Solenidade da Assunção de Nossa Senhora
1ª Leitura: Ap 11,19a;12,1-6a.10ab Salmo: 45(44) 2ª Leitura: 1Cor 15,20-27a
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Evangelho: Lc 1,39-56
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Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós! |
Naqueles dias,
Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade
de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a
saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou
repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor
venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino
pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi
dito da parte do Senhor será cumprido!”. Maria então disse: “A minha alma
engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele
olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me
chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é
santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o
temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que têm planos orgulhosos
no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu
de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel,
seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses
com Isabel. Depois, voltou para sua casa.
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Reflexão
Festa da vitória
de Deus e de Cristo sobre o mal e a morte
O dogma da
Assunção de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio XII, em 1950. O texto da
proclamação dogmática não afirma que ela foi elevada ao céu, mas à “Glória
celeste”. Não se afirma, portanto, um deslocamento espacial nem uma nova
localização, mas a transfiguração do seu corpo e a passagem de sua condição
terrestre à condição gloriosa da totalidade de sua pessoa, isto é, corpo e
alma. A solenidade da Assunção da Mãe de Deus é, em primeiro lugar, a festa da
vitória de Deus e de Cristo sobre o mal e a morte (cf. 1Cor 15,21-22). Na
ressurreição de Jesus Cristo, o inimigo da natureza humana foi vencido. É essa
vitória que celebramos a cada domingo. A festa da Assunção de Nossa Senhora é
uma verdadeira Páscoa, uma vez que é a participação da nossa humanidade na
Páscoa de Jesus Cristo.
Todo o livro do
Apocalipse pode ser considerado uma visão, no sentido de revelação de Deus. A
finalidade do livro é encorajar o povo de Deus no seu testemunho de Cristo e a
permanecer firme na observância da palavra de Jesus Cristo. O tema da visão do
trecho de hoje é “um grande sinal no céu”. Todo sinal precisa ser interpretado
e bem compreendido. A mulher ornada que aparece no céu é a Igreja triunfante,
vitoriosa (coroa de doze estrelas), na eternidade (lua debaixo dos pés), sobre
a qual o mal não tem mais poder, pois ela é revestida da Glória do Ressuscitado
(vestida de sol). Ela está pronta para dar à luz. A Igreja, fiel ao seu Senhor,
gera, pela fé, novos filhos. Ela é ameaçada por causa do filho que ela gera,
mas é protegida por Deus e conduzida ao deserto. Todo o nosso trecho é uma
evocação do êxodo. A finalidade é levar a Igreja peregrina a contemplar a
realidade da Igreja triunfante, a fim de ser sustentada no seu testemunho e na
sua fidelidade ao Deus verdadeiro.
A festa da
Assunção de Nossa Senhora é a participação da nossa humanidade na vitória de
Cristo. Na Assunção de Nossa Senhora, Deus revela a dignidade do ser humano. O
ser humano não pode ser prisioneiro do mal nem nossa vida terrestre pode ser
desprezada como se vivêssemos num desterro ou num vale de lágrimas. A vida do
ser humano interessa a Deus. A elevação de Maria à Glória celeste faz com que
olhemos para a nossa humanidade para que não a deixemos corromper pelo mal que
desfigura o ser humano criado à imagem e semelhança de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustrações: franciscanos.org.br
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