Francisco chega
a Seul:
"Deus abençoe a Coreia"
Seul (RV) –
O Papa Francisco já está na Coréia. Após 11 horas e 22 minutos de vôo, o
Pontífice chegou à Base Aérea de Seul às 10h36min, hora local, onde foi
recebido pela presidente Park Geun-hye. Logo após sua chegada, o Papa lançou um
tweet na sua conta @Pontifex: “Deus abençoe a Coréia, de modo especial os seus
anciãos e os seus jovens”.
O Pontífice foi
acolhido calorosamente pelas autoridades e religiosos, confirmando o clima de
entusiasmo vivido no país com a visita. Logo após, transferiu-se para a
Nunciatura Apostólica onde celebrou a Missa de forma privada.
Acolhida carinhosa |
Às 15h40min,
hora local, o Papa transferiu-se ao Palácio Presidencial onde foi realizada a
cerimônia de boas-vindas e o colóquio privado com a Presidente. Após, encontrou
o episcopado coreano na Nunciatura Apostólica, quando em seu discurso destacou
dois aspectos centrais da guarda do povo de Deus no país:"ser guardiões da
memória e guardiões da esperança".
Todos os
principais jornais dedicaram as primeiras páginas à visita e convidaram os seus
leitores a viverem intensamente estes momentos. “O Santo Padre dos Pobres chega
em uma terra dividida e a luz da reconciliação brilha sobre toda a Coreia”: uma
mensagem que ecoa de uma parte a outra da península coreana, 25 anos após a
visita do último pontífice, João Paulo II, em 1989.
A Igreja local
está em festa por um ano de graça. Inicialmente, devido à criação do Cardeal
Yeom Soo-Jung, Arcebispo de Seul. Após, o anúncio da Beatificação dos 124
mártires e da visita do Papa Francisco por ocasião da Jornada da Juventude
Asiática.
A Coreia e a
Ásia aguardam com expectativa as palavras do Pontífice, nesta que é a sua
terceira viagem internacional. (JE)
Papa Francisco:
O mundo inteiro está cansado de guerras
O Papa Francisco iniciou, na tarde desta quarta-feira, a terceira Viagem
Apostólica internacional do seu Pontificado, à Coreia do Sul, após ter visitado
o Brasil e a Terra Santa.
Flores para a Mãe de Deus |
Antes de deixar
a Itália, como fez nas viagens precedentes, o Santo Padre dirigiu-se à Basílica
romana de Santa Maria Maior, onde se deteve, por alguns momentos, em oração
diante da imagem de Nossa Senhora “Salvação do Povo Romano”, após ter
depositado um ramalhete de flores aos seus pés. Assim, o Papa pediu a proteção
materna de Maria para a sua visita à Coréia.
O Papa Francisco
deixou o aeroporto romano de Fiumicino às 16 horas, hora local, com destino a
Seul, capital da República da Coréia, onde chegou após 11 horas e 22 minutos de
vôo. Durante a viagem, como de costume, o Pontífice enviou telegramas aos
chefes de Estado, dos dez países sobrevoados: Itália, Croácia, Eslovênia,
Áustria, Eslováquia, Polônia, Belarus, Rússia, Mongólia e China.
Durante a longa
viagem, o Santo Padre fez uma breve saudação aos jornalistas, que o
acompanhavam, agradecendo-os pela presença, como também pelo serviço
jornalístico que prestarão nestes cinco dias de permanência em terras coreanas.
O Papa recomendou aos jornalistas que “a sua palavra possa sempre unir-nos ao
mundo”, mas também que a sua palavra possa ser uma verdadeira “mensagem de
paz”, da qual o mundo tanto precisa, hoje.
Em solo coreano |
Ao chegar à Base
Aérea de Seul, o Bispo de Roma foi acolhido pelas autoridades civis e religiosas,
entre as quais o Núncio Apostólico, Dom Osvaldo Padilla, a Presidência dos
Bispos da Coréia, o arcebispo de Seul, e a Presidente do país, Sra. Park
Geun-hye.
Após a sua
chegada a Seul, o Santo Padre lançou o seguinte tweet: “Deus abençoe a Coréia,
especialmente os seus idosos e os seus jovens”!
