15º Domingo do Tempo Comum
Devemos ser
samaritanos. Anunciadores, como a samaritana que bebeu da água viva e saiu para
anunciar a cidade que havia encontrado o Messias. Misericordiosos, como aquele
samaritano que foi capaz de se aproximar, compadecer-se, sair da montaria e
colocar sobre ela quem estava caído no chão
O ponto de
partida do Evangelho de hoje é a resposta sobre uma pergunta simples dirigida a
Jesus: “Quem é o meu próximo?” Para os judeus, próximos eram os da mesma raça.
Próximo significa ser amigo, ser vizinho... Jesus mostra que devemos nos fazer próximos.
Não é uma categoria de privilegiados, pois podemos nos tornar próximos de todos
O samaritano foi próximo, pois teve amor incondicional |
O samaritano se
aproximou do homem caído e compadeceu-se, teve misericórdia, foi movido
por piedade, por compaixão. No Evangelho de Lucas, o autor usa esse verbo
empregado no versículo 33 em outras passagens: aplicando-o a Jesus (7,13: teve
compaixão da Viúva que levava o filho) e para o Pai do filho pródigo (15,20:
compadeceu-se do filho que voltara). Portanto é um verbo que caracteriza uma
ação divina, de quem tem pura gratuidade em sua ação. Quando alguém se
compadece do próximo, assemelha-se a Deus.
Qual dos três
foi próximo do homem caído? A resposta do mestre da lei foi imediata: “aquele
que usou de minsericórdia”. O termo misericórdia significa ter o
coração batendo junto com o coração dos míseros (=sentir o que eles sentem,
sofrer com). Quando sofremos junto com os pobres e sofredores, vamos ao
encontro deles. Um doente compreende um doente, por exemplo. Não basta
encorajar os outros com palavras prontas, é preciso entrar no seu mundo,
mostrar que o nosso coração sente o sofrimento alheio
A lei do amor
não está longe de nós, mas está ao nosso alcance. Também podemos amar deste
modo (1ª. Leitura). Também podemos ir ao encontro daquele que sofrem, daquele
que está doente, daquele que precisa de um conselho, de um sorriso, de
alimento, de afeto, de compreensão, de solidariedade... Não se resume na pseudo-solidariedadedo
gesto de dar um trocado ou um prato de comida. Trata-se, sim, de sentir todos
como próximos. É no cotidiano da vida que somos bons samaritanos. Talvez o
judeu caído esteja mais perto de nós do que possamos imaginar. Antes de
procurá-lo no sinaleiro, em um hospital ou num asilo, talvez seja melhor
procurá-lo na nossa casa e no nosso trabalho
Jesus nos ensina
a amar com a totalidade do nosso ser (Dt 6,5; Lc 10,27). Amar com o
coração: a partir do centro das decisões; amar com a alma: com o fôlego, com
o desejo; amar com toda a força: com a vontade; amar com toda a inteligência
A Eucaristia ó
banquete dos próximos. Jesus se torna próximo de toda a humanidade, vem ao
nosso encontro, morre por nós, ressuscita, faz-se pão. Só um Deus que se faz
próximo pode comer junto em nossa mesa
“O meu Reino ó
quem vai compreender? Não se perde na pressa que tem sacerdote e levita que vão
se cuidar... mas se mostra em quem não se contém, se aproxima e procura o
melhor para o irmão agredido que viu no chão”. (Fr. Fabreti/ Thomas Filho)
Padre Roberto Nentwig
Fonte: www.catequeseebiblia.blogspot.com www.mfcmamonas.no.comunidades.net
...............................................................................................................................................
...............................................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário