo de sacerdotes e colaboradores do Tribunal da Penitenciaria
Apostólica e da Pontifícia Academia Eclesiástica.
Homilia do Papa |
Em sua homilia,
o Papa partiu da Liturgia do dia, apresentando o exemplo de Lot, convidado pelo
anjo a deixar a cidade, antes de ser destruída. Por isso, destacou “quatro
atitudes possíveis nas situações mais difíceis e de conflito na vida: lentidão,
não olhar para trás, medo e a graça do Espírito Santo.
Referindo-se à
lentidão de Lot, em deixar a cidade que seria destruída, o Papa disse que o
“cristão é chamado a ser corajoso na sua fraqueza, reconhecer sua fragilidade e
fugir das ocasiões de pecado, sem olhar para trás:
“Santa Terezinha
do Menino Jesus nos ensinava que, algumas vezes, diante de certas tentações, a
única solução é não ter vergonha de fugir do mal, reconhecendo que somos
fracos. Fugir para continuar no caminho de Jesus”.
É o que o
próprio anjo do Senhor sugeria a Lot: “fugir da cidade, sem olhar para trás;
olhar adiante”. Aqui, encontramos um conselho para vencer a saudade da situação
de pecado, que o povo de Israel sentia quando escravo no Egito. Ele queria
voltar à vida de antes. Mas, o anjo dá uma sugestão sapiente a “não olhar para
trás, mas ir adiante. E, falando da terceira atitude do cristão, ou seja, o
medo de prosseguir no caminho justo, o Santo Padre disse:
“Ter medo! Esta
também é uma tentação do demônio: ter medo de prosseguir no caminho que o
Senhor nos indica. Não devemos permanecer na escravidão do Egito, mas ir
adiante, sem perguntar aonde o Senhor vai nos levar. Então, prosseguir, sem
temor”.
O Santo Padre
concluiu sua meditação falando de uma quarta atitude: confiar na graça do
Espírito Santo. Isto acontece depois que Jesus faz voltar a bonança, depois da
tempestade no mar agitado. Os discípulos estavam repletos de medo. Neste
sentido, hoje, o Papa sugere ao cristão dirigir-se ao Senhor e pedir-lhe ajuda:
“Senhor, tenho
medo! E, olhando para o Senhor, os discípulos disseram: ‘salva-nos, Senhor,
estamos perecendo’. E ficaram maravilhados com o novo encontro com Jesus. Logo,
não sejamos cristãos ingênuos, nem cristãos insípidos! Sejamos cristãos
valorosos, corajosos, apesar da nossa fragilidade”.
Portanto, Papa
Francisco exortou os presentes na Missa, a assumir sua fragilidade, com
coragem, sem jamais olhar para trás e ceder à nostalgia do mal. Não devemos ter
medo, mas confiar no Senhor! (MT)
Fonte: www.radiovaticana.va
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