Ser catequista
O mês de agosto
termina com a celebração da vocação de Catequista. Ela se origina da vocação
comum de todos os batizados, razão pela qual é exercida por bispos, padres,
religiosos, religiosas, leigos e leigas. Mais do que isso, conforme o Diretório
Geral da Catequese, ela é “compromisso da comunidade”, sem a qual não acontece
iniciação cristã. “Assim a ação catequética torna-se uma mútua
responsabilidade, uma fonte de troca de experiências e de crescimento entre os
catequistas e a comunidade cristã”.
Os pais, “pelo
sacramento do Matrimônio recebem a graça e a responsabilidade de serem os
primeiros catequistas”. São eles que devem dar os primeiros passos na educação
da fé dos filhos. Com boa base familiar, o processo posterior da catequese se
torna muito mais fácil. Já quando falta a base da família, o processo se torna
missão muito ingrata.
Como bispo,
tenho consciência que sou o primeiro responsável pela catequese na Diocese. Da
mesma forma o primeiro responsável pela catequese na paróquia é o pároco. Porém,
para podermos concretizar esta responsabilidade, precisamos de colaboradores. E
são estes colaboradores que, ordinariamente, chamamos de “catequistas”. Em sua
maioria são leigas e leigos das comunidades. Por vezes são também religiosas e
religiosos inseridos na pastoral. São eles que tomam a peito a tarefa de
continuar a iniciação cristã de crianças, adolescentes, jovens e adultos,
encaminhados pelas famílias.
Para bem cumprir
com a sua missão, “é fundamental que o catequista vivencie seu ministério como
uma vocação e missão privilegiadas. Sem dúvida, trata-se de um dom de Deus, mas
que precisa ser bem acolhido e cultivado com a ajuda de todos os meios
possíveis que subsidiem o seu crescimento na fé, na esperança, no amor, na
competência em conteúdos, pedagogia e especialmente em espiritualidade”
(Estudos da CNBB, 97).
Reconhecemos
que, nem sempre, o trabalho dos catequistas é valorizado assim como poderia e
deveria ser. Muitos pais não estão cientes do quanto de tempo um catequista
precisa dedicar para bem cumprir com sua função. Também temos muitas
comunidades onde a catequese não tem a atenção que mereceria ter. O mesmo vale
para algumas paróquias, onde catequistas não tem apoio para a sua formação e
não encontram ambiente físico e recursos materiais adequados para o trabalho.
Convido, pois,
todas as pessoas a assumirem a sua função de catequistas. Ao mesmo tempo
agradeço às pessoas que fazem da catequese o seu principal trabalho dentro da
Igreja. Na Diocese de Santa Cruz do Sul, contabilizamos mais de mil destes
catequistas. São eles que preparam crianças, adolescentes, jovens e adultos
para os sacramentos da iniciação cristã, particularmente os sacramentos da
eucaristia e da confirmação. Que Deus, por intermédio de São José de Anchieta,
o padroeiro dos catequistas, a todos abençoe e ilumine.
Dom Canísio
Klaus - Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
Fonte: cnbb.org.br
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