De volta à
audiência geral, Papa afirma:
As Bem-aventuranças são o retrato de Jesus,
o seu modo de vida; são o caminho para a verdadeira felicidade.
o seu modo de vida; são o caminho para a verdadeira felicidade.
Cidade do
Vaticano (RV) – Depois de um mês de pausa das audiências gerais, o
Papa retomou na manhã desta quarta-feira, 06, o encontro semanal com os fiéis.
Pela primeira vez em seu Pontificado, a audiência foi realizada na Sala Paulo
VI, ambiente com ar condicionado, mais apropriado para receber milhares de
pessoas nesta estação.
Francisco foi
acolhido como sempre, com muito carinho, pelos quase 7 mil fiéis presentes, e
começou sua catequese evidenciando as características do povo de Deus: em
primeiro lugar - disse - este povo foi fundado sobre a Nova Aliança,
estabelecida pelo Senhor com o dom de sua vida.
As bem-aventuranças aperfeiçoam os mandamentos da Antiga Aliança |
Prosseguindo,
ressaltou o papel de São João Batista, o ‘precursor’, aquele que preparou a
vinda do Senhor predispondo o povo à conversão dos corações e ao acolhimento da
consolação de Deus. Também foi ‘testemunha’, pois apresentou Jesus como aquele
que vinha do alto para perdoar os nossos pecados e fazer de seu povo a sua
esposa. Como ‘precursor’ e ‘testemunha’, João Batista desempenhou um papel
central nas Escrituras, sendo ‘ponte’ entre a promessa do Antigo Testamento e a
sua realização em Jesus Cristo. “Com o seu testemunho, João nos indicou Jesus,
nos convidou a segui-lo e nos disse, sem meio-termos, que isto requer
humildade, arrependimento e conversão”, completou o Pontífice.
Continuando a
catequese, o Papa lembrou que “Cristo, no Sermão da Montanha, como Moisés no
Monte Sinai com o antigo Israel, nos deu o ensinamento novo, que começa com as
Bem-aventuranças. Elas são o caminho indicado por Deus como resposta ao anseio
de felicidade ínsito no homem; elas aperfeiçoam os mandamentos da Antiga
Aliança”.
Francisco
interagiu com os fiéis, peregrinos e turistas, questionando se recordavam as
Bem-aventuranças e convidando todos a repeti-las com ele, imprimindo-as em seus
corações. Como 'tarefa', recomendou que releiam em suas casas o capítulo 5 do
Evangelho de Mateus:
É preciso reler sempre as Bem-aventuranças |
Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados
os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados;
Bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados
os puros de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados
os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos
céus;
Bem-aventurados
sois vós, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos,
porque é grande a vossa recompensa nos céus.
“Nestas palavras –
disse o Papa – está toda a novidade trazida por Cristo: as Beatitudes são
o retrato de Jesus, o seu modo de vida; são o caminho para a verdadeira
felicidade. Jesus também nos deixou o critério pelo qual seremos julgados, no
fim do mundo: estaremos com Ele na vida eterna se formos capazes, durante a
nossa vida terrena, de reconhecê-lo no pobre, no faminto, no indigente, no
marginalizado, no doente e no sofredor”.
Deus nos abraça com sua misericórdia e compaixão em Cristo |
Francisco também
aconselhou os fiéis a relerem este ensinamento do capítulo 25 do Evangelho de
Mateus.
Enfim, o Papa
concluiu: “A Nova Aliança consiste justamente em saber reconhecer que Deus
nos abraça com a sua misericórdia e compaixão em Cristo. É isso que preenche o
nosso coração de alegria, o que faz de nossa vida um belo e crível testemunho
do amor de Deus por todos os irmãos que encontramos, todos os dias”.
Antes de
conceder a bênção final, o Papa dedicou algumas palavras ao Servo de Deus Paulo
VI, no aniversário de sua morte, ocorrida em 6 de agosto de 1978: "Nós o
recordamos com carinho e admiração, pois ele viveu totalmente a serviço da
Igreja, amando-a de todo coração. Que seu exemplo de fiel servidor de Cristo e
do Evangelho seja de encorajamento e estímulo para todos nós".
Francisco pede
orações para o Oriente Médio
e solidariedade com a China
“Orações pela paz no Oriente Médio, por favor!”, pediu o
Papa, durante a audiência geral desta quarta-feira, 06. Saudando os fiéis de
língua árabe, Francisco deu as boas-vindas especialmente aos provenientes do
Oriente Médio.
Em italiano, no
final do encontro, o Pontífice expressou sua solidariedade aos moradores da
província chinesa de Yunnan, atingidos domingo, 03, por um terremoto que deixou
muitos mortos e feridos, além de ingentes prejuízos: “Rezo pelos mortos e por
suas famílias, pelos feridos e por aqueles que perderam suas casas. Que o
Senhor dê conforto, esperança e solidariedade neste momento de provação”. (CM)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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