O Padre, vocação de amor e liberdade
Neste primeiro
domingo de agosto celebramos, iniciando o mês vocacional, o chamado a ser padre.
Foram-se os tempos que as famílias se sentiam agraciadas e muito honradas de
ter um sacerdote entre os seus membros.
A sociedade
valorizava e defendia com afã sincero e arraigado os seus ministros sagrados,
pensando certamente na sua proteção e projeção de eternidade. Hoje, estamos
numa sociedade secularizada, num mundo pós-cristão e talvez sem transcendência,
um mundo neutro e muitas vezes hostil para os sacerdotes. No entanto o que
vemos detrás das idolatrias e da busca desenfreada de bens efêmeros é a
nostalgia e a saudade de Deus. Há lugar para o Padre neste mundo?
Que Deus abençoe todos os sacerdotes! |
Certamente que
sim, porque Deus é necessário, porque todas as pessoas clamam sedentas por um
amor que não passa, por conhecer a verdadeira felicidade. Por isso o Padre
embora não paparicado como antes é um sinal vivo do que estamos a procurar e
não encontramos nas prateleiras midiáticas ou nos Shoopings Centers, ele é a
referência do absoluto e do sentido das coisas.
Ele é testemunha
do essencial, do bom, do belo e do verdadeiro anunciando a pérola de infinito
valor: Jesus Cristo.
Que alegria
encontrar-se com um Padre que entusiasmado nos coloca na perspectiva do Reino,
que nos fascina com as Palavras de Cristo e nos oferece o próprio Cristo na
Eucaristia. Que sempre tem tempo para uma conversa, para curar as nossas
feridas e nos dar o perdão em nome de Deus. Um irmão entre os irmãos e Pai para
todos/as, especialmente dos pobres e desamparados, dos quais ele é o advogado,
amigo e defensor incondicional. Num mundo frio, calculista, e por certo líquido
temos num Padre a pessoa cujo coração bate em sintonia ao Coração de Jesus,
sentimos perto dele o bálsamo e o óleo da misericórdia, da compaixão e do amor
que sempre acolhe.
Hoje sem dúvida
como em todas as épocas precisamos de padres, porque são indispensáveis, eles
sempre estão a nos acompanhar num momento do ciclo da vida, desde o berço até o
túmulo, compartilhando conosco os momentos de alegrias e as perdas, trazendo
sempre a presença e a bênção de Deus. Gostaria neste ano jubilar de prata
afirmar com todas as letras de alto e bom tom, que é uma grandiosa aventura e
maravilha ser padre, se mil vezes eu nascesse voltaria com o mesmo entusiasmo
ao seminário, para ser somente e unicamente um padre. Deus seja louvado!
Dom
Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo de Campos (RJ)Fonte: cnbb.org.br Ilustração: ensmogib.blogspot.com.br
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