sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Agosto: Mês Vocacional

Deus chama você à felicidade

Deus nos chama à santidade. A todos nós e a cada um. Essa é a nossa vocação comum e fundamental, ou seja, todos devemos ser santos. Para que a santidade se efetive realmente em nossa vida, Deus tem um chamado especial para seus filhos e filhas. Esse chamado ou vocação (do latim vocare = chamar) é feito em vista da realização de cada um de nós. Pede, por isso, uma resposta livre e consciente. A concretização do chamado e da resposta realiza-se na e para a comunidade. É nela e só nela que toda vocação se concretiza e é para a comunidade, a serviço dela, que a vocação tem sentido.
Que nossa resposta seja generosa!
A Igreja convida-nos, especialmente no mês de agosto de cada ano, a refletir sobre os diferentes chamados que Deus faz, todos eles com a mesma importância e dignidade, pois provêm de Deus e à construção do Reino se direcionam. A primeira semana do mês é dedicada à vocação sacerdotal, a segunda, à vocação familiar, a terceira, à vocação religiosa e, a quarta, à vocação do leigo com destaque para a missão do catequista.
Vocação sacerdotal: chamado que Deus faz àquele que sente o desejo de doar sua vida ao sacerdócio, ministério de serviço ao Povo de Deus em diversas frentes de atuação, especialmente o trabalho pastoral nas paróquias. O sacerdote, presbítero ou padre, deixa sua família e seus projetos pessoais para viver inteiramente a serviço da comunidades cristã como lemos na Carta aos Hebreus: “Todo sumo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído para o bem dos homens nas coisas que se referem a Deus. Sua função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Desse modo, ele é capaz de sentir justa compaixão por aqueles que ignoram e erram, porque também ele próprio está cercado de fraqueza; e, por causa disso, ele deve oferecer sacrifícios, tanto pelos próprios pecados como pelos pecados do povo”  (Hb, 5, 1-3).
Vocação familiar: chamado de Deus a mulheres e homens que desejam construir uma relação humano-divina fundamentada no amor de Deus e no amor recíproco. É também uma vocação ao serviço à comunidade cristã, que se efetiva pela abertura à vida e pela valorização da família, na geração e educação dos filhos para serem felizes, para Deus e para a sociedade. A família exerce papel fundamental para o desabrochar das vocações. Um ambiente familiar, em que os valores humanos e cristãos são vivenciados, proporciona as condições favoráveis para o despertar de vocações, à própria vocação familiar e às demais vocações desde os primeiros anos de vida dos seus filhos.
Vocação religiosa: chamado que Deus faz a pessoas que aspiram à entrega total da vida ao Reino por meio da vivência dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Essa vocação realiza-se em comunidades de oração, estudo e trabalho, na forma contemplativa, e em atividades diversas a favor do povo, de modo preferencial, junto aos pobres e sofridos do mundo. A respeito da vida religiosa, afirma de maneira muito sábia e bonita o Papa João Paulo II: “torna-se um dos rastos concretos que a Trindade deixa na história, para que os homens possam sentir o encanto e a saudade da beleza divina” (VC, 20).
Vocação laical: chamado de Deus a todos que, nas diversas esferas sociais e nas mais diferentes atividades profissionais devem testemunhar Jesus Cristo, sendo “o coração da Igreja no mundo e o coração do mundo na Igreja” (DAp, 209). O vocábulo leigo tem sua origem na palavra grega laos, que significa povo. É, portanto, como membro do povo santo de Deus que o cristão leigo se realiza e realiza sua missão na família, na profissão e nos mais diferentes campos de atuação da sociedade. É chamado a ser “fermento na massa” (Cf. Mt 13, 33),      vivendo os valores do evangelho, sendo sal, que dá sabor ao tecido social, e luz, que clareia o caminho para os irmãos (Cf.   Mt 5, 13-16) e faz a sociedade ser mais justa e fraterna.
O chamado divino é sempre rico em bondade e amor. Dignifica o vocacionado e enobrece sua vida. Deus quer contar conosco, em uma das dessas vocações para nos fazer felizes e tornar feliz também a vida de suas filhas e filhos queridos. Toda vocação é dom é graça e se fundamenta no amor, em nome do qual deve ser vivida. Você já pensou nisso? Nunca é tarde para responder ao chamado de Deus, é preciso, porém, que valorizemos o tempo presente e demos generosamente nossa resposta.                  
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Luiz Gonzaga da Rosa
                                                                    Ilustração: arquidiocesedepelotas.org
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