Depois da
cerimônia de boas vindas, o Pontífice se dirigiu à Nunciatura Apostólica, onde
celebrou uma Santa Missa, em forma privada. Em sua breve reflexão, o Papa falou
em italiano e espanhol sobre a liturgia do dia. A seguir, transferiu-se ao
Palácio Presidencial de Seul, para uma visita de cortesia à Presidente do país.
Participaram do encontro dois Ministros coreanos, o Cardeal Secretário de
Estado, Pietro Parolin, e o Núncio Apostólico.
Francisco e Park Geun-hye |
A seguir, o Papa
Francisco manteve um encontro com as Autoridades governamentais e os
representantes do Corpo Diplomático, no Palácio Presidencial de Seul. Depois
das palavras de boas vindas da Presidente, Park Geun-hye, o Santo Padre
pronunciou seu primeiro discurso, em inglês, dizendo:
“Queridos
amigos! Para mim é uma grande alegria vir à Coreia, a ‘terra do calmo
amanhecer’, e experimentar não só a beleza natural do país, mas também e,
sobretudo, a beleza do seu povo e da sua riqueza histórica e cultural. No
decurso dos anos, esta herança nacional foi colocada à prova pela violência, a
perseguição e a guerra; mas, não obstante essas provações, sempre prevaleceu o
‘calmo amanhecer’, quando o calor do dia ainda não se fez sentir e a escuridão
da noite já se foi, ou seja, uma inalterável esperança de justiça, paz e
unidade. Que grande dom é a esperança! Não podemos desanimar na busca destas
metas, que beneficiam não só o povo coreano mas também toda a região e o mundo
inteiro”.
Após agradecer a
presença das autoridades e representantes do governo, que contribuíram, com
seus esforços, para a preparação da sua visita, o Papa expressou seu
reconhecimento pela hospitalidade, sentindo-se como se estivesse em casa.
Depois, explicou o motivo da sua visita ao país:
Pela paz |
“A minha visita
à Coreia realiza-se por ocasião da VI Jornada Asiática da Juventude, que reúne
jovens católicos de todo este vasto Continente numa jubilosa celebração da fé
comum. Além disso, no decurso da minha visita, proclamarei Beatos alguns
coreanos martirizados pela fé cristã: Paul Yun Ji-chung e os seus 123
companheiros. Estes dois acontecimentos que celebramos completam-se
reciprocamente. A cultura coreana possui uma boa compreensão da dignidade e
sabedoria próprias dos antigos e honra o seu papel na sociedade. Nós,
católicos, honramos os nossos antigos, que sofreram o martírio pela fé, porque
se prontificaram a dar a vida pela verdade em que acreditaram e de acordo com a
qual procuraram viver. Ensinam-nos a viver plenamente para Deus e para o bem do
próximo”.
Um povo grande e
sábio, disse o Papa, não se limita a amar as suas tradições ancestrais, mas
valoriza também os seus jovens, procurando transmitir-lhes a herança do
passado, que aplica aos desafios do presente. Sempre que os jovens se reúnem,
como acontece nesta ocasião, oferecem a todos uma oportunidade preciosa para
ouvirmos as suas esperanças e preocupações.
Mas, todos nós,
explicou ainda o Pontífice, somos chamados também a refletir se estamos
transmitindo, de modo adequado, os nossos valores às futuras gerações e qual
tipo de sociedade nós preparamos para lhes entregar.
Neste contexto,
o Santo Padre considera, particularmente importante, refletir sobre a
necessidade de transmitir o dom da paz aos nossos jovens:
A busca da paz deve ser contínua |
“Este apelo
reveste-se de um significado muito especial aqui na Coreia, uma terra que
sofreu longamente por falta de paz. Exprimo o meu apreço pelos esforços feitos
a favor da reconciliação e da estabilidade na Península Coreana e encorajo tais
esforços, que são o único caminho seguro para uma paz duradoura. A busca da
paz, por parte da Coréia, é uma causa que nos preocupa, de modo particular,
pois concorre para a estabilidade de toda a região e do mundo inteiro, cansados
de guerras”.
A busca da paz,
afirmou o Bispo de Roma, constitui um desafio também para cada um de nós e, de
modo especial, para os que, entre os senhores, têm a tarefa de trabalhar pelo
bem comum da família humana, mediante um paciente trabalho diplomático.
