Papa Francisco:
O sacerdote deve alimentar seu ministério
para não se tornar medíocre
para não se tornar medíocre
Cidade do
Vaticano (RV) – Mais de 60 mil pessoas lotaram a Praça S. Pedro esta
quarta-feira para a Audiência Geral com o Papa Francisco.
Sob garoa, o
Pontífice fez o giro da Praça de papamóvel para receber e retribuir o carinho
dos fiéis. Prosseguindo suas reflexões sobre os Sacramentos, o Pontífice
dedicou sua catequese ao Sacramento da Ordem.
A Ordem,
explicou Francisco, é o Sacramento que habilita ao exercício do ministério
confiado por Jesus aos Apóstolos de apascentar com amor o seu rebanho,
compreendendo três graus: episcopado, presbiterado e diaconato. Nesse sentido,
os ministros que são escolhidos e consagrados para este serviço prolongam no
tempo a presença e a ação do único verdadeiro Mestre e Pastor, que é Cristo.
Na verdade, o
ministro ordenado é posto à frente da comunidade, mas este ato deve ser
entendido como serviço: “Quem no meio de vós quiser ser o primeiro – ensinou
Jesus – seja vosso servo”:
Em virtude da
Ordem, o ministro dedica-se inteiramente à própria comunidade e ama-a com todo
o seu coração: é a sua família. O bispo, o sacerdote amam a Igreja em suas
comunidades e a amam fortemente. Como? Como Cristo ama a Igreja. O mesmo dirá
S. Paulo do matrimônio: o esposo ama sua esposa, assim como Cristo ama a
Igreja. É um mistério grande de amor. Os dois sacramentos, do ministério e do
matrimônio, são o caminho pelo qual as pessoas habitualmente vão ao Senhor.
Por isso, o
apóstolo Paulo recomenda ao seu discípulo Timóteo que não se canse de reavivar
o dom que está nele, recebido pela imposição das mãos. Quando não se alimenta o
ministério com a oração e também com o Sacramento da Penitência – advertiu o
Pontífice - acaba-se por perder de vista, inevitavelmente, o sentido autêntico
do próprio serviço:
O bispo ou
o sacerdote que não reza, que não ouve a Palavra de Deus, que não celebra todos
os dias, que não se confessa regularmente, acaba por perder a união com Jesus e
se torna uma mediocridade que não faz bem à Igreja.
Por isso, devemos
ajudar os bispos, os sacerdotes nesta direção, disse o Papa, que concluiu
dirigindo-se aos que querem se tornar sacerdotes:
Não se vendem
bilhetes de entrada. Trata-se de uma iniciativa que toma o Senhor. O Senhor
chama, chama cada um que quer que se torne sacerdote. (...) Quem sentiu a
vontade de se tornar sacerdote, de servir os outros, de estar toda a vida a
serviço para catequizar, batizar, perdoar, celebrar a Eucaristia, cuidar dos
doentes... Se algum de vocês sentiu isso no coração, foi Jesus quem colocou.
Cultivem este convite e rezem para que ele cresça e dê o fruto em toda a
Igreja. (BF)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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