quarta-feira, 19 de março de 2014

São José
José, mesmo sendo descendente do Rei Davi, nasceu em Belém em uma família humilde. Ganhou seu pão como simples operário, era carpinteiro. Já adulto tornou-se esposo da Virgem Maria. Sua alta dignidade reside no fato de ser “o pai adotivo de Jesus”.
A Sagrada Escritura fala muito pouco a seu respeito. E também não registra nenhuma fala de São José. Ele expressou-se de modo edificante e bem alto pelo testemunho vivido no silêncio. Na narração do nascimento de Jesus, vamos encontrá-lo obediente à vontade de Deus no chamado para ser esposo de Maria e pai de Jesus. Logo em seguida São José aparece apresentando o Menino Jesus no Templo. Quando a vida de seu Filho estava ameaçada pelo Rei Herodes, percebemos, no episódio da fuga para o Egito, a dedicação paternal para com o Menino Jesus e a segurança que inspirava em Maria. Retornando mais tarde a Nazaré, vamos encontrá-lo como o fiel cumpridor de seus deveres religiosos: “Seus pais iam todos os anos a Jerusalém na festa da Páscoa” (Lc 2, 41). Quando Jesus completou doze anos, eis novamente José em Jerusalém juntamente com Jesus e Maria. Em seguida voltam para Nazaré, onde Jesus lhes era obediente.
É, no entanto, a expressão bíblica “homem justo” que melhor sintetiza a grandeza de São José. Ser justo é ser bom em tudo: como filho de Deus, como filho para os pais, como irmão, amigo, esposo, pai, profissional, cidadão e em todas as atividades que uma pessoa exerça. São José foi tudo isso e ainda mais. Mesmo tendo a nobreza de ser o “esposo da Mãe de Deus e o pai de Jesus”, viveu sempre na humildade e no exercício de sua profissão a serviço de sua família e de sua comunidade, dando sempre glórias a Deus por meio de suas atitudes.
É provável que tenha morrido antes que Jesus iniciasse seu ministério público. São José ficou na sombra e no silêncio de tudo; a luminosidade e os ecos de sua existência, porém, proclamam bem alto a beleza e a dignidade de sua vida.  Sinal de sua humildade e de sua fiel participação nos planos de Deus.
A Igreja considera São José como modelo de pai e de esposo. O Papa Pio IX o proclamou “Patrono da Igreja”, e o Papa Pio XII publicamente reconheceu em São José o modelo perfeito do trabalhador, instituindo a Festa de “São José Operário”, celebrada todos os anos no dia 1° de maio.
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Luiz Gonzaga da Rosa 
em O Paraíso de José: 160 anos da Paróquia São José, Editora Santuário, 2010
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