Trata-se de um perene desafio de abater os muros da desconfiança e do ódio,
promovendo uma cultura de reconciliação e solidariedade. E o Papa afirmou:
“A diplomacia,
como arte possível, baseia-se na convicção firme e perseverante de que a paz
pode ser alcançada, sobretudo, através do diálogo e da escuta atenta e
discreta, ao invés de recriminações recíprocas, críticas inúteis e
demonstrações de força. A paz não é simplesmente ausência de guerra, mas é obra
da justiça. E a justiça, como virtude, faz apelo à tenacidade da paciência; ela
não pretende fazer-nos esquecer as injustiças do passado, mas superá-las com o
perdão, a tolerância e a cooperação. Ela requer ainda o desejo e o
discernimento para alcançar os objetivos, reciprocamente vantajosos, e a
construção dos alicerces do respeito mútuo, da compreensão e da reconciliação.
Faço votos de que todos nós possamos dedicar-nos à construção da paz, à oração
pela paz, redobrando o nosso compromisso para realizá-la”.
O Bispo de Roma
convidou as autoridades e os diplomatas coreanos a reforçar seus esforços, como
líderes políticos e civis, para a construção de um mundo melhor, mais pacífico,
mais justo e próspero para os nossos filhos.
A experiência
nos ensina, disse o Santo Padre, que, em um mundo cada vez mais globalizado, a
compreensão do bem comum, do progresso e do desenvolvimento deve ser, em última
análise, não só de caráter econômico, mas também humano. A Coreia, como a
maioria das nações desenvolvidas, enfrenta relevantes problemáticas sociais,
divisões políticas, desigualdades econômicas e preocupações na gestão
responsável do meio ambiente.
O Papa Francisco
fez sua exortação final dizendo: “Como é importante que a voz de cada membro da
sociedade seja ouvida ao promover um espírito de comunicação aberto, de diálogo
e cooperação! É igualmente importante dedicar especial atenção aos pobres, aos
mais vulneráveis e aos que não têm voz. O Santo Padre nutre a esperança de que
a democracia coreana possa se fortalecer, cada vez mais, a fim de que esta
nação demonstre sua primazia também na ‘globalização da solidariedade’ e no
desenvolvimento integral de cada membro da família humana.
Por fim, o Santo
Padre expressou o desejo de que a comunidade católica coreana possa participar
plenamente da vida da nação: “A Igreja quer contribuir para a educação dos
jovens e para o crescimento de um espírito de solidariedade com os pobres e
desfavorecidos; que contribuir para a formação das jovens gerações, pronta a
oferecer a sabedoria e clarividência herdadas dos seus antepassados e nascidas
da sua fé, para que possam enfrentar as grandes questões políticas e sociais da
nação. (MT)
Papa aos Bispos
da Coreia:
Sejam guardiões da memória e da esperança
O segundo encontro
do Papa, em terras coreanas, foi com as autoridades e diplomatas do país. De
fato, ao deixar o Palácio Presidencial de Seul dirigiu-se à sede da Conferência
Episcopal Coreana, onde se reuniu com todos os 35 Bispos das 16 dioceses
existentes no país.
No discurso que
pronunciou aos seus irmãos no episcopado, o Papa Francisco saudou e agradeceu a
presença de todos e disse ser “uma bênção para ele estar ali e poder conhecer
pessoalmente a vida dinâmica da Igreja na Coreia.
Aos pastores
presentes, o Papa recordou-lhes a sua missão de cuidar do rebanho do Senhor
como guardiões das maravilhas que Ele realiza no seu povo. Cuidar do rebanho ou
do povo de Deus é uma das tarefas específicas, confiadas a cada Bispo.
Colegialidade episcopal |
A seguir, o Santo
Padre passou a refletir, como irmão no episcopado, sobre dois aspectos
principais do cuidado do povo de Deus naquele país: ser “guardiões da memória”
e “guardiões da esperança”.
A beatificação
de Paul Yun Ji-chung e dos seus companheiros, que o Papa vai presidir no
próximo sábado em Seul, será uma ocasião para agradecer ao Senhor que, a partir
das sementes lançadas pelos mártires, proporcionou uma colheita abundante de
graça naquela terra. E o Papa explicou:
“Os senhores são
os descendentes dos mártires, herdeiros do seu heróico testemunho de fé em
Cristo. Além disso, são herdeiros de uma tradição extraordinária, que teve
início e cresceu amplamente graças à fidelidade, a perseverança e o trabalho de
gerações de leigos. É muito significativo o fato de que a história da Igreja na
Coreia tenha começado com um encontro direto com a Palavra de Deus. A beleza
intrínseca e a integridade da mensagem cristã, ou seja, o Evangelho e o seu
apelo à conversão, à renovação interior e a uma vida de caridade, impressionaram
a Yi Byeok e aos ilustres anciãos das primeiras gerações”.
