sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Papa na Missa, em Daejeon, referindo-se Maria:
"Mãe da nossa Esperança"

Daejeon (RV) – O Papa Francisco iniciou, nesta sexta-feira, o segundo dia da sua Viagem internacional à Coréia, com uma solene concelebração Eucarística, em Daejeon, por ocasião da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, que a liturgia celebra hoje, 15 de agosto. Hoje se festeja também na Coréia o dia nacional da Libertação da República.
Daejeon, que dista 137 km. da capital coreana, é a quinta cidade da Coréia, com mais de um milhão e meio de habitantes. Ali, o Papa celebrou a Santa Missa no Estádio da Copa do Mundo, construído por ocasião da Copa do Mundo 2002, que se realizou na Coréia e Japão.
Liturgia Eucarística
Participaram da celebração, entre outros, diversos sobreviventes e familiares das vítimas do naufrágio do ferry boat Se-Wol, ocorrido no último dia 16 de abril, nas costas do país, que causou a morte de 293 pessoas e 10 desaparecidos.
Em sua homilia, o Bispo de Roma refletiu, em união com toda a Igreja, sobre a Assunção de Nossa Senhora, em corpo e alma, à glória do Paraíso. A Assunção de Maria, disse, mostra-nos o nosso destino como filhos adotivos de Deus e membros do Corpo de Cristo: como Maria, nossa Mãe, somos chamados a participar plenamente da vitória do Senhor sobre o pecado e a morte e a reinar com Ele no seu Reino eterno.
O “grande sinal”, que encontramos na primeira leitura, “uma mulher vestida de sol e coroada de estrelas”, disse o Papa, convida-nos a contemplar Maria, entronizada na glória junto do seu divino Filho; convida-nos a tomar consciência do futuro que se abre diante de nós, graças ao Senhor Ressuscitado. E acrescentou:
Tradicionalmente, os coreanos celebram esta festa à luz da sua experiência histórica, reconhecendo a amorosa intercessão de Maria, que atua na história da nação e na vida do povo”. 
Felizes por serem o Povo de Deus
Hoje, ao venerarmos Maria, Rainha do Céu, disse o Pontífice, nós nos dirigimos a Ela como “Mãe da Igreja”, pedindo-lhe que nos ajude a ser fiéis à liberdade régia, que recebemos no dia do nosso Batismo; que ela guie os nossos esforços de transformar o mundo segundo o plano de Deus; que ela torne a Igreja, neste país, capaz de ser, de forma mais plena, fermento do Reino de Deus na sociedade coreana. 
Aqui, o Santo Padre fez uma exortação aos cristãos coreanos para que sejam uma força generosa de renovação espiritual, em todas as esferas da sociedade; combatam o fascínio do materialismo, que sufoca os autênticos valores espirituais e culturais, como também o espírito de competição desenfreada, que gera egoísmo e conflitos; rejeitem os modelos econômicos desumanos, que suscitam novas formas de pobreza e marginalizam os trabalhadores, bem como a cultura da morte, que desvaloriza a imagem de Deus, o Deus da vida, e viola a dignidade de cada homem, mulher e criança. E exortou:
Como católicos coreanos, herdeiros de uma nobre tradição, vocês são chamados a valorizar esta herança e transmiti-la às gerações futuras. Isto implica a necessidade de uma renovada conversão à Palavra de Deus e uma intensa solicitude para com os pobres, os necessitados e os fracos, que vivem entre nós”. 
Rebanho com seu Pastor
Com a celebração da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, recordou o Papa, nós nos unimos a toda a Igreja, espalhada pelo mundo, e olhamos para Maria como “Mãe da nossa esperança”. Ao entrar na glória, ela nos mostra que a nossa esperança é real e que, desde já, ela se apresenta “como uma âncora segura e firme das nossas vidas. 
O Papa Francisco concluiu sua homilia chamando a atenção dos fiéis coreanos para esta esperança, oferecida pelo Evangelho, que é o antídoto contra o desespero, que parece se alastrar como um câncer no meio da sociedade, que, aparentemente, é rica, apesar de, muitas vezes, experimentar amarguras e vazios interiores. 
Aos numerosos jovens, que nestes dias se reúnem naquele país, com alegria e confiança, o Papa fez sua exortação final: “Nunca deixem roubar a esperança!”. (MT)

Papa reza o Angelus em Daejeon: 
oração pelas vítimas do naufrágio na Coreia

Ao término da celebração Eucarística, na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, por volta do meio dia, hora local, o Bispo de Roma rezou a oração do Ângelus
Em sua alocução mariana, ele convidou, mais uma vez, os fiéis presentes a dirigir-se a Nossa Senhora, Rainha do Céu, oferecendo-lhe as suas alegrias, os seus sofrimentos e as suas esperanças; a confiar-lhe, de modo particular, todos aqueles que perderam a vida no naufrágio do ferry boat Se-Wol e os que ainda sofrem pelas consequências deste grande desastre nacional. 
Maria, mãe da esperança
O Papa pediu aos fiéis coreanos que rezem, para que o Senhor acolha os defuntos na sua paz, console as pessoas que choram e continue a sustentar os que, com tanta generosidade, socorreram seus irmãos e irmãs. Que este trágico acontecimento, que uniu todos os coreanos na dor, confirme no compromisso de trabalhar juntos e solidários para o bem comum. 
O Pontífice concluiu a alocução mariana exortando todos a rezar a Nossa Senhora para que ela dirija seu olhar misericordioso aos que estão sofrendo, especialmente os doentes, os pobres e os que não têm emprego digno. E, referindo-se ao Dia Nacional da Libertação do país, o Papa disse:
Neste dia, em que a Coreia celebra a festa nacional da sua Libertação, peçamos a Nossa Senhora que vele sobre nobre a nação coreana e seus cidadãos; confiemos à sua proteção todos os jovens aqui reunidos, provenientes de toda a Ásia. Que eles possam ser jubilosos arautos da alvorada de um mundo de paz, segundo os desígnios de Deus!”.
Ao término da celebração Eucarística, por ocasião da Solenidade da Assunção de Maria ao Céu, o Papa Francisco se deslocou, de helicóptero, para o Seminário Maior de Daejeon, a 37 km., onde almoçou com um grupo de jovens.
O almoço durou pouco mais de uma hora. Participaram 18 jovens de diversas localidades da Ásia. O clima foi muito alegre e animado, conforme a descrição do Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. Muitos deles falaram ao Papa sobre a realidade de suas Igrejas locais. Enfim, os jovens cantaram o hino da Jornada Mundial da Juventude e entregaram ao Papa algumas lembrancinhas, típicas de suas regiões. (MT)
                                                                                  Fonte: radiovaticana    news.va
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