Hoje, afirmou o
Papa, a fecundidade do Evangelho na terra coreana e a grande herança
transmitida por seus antepassados na fé podem-se reconhecer no florescimento de
paróquias ativas e movimentos eclesiais, nos sólidos programas de catequese, na
solicitude pastoral pelos jovens e nas escolas católicas, nos seminários e nas
universidades. A Igreja na Coreia é estimada pelo seu papel na vida espiritual
e cultural da nação e pelo seu vigoroso impulso missionário: de terra de
missão, a Coreia tornou-se hoje terra de missionários; e a Igreja católica
continua a se beneficiar de tantos sacerdotes e religiosos enviados pelo mundo.
E, ao explicar o primeiro ponto da sua reflexão, o Papa disse:
“Ser ‘guardiões
da memória’ significa mais do que recordar e aprender com acontecimentos do
passado; significa extrair os recursos espirituais para enfrentar, com
clarividência e determinação, as esperanças, as promessas e os desafios do
futuro. A vida e a missão da Igreja na Coreia não se medem, em última análise,
em termos exteriores, quantitativos e institucionais; mas devem ser julgados à
luz do Evangelho e do seu apelo a conversão da pessoa para Jesus Cristo. Ser
guardiões da memória significa dar-se conta de que o crescimento vem de Deus e,
ao mesmo tempo, é fruto de um trabalho paciente e perseverante, tanto no
passado como no presente”.
Entre irmãos queridos |
A memória dos
mártires e das gerações passadas de cristãos, afirmou ainda o Papa, deve ser
realista, não idealizada nem ‘triunfalista’. Olhar para o passado, sem ouvir o
chamado de Deus à conversão, não nos ajuda a prosseguir na caminhada; pelo
contrário, pode até acabar por impedir ou deter o nosso progresso espiritual.
Além de ser
“guardiões da memória”, explicou o Santo Padre, os senhores são chamados também
a ser “guardiões da esperança”: a esperança oferecida pelo Evangelho da graça e
da misericórdia de Deus em Jesus Cristo, a esperança que inspirou os mártires.
É esta esperança que somos chamados a proclamar a um mundo que, apesar de sua
prosperidade material, busca algo mais, algo maior, algo mais autêntico e que
dá plenitude.
Os senhores e os
irmãos sacerdotes oferecem esta esperança com o seu ministério de santificação,
que não apenas conduz os fiéis às fontes da graça na liturgia e nos
sacramentos, mas constantemente os impele a agir em resposta a Deus. Por isso,
o Papa exortou os pastores e o clero coreanos a manterem esta esperança e a
chama da santidade, da caridade fraterna e do zelo missionário na comunhão eclesial.
Por isso, o
Pontífice convidou os Bispos a permanecerem sempre ao lado dos sacerdotes,
encorajando-os no seu trabalho diário, na sua busca da santidade e na
proclamação do Evangelho de salvação. O Papa transmitiu-lhes a sua saudação
cordial e a sua gratidão pelo generoso serviço em favor do povo de Deus.
A fraternidade gera felicidade |
O Bispo de Roma
prossegue dizendo que “se abraçarmos o desafio de ser uma Igreja missionária,
uma Igreja que sai constantemente para o mundo e, em particular, para as
periferias da sociedade contemporânea, teremos necessidade de cultivar aquele
‘prazer espiritual’ que nos torna capazes de acolher e identificar-nos com cada
membro do Corpo de Cristo.
Neste sentido,
recordou o Papa, é preciso mostrar particular solicitude, nas nossas
comunidades, pelas crianças e os idosos. A este respeito, quero pedir-lhes que
cuidem, de modo especial, da educação dos jovens, apoiando, na sua
indispensável missão, não apenas as universidades, mas também as escolas
católicas, onde as mentes e os corações jovens são formados no amor de Deus e
da sua Igreja, no bem, no verdadeiro e no belo, para serem bons cristãos e
honestos cidadãos. E o Pontífice acrescentou:
“Ser guardiões
da esperança implica também assegurar o testemunho profético da Igreja na
Coréia, a fim de que continue a expressar-se na sua solicitude pelos pobres e
nos seus programas de solidariedade, especialmente em favor dos refugiados e
migrantes e dos que vivem à margem da sociedade. Esta solicitude deveria
manifestar-se, não apenas através de iniciativas concretas de caridade, muito
necessárias, mas também do trabalho constante de promoção a nível social,
ocupacional e educativo. Podemos correr o risco de reduzir o nosso compromisso
com os necessitados simplesmente a uma dimensão assistencial, ignorando a
necessidade de cada um de crescer como pessoa e expressar com dignidade a sua
própria personalidade, criatividade e cultura”.
A solidariedade
para com os pobres deve ser considerada como um elemento essencial da vida
cristã; através da pregação e da catequese, fundadas no rico patrimônio da
Doutrina social da Igreja, esta solidariedade deve permear os corações e as
mentes dos fiéis e refletir em todos os aspectos da vida eclesial. O ideal
apostólico de uma Igreja pobre e para os pobres encontrou uma expressão
eloquente nas primeiras comunidades cristãs desta nação.
Por isso, o
Pontífice espera que este ideal continue a moldar o caminho da Igreja coreana
na sua peregrinação para o futuro. Ele expressou sua convicção de que, se o
rosto do amor sobressair na Igreja, os jovens se sentirão sempre mais atraídos
para o coração de Jesus, repleto de amor divino.
O Papa Francisco
concluiu seu longo discurso aos Bispos coreanos encoranjando-os, com estas
reflexões sobre a sua missão e como ‘guardiões da memória e da esperança’, a
fomentar a unidade, a santidade e o zelo dos fiéis na Coreia. A memória e a
esperança, concluiu, nos inspiram e nos guiam para o futuro. Possam as súplicas
de Maria, Mãe da Igreja, levar ao seu pleno florescimento, nesta terra, as sementes
lançadas pelos mártires, irrigadas por gerações de fiéis católicos e
transmitidas a todos como uma promessa para o futuro do país e do mundo.
Ao término do
encontro com os Bispos da Coréia, o Bispo de Roma retornou à Nunciatura
Apostólica de Seul, concluindo assim seu primeiro dia de atividades na Coréia
do Sul. (MT)
Pe. Lombardi:
"O Papa está muito contente com acolhida"
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, encontrou-se
no final da tarde desta quinta-feira com os jornalistas, em Seul, quando falou
de alguns aspectos particulares deste primeiro dia da visita do Papa Francisco
à Coréia.
O jesuíta
declarou que “o Papa está muito contente e não está, de fato, cansado”, para em
seguida comentar o fato de que a Presidente coreana ter ido à Base Aérea
receber o Pontífice “não é o comum”, “o que testemunha o afeto e a gratidão do
povo coreano e dos seus mais altos representantes institucionais. Na chegada,
estavam muitos representantes das associações e dos movimentos eclesiais
locais, quase que testemunhando que a Igreja coreana caminha junto e é uma
grande família”.
A Missa
celebrada privadamente pelo Santo Padre na Nunciatura Apostólica em Seul, após
a saída da Base Aérea, - disse Lombardi - seguiu o “habitual protocolo da Casa
Santa Marta”. Dela participaram religiosos e religiosas.
Papa Francisco feliz com a viagem |
No Palácio
Presidencial, o Pontífice recebeu da Sra. Park uma tela adornada com objetos
decorados, típicos da tradição local.
O discurso aos
bispos na Nunciatura Apostólica foi pronunciado integralmente e três foram as
passagens improvisadas: “o convite aos prelados a não ceder à tentação do
clericalismo - levando em consideração que os fundadores da Igreja coreana eram
leigos; a recomendações de serem próximos aos párocos e aos sacerdotes e a
apoiá-los no serviço pastoral e que a Igreja deve ser pobre entre os pobres,
porque uma Igreja forte, em um país assim evoluído, não deve olhar ao fator econômico”.
Por fim, ao falar
da visita do Cardeal Fernando Filoni ao Curdistão, como Enviado Pessoal de Sua
Santidade, Lombardi leu um SMS chegado no seu celular, onde o purpurado contava
ter encontrado os bispos e as autoridades civis e dava a boa notícia do dia: o
nascimento de uma criança no local onde estavam os refugiados. (JE)
Fonte: radiovaticana news.va
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